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Novelas japonesas: de 1996 a 2008 e suas trilhas sonoras

Já falei de uma novela japonesa que acompanhei enquanto estava lá no Japão? Bem, eu vivo repetindo essa história e para quem já ouviu, peço a paciência para que eu conte de novo aos que não a conhecem!

Pesquisei agora e achei referências a essa novela! Não sei porque comecei a ver novela em japonês, sem legendas. Não entendia nada! Mas tinha algumas coisas que me chamaram muito a atenção nela.

Primeiro: conta a história de uma moça dividida entre dois amores, um carinha e uma mocinha. Muito parecido com o Last Friends, que ainda não consegui terminar de ver. [parênteses: Last Friends estava indo muito bem, mas as séries japonesas têm um ritmo muito... japonês? Longos focos, focos específicos. Lágrimas demais. Drama demais... haha] Em Last Friends, que ainda não terminei de ver, a dualidade é o ponto central. 

Da mesma forma, ocorre em Living Single (aliás não estranhe ter muitos nomes em inglês no Japão. O inglês é praticamente a segunda língua lá!). Não sei exatamente o que me fez começar ver essa novela (que a partir daqui chamarei de série). Deveria estar zapeando. Mas a curiosidade me chamou e eu fui lá encarar a novela sem legenda mesmo! Me chamou a atenção o fato de a novela tratar (LEMBREM-SE EM 1996) do tema da homossexualidade (NO JAPÃO) de forma tão aberta. Era algo comum. Na época, para mim, foi importante ter esse "apoio" para saber que, sim, o tema poderia ser abordado com naturalidade e que eu não estava sozinha no mundo.

Comecei a acompanhar todos os dias. Chegava direto do trabalho para ver. E me apaixonei pela música de abertura Saigo no Uso da Yumi Matsutoya. Então foi uma coisa inevitável: fiquei viciada na música de abertura (lembre-se que em 1996 não tinha internet pra download) e eu não ouvia rádios para ouvir a música. Então, a única oportunidade de ouvir a música era na abertura e no encerramento da série. Imagina a ansiedade diária. Naquela época não tínhamos Youtube pra ficar pondo tudo no repeat one! rs

Primeiro passo: comprar o cd com a música, óbvio. Fui às lojas e quem disse que eu sabia quem cantava a música? Como diria que era música de abertura de uma novela, com o meu parco japonês? Desafio! Fui garimpando, na área de singles japoneses de estreia. Uma graça! Coisa que não temos aqui e provavelmente nunca teremos: uma área exclusiva para venda de singles. 

Cacei e achei!!! Lembro que surtei de alegria. Era um mini-cd (nem sei se tem por aqui) que continha 4 músicas: Saigo no uso, Bye bye my Merry Christmas e as versões karaokê dessas músicas. Sim! Porque no Japão é obrigatoriedade dos singles terem versões em karaokê, de estúdio, com backing vocal e tudo! Aqui colocarei a bela Saigo no uso (ou, a Última mentira, se preferirem).


Last Friends segue na mesma linda, mas trabalha com temas mais diversos para falar de pessoas que não sofrem no amor, seja por tê-lo, por não tê-lo, por tê-lo demais ou de menos, por não ser assumido. O modo como é feito pode não me agradar, mas os temas trabalhados estão muito além daqueles que vemos por aqui. E isso é um ponto muito forte!

A música de abertura dessa série é de Utada Hikaru chamada Prisoner of love que coloco aqui:



Bem, que tiver curiosidade, não é muito difícil achar o download de Last friends na internet. Também é fácil achar o download das músicas de Yumi Matsutoya e Utada Hikaru. E olha que coincidência mortal: elas nasceram no mesmo dia!!! Em 19 de janeiro, sendo a primeira no ano de 1954 e a segunda em 1983.

Fica a dica pra quem tiver tempo e curiosidade. Recomendo!

Momentos de reflexão

Um bom site de tarô online na internet é o do Nei Naiff. Profissional gabaritado e experiente, tem sempre uma palavra de conselho, firme e esperançosa, na medida certa.

Tenho três livros dele que sempre uso para consulta pessoal e para treinar a taromancia (eita coisa difícil!). Agora com mais tempo para me dedicar a mim mesma, investirei pesado em coisas que tinha colocado de lado, como a Astrologia e o Tarô. Me aguardem! rs

 Abaixo, um conselho dele para o meu momento, hoje. Gostei da reflexão. Quem precisar dele ou tiver curiosidade, vai aqui.


Tom Petty and the Heartbreakers

Acho que não deve ter um ser que nunca tenha ouvido uma música desse cara. Pode não saber associar cara e nome, mas Free Fallin' com certeza já tocou no seu radinho.

Mas eu me lembro quando consegui fazer essa associação. Foi vendo dois filmes: O silêncio dos inocentes (toca American girl no fusquinha da primeira vítima apresentada ao espectador) e Desejo proibido (toca Something in the air na abertura da terceira parte). Obviamente, deve haver outras várias referências, mas essas são as duas que eu conheço!

Curiosa, fui pesquisar sobre eles. Primeira surpresa: meu querido Bon Jovi é fã! Isso me deu ótimas referências. Numa época em que baixar música da internet não era costume, corri para sebos comprar qualquer álbum que estivesse disponível. E fui na internet comprar uma coletânea. E me deliciei!!!

Eles têm o estilo de música que me agrada, a batida rítmica perfeita e as letras simples e profundas. Conseguem ter, para mim, uma música exata para momentos específicos de sua vida.

Bem, aqui vou elencar minhas cinco músicas favoritas. Se tu gostares, vá atrás. Rock clássico do bom, infelizmente pouco valorizado hoje em dia. Ainda bem que Tom Petty não precisa mais disso, ele já é um monstro eternizado no altar dos grandes músicos!

1. Face in the crowd

2. Into the great wide open

3. You got lucky

4. I won't back down

5. Learning to fly

Reflexão

Fazia tempo que também não postava nada do Trigueirinho. Acabei de ler este texto do site dele e acho oportuno citá-lo aqui, com os devidos créditos.
Esvazia-te
O indivíduo não pode receber dádivas dos céus enquanto suas mãos estiverem ocupadas em reter coisas materiais.
Esvazia-te, esvazia-te para que encontres as verdadeiras riquezas. A eternidade é conhecida por aquele que não planeja, não alimenta recordações nem se preocupa com o amanhã.
Para muitos é difícil reconhecer a necessidade de desligar-se de laços, de afetos e das coisas que os enlevam. Porém, como pode o Ilimitado ser contido num ser que não se entrega ao infinito?
A energia cósmica é a energia pura, renovadora, origem das emanações que vitalizam a Criação. O seu fluxo através de um ser depende de quanto ele poderá deixar que essa energia o permeie sem desviá-la segundo as próprias tendências. Mesmo que se aspire a não interferir nesse fluxo, é inevitável fazê-lo quando existem vínculos em níveis humanos. Por isso, a potência energética acessível a um homem comum, atado à matéria, é consideravelmente menor do que a disponível a um ser desapegado, evoluído espiritualmente.
O contato com a energia divina não pode ser transmitido e tampouco ensinado. Cada contato é único, pois a perfeição jamais se repete. Pode-se falar a respeito dessa energia, pode-se lançar luz no caminho para alcançá-la, mas cada indivíduo tem de percorrer por si mesmo suas trilhas, aprender a não se impressionar com as pedras pontiagudas espalhadas por elas e a comungar da inefável beleza de suas alamedas.
Extraído do livro “O Visitante (O caminho para Anu Tea)”, de Trigueirinho – Págs. 67 a 68 – Editora Pensamento.