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Isabella Taviani e Luiza Possi no Tom Jazz cantando "Outro mar"

Me desculpem a tremedeira... mas o lugar não era dos melhores... rs Espero que gostem.

Isabella Taviani - Tom Jazz - 02/10 - O SHOW

Estar presente em um show da Isabella Taviani é algo único! Sou fã nova, contando com o de ontem, fui "apenas" a sete shows, todos da turnê mais recente. Mas, por mais incrível que pareça, a cada novo show que vou, parece sempre a primeira vez, porque cada show tem um gosto único que somente a artista Isabella Taviani pode proporcionar!

Estou aqui, 07h00 da matina, não dormi ainda. Saí do show, não tinha como voltar pra casa, chamei uma amiga do peito pra me fazer companhia pós-show. Esperei tudo voltar a funcionar, voltei pra casa e antes de começar a fazer qualquer outra coisa, estou aqui para postar a emoção, antes que ela comece a se perder em lembranças!

O show desta noite foi diferente. Diferente porque não era um show de banda completa (como foi no Circo Voador, Via Funchal e Vivo Rio), diferente porque não era um show com violões (como foi no Sesi Centro, Estádio Engenhão e Tom Jazz, ano passado). Desta vez, eram dois violões e um piano! Que diferença isso fez na apresentação das canções! Como a Isa mesmo disse, ficou mais elegante. Ficou mesmo!

Muitas canções tiveram arranjo acústico com um toque clássico. Assim ouvir O tudo que é nada, Iguais (solo lindo de Renato Fonseca no teclado, já que no original e em shows de banda completa, Marco Vasconcellos rouba a cena!) e mesmo a surpresa Chuvas de Verão, de José Augusto, ficaram deliciosas de ouvir... e cantar!

 Isa voltou muito ao repertório do primeiro CD. Eu, particularmente, estava numa ansiedade danada de ouvir Pontos Cardeais (nem eu aguento mais falar dessa música... rs) e imaginando que ela tocaria no segundo dia, já que não tocou no primeiro. Não... a surpresa maior entre os dois shows foi que no primeiro dia ela cantou uma música do Cartola e no segundo cantou Diga sim pra mim duas vezes (por causa da gravação da Nova Brasil [hum, vou descobrir o que é isto! rs])

O público paulistano é engraçado... mais contido, diria que... canta menos??? haha não fiquem bravos comigo! Cantaram sim, muitas músicas, mas a vibe, a energia de um público carioca é diferente, ainda vou descobrir o que é! rs O show foi lindo, romântico e intimista. Peninha mesmo quem não pôde estar presente... porque perdeu! rs Como sempre, perdeu!

Bom, show cabou e eu ansiosa pra perguntar pra IT por que não cantar Pontos Cardeais. Confesso que, após ouvir os dois shows (sexta no twitcam e sábado ao vivo) percebi que as músicas estavam... românticas e... soltas de alguma forma. Pontos Cardeais (se fosse cantada) pareceria tão perdida ali à medida que ela avançava no show. De alguma forma, parecia ter sentido. Quando fui falar com a Diva, ela apenas confirmou o que eu tinha pensado... me deixando com uma esperancinha de ouvi-la num futuro! Quem sabe?!

Isabella querida, mais uma vez, obrigada por tudo, tudo, tudo, tudo. É inefável ser uma fã de uma artista como você!!!

E a vida segue...

Ontem reparei em uma árvore, que fica no quintal do vizinho, e que existe desde que meus pais se mudaram para cá, em 1988.

Observando-a, lembrei que essa mesma árvore continua aí, dando uns frutos (que nunca sei o nome) e que às vezes servem de suco aqui em casa. Ela continua florindo, perdendo as folhas, florescendo, sujando o quintal, servindo de pousada para passarinhos de todas as espécies, cenário para observar pôr-do-sol.

Acho que muito do sentido da vida que tanto perdemos é este... como esta árvore. Um exemplo para mim.

Isabella Taviani - Tom Jazz 01/10

Eu não pude estar presente neste show, mas deixo aqui para vocês verem e reverem, a megacortesia da Nova Brasil FM que fez um twitcam e transmitiu o show ao vivo. Amanhã, será a minha vez de estar lá e espero curtir a minha favorita "Pontos Cardeais" que ela não tocou hoje. Aliás, interessante o setlist do primeiro show, muito romântico, cheio de canções do primeiro cd. Quem não foi... perdeu. Amanhã, tô lá! Ops, na verdade, mais tarde!

O amor e o fanatismo

Estes dias tava lá tuitando quando a querida (e sempre sumida) Cláudia Bertrani veio me incentivar a falar sobre o amor fanático. Eu disse a ela que poderia levar pedradas como a Geni. E ela apenas me disse: "Cachorro late e a caravana passa!". Bastante motivador, não?

Já que tenho twitter e facebook como ferramentas para acompanhar meus artistas favoritos, invariavelmente acabo acompanhando os seus respectivos fãs. E invariavelmente tenho me surpreendido (deveria?) com as coisas vistas nas últimas semanas!!!

Ok, vamos à informação básica de tudo: internet e globalização mudaram a cara de tudo em todos os setores da nossa vida. Ainda me surpreeendo que em 1991 eu mandava cartas. Nessa mesma época, fiz curso de datilografia. Em 1998 mandei meu primeiro email no Bol e agora a minha caligrafia anda ficando cada vez mais preguiçosa porque apenas digito. As pessoas pararam de comprar no supermercado, as crianças só fazem trabalho pesquisando na internet. Tudo tem sua versão virtual e cada um de nós tem seu avatar.

Tudo é rápido demais, fácil demais e sem limites. Nessas horas não há firewall nem etiqueta para internet. A chamada "inclusão digital" me dá arrepios porque as pessoas não sabem ler nem escrever e caem aos borbotões na frente de um pc. As pessoas deveriam aprender a ler, escrever, visitar bibliotecas públicas (como fiz minha vida toda), não reclamar que não tem dinheiro pra ler, porque isso não é desculpa na hora de comprar Diário de S.Paulo, Lance ou Sou mais eu.

Assim, me assusta quando os fanáticos caem na rede diante de seus artistas. Quer dizer, artista que é artista precisa estar preparado para tudo! Faz parte da profissão. Esses fanáticos podem vir de todos os lugares, da inclusão digital ou da sua faculdade mas têm uma característica em comum: não admiram seu artista, louvam, colocam ele num pedestal em que certo e errado não existem, ele se torna norte e sul, alimento da alma.

O Merovíngio (do filme Matrix Revolutions) tem uma frase que adoro de ouvir toda vez que revejo esse filme: "Incrível como a paixão tem uma semelhança com a loucura". Coisas que apenas nós, "Os seres humanos", podemos ter.

Nesse caso, esse amor fanático se assemelha e muito com o amor religioso. Ops, pisei no calo de alguém? Desculpe, piso em ovos. Mas que tem muita semelhança, tem sim!

Assim vejo o fã diante de seu artista. Ali tão fácil e tão disponível, pela internet. Uns se atrevem a falar obscenidades, outros assumem o papel de zelador, outros querem ser amigos íntimos, outros são apenas fãs. Ocorre um verdadeiro mix de admiração, paixão, idolatração. O artista? Depende. Uns aceitam, outros recusam, outros administram bem.

A amor devocional vem sempre pintado de pureza, porque traz uma "falsa lealdade" consigo. Então, como costuma acontecer com as pessoas que amam demais, o fanático -- na minha humilde opinião -- precisa de um foco para direcionar a própria vida. Claro, ele dirá, eu faço o que quiser da minha vida. No entanto, se analisarmos bem, veremos que não é bem assim. Pois penso que quando colocamos algo no pedestal (que não seja a nossa honestidade, crescimento e aprendizado) tudo se perde. Vivemos uma vida que não é nossa. Vivemos uma realidade que pode até parecer, mas não nos pertence.

Agora, vamos às pedras ou ver apenas os cães ladrarem.