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Enquanto isso na China...

Na editora onde trabalho, estamos finalizando um livro sobre o povo chinês. Dentre as zilhões de peculiaridades, tinha reparado que a autora, Cláudia Trevisan, não comenta nada sobre o assunto GLS. Em um povo patriarcal, com a política de natalidade de um filho, extremamente machista e preconceituoso (dentre as suas características, não quero julgar), leio esta notícia agora na Folha. Vejam!

Em um país com bilhões e bilhões, os gays e lésbicas têm o carma de se casar por conveniência e viver uma vida dupla. Em pleno século XXI.

Mas um louvor à abertura do Partido Comunista em, aparentemente, ver com melhores olhos os quase 50 milhões de gays e lésbicas que lá vivem.

Berlin

Minha amiga virginiana maldita, Gabichts do Gabão, vira e mexe me indica umas bandas de quem acabo gostando. Foi assim com Cat Power, Stereophonics e, recentemente, Black Rebel Motorcycle Club.

Ela tinha postado sobre esta música: Berlin. Que música... Vejam uma performance deles ao vivo. A música é do álbum Baby 81, de 2007.

Pérola

Esta música é velha... acho que dos idos de 1993, quando o Paulo Ricardo decidiu voltar com o RPM numa experiência frustrada, mas que gerou... algumas pérolas (pena que era o início da decadência do bom rock brasileiro. Vide Titanomaquia do Titãs, um álbum fantástico! Nunca mais repetido... e tão pouco lembrado!)

Pérola + In these arms + Wish you were (Bee Gees) + Cry for help + algumas que não me ocorrem agora fazem parte do repertório da minha adolescência. Tempos interessantes aqueles...


Vejam o vídeo aqui.

Parada Gay

E eu me lembro do dia em que, por infelicíssima coincidência, estava indo à Liberdade fazer minhas comprinhas... quando desci na estação da Luz e me deparei com uma horde infinita de evangélicos de várias facções, usando faixinhas, camisetas, banners e faixas... era a MARCHA PARA JESUS! Eu, que a-do-ro muvuca, surtei. Não consegui ser uma pessoa humana, educada e civilizada. Descendo as escadas para o acesso ao metrô, em uma verdadeira procissão na estação de trem, eu surtei e disse em alto e bom tom: "Puta merda! Por que esta porra não anda mais rápido?!"
Obviamente, todo mundo se voltou e olhou para a japa herege. Se soubessem mais de mim, diriam que eu deveria ser queimada em carne viva ali mesmo, tudo em nome de Jesus. Mas, fui abrindo caminho e saí correndo dali.
Em geral, eles fazem essa marcha logo após a Parada Gay para expurgar a sujeira que os gays deixam na cidade. Pfff.

Parada à vista

por Vange Leonel

Nesta semana, São Paulo se prepara para receber centenas de milhares de visitantes do Brasil e do mundo para a Parada LGBT, evento que é o segundo em movimentação financeira gerada por turismo na cidade, atrás apenas da Fórmula 1.

Há alguns anos, a parada é realizada durante o feriado de Corpus Christi para poder se multiplicar pela cidade. Além do megadesfile de domingo, rola a caminhada lésbica no sábado, a feira cultural no vale do Anhangabaú, festas em casas noturnas, debates, música e muito mais.

Tudo isso faz com que as ruas da capital mudem de cara durante quatro dias. Pelo menos nos arredores da Paulista e no centro da cidade, mais casais homossexuais podem ser vistos passeando pelas ruas, pelos restaurantes, pelos cinemas ou fazendo compras. Não à toa, o comércio e a indústria de turismo locais adoram a semana da parada.

Há, porém, quem se incomode com o sucesso comercial do evento, acreditando que sua "capitalização" passa uma falsa ideia de que somos respeitados. Tipo: "Só gostam da gente porque gay tem grana pra gastar". Pode ser. Numa era extremamente consumista, é possível acreditar que você vale o quanto compra.

Mas, por outro lado, podemos pensar de modo mais pragmático. O sucesso comercial da parada tem um ótimo efeito colateral: garante a homossexuais um espaço de expressão nas ruas e na mídia. Afinal, numa era intensamente midiática, você vale o quanto se expressa.

Chico Bacon

Também adoro Caco Galhardo. Já escrevi alguns emails elogiando suas tiras.
Estas, para hoje, está simplesmente fantástica. Guardadas as proporções, de certa forma... é o que fazemos.