Agora é só contagem regressiva. E aquela sensação de que no ano seguinte, faremos diferente... com fé, vontade, coragem e amor! Será?
A hora é agora, gente! Não precisa esperar arrancar a última folha do calendário para começar. Não precisa sofrer para compreender a lição. Não precisa quase perder para dar valor. Não precisa sangrar para se sentir vivo... por que precisamos desses extremos? Por que somos tão estupidamente teimosos? Por que temos a mania de associar amor com dor? Por que não nos consideramos merecedores do mínimo e do máximo?
Este foi um ano ÍMPAR para mim. Em todos os sentidos. Posso dizer que passei por todos os testes possíveis e, muito feliz comigo mesma, posso dizer que o importante não é passar com louvor. O importante é não precisar passar pelos mesmos testes de novo. E, se passar, saber como agir, como se portar. Gente... este é o segredo da vida, na minha humilde opinião! :)
Conheci pessoas únicas, também, este ano. ADORO conhecer pessoas novas, conhecer suas bagagens materiais, espirituais, emocionais. Adoro compartilhar. Graças à Isabella Taviani (mais uma vez...) conheci muita gente nova por ela.
Vivi situações inusitadíssimas... muitas me causaram um sofrimento sem precedentes. Muitas, me deixaram sangrando sozinha. Muitas me deixaram solitária, com uma bacia cheia de perguntas e nenhuma resposta. No entanto, TODAS elas me trouxeram um aprendizado único!!! Porque quando você está diante daquilo que mais te dói e mais te assusta, você não deve recuar! Você também não deve atacar! Você, sim, deve tentar entender e tirar o máximo de aprendizado daquilo. É fácil?! Claro que não! Estaria mentindo se dissesse que sim.
É um exercício contínuo de escolha e continuar escolhendo aquilo que você escolheu. E qual é essa escolha? Tornar-se um ser humano melhor. Conhece-te a ti mesmo. Nunca seremos capaz de amar alguém se não nos amarmos primeiro! Esta é a maior ilusão propagada por aí! Precisamos nos autoconhecer. Precisamos ter autoconsciência. Precisamos saber quem somos! Precisamos nos amar! Com este foco em mãos, podemos compartilhar objetivos em comum, sonhos em comum com um amor correspondido. Com amigos. Com família.
A coisa, no fim das contas, é simples. Simplicidade, meus caros. Quanto menos complicação, maior entendimento, maior alcance da visão. E este foi um ano especial para isso. Agora? Agora quero me molhar no mar carioca... pular minhas sete ondinhas... fazer meu pedido especial. Quero um 2012 com realizações, plantar muitas sementes que foram colocadas de lado. Quero continuar assim... focada. E quero encontrar a mulher que sei que está aí... esperando por mim. Vamos nos encontrar, sim?
E a cada um dos leitores constantes e inconstantes deste blogue, sejam felizes! Não tenham medo, não vivam nas ilusões. Sonhem, acreditem. E sintam amor. Amor de verdade. Beijos para cada um de vocês! ;)
O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Um sentimento para estes dias
Mesmo que eu considere o Natal o auge máximo desta sociedade capitalista, mesmo que eu não goste de Natal e dispense desejá-lo a alguém (ou mesmo retribuir... rs) não quer dizer que não busque um significado maior toda vez que esta época do ano chega e eu me vejo cercada da matança de perus, aves, suínos e bovinos; pessoas bêbadas, todo mundo travestido de papai noel em trajes de veludo mesmo num calor de mais de 30º graus e aquele sorriso que deveria ser multiplicado 365 dias do ano. Okay... antes um sorriso em 365 dias do que passar um ano inteiro sem sorrir! :)
E, para mostrar qual deveria ser o verdadeiro tema de nossos mais puros sentimentos -- a despeito de todo o consumismo e materialismo --, vou postar sobre uma matéria que li faz algum tempo. A revista Superinteressante lançou várias edições especiais de fim de ano, dentre elas, uma com o tema "Superação". Bom, quem me conhece, sabe o tanto que adoro ler sobre isso. Um ato de superação é aquele que pressupõe a vitória sobre si mesmo. E é isso que eu gosto!
Li a revista inteira e apenas uma -- repito: uma -- matéria me levou às lágrimas... não conseguia segurar, simplesmente. Está na página 50 e fala sobre Rais Bhuiyan. Quem ele é? Trata-se de um sobrevivente das três vítimas de Mark Ströman. Um americano maluco da extrema direita que resolveu fazer justiça com as próprias mãos, depois do atentado de 11 de setembro. Matou duas pessoas (nenhuma delas árabe) e tentou matar Bhuiyan. Mas ele sobreviveu, mesmo depois de levar um tiro no rosto e perder a visão de um dos olhos. Ströman foi preso e condenado à morte (o caso ocorreu no Texas, pra quem não sabe, o estado americano que mais condena à morte e mais mata).
Ao contrário do que você poderia imaginar, Bhuiyan não apenas perdoou seu algoz como levantou uma campanha contra a pena de morte e uma briga na justiça para converter a condenação de Ströman para prisão perpétua. E, para isso, acreditem ou não, conseguiu o apoio das famílias das duas outras vítimas. Segundo Bhuiyan: "Jamais odiei Mark. Ele fez o que fez por ignorância. Demorou anos para distinguir o certo do errado, mas hoje ele sabe fazê-lo."
Ströman foi executado e a ong criada para a luta contra a pena de morte, a World Without Hate, continua. Na minha opinião, muito se fala e se propaga sobre o amor. E é bonito de se ver!! No entanto, quando me deparei com essa história, eu vejo o verdadeiro amor em ação! O perdão de pessoas que tiveram entes queridos assassinados. A força de transmutar a dor da perda -- que poderia ser em ódio -- em amor! Lutar para mostrar às pessoas que esse resquício animalesco de achar que é retribuindo na mesma moeda que teremos "nossa suposta justiça feita".
Pois não precisamos esperar a justiça divina. Não há justiça divina, não há justiça dos homens. Não precisamos dessa dicotomia! O que precisamos é transmutar os sentimentos que estão dentro de nós! Ao contrário do que se pensa, isso não é fraqueza -- mas sim a demonstração de uma força maior! Porque nenhum de nós é capaz de julgar outrem por nada neste mundo. Há regra, há ordem? Sim! Deve ser cumprida? Sim! O que digo não é incitação à anarquia (embora eu goste muito dela...).
O que defendo, apenas, é o verdadeiro exercício do amor crístico em cada um de nós, não importa o que tenha acontecido. Isso é amor! Isso é o verdadeiro sentimento que deveria nos unir no suposto dia em que Jesus nasceu (acredito, na verdade, que Jesus tenha nascido bem depois, mas isso é post pra outro dia...). Não palavras prontas, desejos prontos, repetidos como uma linha de montagem -- sem o mínimo de reflexão. Consumismo e materialismo a cântaros.
Obrigada a revista Superinteressante por essa edição especial, extremamente inspiradora para dias como os nossos! Para os leitores do meu blogue e meus amigos: saibam que pensei em cada um de vocês. E desejo que aprendamos a desenvolver nosso verdadeiro amor. Porque "amar" nos dias de hoje é um contínuo exercício diário que exige muita entrega e muita força de vontade. Quem o pratica, sabe!
E uma das últimas frases de Ströman que ficam de lição para o mundo e para todos nós: "O ódio está neste mundo, ele há de parar."
E, para mostrar qual deveria ser o verdadeiro tema de nossos mais puros sentimentos -- a despeito de todo o consumismo e materialismo --, vou postar sobre uma matéria que li faz algum tempo. A revista Superinteressante lançou várias edições especiais de fim de ano, dentre elas, uma com o tema "Superação". Bom, quem me conhece, sabe o tanto que adoro ler sobre isso. Um ato de superação é aquele que pressupõe a vitória sobre si mesmo. E é isso que eu gosto!
Li a revista inteira e apenas uma -- repito: uma -- matéria me levou às lágrimas... não conseguia segurar, simplesmente. Está na página 50 e fala sobre Rais Bhuiyan. Quem ele é? Trata-se de um sobrevivente das três vítimas de Mark Ströman. Um americano maluco da extrema direita que resolveu fazer justiça com as próprias mãos, depois do atentado de 11 de setembro. Matou duas pessoas (nenhuma delas árabe) e tentou matar Bhuiyan. Mas ele sobreviveu, mesmo depois de levar um tiro no rosto e perder a visão de um dos olhos. Ströman foi preso e condenado à morte (o caso ocorreu no Texas, pra quem não sabe, o estado americano que mais condena à morte e mais mata).
Ao contrário do que você poderia imaginar, Bhuiyan não apenas perdoou seu algoz como levantou uma campanha contra a pena de morte e uma briga na justiça para converter a condenação de Ströman para prisão perpétua. E, para isso, acreditem ou não, conseguiu o apoio das famílias das duas outras vítimas. Segundo Bhuiyan: "Jamais odiei Mark. Ele fez o que fez por ignorância. Demorou anos para distinguir o certo do errado, mas hoje ele sabe fazê-lo."
Ströman foi executado e a ong criada para a luta contra a pena de morte, a World Without Hate, continua. Na minha opinião, muito se fala e se propaga sobre o amor. E é bonito de se ver!! No entanto, quando me deparei com essa história, eu vejo o verdadeiro amor em ação! O perdão de pessoas que tiveram entes queridos assassinados. A força de transmutar a dor da perda -- que poderia ser em ódio -- em amor! Lutar para mostrar às pessoas que esse resquício animalesco de achar que é retribuindo na mesma moeda que teremos "nossa suposta justiça feita".
Pois não precisamos esperar a justiça divina. Não há justiça divina, não há justiça dos homens. Não precisamos dessa dicotomia! O que precisamos é transmutar os sentimentos que estão dentro de nós! Ao contrário do que se pensa, isso não é fraqueza -- mas sim a demonstração de uma força maior! Porque nenhum de nós é capaz de julgar outrem por nada neste mundo. Há regra, há ordem? Sim! Deve ser cumprida? Sim! O que digo não é incitação à anarquia (embora eu goste muito dela...).
O que defendo, apenas, é o verdadeiro exercício do amor crístico em cada um de nós, não importa o que tenha acontecido. Isso é amor! Isso é o verdadeiro sentimento que deveria nos unir no suposto dia em que Jesus nasceu (acredito, na verdade, que Jesus tenha nascido bem depois, mas isso é post pra outro dia...). Não palavras prontas, desejos prontos, repetidos como uma linha de montagem -- sem o mínimo de reflexão. Consumismo e materialismo a cântaros.
Obrigada a revista Superinteressante por essa edição especial, extremamente inspiradora para dias como os nossos! Para os leitores do meu blogue e meus amigos: saibam que pensei em cada um de vocês. E desejo que aprendamos a desenvolver nosso verdadeiro amor. Porque "amar" nos dias de hoje é um contínuo exercício diário que exige muita entrega e muita força de vontade. Quem o pratica, sabe!
E uma das últimas frases de Ströman que ficam de lição para o mundo e para todos nós: "O ódio está neste mundo, ele há de parar."
Retrospectiva 2 - Isabella Taviani
Quem acompanha este blogue, sabe da minha paixão por essa cantora carioca. Dispensa mais comentários, certo?
Este foi um ano especial. Mais do que especial: único. Único para a fã que eu sou e me propus a ser. Como sempre disse por aqui, desde quando a conheci, eu sabia que queria estar próxima, ir a todos os shows, saber todas as músicas de cor, ter as minhas favoritas, prestigiar, divulgar, defender.
Este foi o ano das lágrimas nos shows... lágrimas compartilhadas de alegria, de tristeza, de intensa emoção. De "Pontos Cardeais", de show em Niterói, de show em BSB... ah!
Mas uma coisa que não previ era como essa dinâmica iria ser desenvolvida e como cresceria. Então, fiz apenas o que achei que estava ao meu alcance: tirar fotos, ir aos shows e escrever relatos neste blogue -- que se não é um blogue exclusivo sobre ela -- acabou se tornando um assunto sempre presente! E isso tomou proporções tão boas! Porque é muito bom compartilhar essa energia boa com pessoas que conseguiram reconhecê-la. Eu não faço nada para causar inveja alheia (mesmo sabendo que a inveja é inevitável nesses casos) nem faço para mostrar que sou especial ou exclusiva para a Isabella. Eu faço com o coração e faço porque acho que é o que eu posso fazer.
Às vezes me pego pensando se eu queria ter uma toalha suada de fim de show... rs ou uma mera palheta (tantas fãs delas têm coleções infinitas! rs). Um setlist arrancado do palco. Sei lá... para mim isso é tão importante quanto ser reconhecida por ela lá do palco, o abraço carinhoso no camarim -- que ela sempre atende a cada um dos seus fãs com o mesmo amor e respeito, mesmo em um dia ruim, mesmo sem infraestrutura, mesmo cansada --, os presentes que eu dou para ela, cada um deles com um significado específico, para o momento específico. Isso é importante para mim.
Acho que o mais importante é respeitar o artista e separá-lo -- na medida do possível -- da pessoa particular. Respeitar a sua privacidade, o seu momento pessoal. Compartilhar de sua alegria, quando tiver de ser. Ter as histórias pessoais com o artista e não fazer fofoca ou autopropaganda disso. E isso não é egoísmo, é apenas preservar. E é assim que eu me sinto com essa artista que admiro muito: respeito, amor e preservação. Acho que ela já sabe disso tudo, mas se não souber, fique sabendo agora: que esse "fio imaginário" que une você a cada um de seus fãs e que une você a mim se fortaleça nesse respeito, amor e preservação que eu tenho por você.
Porque mesmo que eu não seja a fã que ficará no batidão e 'no desce ao chão' no fim do show (risadas boas aqui...) eu estarei ali no meu cantinho. Te filmando e escrevendo mais uma página no meu livro (e quem sabe seu, também? rs) livro de memórias. Que venha 2012, "Eu, raio-x" e todas as alegrias desse seu coração que nunca quis viver batendo devagar. Eu (e falo por todas as fãs, também) estarei eternamente com você.
Este foi um ano especial. Mais do que especial: único. Único para a fã que eu sou e me propus a ser. Como sempre disse por aqui, desde quando a conheci, eu sabia que queria estar próxima, ir a todos os shows, saber todas as músicas de cor, ter as minhas favoritas, prestigiar, divulgar, defender.
Este foi o ano das lágrimas nos shows... lágrimas compartilhadas de alegria, de tristeza, de intensa emoção. De "Pontos Cardeais", de show em Niterói, de show em BSB... ah!
Mas uma coisa que não previ era como essa dinâmica iria ser desenvolvida e como cresceria. Então, fiz apenas o que achei que estava ao meu alcance: tirar fotos, ir aos shows e escrever relatos neste blogue -- que se não é um blogue exclusivo sobre ela -- acabou se tornando um assunto sempre presente! E isso tomou proporções tão boas! Porque é muito bom compartilhar essa energia boa com pessoas que conseguiram reconhecê-la. Eu não faço nada para causar inveja alheia (mesmo sabendo que a inveja é inevitável nesses casos) nem faço para mostrar que sou especial ou exclusiva para a Isabella. Eu faço com o coração e faço porque acho que é o que eu posso fazer.
Às vezes me pego pensando se eu queria ter uma toalha suada de fim de show... rs ou uma mera palheta (tantas fãs delas têm coleções infinitas! rs). Um setlist arrancado do palco. Sei lá... para mim isso é tão importante quanto ser reconhecida por ela lá do palco, o abraço carinhoso no camarim -- que ela sempre atende a cada um dos seus fãs com o mesmo amor e respeito, mesmo em um dia ruim, mesmo sem infraestrutura, mesmo cansada --, os presentes que eu dou para ela, cada um deles com um significado específico, para o momento específico. Isso é importante para mim.
Acho que o mais importante é respeitar o artista e separá-lo -- na medida do possível -- da pessoa particular. Respeitar a sua privacidade, o seu momento pessoal. Compartilhar de sua alegria, quando tiver de ser. Ter as histórias pessoais com o artista e não fazer fofoca ou autopropaganda disso. E isso não é egoísmo, é apenas preservar. E é assim que eu me sinto com essa artista que admiro muito: respeito, amor e preservação. Acho que ela já sabe disso tudo, mas se não souber, fique sabendo agora: que esse "fio imaginário" que une você a cada um de seus fãs e que une você a mim se fortaleça nesse respeito, amor e preservação que eu tenho por você.
Porque mesmo que eu não seja a fã que ficará no batidão e 'no desce ao chão' no fim do show (risadas boas aqui...) eu estarei ali no meu cantinho. Te filmando e escrevendo mais uma página no meu livro (e quem sabe seu, também? rs) livro de memórias. Que venha 2012, "Eu, raio-x" e todas as alegrias desse seu coração que nunca quis viver batendo devagar. Eu (e falo por todas as fãs, também) estarei eternamente com você.
Retrospectiva 1 - Um pouco de paz
Não vou escrever nenhuma frase clichê. Não agora, não neste momento.
Finalmente, sinto que estou perto de sentir uma paz que busquei este ANO INTEIRO. Busquei essa paz em tantos lugares... em tantos relacionamentos. E ela sempre esteve aqui dentro, ó, o tempo todo!
Terminei um relacionamento de mais de três anos e nunca comentei isso aqui. Mas doeu cada milímetro do meu corpo. Todo processo de término é um expurgo. E, atualmente, ela é minha melhor amiga. Afirmo isso sem titubear. Somos amigas de alma e já conhecemos todos os nossos podres e os aceitamos.
Várias amizades se foram. E durante muito tempo eu me martirizei pensando nos motivos de longas amizades (duas delas com quase 7 anos) terem se esgotado. De quem seria a culpa, se é que existem culpados? E eu percebi que a vida é assim, de uma sabedoria única que mesmo depois de muito tempo passado, você ainda vai se pegar compreendendo coisas que nunca pensou que compreenderia. Descobri que ainda tenho umas feridas dessas duas amizades para curar -- feridas que pensei já cicatrizadas, não! -- e eu tô aqui, pacientemente cuidando disso.
Paguei um alto preço por algumas outras escolhas. E com todo o meu orgulho subjugado, fiquei de joelhos para mim mesma para tentar enxergar tantas coisas. Você pensa que aprendeu tantas lições. Mas é apenas passando pelo mesmo teste incontáveis vezes é que terá absoluta certeza disso.
Aí, quando menos esperava, me vi diante de alguém que considerei tão sublime... e me coloquei debaixo do tapete, esquecendo de prestar atenção em mim mesma: outra vez. Nunca tive dificuldade em amar, em permitir as emoções preencherem o meu corpo: sou assim, sou intensa e passional, nunca neguei. Reneguei os sinais gritantes, pedindo para eu mudar a rota da estrada. Não dei atenção a nenhum deles. Eu nunca ouvi muitos conselhos, sempre preferi fazer aquilo que achava que devia fazer. Isso também tem seu preço.
Já me disseram que eu vivo as coisas sozinha: por mim e pelo outro. Já me disseram que eu só ouço o que eu quero ouvir. Já me disseram que sou apressada. Já me deixaram esperando... sem uma única resposta. E já me deixaram sangrando, sem uma única ajuda ou um band-aidezinho sequer. Já viraram as costas e me trocaram por qualquer coisa insignificante, apenas para eu ter o gosto de me sentir desprezada.
E tem mais coisinhas... mas agora apenas prefiro pensar no seguinte, com muito amor e paz no coração: obrigada por cada uma das lições -- mais ou menos duras -- a que submetida. Para aprender um pouco mais sobre mim mesma. Para eu ter certeza absoluta do que quero a seguir. Para visualizar a mulher que queira o mesmo que eu. Para sentir esta paz que agora sinto, mesmo depois de todo este ano turbulento que tive. É assim!!!
Não tenho orgulho de exibir essas feridas e cicatrizes ainda frescas. Mas fico feliz e em paz por saber que, ao menos, estou continuamente lutando para não fugir de mim mesma, para não me deixar escondida embaixo do tapete, para aprender mais um pouco, para me tornar cada vez mais aquela que sou e que nasci para ser!
:)
Finalmente, sinto que estou perto de sentir uma paz que busquei este ANO INTEIRO. Busquei essa paz em tantos lugares... em tantos relacionamentos. E ela sempre esteve aqui dentro, ó, o tempo todo!
Terminei um relacionamento de mais de três anos e nunca comentei isso aqui. Mas doeu cada milímetro do meu corpo. Todo processo de término é um expurgo. E, atualmente, ela é minha melhor amiga. Afirmo isso sem titubear. Somos amigas de alma e já conhecemos todos os nossos podres e os aceitamos.
Várias amizades se foram. E durante muito tempo eu me martirizei pensando nos motivos de longas amizades (duas delas com quase 7 anos) terem se esgotado. De quem seria a culpa, se é que existem culpados? E eu percebi que a vida é assim, de uma sabedoria única que mesmo depois de muito tempo passado, você ainda vai se pegar compreendendo coisas que nunca pensou que compreenderia. Descobri que ainda tenho umas feridas dessas duas amizades para curar -- feridas que pensei já cicatrizadas, não! -- e eu tô aqui, pacientemente cuidando disso.
Paguei um alto preço por algumas outras escolhas. E com todo o meu orgulho subjugado, fiquei de joelhos para mim mesma para tentar enxergar tantas coisas. Você pensa que aprendeu tantas lições. Mas é apenas passando pelo mesmo teste incontáveis vezes é que terá absoluta certeza disso.
Aí, quando menos esperava, me vi diante de alguém que considerei tão sublime... e me coloquei debaixo do tapete, esquecendo de prestar atenção em mim mesma: outra vez. Nunca tive dificuldade em amar, em permitir as emoções preencherem o meu corpo: sou assim, sou intensa e passional, nunca neguei. Reneguei os sinais gritantes, pedindo para eu mudar a rota da estrada. Não dei atenção a nenhum deles. Eu nunca ouvi muitos conselhos, sempre preferi fazer aquilo que achava que devia fazer. Isso também tem seu preço.
Já me disseram que eu vivo as coisas sozinha: por mim e pelo outro. Já me disseram que eu só ouço o que eu quero ouvir. Já me disseram que sou apressada. Já me deixaram esperando... sem uma única resposta. E já me deixaram sangrando, sem uma única ajuda ou um band-aidezinho sequer. Já viraram as costas e me trocaram por qualquer coisa insignificante, apenas para eu ter o gosto de me sentir desprezada.
E tem mais coisinhas... mas agora apenas prefiro pensar no seguinte, com muito amor e paz no coração: obrigada por cada uma das lições -- mais ou menos duras -- a que submetida. Para aprender um pouco mais sobre mim mesma. Para eu ter certeza absoluta do que quero a seguir. Para visualizar a mulher que queira o mesmo que eu. Para sentir esta paz que agora sinto, mesmo depois de todo este ano turbulento que tive. É assim!!!
Não tenho orgulho de exibir essas feridas e cicatrizes ainda frescas. Mas fico feliz e em paz por saber que, ao menos, estou continuamente lutando para não fugir de mim mesma, para não me deixar escondida embaixo do tapete, para aprender mais um pouco, para me tornar cada vez mais aquela que sou e que nasci para ser!
:)
Paciência, resiliência e tolice
Qual a diferença entre estas três palavras: paciência, resiliência e tolice?
Tentar compreender a REAL diferença entre elas está sendo um verdadeiro teste (ainda!) para mim. E, de acordo com o meu balanço pessoal, eu errei bastante. Diria que errei DEMAIS. E, atualmente, dadas as circunstâncias, ainda posso errar MUITO!
Porque é paciência não desistir depois da primeira, segunda, terceira.. quarta tentativa. É paciência olhar para o mesmo cenário e ver que existem pontas que precisam ser cortadas e pensar "não fomos por ali. Que tal?". E ir, com fé.
Porque é resiliência depois de ter tentado TUDO e ir apenas com fé. Já que a paciência ficou perdida e gasta em algum estrada, em uma milionésima tentativa. É um pulo no escuro. É um tiro cego. É um ato de fé pura dizer "eu sinto que apenas não deu certo porque não acreditamos o suficiente."
Porque é tolice creditar a mandingas, oráculos e sorte para algo dar certo. Quando chega nesse ponto, quando não há mais paciência nem resiliência e somente resta sorte, isso quer dizer, meu amigo, que você é um tolo. Quando chegar nesse ponto, tome apenas cuidado para não magoar demais seu próprio coração, porque você pode estar criando feridas que demorarão muito tempo para cicatrizar.
Este é o estado em que me encontro: nua, ferida e diante de um espelho, em um quarto vazio, com apenas uma luz direcionada para mim. Se a metáfora é muito cruel, desculpe, não consigo desenhar outro quadro. Porque estou ali, vendo as minhas feridas, vendo tudo que fiz. E não consigo me perdoar pela minha parte. A parte do outro, das diversas "pessoas" que passaram pela minha vida e erraram tanto quanto eu também estão ali: nas mágoas, nas respostas que esperei e nunca obtive, nas lágrimas de desespero.
A minha parte está neste quarto solitário, onde preciso ficar agora. Se você que leu este texto até aqui acha fácil a diferença entre dar um pontapé em alguém que te machuca em 95% do tempo, parabéns. Tua bússola interna talvez esteja mais calibrada que a minha. Eu, que sempre brado sobre o livre-arbítrio, tenho plena ciência de que fiz uso dela. Foi tudo escolha minha -- certa ou errada. E tenho plena ciência de que errei.
Sei, por exemplo, que se na primeira vez que ouvi minha intuição me dizer: "Não vá por ali, Cris, você já conhece essa estrada. Este sinal está te dizendo que essa estrada será apenas de dor para você." eu tivesse ouvido, teria evitado tudo e nem estaria escrevendo este post. Mas não sei porquê fazemos certas escolhas em detrimento de outras.
Este momento é único... e, não se preocupe, esta não é uma carta pública de suicídio. Mas mesmo me sentindo à beira do precipício sentindo o prazer do vento frio em meu rosto e a liberdade a um passo... eu nunca deixei de escolher a vida e viver, mesmo com toda a dor que isso possa ser para mim, em muitas vezes.
Tentar compreender a REAL diferença entre elas está sendo um verdadeiro teste (ainda!) para mim. E, de acordo com o meu balanço pessoal, eu errei bastante. Diria que errei DEMAIS. E, atualmente, dadas as circunstâncias, ainda posso errar MUITO!
Porque é paciência não desistir depois da primeira, segunda, terceira.. quarta tentativa. É paciência olhar para o mesmo cenário e ver que existem pontas que precisam ser cortadas e pensar "não fomos por ali. Que tal?". E ir, com fé.
Porque é resiliência depois de ter tentado TUDO e ir apenas com fé. Já que a paciência ficou perdida e gasta em algum estrada, em uma milionésima tentativa. É um pulo no escuro. É um tiro cego. É um ato de fé pura dizer "eu sinto que apenas não deu certo porque não acreditamos o suficiente."
Porque é tolice creditar a mandingas, oráculos e sorte para algo dar certo. Quando chega nesse ponto, quando não há mais paciência nem resiliência e somente resta sorte, isso quer dizer, meu amigo, que você é um tolo. Quando chegar nesse ponto, tome apenas cuidado para não magoar demais seu próprio coração, porque você pode estar criando feridas que demorarão muito tempo para cicatrizar.
Este é o estado em que me encontro: nua, ferida e diante de um espelho, em um quarto vazio, com apenas uma luz direcionada para mim. Se a metáfora é muito cruel, desculpe, não consigo desenhar outro quadro. Porque estou ali, vendo as minhas feridas, vendo tudo que fiz. E não consigo me perdoar pela minha parte. A parte do outro, das diversas "pessoas" que passaram pela minha vida e erraram tanto quanto eu também estão ali: nas mágoas, nas respostas que esperei e nunca obtive, nas lágrimas de desespero.
A minha parte está neste quarto solitário, onde preciso ficar agora. Se você que leu este texto até aqui acha fácil a diferença entre dar um pontapé em alguém que te machuca em 95% do tempo, parabéns. Tua bússola interna talvez esteja mais calibrada que a minha. Eu, que sempre brado sobre o livre-arbítrio, tenho plena ciência de que fiz uso dela. Foi tudo escolha minha -- certa ou errada. E tenho plena ciência de que errei.
Sei, por exemplo, que se na primeira vez que ouvi minha intuição me dizer: "Não vá por ali, Cris, você já conhece essa estrada. Este sinal está te dizendo que essa estrada será apenas de dor para você." eu tivesse ouvido, teria evitado tudo e nem estaria escrevendo este post. Mas não sei porquê fazemos certas escolhas em detrimento de outras.
Este momento é único... e, não se preocupe, esta não é uma carta pública de suicídio. Mas mesmo me sentindo à beira do precipício sentindo o prazer do vento frio em meu rosto e a liberdade a um passo... eu nunca deixei de escolher a vida e viver, mesmo com toda a dor que isso possa ser para mim, em muitas vezes.
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