Sempre fui criticada por ser a quietinha, por não falar o que penso, ou por ser a que "come quieta".
Depois, fui criticada porque era estourada, autoritária, radical, cruel.
Tentei achar um meio-termo entre as pontes tão distantes. Ô difícil ano de 2007 que foi aquele...
Voltei a ser quieta, mas sem perder o pensamento ácido. O turbilhão fervilhante dentro de mim, nunca se aquietou, apenas não se manifestou. Quem me conhece, sabe que não funciono dessa maneira.
Sempre respeitei o pensamento alheio, mesmo daqueles que cospem palavras como um nojento que catarra dentro da estação de metrô. Sim, isso existe.
Sempre respeitei a total falta de noção de pessoas que me agrediram porque eu era "x" ou "y". Porque eu tenho o cabelo curto ou porque tenho uma namorada que mora no RJ.
Sempre respeitei a imposição religiosa que me fizeram, mesmo eu odiando lavagem cerebral de quem quer que seja, não importa a hora do dia, ou a ocasião.
Por isso, digo e repito: "I know who I am, I know where I fit in, I feel comfortable in my own skin." As pessoas precisam de rótulos, as pessoas precisam rotular umas às outras. É um negócio nojento e doentio. Eu faço isso, mas sempre evitando ao máximo humilhar e tolher alguém.