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Pérola

Esta música é velha... acho que dos idos de 1993, quando o Paulo Ricardo decidiu voltar com o RPM numa experiência frustrada, mas que gerou... algumas pérolas (pena que era o início da decadência do bom rock brasileiro. Vide Titanomaquia do Titãs, um álbum fantástico! Nunca mais repetido... e tão pouco lembrado!)

Pérola + In these arms + Wish you were (Bee Gees) + Cry for help + algumas que não me ocorrem agora fazem parte do repertório da minha adolescência. Tempos interessantes aqueles...


Vejam o vídeo aqui.

Parada Gay

E eu me lembro do dia em que, por infelicíssima coincidência, estava indo à Liberdade fazer minhas comprinhas... quando desci na estação da Luz e me deparei com uma horde infinita de evangélicos de várias facções, usando faixinhas, camisetas, banners e faixas... era a MARCHA PARA JESUS! Eu, que a-do-ro muvuca, surtei. Não consegui ser uma pessoa humana, educada e civilizada. Descendo as escadas para o acesso ao metrô, em uma verdadeira procissão na estação de trem, eu surtei e disse em alto e bom tom: "Puta merda! Por que esta porra não anda mais rápido?!"
Obviamente, todo mundo se voltou e olhou para a japa herege. Se soubessem mais de mim, diriam que eu deveria ser queimada em carne viva ali mesmo, tudo em nome de Jesus. Mas, fui abrindo caminho e saí correndo dali.
Em geral, eles fazem essa marcha logo após a Parada Gay para expurgar a sujeira que os gays deixam na cidade. Pfff.

Parada à vista

por Vange Leonel

Nesta semana, São Paulo se prepara para receber centenas de milhares de visitantes do Brasil e do mundo para a Parada LGBT, evento que é o segundo em movimentação financeira gerada por turismo na cidade, atrás apenas da Fórmula 1.

Há alguns anos, a parada é realizada durante o feriado de Corpus Christi para poder se multiplicar pela cidade. Além do megadesfile de domingo, rola a caminhada lésbica no sábado, a feira cultural no vale do Anhangabaú, festas em casas noturnas, debates, música e muito mais.

Tudo isso faz com que as ruas da capital mudem de cara durante quatro dias. Pelo menos nos arredores da Paulista e no centro da cidade, mais casais homossexuais podem ser vistos passeando pelas ruas, pelos restaurantes, pelos cinemas ou fazendo compras. Não à toa, o comércio e a indústria de turismo locais adoram a semana da parada.

Há, porém, quem se incomode com o sucesso comercial do evento, acreditando que sua "capitalização" passa uma falsa ideia de que somos respeitados. Tipo: "Só gostam da gente porque gay tem grana pra gastar". Pode ser. Numa era extremamente consumista, é possível acreditar que você vale o quanto compra.

Mas, por outro lado, podemos pensar de modo mais pragmático. O sucesso comercial da parada tem um ótimo efeito colateral: garante a homossexuais um espaço de expressão nas ruas e na mídia. Afinal, numa era intensamente midiática, você vale o quanto se expressa.

Chico Bacon

Também adoro Caco Galhardo. Já escrevi alguns emails elogiando suas tiras.
Estas, para hoje, está simplesmente fantástica. Guardadas as proporções, de certa forma... é o que fazemos.







Mensagem

"Amor... eu te amo!
Nós temos a nossa história, a escrevemos todos os dias, a cada amanhecer... Tudo o que precisamos temos condições de criar e transformar em nossa relação. Tudo será construído apenas com energias novas e criadoras que se encontram apenas na luz, nas vibrações superiores, jamais no medo."

Meu, o que a gente faz com esses tipos???

Eu diria "MATA!". Mas, prefiro não me dar o luxo de fazer o que os do contra torceriam para a gente fazer.

Acabei de ler. Saiu na Folha de S.Paulo hoje. Ridículo. Reproduzo aqui, na íntegra.

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Devo dizer que estou puta da vida com este imbecil! São os milhares e milhões de gays, lésbicas e transexuais que trabalham, limpam e dão dinheiro para cornos como ele! Somos cada um de nós, que enfrenta o dia a dia, para fazer girar a roda da economia, da política, do entretenimento, da vida!!! Para, em pleno século XXI, ouvir uma barbárie de um jumento como ele!!! Tô muito puta. PUTÍSSIMA!
Para este estrupício, dedico este vídeo da Isabella Taviani.
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CORONEL LIRA

"Não há como perpetuar a espécie de outro jeito"

Substituto do estilista Clodovil Hernandes, morto em março, na Câmara dos Deputados, o coronel Jairo Paes de Lira (PTC-SP), 56, criou com um colega um projeto contra o casamento gay. "Nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou à entidade familiar", diz o texto da proposta. Ele falou à coluna por telefone.


FOLHA - Por que o projeto?
CORONEL JAIRO PAES DE LIRA - É um pedido de declaração mais explícita na lei para reafirmar que o casamento acontece entre um homem e uma mulher. Nossa Constituição não abraça os chamados "casamentos homossexuais". Além disso, defendo a tradição cristã.

FOLHA - Mesmo que nem todos os brasileiros sejam cristãos?
CORONEL LIRA - De modo geral, as religiões veem o casamento como união entre homem e mulher. Não há modo de perpetuar a espécie de outro jeito. Mas não sou contra parcerias civis, que na prática dão os mesmos direitos.

FOLHA - Clodovil aprovaria a ideia?
CORONEL LIRA - Em vida, ele disse que não aceitava o casamento gay. No final do mandato, apresentou um projeto a favor. Ele era uma figura do jet-set, completamente diferente de mim, mas eu o respeitava. Respeito a escolha de cada um, só não quero isso para mim, meus filhos e as futuras gerações.