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E num piscar de olhos... 2024 se foi!

Se foi.

Voou.

Repleto de histórias. Reflexões. Pensamentos. E eles — muitos aprendizados!

Cá estava eu olhando as conversas arquivadas no WhatsApp. Olhando aquela lista com fotos de todas as mulheres com quem conversei e que, por algum motivo, a conversa não foi pra frente. E não ficou um tchau, um ponto final, uma última conversa. Não ficou nem o ghosting. Não ficou nada.

O que ficou?

O que fica?

Olhando para os nomes, para as fotos, para as conversas que ficaram paradas em um capítulo não finalizado, fico reflexiva. Dezembro é um mês de reflexão naturalmente para mim. Com a proximidade do Natal e do Ano Novo, eu fecho para balanço e penso no que quero para o meu futuro.

Mas foi inevitável uma sensação sem palavras ao ver tantas fotos. Porque houve um desejo genuíno de construir uma conexão. Eu não converso com as pessoas levianamente, ainda mais quando a gente se propõe a iniciar um contato através de um app. A maioria majoritária das pessoas pode desejar assim mas eu não. Sempre há um investimento de tempo, energia, mente, coração.

Acho que nunca esteve tão difícil fazer novos contatos.

Quando você escolhe determinados caminhos pessoais, quando você conhece alguém que trilha uma outra estrada completamente distinta... ela vai continuar ali. E você vai continuar aonde você está. E, no fim, tudo estará bem, porque tudo está como tem de estar. Não há determinismo. Não há destino. Não há acaso.

É sempre a gente que tenta fazer caber algo que não é para estar ali.

Mas, a despeito disso, para mim fica sempre a sensação de que "poderia ser diferente".  2023/2024 foram anos marcados pela entrada provisória de muita gente nova. Ainda sinto a ânsia de fazer bons contatos ao mesmo tempo que sinto uma imensa preguiça e cansaço para mantê-los. Essa ambiguidade por vezes me cansa... Porque vivo em um limiar ambíguo. E, ao final, afinal, tudo continua a mesma coisa.

Uma hora apagarei esses contatos em definitivo. Mas o fato de não tê-los apagado é porque ainda resta um restinho de sentimento que eu gostaria que tivesse sido um pouco diferente. Há os contatos apagados, deletados, bloqueados e que também continuam em minhas lembranças e, ocasionalmente, eu penso nessas pessoas. 

Uma coisa boa deste ano é que adentrei fundo em meu inconsciente. Era chegada a hora de limpar o porão. E você sempre se surpreende como sempre tem coisa pra jogar fora! Porque sempre tem.

Também estou aprofundando ainda mais meus estudos com a Halu Gamashi.

Acho que o único porém disso tudo... eu gostaria de poder voltar a sonhar. Quer dizer, eu tenho sonhado à noite. Não estou me referindo a isso. Mas aos sonhos-desejos.

Ao longo dos anos, parei de me permitir desejar algo por puro medo de ter minhas expectativas frustradas. A esta altura da minha vida, compreendi sonhar é uma decisão muito arriscada, porque ela (praticamente) nunca se concretiza. Muitas coisas que sequer sonhei se concretizaram. Então, tenho percebido que preciso alinhar essas duas pontas em mim. Talvez elas consigam se encontrar em um futuro não muito distante.

Desejar, sonhar... talvez seja um bom pedido para 2025.

Mas o que mais desejo para 2025 é que eu consiga identificar o momento de agir e o momento de silenciar. Ou como diria a frase...

Então, aos leitores do meu blogue, desejo que o ano de 2025 seja de muita coragem, foco, autoconsciência, autoconhecimento, sabedoria, paciência e amor. Porque será necessário tudo isso e muito mais para conseguir passar pelo Apocalipse com bons aprendizados e o mínimo de dor necessária. Ninguém precisa sentir dor para aprender (mesmo que esse seja um dos caminhos para a nossa redenção pessoal...)

Seguimos juntos!


(Vã) filosofia de uma alma (cansada)

Já faz um bom tempo que não escrevo — e não é apenas aqui.

Minha vida percorreu várias existências em segundos. 

Minha mente navegou várias lembranças em minutos.

Meu corpo existiu e deixou de existir em um piscar de olhos.

Estamos, aqui, no meio do segundo semestre de 2024. O planeta Terra sendo massivamente destruído. Os seres humanos ensandecidos destruindo a si mesmos e aos seus semelhantes. É difícil manter-se são e focado. Todos estamos sobrevivendo com o mínimo necessário. E outros tantos por aí já desistiram de viver há tempos.

A minha vida se tornou tudo o que eu quis. A minha vida perdeu o sentido. E entre as vitórias e as derrotas, eu jazo nua ao final de um túnel, buscando a luz — a única coisa que me restou fazer antes que eu destruísse a mim mesma em meio a todo esse caos apocalíptico.

Porque a gente nunca escolhe quando vai trocar de roupa, mas não pode perder a oportunidade quando ela surge. E não importa quando isso vai acontecer.

Eu já tive tantos desejos. Já tive tantos sonhos. Já construí tantos cenários futuros. E os desejos, e os sonhos e os cenários nunca foram reais, nunca foram meus. Eles eram outra construção. Coletiva, talvez. Um empréstimo que fiz, uma apropriação indevida. E quando achei que seria feliz, eu tive que devolver esse pacote que nunca foi meu e nunca me pertenceu.

Hoje eu não sei aonde está essa felicidade. E por mais que eu me pergunte, o eco não me responde. Não há som no vácuo onde eu grito. Não há existência onde não há gravidade. Eu desconheço o que é o tempo. Eu não sinto mais as nuances do toque de alguém. Desaprendi a sentir calor e frio. 

O que é felicidade?

O que é a felicidade que buscamos nesta existência?

O que é a infelicidade?

O que é o sonho?

O que é o desejo?

O que é a existência?

E tantos que já responderam.

E tantas respostas que existem.

Eu, aos 47 anos, dispenso todas elas. 

Meus quereres perderam sentido.

Minhas afirmações se dissiparam no ar.

Meu olhar vago busca a certeza que nunca existiu e nunca existirá.

Estamos sós mesmo sem estar.

Talvez... 

A única certeza possa ser o amor — essa outra entidade tão estranha e tão pura. Essa coisa que eu acho que toco mas na verdade parece outra ilusão me fazendo perguntas impossíveis de responder. Me espreita e ameaça me abraçar para então sumir em um vento deixando apenas o rastro de um perfume. Retorna como uma leve garoa num fim de tarde para então secar e eu me perguntar se eu vivi ou apenas imaginei. O amor parece tão real e tão irreal que não sei mais diferenciar. O ter sem ter. O existir sem nunca ser. O amor não pode existir em planeta Terra. O amor, aqui, é apenas isso: um projeto que nunca se concretizará porque não fazemos ideia de como ele seja.

Bem-vinda a mais um novo ciclo em sua vida

Hoje é o dia mais importante da minha vida: dia 18 de julho, dia do meu aniversário.

Eu sempre amei comemorar aniversários, ao contrário da maioria das pessoas que nunca quer ser relembrada de que o tempo passa e um número aumenta no contador da idade pessoal. Mesmo em momentos mais tristes e depressivos que já vivi, viver o 18 de julho sempre é sinônimo de um sopro novo, uma nova chance. Um novo porvir.

Não tenho medo nem nunca tive medo de envelhecer. O que é envelhecer senão o ciclo natural da vida? Daria para escrever um livro, como muitos já o fizeram, sobre o ato de envelhecer. Mas quem pensa em envelhecer não vive o presente. Viver o hoje é uma das tarefas mais difíceis de executar para qualquer ser humano na face da Terra. Viver o momento nos dirá sobre como poderá ser o futuro. Cercar-se de ferramentas, aplicá-las, enfrentar a vida, não ser temeroso, despir-se e transmutar-se. Uns mais, outros menos: todos nós nascemos para ir além e isso não tem nada a ver com juntar dinheiro.

Lembro que no aniversário do ano passado, eu fui tomada por uma poderosa energia que me preencheu me dando impulso para fazer coisas inéditas mais uma vez. Afirmo, sem sombra de dúvida, que 2023 foi o ano em que tive que depurar radicalmente o meu conceito de relacionamentos, amorosos ou não. Não foi nada fácil. Todos os meus posts aqui, ainda em 2022, me indicavam que essas experiências foram necessárias para que eu pudesse estar minimamente preparada para algo que sempre desejei minha vida toda: um relacionamento amoroso de verdade.

Mas como você consegue interpretar o que é bom se ainda está tomado por sujeira? Simples. Não consegue.

Então, como foi bem narrado aqui, vivi de tudo que você pode imaginar. Não fisicamente, claro, apenas virtualmente. 

Agora, estou feliz vivendo um namoro que sempre desejei e esperei a minha vida toda, mesmo sem saber como seria, o que seria, quando seria, muito menos se seria possível. Então, posso afirmar: se eu consegui, depois de todas as coisas que fiz e vivi, qualquer pessoa pode conseguir. Mas a pergunta é: o quão disposto você está de abdicar de tudo aquilo que não lhe serve mais?

Para o novo ciclo 2024-25, meu foco será outro, que já venho também adiando há algum tempo. Estou com alguns trânsitos astrológicos favoráveis e abusarei deles. Prevejo muitos desafios, revisitar dificuldades velhas conhecidas... prevejo racionamento e tempos difíceis, além do fato de estarmos neste momento planetário de Apocalipse, terceira guerra mundial, força total da extrema direita. Halu sempre pergunta que é o momento de escolher. Eu já fiz minha escolha há muito tempo. E isso não quer dizer que será mais ou menos fácil. A estrada requer que nos dediquemos um dia por vez, como se fosse o último e o primeiro dia de nossas vidas.

Uma pausa para refletir na primeira e fria tarde de outono de 2024

Tardes frias de outono sempre me trouxeram um sentimento profundo de nostalgia.

Nostalgia essa, aliás que sempre foi algo intrínseco em mim. Junto com outras coisas que sempre foram minhas: constante solidão, ser uma pessoa reflexiva e silenciosa, sentir nostalgia inexplicável que não se sacia — apenas se esvai. Como naquele refrão que Renato Russo escreveu.

As noites começam a ficar mais longas. E hoje nem tivemos pôr do sol.

Minha vida está veloz e em muitas vezes eu não sei direito o que está acontecendo. Eu sinto que estou me distanciando cada vez mais das pessoas ao mesmo que nunca as compreendi tão profundamente. Eu sinto a solidão cada vez mais presente como uma forma de vida e diante da qual eu sempre me pergunto: é mesmo isso? É assim que as coisas caminharão?

Sinto saudade de coisas que nunca vi. De sentimentos que nunca testemunhei ou vivenciei. E sempre me pego perguntando se isso é uma ilusão ou uma realidade que estou desvendando. Como saberei diferenciar?

Começo a ouvir umas músicas que me tocam em algum lugar de minha alma que vai muito alémde memórias que eu resgato do meu passado. Às vezes é mais confortável ficar lá, viajando idilicamente e platonicamente em uma vida que nunca me machucou e que me oferecia o conforto e a segurança que sempre precisei. Quando visualizo a vida diante de mim, sinto orgulho do que me tornei, mesmo sabendo de tudo que tive que pagar pelas escolhas que fiz.

Talvez eu tenha uns 25, 30 anos de vida pela frente. Talvez menos. Envelhecer nunca me assustou. Às vezes, o que eu mais queria era uma certeza. Mas, olhando para a trajetória da minha vida, tudo o que menos tive foram certezas. Ninguém que veio, ficou. Todos se foram em algum momento. A impermanência não é ruim, mas nos convida a viver muita tristeza.

Hoje estou nostálgica.

E amanhã será outro dia.

Crédito da foto aqui.

O que aprendi (e estou aprendendo) com os apps de relacionamentos

Em agosto do ano passado, me foi perguntado se eu sabia como encontrar pessoas legais nos apps de relacionamentos. A Cris daquela época ainda não tinha ideia do que iria viver. Hoje, dez meses depois, já começo a tocar o significado dessa experiência.


E lá vem história...

Primeiro, foi uma mulher quase vinte anos mais velha que eu e que não me deu a oportunidade de me conhecer de verdade e concluiu que eu era uma "garota irresponsável emocionalmente" que "brinca" com os sentimentos alheios.

Depois, veio uma astróloga paulistana, e eu achei que tantas e tantas coisas em comum levariam à construção de algo sólido e duradouro.

E, nessa estrada, uma recém-moradora da capital paulistana da área de TI foi o primeiro exemplo (dos muitos que eu conheceria) sobre qual é o nível da falta de coesão e coerência eu suportaria ao conversar com alguém. 

Até esse momento, eu ainda tinha me colocado aberta a relacionamentos amorosos e amizades. Então, cadastrada em três apps, mudei meus objetivos: apenas amizade.

Conheci então uma terapeuta holística e, mais uma vez, minhas esperanças de conexão maior — para amizade, apenas (da minha parte) — tiveram de aprender algo muito cruel que me parecia inconcebível à época: como uma terapeuta pode ter certas atitudes incompatíveis com a profissão?

Nisso, eu já conversava e tinha me encontrado com uma mulher que, a princípio, queria apenas me conhecer para manter um relacionamento aberto com ela (que é casada). Essa novidade (para mim, porque é extremamente comum em nossa sociedade) me causou um misto de susto com realidade. Amizade apenas. Claro. Até então, ela foi a única pessoa que conheci pessoalmente — algo que ainda quero muito (mas hoje menos).

Também conheci uma moça do RS que estava traumatizada pelo fim de um relacionamento tóxico vivido, o que a tornou uma cética a respeito do caráter das lésbicas.

Claro que nesse ínterim, muitos contatos superficiais que não foram adiante, tornando-se fantasmas na lista de pessoas que não vingam e que a gente dá unmatch ou simplesmente bloqueia.

No último mês do ano passado, conheci mais duas mulheres.

A primeira foi a advogada. Após estar ciente de que eu queria apenas amizade, trocamos muitas mensagens. Nos encontramos. No primeiro encontro tudo parecia caminhar fluidamente e embora eu tenha notado certas red flags (nunca as ignore!), o segundo encontrou mostrou ao que ela tinha vindo fazer em minha vida: me mostrar como é viver o pior date da vida.

Também conheci outra terapeuta holística que apesar de se mostrar espiritualizada e mais coerente, não estava preparada para o mínimo da troca necessária e educada que precisa existir em pessoas que estão se conhecendo.

Ainda nesse ínterim, conheci algumas moças recém-saídas de relacionamento que iam direto pro Instagram e lá ficavam, como um lembrete de que um dia houve uma conexão que se apagou tão rápido quanto acender um fósforo.

A segunda foi uma mulher incomum que conseguiu reconectar neurônios desativados em meu cérebro. Até aquele momento, crente na ciência de que eu saberia conduzir a amizade, fiz tudo que achei que deveria ter feito.

Já em 2024, conheci uma segunda advogada com quem tinha algumas semelhanças. Porém, as red flags balançaram até, umas duas semanas depois, ela finalizar o contato — algo que eu acabaria fazendo.

Também conheci uma estudante de Psicologia que tinha viajado pelo Brasil inteiro (o que agora me parece óbvio que ela estava mentindo!), trabalhava em três empregos e que começou a me dar aulas de Jung quando foi contrariada.

Conheci uma outra astróloga e terapeuta que parecia super empolgada para trocar ideias mas que desapareceu no limbo das mensagens não respondidas dias depois.

O cenário me fez cada vez mais restringir o meu já restrito perfil: descrição longa, filtros específicos. O resultado não foi melhor nem pior. Ele apenas mudou as caras.

Recentemente tive contato com uma mulher também saída de um relacionamento longo. E eis que me vi diante de um novo (mas não tão novo assim...) cenário: o de ser terapeuta apenas.

E, no meio disso tudo, algumas mulheres hetero começaram a me adicionar. Acreditei que seria uma alternativa interessante, afinal, a maior parte das minhas amigas é hetero. 

Resultado?

Aparentemente, uma delas queria apenas sexo casual comigo.

As outras duas se encontram em situação de "ponto de interrogação" em curso.

E não posso esquecer de citar o caso de uma garota hetero muito gentil mas de quem sequer sei o nome completo. Apesar de conversar há longos meses, a sensação de ter falado muito de mim e saber quase nada dela pode ser o retrato de quantas anda os relacionamentos sociais de amizade.

Daria para escrever um livro abordando todas as nuances que gostaria de abordar. Mesmo um post, talvez eu escreva "uma série de posts" rs. Talvez.


O que vou escrever agora é o que aprendi pessoalmente com tudo isso que vivi e ainda estou vivendo.


1) Somos apressados em julgar ou ser julgados.

O nível de desconfiança entre os seres humanos só aumenta. E essa neurose coletiva não permite que as pessoas consigam ter discernimento. Qualquer mínimo detalhe que desagrade já é motivo para excluir e bloquear uma pessoa. Obviamente, o nível de tolerância é muito pessoal e também não dá para usar a própria medida para outra pessoa.

2) Maturidade emocional não tem nada a ver com idade.

Quando eu tinha 20 anos, tinha a crença de que pessoas mais velhas são mais sábias. Isso é uma imposição da sociedade que faz a gente respeitar os idosos pelos motivos errados. Pessoas "de idade" podem ser mais sábias? Claro. Mas essa é uma afirmação que exige muitas exceções. Uma coisa não deveria estar associada a outra. Nessa linha de raciocínio, muitas mulheres "só se relacionam" com outras mulheres mais velhas por causa disso. Maturidade emocional tem a ver com a capacidade pessoal e intrínseca de cada de um de se desnudar, ser humilde, aprender e transformar-se.

3) Profissões consideradas chiques pela sociedade (advogado, psicológo, terapeuta) não são indicativo de que a pessoa é de confiança. Bem como o grau de espiritualidade dela.

4) Compatibilidade astrológica, no caso dos apps, não é indicativo de que um contato será frutífero. Mas sempre pode ser levado em consideração.

5) Trocar Instagram ou número de whatsapp após algumas mensagens não quer dizer nada. Absolutamente nada. Nem se vai dar certo, nem se não vai dar. Essa associação é totalmente equivocada.

6) O grau de ansiedade das pessoas já passou do tolerável. É uma doença generalizada, não tratada e pior: as pessoas nem tem consciência de que estão doentes.

Eu não me excluo desse rol. No entanto, a ansiedade por saber como será o futuro daqui a dois dias impede as pessoas de aproveitarem o presente e construírem o alicerce. Bases sólidas não são conseguidas com atração explosiva na primeira frase. E isso vale para paixões avassaladoras.

7) As mulheres acreditam que uma dor de amor se cura com outro amor.

As pessoas deveriam dedicar um mínimo de tempo sabático após um evento traumático em suas vidas. Seja fazendo terapia, seja entendendo o que é a dor de uma solidão pós-término. Existem inúmeros recursos para isso o que deveria ser menos escolhido é se cadastrar em um app de relacionamentos achando que para curar uma dor de amor, basta outro. Isso é letra de música sertaneja.

8) Tenha consciência do seu nível pessoal de expectativas.

Uma coisa é ter parâmetros, outra é esperar que alguém se encaixe em sua vida como uma luva só porque você gosta da cor da luva. Embora vivamos numa sociedade descartável, as pessoas não são itens descartáveis. Ghosting é o suprassumo da imaturidade emocional. Aprecie quem responde mensagens que mostram algum nível de reflexão. Como você deve desconfiar de quem está 24 horas do dia disponível para responder mensagens e respondendo-as na hora que elas chegam.

9) Coesão e coerência não servem apenas para estudante de Letras.

As pessoas dizem uma coisa e fazem outra e nem se dão conta disso. Trata-se do inconsciente lutando ferozmente para trazer lucidez. Mas quem, do lado de fora, prestar atenção a isso, terá em suas mãos uma poderosa ferramenta. Isso vale para qualquer setor da vida pessoal, e nos mostra não apenas o nível de autoconhecimento como pode até indicar desvios de caráter.

10) Não ignore as red flags. Elas existem por um motivo. 


Eu tenho a resposta de tudo? Não.
Tanto por não ter, que ainda não consegui construir uma relação que considere a ideal para mim. 

No entanto, ao começar a aprofundar amizade com uma moça (temos uma amiga em comum), eu comecei a ter o contraponto necessário para conseguir compreender profundamente os apps, afinal, eu e ela não nos conhecemos por eles.

Eu já afirmei, erroneamente, que a culpa dessas experiências que eu vivi é o app. Na verdade, não há culpados. A escolha desse meio me permitiu viver uma série de situações que ampliaram minha consciência. Depurei ainda mais as sujeiras que estavam incorporadas em minha forma de pensar. Entendi ainda mais o que é o "ser humano" e, por consequência, me autoconheci ainda mais.

Embora para quem leia, a linha do tempo descrevendo a breve história que vivi com as mulheres que eu conheci não seja óbvia, mas para mim está mais do que claro, tão claro quanto água pura: estou aprendendo — muito. Me burilando, me lapidando. Aonde chegarei com isso? Não sei. Mas estou confiando no processo.

E até um próximo post!