Caros leitores, caras leitoras deste blogue... há muito tempo venho desejando ansiosamente falar sobre o meu cineasta favorito de todos os tempos: mr. David Lynch (a quem tive o prazer único de ver ao vivo, em sua passagem pelo Brasil, em 2008).
Eu fico pensando que seus filmes -- como tem de ser nas obras dos grandes artistas -- são atemporais. Eu tenho tudo que dele consegui ter. Faltava, há algum tempo, ter Lost Highway (ou a Estrada perdida, em português). Mas quem disse que esse dvd está à venda? Recorri ao mercado negro. E acabei de ver mais essa pérola.
Se diziam que Lost highway é um entremeio entre Blue Velvet e Mulholland dr... pode ser. Pitadas de Wild at Heart. O cume será sempre Inland Empire, que preciso rever em um dia muito específico. Se vc não tem ideia de nenhum desses filmes que tô falando aqui, vai googlear, vale a pena aprender com o mestre.
Lost Highway tem os elementos clássicos -- podemos assim dizer -- de David Lynch. Mas como o mestre diria, olhe o mais simples e entenderá o todo. O mais simples é uma história de amor e traição. Tão banal... mas dependendo do olhar a que é submetido, vira pérola, vira clássico.
Gosto das luzes -- ou da ausência delas. Gosto da postura dos personagens -- sempre tão blasés -- parece que mais nos observando, do que nós a eles. Gosto do cenário e do figuro -- os veludos, os sofás e o telefone. Abajures em posições específicas. Os carros. A cidade sempre tão aparentemente estática.
Não gosto do Bill Pullman. Ele tem uma capacidade de irritar sem abrir a boca. Mas me surpreendeu a sua atuação -- coisa que só os mestres também fazem. Outra coisa que David Lynch sempre faz: criar personagens que marcam visualmente. Neste filme, não é diferente...
Nota 10 -- eu, uma humilde fã de seu cinema, atribuo. E indico a quem quiser, mas preferencialmente, veja os filmes na ordem cronológica... você verá o trabalho do artista e mestre único que é David Lynch.