Clique

Capítulo 4.1 - Ilha Grande (RJ)

Novembro de 2010. A despeito de toda a correria que minha vida estava, eu e meu amor fizemos uma pausa para as suas férias. Destino? Ilha Grande, Rio de Janeiro.

Se você olhar no mapa, Ilha Grande (que é mesmo uma ilha... grande!) faz parte da cidade de Angra dos Reis. Eu não me lembro de ter estado em outra ilha que não fosse o Japão. Mas ao contrário do país, Ilha Grande realmente está isolada de tudo e conta com uma infraestrutura simples... como a de uma cidade do interior.

O principal acesso são as barcas, vindas principalmente de Mangaratiba. Aliás, foi por essa via de acesso que nós viemos. Se um dia quiser ir à Ilha Grande, não pegue um ônibus da Costa Verde, a menos que não queira trabalho para se locomover (certas pessoas quando viajam, são assim, ainda mais com algumas malas a mais). Vá cortando pelos meandros, dá muito certo, sem maiores problemas! Você gasta cerca de R$15 para ir contra os R$52 da Costa Verde. Com a diferença dá pra tomar sorvete! ;-)

Esse foi o caminho que fizemos. Fomos até Itaguaí, daí para Mangaratiba, daí para Ilha Grande. Porém, antes, uma pausa. Pernoitamos em Mangaratiba porque a Barca sai muito cedo e em apenas dois horários: 08h00 e 17h30. Ou seja, no fim das contas, fica a seu critério vir de Costa Verde ou não, dependendo de onde estiver vindo também. Eu confesso que ter pernoitado em Mangaratiba foi uma experiência magnífica.

Conhecemos a cidade em cerca de 1 hora. Sim. E andando. Tudo se encontra no centro, da prefeitura à câmara dos vereadores, a igreja, a escola, o hospital, o necrotério, o mercado, as pousadas e os pequenos restaurantes. Comemos um cachorro quente na praça central e ficamos curtindo o mar. Que estava sujo, infelizmente. Tomamos sorvete na orla e ficamos conversando.

O tempo passa muito lento enquanto você está nesses lugares. As pessoas vivem e sentem o tempo de outra forma. Essa percepção inicial apenas iria mais e mais se confirmar ao longo dos dias.










ps: caso não tenha ficado claro, as duas fotinhas acima são de Mangaratiba. Uma, com a vista da praia. A outra, de uma rua, perto do centro. Gracinha...

Capítulo 3 - Twin Peaks

Hoje, domingo, finalmente eu e meu amor conseguimos terminar de assistir à série criada pelo Mestre David Lynch "Twin Peaks". Há alguns anos, quando saiu a edição definitiva e dourada (lindona!) com as duas temporadas, corri e comprei. Assistir já é outra história...

Sou devota do sr. David Lynch, meus leitores já sabem disso. Mas assistir a 29 episódios de 45 minutos cada demora... e conciliar que duas vontades, dois estares ao mesmo tempo em cada um dos episódios fez com que eu levasse uns dois anos para ver tudo.

Ok, isso já passou. Agora, as considerações. A série oscila... principalmente nos capítulos em que não é dirigido ou por Lynch ou por Mark Foster, isso fica nítido. No meio da segunda temporada, quando a coisa engatilha, volta a ficar meio enrolada. Acho essa mania péssima, principalmente para roteiristas que não vivem dentro da cabeça de Lynch. Ou que vivam para agradar patrocinadores ou seja lá quem for que não o seu próprio criador.

Tudo bem... tirando tudo isso, vale cada segundo ver Twin Peaks. Você vê sementes preciosas que serão trabalhadas em A Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos e até culminar em Império dos Sonhos. Claro que minha obra preferida continuará sempre sendo Cidade dos Sonhos, que consideraria, pretensiosamente falando, um meio termo entre A Estrada Perdida e Império dos Sonhos.

O que mais gosto nos trabalhos de David Lynch é sempre mostrar que o que os olhos veem é apenas a superfície. Existe sempre mais e muito mais... em lábios vermelhos, em olhares lânguidos, em bucolismo, em luzes azuis e cortinas vermelhas, em xícaras de café... e em sonhos. Sempre os sonhos, o inconsciente, a intuição, os sinais. Grande David Lynch!

Os atores formaram um ótimo time, tirando alguns que por mais que se esforcem, não produzem carisma no espectador. Kyle Maclachlan é fantástico e -- não à toa -- foi até conisderado alter ego de Lynch (assim como Laura Dern é a musa dele).

Bom para saber, é preciso ver. Não sei se é fácil de achar, talvez seja fácil de baixar.  Agora estou vendo o "Twin Peaks - os últimos dias de Laura Palmer" e começarei a ler o livro "O diário secreto de Laura Palmer" -- ambos presentes da minha filha. Demais para pessoas comuns? Talvez. Mas nunca é o suficiente tentar adentrar um pouquinho o universo de David Lynch.

Capítulo 2 - andando em grupos

Quem me conhece um pouquinho sabe o quanto tenho aversão a andar em grupos. Bem, mas como todas as aversões que -- invariavalmente -- me causaram problemas, estou tentando resolver este. 

O que não gosto do andar em grupos é porque as pessoas pensam igual e, na minha modesta conclusão, não raciocinam muito. Mas nem toda a regra é geral e nem todo mundo pode receber a mesma regra.

Claro, também, que com isso não vou forçar o meu lado psicopata (não, não tem NADA a ver com a vontade de querer matar alguém). Pra falar a verdade, eu acho que sempre forcei as coisas em mim até que elas dessem certo. Tentar ser psicopata era uma dessas... hehe.

Então, primeiro parei de usar etiquetas e denominações: as pessoas surpreendem, não? Parei de usar os olhos viciados e tento usar os olhos da alma: essa é difícil, porque somos seres que adoooram julgar.

E me joguei nos testes da vida. O mais interessante nisso tudo é que as maiores lições que precisamos e devemos aprender estão justamente naquele caminho abandonado, que mais te irrita. Não se force a ponto de você realmente desejar matar alguém... mas se vc acha que precisa mesmo mudar algo em você, faça isso.

Estou numa maratona pessoal revendo alguns filmes de psicopata bons que tenho aqui. Juro que gostaria de escrever posts e mais posts mas devo confessar que esta semana não estou muito inspirada para escrever. Me forço o exercício, mas sinto que meus textos não estão ainda bons... enfim.

Lição deste capítulo: nunca deixe de tentar aquilo que você mais odeia. Você pode descobrir que não odeia tanto assim...


Capítulo 1 - os aniversários que (não) esqueci!

O tempo de ausência tem seu preço e suas consequências... passou-se o período dos aniversariantes de Libra, adivinhe qual o signo seguinte que me esqueci de esquecer??? rs ESCORPIÃO.

Não conheço muitas pessoas de escorpião. Mas, como precisa ser quando se trata desse signo, conheço poucas... e pessoas que se tornam cada vez mais especiais com o passar dos anos!

Para não dar brigas, farei por ordem cronológica:


26 de outubro: a queridíssima Karina Perna fez aniver... companheira #DT!
27 de outubro: Miguelson! Ah meu amigo querido... 
05 de novembro: NilceR! Minha atriz favorita que cada vez mais vai brilhar!
11 de novembro: Regiane Miyashiro... aquela que conheço "desde" 2001. Precisa mais nada.
15 de novembro: Lilian Aquino poeta linda e fofa... num me esqueci de você!


Os escorpianos? Bem, os escorpianos... evita falar defeitos (porque eles não têm) e ressalta as qualidades. Se no começo é uma coisa meio desconfiada, olhares de lado, provas genuínas de caráter... com o tempo adoça e tempera na medida certa. Adoro cada um de vocês.

Voltando ao mundo material...

No últimos dois meses muitas coisas aconteceram na minha vida. Muitas coisas que ficaram longe de serem relatadas aqui no blogue, porém que ficaram fortemente marcadas em mim.

Bem, primeiro, agradeço a cada um dos leitores que não deixaram de visitar este cantinho, mesmo quando não havia sinal de post. Meus queridos e fieis (conhecidos ou anônimos) leitores. Prometo compensar com bons textos!

Segundo, a longa pausa se deveu a um problema de saúde na minha família. Não entrarei em mais detalhes por preservar a minha intimidade. No entanto, saibam que está tudo nos eixos, tanto é por isso que estou aqui novamente!

Por fim, estou com muitas novas reflexões. Das espirituais e existencialistas ao meu velho e bom gosto por serial killers! Hahaha! Para quem não sabia, eu sempre tive uma fixação positiva por esse tipo humana. Obviamente, estou longe de ser uma especialista... mas tenha certeza de que aprendi bastante!

***

Hoje está um fim de tarde chuvoso aqui na cidade do Rio de Janeiro. Adoro esta cidade -- sempre tão barulhenta --, silenciosa sob nuvens negras, friozinho e chuva. Nos faz lembrar que em meio ao tumulto do dia a dia, é apenas no nosso silêncio que tudo faz sentido e que mais conseguimos ouvir o que precisa ser ouvida: a voz da nossa alma.

A partir de amanhã começarei um "pequeno diário" desse longo período de ausência. Espero que gostem, pois tenham certeza de que eu amarei!