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Gingerbor


Faz alguns dias que venho pensando em uma música... aquela que celebre este quase um ano que se passou desde que mudanças drásticas começaram a ocorrer em minha vida e que culminaram no dia em que te conheci.

A vida tem sido muito diferente desde então. Novos gostos. Experiências novas e enriquecedoras. Tudo como simplesmente precisa ser.

Sempre pensei em uma música-tema que contemplasse esses sentimentos. Existem várias... mas a que segue é única. Eu sei porquê. Você sabe porquê.

Qualquer relacionamento é construído no dia a dia, nada vem pronto nesta vida. E quando parece que vem, é efêmero. O que é eterno precisa ser reconstruído todos os dias. Precisa ter o seu foco lembrado todos os dias. Precisa seguir no mesmo objetivo todos os dias. Precisa ser melhorado e moldado todos os dias. Qualquer coisa oposta a isso é paixão, é momentâneo. É delicioso, mas tem prazo certo de duração.

Assim, pensando... eu dedico esta música. Que possui uma letra linda. Que está em um filme lindo. Que ganhou um Oscar (apesar de que isso não é lá um grande parâmetro...). Espero que goste.

Que este ano novo para nós se renove e continue se renovando... eu estarei sempre ao seu lado...

Take this sinking boat
And point it home
We've still got time
Raise your hopeful voice
You have a choice
You've made it now

http://www.youtube.com/watch?v=JPbC2YrUUsI
http://letras.terra.com.br/glen-hansard-and-marketa-irglova/1208362/
http://letras.terra.com.br/glen-hansard-and-marketa-irglova/1216609/

Minha "filha"

Ainda meio sonada pelo excesso de remédios dos últimos dias (andei gripada, virolada e com amigdalite. Agora, tô com sinusite. Quem merece?!)... hoje quase pensei em não postar. Mas, minha filha querida -- Poliana -- me inspirou. E hoje este post bem tardio vai em homenagem a ela.

Pouca gente sabe, mas em teoria, não era para darmos certo. Não teria como nos suportarmos. Somos diametralmente opostas, cada uma no seu ângulo. Mas, a vida tem essas coisas misteriosas, que vira e mexe a gente esbarra. Nos idos de 2004, eu conheci a morena de cara séria, quase impenetrável.

De lá para cá, apelidos, convivência, muitas lágrimas minhas e muita conversa. De todas as pessoas que conheci, ela foi a com quem mais me dei bem. Tive afinidades fantásticas e ainda as tenho. Mas minha filha pode confirmar o que estou dizendo. Se éramos para ter dado errado, hoje temos certeza de que a nossa amizade será eterna.

Para celebrar o momento nostálgico em que me encontro esses dias, me lembrei dos dias em que praticamente convivíamos 24 horas por dia, coisa que nem namorado tem privilégio. Quando ia dormir na casa dela (antes de ela morar com o Rafa), passamos literalmente 48 horas uma ao lado da outra. Ela, falando sem parar, e eu, quieta. Podem acreditar, eu sou uma pessoa quieta!

Idas e vindas em supermercados, Liberdade, cafés. Nossas inesquecíveis conversas pós-prandiais. Cada uma compartilhando sonhos e tentando decifrar enigmas oníricos. Pura psicologia. Pura astrologia. Puro cinema. Pura fofocagem.

Ainda hoje em dia, eu escuto alguém dizer que não sabe como a gente se dá tão bem. Pois é. temos um respeito mútuo uma pela outra. Principalmente pelo modus operandi. Isso é o mais essencial e primordial de tudo. Acho que se todos os casais tivessem um pouco disso que temos como amigas, eles seriam mais felizes. A sensação de completude vem desse estado mútuo de respeito e empatia. No mais puro sentido semântico dessas palavras.

A gente já brincou para tentar desvendar esse darma. Já seguramos as pontas uma da outra. E mesmo hoje, muito distantes, ainda temos essa sintonia. Ela é indestrutível.

Hoje, minha filha veio me falar de "trânsitos e transitórios". Como boa ascendente em áries que é (e eu conheci alguns espécimes para comprovar essa teoria), ela tem uma destreza e uma insatisfação implacável. Isso sempre causou admiração para uma aquática como eu. Vou citar uma frase dela. Ela pode ficar brava, mas a frase merece citação.

"mas os demônios internos estarão sempre comigo, sei disso. como estiveram até o fim com ele, que não morreu em paz por ter tomado essa decisão. mas a gente blefa com a gente mesmo e engana a nossa mente, faz parte da vida..."

Eu pensei em tantas respostas para dar. Acabei sequer respondendo ao email. Fiquei com essas coisas na cabeça. Com esses sonhos que perseguimos. Com essa ânsia de encontrar o "Porto Desejado". Será que tudo é ilusão?

Se vocês não entenderam nada da conversa, ok. Eu e a minha filha sempre brincamos dizendo que vamos compartilhar o mesmo espaço na Casa de Saúde. Falando de Filosofia, Cinema e Astrologia. Um pouco de Espiritualidade. Questionando tudo. Chegando a muitos detalhes e poucas conclusões. Exceto esta, que já chegamos: a vida é transitória.

Obrigada por existir em minha vida, filha. Já disse isso em muitos lugares e repito aqui: sem você, minha vida não seria a mesma e não teria a graça que tem.

***

http://www.youtube.com/watch?v=2vf3ZE7CLg0

O sentido maior



Escrevi este poema num momento específico da minha vida. E quero sempre lembrar que somos muito mais do que pensamos ser...

Em homenagem a todos que conseguem sintonizar este canal discreto e poderoso, o poema abaixo.

***

O SENTIDO MAIOR


Talvez você estivesse onipresente
em cada palavra de cada poema escrito
e eu apenas não tinha percebido
porque ainda não fosse o momento.

Talvez, eu previsse parte do futuro
eu cada palavra de cada verso descrito
e apenas seria óbvio que com o tempo
a claridade sobre fatos fosse prevalecer.

Talvez, se eu olhar para o meu passado
e em cada poema de cada livro nascido
eu pudesse capturar seu rastro
que, cegamente, me guiava
para agora – onde estou
certamente, aquele lugar onde eu sempre quis estar.

Mas, nesse intervalo atemporal
estou aqui, vivendo este instante presente
sem mais desejar unir
as pontas do passado com as do futuro
e isso é quase o auge
de tudo o que eu mais poderia desejar.

Pois eu olho para você e olho para meus poemas
e o insentido faz sentido
os paradoxos se fundem no silêncio
no vácuo onde todas as paixões são queimadas
e eu simplesmente sou invadida
por esta tranqüilidade de saber
que você existe.

Assm, não importa a presença na ausência
do tempo que foi ou daquele que está por vir
o presente é construído continuamente
e a roda da fortuna dá outra volta
com a alegria da surpresa
e com a importância do aprendizado
e a simples certeza da esperança.

Assim, eu apenas quero estar ao seu lado
para capturar a resposta na curva
daquela pergunta inconsciente
eu quero caminhar ao seu lado
para chutar as pedras
que poderiam nos fazer tropeçar.

Assim, eu quero apenas estar ao seu lado
para trazer sentido aos objetivos
misteriosos da vida...
fundir o tempo e a existência
e não senti-las, não nomeá-las
simplesmente não percebê-las.

Pois eu olho para você e eu vejo
o claro e o escuro coexistirem em harmonia
como tudo deveria ser...
e eu escrevo agora este poema sabendo
que no segundo existe
ele será passado
mas eu soube... sempre soube
que apenas chegaria o dia
em que o tempo não mais existiria.

E todas as palavras, todos os atos,
todas as lembranças e todas as existências
se resumiriam a uma palavra
não-existente, que assumiria forma,
que seria auto-suficiente
para dizer para mim e para você:
sim, tudo vale a pena.

(25/05/2008)


Sem louvor e sem censura


Acordei ouvindo a música abaixo. Tive o privilégio de ver minha amiga cantando essa música ao vivo, que ela mesma intitula como um samba. Eu considero uma das mais belas músicas que já ouvi, principalmente pelo seu tema otimista, corajoso e esperançoso.

Ei-la!

Sem louvor e sem censura

intérprete: Mariana Timbó
composição: Marcelo Lavrador

Deixo minha solidão ficar sozinha
que o meu coração bate pela paz
com o meu violão ela é mais minha
e o que tempo fez ninguém mais desfaz.
Com a sorte nas mãos seguindo as linhas
queimo a ponte que já ficou pra trás
entre a vida e a morte numa rinha
e o que dói pode ser o que apraz.
Eu vou sem louvor e sem censura
que é mágoa o tempo cura
e por mais que seja dura a dor nada para sempre dura
eu vou com os olhos sempre abertos
mas com o peito descoberto
sem temer o que é viver.
Deixo minha condição de ser sozinha
que a beleza da flor já me satisfaz
se o pão é trabalho, o sangue, vinho
da vida saber é ser capaz.
Eu vou sem louvor e sem censura
que é mágoa o tempo cura
e por mais que seja dura a dor nada para sempre dura
eu vou com os olhos sempre abertos
mas com o peito descoberto
sem temer o que é viver.