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A animalização do homem

Estes dias tenho falado demais de causas gays e certas injustiças que sempre vêm à tona. Não vou comentar nada mais sobre as bombas jogadas na dispersão da parada gay. Chega. Por ora, chega. Nunca fui política e o excesso desse assunto me saturou.

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Por outro lado, não consigo deixar de sentir e, assim, contar aqui. Se eu jogar lentes espíritas sobre o que vou falar agora, diria: estamos à beira de uma total animalização do ser humano. Não é pateticamente antagônico dizer isso em pleno século XXI? Pois é.

Existe uma regra espírita que acredito que, mais do que nunca, esteja valendo agora para a Humanidade. Se estivermos mesmo às vésperas de uma mudança radical -- e eu espero do fundo do meu coração que isso seja verdade! --, estaremos às vésperas mesmo de muitas mortes, do surgimento de doenças inexplicáveis que matarão pessoas. De fenômenos naturais -- já que o ser humano conseguiu apenas desequilibrar a Terra ao longo dos milênios --. Mas NÃO! Isto aqui não é um post apocalíptico com previsões do futuro. Isto aqui é apenas reflexão para o modo como temos conduzido a nossa vida ao longo de muitos e muitos anos.

Existe uma abertura maior agora para as mudanças. Para quem deseja verdadeiramente mudar. Todas as oportunidades estão sendo dadas a todos. Mas, eu diria -- mais do que nunca -- que esta é a nossa última chance. Como vai cuidar dela?

Vivemos o dia a dia num verdadeiro panelão efervescente. Temos todos os tipos de pessoas convivendo em um espaço apertado, sabendo que é hora de mudar (mesmo que inconsciente). Ao mesmo tempo, estando diante do isolamento e da disputa -- frutos da modernidade globalizada deste século XXI.

Na minha modesta opinião, o resultado disso é que ao sair na rua, eu tenho a nítida sensação de que vou matar alguém. Ou alguém vai me matar. A violência gratuita na rua é crua e real. O egoísmo das pessoas é segundo nome de cada um. Ao invés de evoluirmos, parece que fazemos questão de involuir e mostrar nosso lado irracional e animal.

Não sei aonde tudo isso vai dar. Mas sei que sobreviver a cada dia, convivendo com tudo isso, é muito difícil. Eu apenas sei que não quero mais reencarnar na Terra. Quer você -- leitor -- acredite nisso ou não.

Enquanto isso na China...

Na editora onde trabalho, estamos finalizando um livro sobre o povo chinês. Dentre as zilhões de peculiaridades, tinha reparado que a autora, Cláudia Trevisan, não comenta nada sobre o assunto GLS. Em um povo patriarcal, com a política de natalidade de um filho, extremamente machista e preconceituoso (dentre as suas características, não quero julgar), leio esta notícia agora na Folha. Vejam!

Em um país com bilhões e bilhões, os gays e lésbicas têm o carma de se casar por conveniência e viver uma vida dupla. Em pleno século XXI.

Mas um louvor à abertura do Partido Comunista em, aparentemente, ver com melhores olhos os quase 50 milhões de gays e lésbicas que lá vivem.

Berlin

Minha amiga virginiana maldita, Gabichts do Gabão, vira e mexe me indica umas bandas de quem acabo gostando. Foi assim com Cat Power, Stereophonics e, recentemente, Black Rebel Motorcycle Club.

Ela tinha postado sobre esta música: Berlin. Que música... Vejam uma performance deles ao vivo. A música é do álbum Baby 81, de 2007.

Pérola

Esta música é velha... acho que dos idos de 1993, quando o Paulo Ricardo decidiu voltar com o RPM numa experiência frustrada, mas que gerou... algumas pérolas (pena que era o início da decadência do bom rock brasileiro. Vide Titanomaquia do Titãs, um álbum fantástico! Nunca mais repetido... e tão pouco lembrado!)

Pérola + In these arms + Wish you were (Bee Gees) + Cry for help + algumas que não me ocorrem agora fazem parte do repertório da minha adolescência. Tempos interessantes aqueles...


Vejam o vídeo aqui.