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Novo morador

O tempo de silêncio é sempre necessário quando a mente anda "falante" demais. Claro, nem sempre os falantes sabem o que falam e mesmo os silenciosos também.

Quero compartilhar com vocês o mais novo morador aqui no apartamento: Floriano. Sua história é aquela velha conhecida: abandonado, perdido em um lugar público e recolhido por uma verdadeira protetora dos animais, Cristina Kok.

Fazia algum tempo que queria adotar um gatinho e ontem, quando vi esse gatinho lindo, não resisti. Agora, eu e meu amor temos um novo companheiro aqui em casa, que será cuidado com muito carinho e amor.




Zélia Duncan no Teatro de Niterói - um show de cores e talento

Para encerrar esta semana cheia de shows (foi algo inédito assistir a três shows), hoje fui ver Zélia Duncan no Teatro de Niterói (aqui pertinho de casa...) para gravação do seu DVD "Pelo sabor do gesto" e para comemorar TRINTA anos de carreira! Como assim, trinta?! Pois é. Nem acreditei quando ela disse isso...

Primeiro: eu não conhecia o teatro e achei-o lindo, soberbo.  Decidi que quero ver peças e mais eventos lá, ainda mais para aproveitar que fica a 10 minutos de casa! ;-) Segundo, o cenário: aquarela pura, seguindo a própria concepção do encarte do cd. Se você, por acaso, baixou o cd e não sabe do que tô falando, vai lá prestigiar a Zélia e compre.

O cenário em aquarela, combinando com o vestido balonê de ZD, com as roupas também coloridas dos músicos da banda, com o canhão de luzes... foi apenas parte do que o show reservava. A abertura foi assim, com "Boas Razões" e Fernanda Takai e John Ulhoa no palco com ZD. Direto, uma surpresa! Aquilo seria apenas o indício de como o show seria...

O setlist foi baseado no último cd dela "Pelo sabor do gesto" mostrou uma Zélia confortável, humilde e talento mais do que sobra. Outro destaque e surpresa que me emocionou foi que ela cantou o refrão de "Todos os verbos do mundo" em libras (linguagem dos surdos e mudos) após contar uma bela história que, não saberei reproduzir em nomes completos agora.

Confesso: foi o primeiro show oficial de ZD que assisti. Vi um show gratuito uma vez, há zilhões de anos atrás. Estou determinada a assisti-la mais vezes, porque enquanto a via no palco, entendi porque ela está onde ela merece estar: como uma de nossas melhores representantes da atual MPB. Sua humildade é tão inacreditável quanto a cena que vi do lado de fora, enquanto esperava para entrar: a mãe de Zélia estava na fila (junto aos mortais) para entrar no teatro. Na fila? Sim. Ela estava lá, sorridente, com a camiseta da gravação do dvd, como qualquer fã, esperando a vez de entrar. E não ficou na primeira fila! Para mim, isso demonstra claramente como o caráter da mãe selou o caráter da filha. E isso me fez admirar Zélia ainda mais. Ela tem a simplicidade -- e talento estratosférico -- que muitas cantoras e cantores da mesma geração (cheia de estrelismo pop) não têm. O movimento é de dentro para fora.

As surpresas de Christiaan Oyens, Marcelo Jeneci, Paulinho Moska (doido e simpático!) encheram o show com mais cores. Ainda foi lindo vê-la cantar "I love you" de Roberto Carlos. Ao final, todos os convidados subiram ao palco outra vez. Ficou uma sensação de alegria inefável... a alegria de uma artista feliz com os trinta anos e, como ela mesma disse, os próximos anos que a vida permitir. Ah, como assim?! A vida vai lhe permitir muitos e muitos e eternos anos!

Isabella Taviani no Teatro Rival - parte 2

Sim. Está virando regra meus posts sobre os shows que costumo ir. Fico muito feliz de ouvir os comentários e os feedbacks das pessoas que, em geral, gostam de ler os meus textos. Tenham certeza apenas de algo: escrevo com o coração, tentando traduzir com a máxima fidelidade tudo o que senti.

Primeira coisa que deve ser dita: admiro MUITO a artista Isabella Taviani. Porque é incrível como ela não faz NUNCA um show igual ao outro. Isso pode parecer um comentário meio óbvio, mas a certa repetição acaba sendo uma característica meio comum, quando a gente acompanha o artista de perto. Mesmo set list, mesmos comentários entre uma música e outra, mesmo, mesmo, mesmo...

MAS -- e enfatizo isso -- IT É UMA ARTISTA DIFERENTE. Gosto demais de suas músicas. Gosto demais de sua voz melodiosa e potente. Gosto demais de sua presença de palco. Gosto demais de seu carisma e do seu carinho para com cada um de seus fãs. Isso a torna mais do que única. Cada vez que vou a um show seu, penso em como ela consegue essa arte de ser ela mesma se reinventando todos os dias. > Isso não é simplesmente um elogio rasgado, é uma verdade visceral para mim. E motivos de sobra para justificar porque fui aos dois shows no Teatro Rival.

Último dia de show, havia um clima solto. Alguns rostos conhecidos da quinta-feira... outros novos. A casa ficou lotada! A abertura com o show da Thathi foi algo impressionante, porque foi a primeira vez que a vi ao vivo. Baiana de guitarra potente com um imenso futuro a frente! As covers e as músicas de sua autoria são lindas!

Também havia uma ansiedade para a participação de Luiza Possi. Mas, antes disso, tivemos uma doce surpresa agradável quando IT chamou Myllena para subir ao palco e cantar com ela a inédita "Canção de amor clichê". Confesso que com duas vozes e um violão apenas, ela ficou mais forte. E eu gostei mais dessa versão do que a ouvida no show da Myllena.

De repente, então, sem mais nem menos, no meio de "Borboletas e risos" entra Luiza Possi, num vestido lindo! As duas fizeram um dueto lindo nessa canção que ganhou todo a meiguice e doçura da loira, num resultado cheio de surpresas! Eu adorei. Pena que não estava preparada para gravar e peguei apenas metade do vídeo. Vamos torcer para algum fã ter gravado ela inteira!

Luiza Possi ainda cantou "Outro mar" (segunda vez que tive a chance de ouvi-la cantada ao vivo pela dupla -- a outra foi no Tom Jazz, ano passado) e num bis final, fez dueto no repeteco de "Digitais". Alguém queria mais? IT ainda incluiu "Recado do tempo" antes de terminar o show com a clássica "De qualquer maneira" (Peixinho, para os íntimos).

O público estava caloroso, mãos e vozes em coro... a casa lotada. Nessas horas, não me canso de deixar de olhar o palco e voltar meus olhos para o público. É fascinante observar rostos cantando, outros chorando, outros em transe, outros apenas.... assistindo. A banda, como sempre, unida e fantástica, naquela sintonia perfeita deles. IT e seus convidados arrasando.

E, como tinha comentado com a própria Isabella, a velha e boa IT que nós conhecemos, dos olhso arregalados, da certa angústia e intensidade de emoções está de volta!!! Não da mesma forma que a conhecíamos.... mas madura. Uma maturidade cheia de adeus ao passado e repleta de esperança do futuro. Os verdadeiros fãs entendem o recado e a aplaudem, confabulam e compactuam com ela.

Infelizmente, por causa do outro evento da noite, ela não pôde abrir o camarim. Faltou a foto e o abraço... (sorte a minha que tirei foto na quinta! rs) No entanto, sobraram emoções diversificadas para todos os gostos. A minha, em especial, é a contínua e crescente admiração por ela. Preciso de IT na minha vida. E obrigada, mais uma vez, por este show lindo que proporcionou aos fãs cariocas!