Aproveitem e saboreiem...
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Isabella Taviani no Teatro Municipal de Niterói - sem palavras num post com muitas palavras!
Então... como começar este post? Não sei. Talvez... do começo? Um pequeno recuo no tempo para poder tentar transformar em palavras a experiência que foi assistir ao show de Isabella Taviani hoje no Teatro Municipal de Niterói. E aproveito para ir encontrando as palavras para tentar reproduzir com o máximo de fidelidade como foi este show. Porque até agora... estou totalmente muda.
O recuo no tempo me leva até outubro de 2010, nos dois shows que a IT fez em São Paulo, no Tom Jazz. Naquela ocasião, ela (como eventualmente faz) pediu aos fãs sugestões para o setlist. Estava em Sampa, iria assistir ao show e resolvi pedir uma música específica (quem leu minhas histórias sobre show de IT sabe qual é a música...). Ela disse que cantaria e eu fui ansiosa para ver. Ela me disse no camarim que até tinha ensaiado a música mas que ela não encaixava no repertório. E me prometeu que um dia a cantaria especialmente para mim.
Bom, quem visita sempre este blogue até deve saber qual é a música... vou fazer suspense porque, infelizmente, é uma música pouco conhecida dos fãs! Diria que chega quase a ser um b-side de um disco, mesmo sendo música oficial. Não há registros no youtube em lugar algum dessa música ter sido cantada. Você conversa com os fãs e eles quase nem a conhecem... ou seja, é uma verdadeira pérola ali... esquecida. Não por mim e não por Cris Barufi, outra fã (acho que somos as únicas, Xará) que gosta muito dessa canção.
Então, a promessa ficou guardada. E, sempre que IT pede sugestões pro setlist, o pedido seguia junto. Até hoje. Até este dia 07 de agosto de 2011 que vai ficar por muito tempo nas minhas memórias... A própria tinha cantado bola no twitter quando, hoje, perguntou porque eu não tinha ido a nenhum show em Niterói. Só por isso, já morri. Ou vocês pensam que é comum assim um artista ter esse tipo de relacionamento com seu fã? Foi bonitinho, porque eu disse a ela que teria um presentinho e ela disse que teria um presente para mim. Desfibrilador cardíaco em ação, esperando o que eu veria!
E o que eu vi foi além de qualquer descrição possível que palavras podem tentar descrever. Palavras não são suficientes. Robertinha ficava olhando para mim toda hora, tentando captar o meu pensamento. Eu não tinha pensamento. Eu não tinha voz. Eu apenas liguei a câmera para filmar aquele momento único.
Quando as grossas cortinas do teatro foram abertas, estava lá imponente, na penumbra, meia-luz direcionada, ela, Isabella Taviani. Sozinha no palco, em pé, sem violão, sem acompanhamento, "apenas" a sua voz. A capela, eu ouvi Pontos Cardeais. Isso não tem descrição. Ela simplesmente abriu o show com a música dela que eu mais amo. Ela simplesmente soltou sua voz, forte, doce, melodiosa, aveludada, potente... ecoando na acústica deliciosa do teatro, ecoando fundo no meu coração que tinha parado de bater, neste corpo que tinha parado de respirar... meu corpo gelou, meus pensamentos cessaram. Foi como uma mágica acontecendo, um momento que nunca mais se repetiria e, por isso, ainda era mais único.
Até agora, eu tento reproduzir o que senti... não consigo. O que descrevi acima é o que mais se aproxima. Isso é muito mais do que qualquer pode desejar. Afinal, como disse, a canção é um espécie de b-side, que quase ninguém conhece. É uma música tão única que não se encaixa num repertório. No aguardado encontro no camarim, IT soltou se vozeirão me dizendo que tinha cantando Pontos Cardeais especialmente para mim. Eu apenas gaguejei (coisa que nunca tinha feito) para vocês verem. Abracei-a, agradeci. Precisa de mais algo?
O show começou mágico e seguiu perfeito. Isabella Taviani abusou da acústica e da qualidade do som do Teatro. Eu vi seu lado lírico em ação, fazendo pequenas adaptações vocais nas conhecidas músicas. Mas não era um arranjo diferente como foi nos shows de Lonas e Sesis. Era a voz de IT que estava divina. Se os anjos tiverem voz, foi a voz de IT esta noite. E a canção de Roberto e Isolda? Eu nunca tinha visto Isabella Taviani empunhando uma guitarra! Que versão e que interpretação! E "A canção qeu faltava"?... eu a adorei desde a primeira vez que ouvi!
O show terminou com uma pequena chuva de pétalas de rosas... para mim, o encerramento perfeito de um dia que começou perfeito. Perfeito, divino... talvez essas palavras se aproximem daquilo que vivi hoje. Eu já fui a muitos shows de IT (desde 2009, já que sou fã nova), mas este, obviamente, tem O GOSTO especial. Por motivos pessoais, por motivos específicos... não importa. Como sempre digo, quem perdeu, perdeu o show! Perdeu uma noite mágica, divina, celestial...
Isa, muito obrigada por existir, por ser a cantora que você é, por ser a alma que você é, pelo presente de hoje, por tudo que você significa na minha vida. Afirmo com toda a certeza do mundo: minha vida nunca seria a mesma se eu não pudesse ter o privilégio de compartilhá-la com você. Você tem esta fã para sempre, pois nunca deixarei de te acompanhar aonde quer que você for!
Queridos, mais fotos no meu facebook. Obrigada a vocês, também, por lerem este longo relato... eu precisava compartilhar com vocês.
A verdade, os protagonistas e os antagonistas da vida
Se fosse lhe dada a chance de saber a verdade sobre tudo, todas as perguntas que você pensou (e sequer sonhou) em fazer. Se fosse lhe dada a única chance de saber tudo sobre todos os mistérios da vida, do universo, da sua própria vida, do seu próprio universo. Se fosse lhe dada a chance de saber tudo aquilo que você sempre quis saber... me diga, você aceitaria esta chance?
Isso dá uma sensação de poder ilimitado, não é? Com meu parco conhecimento cinéfilo, lembro de alguns filmes que trouxeram esta temática: o protagonista chegar ao ponto do sem ponto, de clímax para saber se deseja saber ou não. Antagonistas também poderiam viver esse dilema. Mas a diferença entre protagonistas e antagonistas é que os primeiros titubeiam e, os segundos, avançam intempestuosamente.
Paro para observar os protagonistas e os antagonistas da nossa vida cotidiana -- não menos simples que um roteiro de um filme qualquer. Paro e penso em algumas pessoas... penso, num ato presunçoso, em qual seria a opção. Paro e lembro que também somos consequências de nossas próprias escolhas... mas paro, também, para pensar que em muitas vezes não temos a mínima consciência do que é viver na inconsciência. E como sabemos quando estamos vivendo inconsequentes e inconscientes? Eu diria que é quando julgamos o outro (coisa que mais fazemos...). Diria que é quando agimos sem o sentimento de amor puro e pleno.
Ninguém é vítima, ninguém é culpado. O real estado de consciência depende de tantos fatores... que fica impossível criticar (e, por consequência, julgar) alguém. E a imensa maioria de nós não quer saber a verdade. Não importa saber. Uma outra imensa maioria não tem condições de conhecer sequer a ponta do iceberg da verdade, pois ela simplesmente enlouqueceria. E uma outra maioria pensa que já sabe a verdade e vive sob seu jugo (pessoal e intransferível) passando como um verdadeiro trator sobre vidas alheias.
Ninguém está certo, ninguém está errado. A verdade pode ser pessoal para cada um, mas tem seu centro universal imutável. E depende apenas de cada um (paradoxo filosófico) olhar sob sua própria perspectiva pessoal para entender a universal. No entanto, se os olhos pessoais estão cegos, duvido muito que seja possível sequer um vislumbre de uma compreensão mais ampla.
O conhecimento é uma fonte inesgotável. Tristes são aqueles que sentenciam saber o suficiente sobre tudo e vivem sob a égide autoritária de uma personalidade castradora de si mesma e de todos com quem convive. Tristes são aqueles que até posam de humildes para atrair mais atenção para si, com máscaras de aceitação. Isso é tudo o que essas pessoas querem: aceitação.
E agora chego ao clímax deste post. Na minha opinião, o desejo de aceitação faz com que estejamos abertos ao conhecimento, à verdade e ao verdadeiro amor. Quanto de você deseja ardentemente ser aceito? Ser aceito pela sociedade? Ser aceito por sua família? Ser aceito por seus colegas de trabalho? Ser aceito pelos seus amigos? Ser aceito por seu grupo, qualquer que ele seja?
Se não somos aceitos, ficamos excluídos. O ostracismo social parece ser muito pior do que uma vida ignorante para a esmagadora maioria dos seres humanos. E, assim, vivemos sob a ilusão de que, sendo aceitos em alguma ramificação da nossa vida, somos felizes e não precisamos de mais nada. Será? Você sabe o que você mais deseja para a sua vida?
Quero escrever mais, mas acho que isto é o suficiente. Eu mesma ainda ando a refletir sobre esse assunto... que me veio neste insight às 05h00 da manhã deste sábado. Em uma hora em que todos estão fazendo tudo, menos filosofar sobre a vida, é quando sinto minha mente clarear... como o belo céu azul que tem feito estes dias. Ah!...
Isso dá uma sensação de poder ilimitado, não é? Com meu parco conhecimento cinéfilo, lembro de alguns filmes que trouxeram esta temática: o protagonista chegar ao ponto do sem ponto, de clímax para saber se deseja saber ou não. Antagonistas também poderiam viver esse dilema. Mas a diferença entre protagonistas e antagonistas é que os primeiros titubeiam e, os segundos, avançam intempestuosamente.
Paro para observar os protagonistas e os antagonistas da nossa vida cotidiana -- não menos simples que um roteiro de um filme qualquer. Paro e penso em algumas pessoas... penso, num ato presunçoso, em qual seria a opção. Paro e lembro que também somos consequências de nossas próprias escolhas... mas paro, também, para pensar que em muitas vezes não temos a mínima consciência do que é viver na inconsciência. E como sabemos quando estamos vivendo inconsequentes e inconscientes? Eu diria que é quando julgamos o outro (coisa que mais fazemos...). Diria que é quando agimos sem o sentimento de amor puro e pleno.
Ninguém é vítima, ninguém é culpado. O real estado de consciência depende de tantos fatores... que fica impossível criticar (e, por consequência, julgar) alguém. E a imensa maioria de nós não quer saber a verdade. Não importa saber. Uma outra imensa maioria não tem condições de conhecer sequer a ponta do iceberg da verdade, pois ela simplesmente enlouqueceria. E uma outra maioria pensa que já sabe a verdade e vive sob seu jugo (pessoal e intransferível) passando como um verdadeiro trator sobre vidas alheias.
Ninguém está certo, ninguém está errado. A verdade pode ser pessoal para cada um, mas tem seu centro universal imutável. E depende apenas de cada um (paradoxo filosófico) olhar sob sua própria perspectiva pessoal para entender a universal. No entanto, se os olhos pessoais estão cegos, duvido muito que seja possível sequer um vislumbre de uma compreensão mais ampla.
O conhecimento é uma fonte inesgotável. Tristes são aqueles que sentenciam saber o suficiente sobre tudo e vivem sob a égide autoritária de uma personalidade castradora de si mesma e de todos com quem convive. Tristes são aqueles que até posam de humildes para atrair mais atenção para si, com máscaras de aceitação. Isso é tudo o que essas pessoas querem: aceitação.
E agora chego ao clímax deste post. Na minha opinião, o desejo de aceitação faz com que estejamos abertos ao conhecimento, à verdade e ao verdadeiro amor. Quanto de você deseja ardentemente ser aceito? Ser aceito pela sociedade? Ser aceito por sua família? Ser aceito por seus colegas de trabalho? Ser aceito pelos seus amigos? Ser aceito por seu grupo, qualquer que ele seja?
Se não somos aceitos, ficamos excluídos. O ostracismo social parece ser muito pior do que uma vida ignorante para a esmagadora maioria dos seres humanos. E, assim, vivemos sob a ilusão de que, sendo aceitos em alguma ramificação da nossa vida, somos felizes e não precisamos de mais nada. Será? Você sabe o que você mais deseja para a sua vida?
Quero escrever mais, mas acho que isto é o suficiente. Eu mesma ainda ando a refletir sobre esse assunto... que me veio neste insight às 05h00 da manhã deste sábado. Em uma hora em que todos estão fazendo tudo, menos filosofar sobre a vida, é quando sinto minha mente clarear... como o belo céu azul que tem feito estes dias. Ah!...
Onipotência
Os ventos sopram… a terra gira, as estações mudam. Ando a reler “O ponto de mutação” obra máxima de Fritjof Capra. Tinha ganhado esse livro de presente de aniversário em 2004, assistido ao filme em 2002, talvez, e pensado – na época – como esse livro mudou a minha cabeça. E é impressionante o poder que certas coisas têm na sua vida: de mudar. Mudar.
Os ventos sopram... a terra gira, as pessoas mudam. Quer dizer, se há uma regra universal na vida, eu diria que é a regra do livre-arbítrio. Você – e mais ninguém – é dono do seu destino. Não é recordação de nome de novela, não. A cada segundo de nossa vida, temos a oportunidade de fazer diferente. De escolher diferente. De desejar diferente. Mudar... mudar.
No entanto, a algumas pessoas é dado o direito supremo de julgamento da vida alheia. Ops, eu disse “a algumas pessoas”? O correto seria dizer: a todas as pessoas. Pois todos temos as nossas experiências de vidas que funcionam a partir daí como embasamento empírico para apontar falhas alheias como se as nossas próprias não fossem dignas de julgamento. Para alguns, esse poder extrapola limites. Para uns outros, pode ser motivos de autoculpa e autoflagelação com dizeres do tipo “eu não deveria dizer isso, mas eu digo isso” ou fazer exatamente as atitudes criticadas pensando intimamente que não deveria fazer. Um ciclo vicioso, digamos assim.
Nos últimos meses, a minha vida tem sido de reviravoltas. De reconhecimento, de autoconhecimento e de conhecimento, mesmo. Como dito, eu mesma acho que conheço certas coisas só por tê-las vivido a fundo. Ilusão. Eu também acho que conheço as pessoas porque a Astrologia me disse que a conhecia. Ilusão (e não é por culpa da Astrologia, claro). Eu também acho que aprendi a reconhecer o meio-termo dos extremos da vida, dos fatos e dos relacionamentos... ilusão.
Minha vida, por isso, tem sido uma completa ilusão? Desilusão? Eu diria que a minha vida tem sido um complexo e completo universo inteiro de novas possibilidades nunca antes vislumbradas. Eu mudei? Sim, eu mudei. Estou reaprendo a viver sem ilusões? Sim, estou batalhando. A vida é mais fácil dessa forma? Não é mais fácil ou mais difícil, é apenas nova. E como uma criança aprendendo a andar, estou reaprendendo a andar de novo.
Por isso, eis a minha resposta à sua pergunta: quando uma coisa não está fluindo, a melhor forma de desobstruir é deixar o rio seguir seu curso. Não forçar barricadas. Não exigir que as margens cedam. O rio segue seu curso e saberá qual o melhor caminho a tomar. Eu acho que dizer isso parece grosseiro, pois parece que sou superior: acredite em mim, não há superioridade nas minhas palavras, é você quem as está interpretando assim. E se você sabe que não me conhece o suficiente para tentar me compreender, não force uma interpretação baseada em traumas pessoais antigos, em reflexos doentios de uma sociedade hipócrita e igual. Você poderia simplesmente tentar... sentir. Mas se não houver, por ora, sentimentos em seu coração... calar não é sempre a melhor resposta?
Por isso, eis a minha resposta à sua outra pergunta: não olhe para o passado procurando por respostas como um arqueólogo atrás de relíquias. Ainda estamos vivos e nossos ossos não precisam nos dizer o que nossa alma e nossas atitudes do presente podem. Se você se sentir preso dentro de si mesmo, é porque há algo dentro de si que deseja ardentemente se libertar. Se você se sente sufocado, mesmo respirando e mesmo falando sem parar, é porque você ainda não passou da sua própria superfície e é apenas no verniz que você está patinando. Se você procura, inconscientemente, a culpa nos outros pelos erros que você não tem coragem de assumir, faça como eu: assuma os erros. Admita que se a única regra universal da vida for o livre-arbítrio, tentar o diferente (e, talvez, errar por isso) é o mínimo decente que podemos fazer por nós mesmos.
O vento está soprando... e eu sinto que é hora do silêncio entre nós. O silêncio e o tempo, bálsamos tão poderosos, saberão nos conduzir. Nossas mentes racionais e tão humanas agora não podem. Pois precisamos aprender que a onipotência inerente a cada ser humano vivo na face da Terra é a arma que têm nos conduzido a nossa própria destruição.
Os ventos sopram... a terra gira, as pessoas mudam. Quer dizer, se há uma regra universal na vida, eu diria que é a regra do livre-arbítrio. Você – e mais ninguém – é dono do seu destino. Não é recordação de nome de novela, não. A cada segundo de nossa vida, temos a oportunidade de fazer diferente. De escolher diferente. De desejar diferente. Mudar... mudar.
No entanto, a algumas pessoas é dado o direito supremo de julgamento da vida alheia. Ops, eu disse “a algumas pessoas”? O correto seria dizer: a todas as pessoas. Pois todos temos as nossas experiências de vidas que funcionam a partir daí como embasamento empírico para apontar falhas alheias como se as nossas próprias não fossem dignas de julgamento. Para alguns, esse poder extrapola limites. Para uns outros, pode ser motivos de autoculpa e autoflagelação com dizeres do tipo “eu não deveria dizer isso, mas eu digo isso” ou fazer exatamente as atitudes criticadas pensando intimamente que não deveria fazer. Um ciclo vicioso, digamos assim.
Nos últimos meses, a minha vida tem sido de reviravoltas. De reconhecimento, de autoconhecimento e de conhecimento, mesmo. Como dito, eu mesma acho que conheço certas coisas só por tê-las vivido a fundo. Ilusão. Eu também acho que conheço as pessoas porque a Astrologia me disse que a conhecia. Ilusão (e não é por culpa da Astrologia, claro). Eu também acho que aprendi a reconhecer o meio-termo dos extremos da vida, dos fatos e dos relacionamentos... ilusão.
Minha vida, por isso, tem sido uma completa ilusão? Desilusão? Eu diria que a minha vida tem sido um complexo e completo universo inteiro de novas possibilidades nunca antes vislumbradas. Eu mudei? Sim, eu mudei. Estou reaprendo a viver sem ilusões? Sim, estou batalhando. A vida é mais fácil dessa forma? Não é mais fácil ou mais difícil, é apenas nova. E como uma criança aprendendo a andar, estou reaprendendo a andar de novo.
Por isso, eis a minha resposta à sua pergunta: quando uma coisa não está fluindo, a melhor forma de desobstruir é deixar o rio seguir seu curso. Não forçar barricadas. Não exigir que as margens cedam. O rio segue seu curso e saberá qual o melhor caminho a tomar. Eu acho que dizer isso parece grosseiro, pois parece que sou superior: acredite em mim, não há superioridade nas minhas palavras, é você quem as está interpretando assim. E se você sabe que não me conhece o suficiente para tentar me compreender, não force uma interpretação baseada em traumas pessoais antigos, em reflexos doentios de uma sociedade hipócrita e igual. Você poderia simplesmente tentar... sentir. Mas se não houver, por ora, sentimentos em seu coração... calar não é sempre a melhor resposta?
Por isso, eis a minha resposta à sua outra pergunta: não olhe para o passado procurando por respostas como um arqueólogo atrás de relíquias. Ainda estamos vivos e nossos ossos não precisam nos dizer o que nossa alma e nossas atitudes do presente podem. Se você se sentir preso dentro de si mesmo, é porque há algo dentro de si que deseja ardentemente se libertar. Se você se sente sufocado, mesmo respirando e mesmo falando sem parar, é porque você ainda não passou da sua própria superfície e é apenas no verniz que você está patinando. Se você procura, inconscientemente, a culpa nos outros pelos erros que você não tem coragem de assumir, faça como eu: assuma os erros. Admita que se a única regra universal da vida for o livre-arbítrio, tentar o diferente (e, talvez, errar por isso) é o mínimo decente que podemos fazer por nós mesmos.
O vento está soprando... e eu sinto que é hora do silêncio entre nós. O silêncio e o tempo, bálsamos tão poderosos, saberão nos conduzir. Nossas mentes racionais e tão humanas agora não podem. Pois precisamos aprender que a onipotência inerente a cada ser humano vivo na face da Terra é a arma que têm nos conduzido a nossa própria destruição.
Melissa Etheridge - Company
De uns tempos (bastante tempo, aliás!), venho pensando nas pessoas que entraram e saíram da minha vida. Tantas pessoas, tantas circunstâncias. Exagerei no poder da palavra, exagerei no conhecimento e uso da Astrologia, exagerei no falso correto julgamento que achei que poderia fazer. Exagerei em muita coisa.
Ao mesmo tempo, tenho saboreado tantos novos sabores e temperos... que me pergunto constantemente qual é o real limite naquela velha frase: "melhor ser ignorante ou saber a resposta de todas as perguntas?".
Vou confessar uma coisa aqui: sabe do que sinto falta? Sinto falta de conhecer uma pessoa e me sentir tão instigada por ela, que eu seria capaz de fazer um revolução ao seu lado. Uma pessoa apaixonante! Não é amor, não é paixão, não é sexo... é uma conexão eletrizante, de pura energia e coincidência conectadas, sabe? Alguma vez na vida, todos nós sentimos isso.
E faz tempo, sabe, faz muito tempo que eu sinto falta dessa conexão que me arrepie e me surpreenda. Mas deve ser período, deve ser carma, deve ser essa nova pessoa que sou agora. Ironicamente, mais aberta e mais compreensível e, na mesma medida, mais sozinha.
As pessoas tornam-se tão previsíveis... tão egoisticamente previsíveis e tão ironicamente rasas... um racionalismo que se traduz assim: paralelas que nunca se cruzam.
Trilha sonora de hoje, Melissa Etheridge.
Ao mesmo tempo, tenho saboreado tantos novos sabores e temperos... que me pergunto constantemente qual é o real limite naquela velha frase: "melhor ser ignorante ou saber a resposta de todas as perguntas?".
Vou confessar uma coisa aqui: sabe do que sinto falta? Sinto falta de conhecer uma pessoa e me sentir tão instigada por ela, que eu seria capaz de fazer um revolução ao seu lado. Uma pessoa apaixonante! Não é amor, não é paixão, não é sexo... é uma conexão eletrizante, de pura energia e coincidência conectadas, sabe? Alguma vez na vida, todos nós sentimos isso.
E faz tempo, sabe, faz muito tempo que eu sinto falta dessa conexão que me arrepie e me surpreenda. Mas deve ser período, deve ser carma, deve ser essa nova pessoa que sou agora. Ironicamente, mais aberta e mais compreensível e, na mesma medida, mais sozinha.
As pessoas tornam-se tão previsíveis... tão egoisticamente previsíveis e tão ironicamente rasas... um racionalismo que se traduz assim: paralelas que nunca se cruzam.
Trilha sonora de hoje, Melissa Etheridge.
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