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Tomei um chão!

*** altas gargalhadas ***

E um joelho roxo, como conta final.

Bem, pessoas queridas, hoje lá estava eu andando pelas ruas da Lapa (de SP, aquela feiona) pensando que todas as conduções estavam ótimas, ao contrário do caos de ontem, quando levei 3 horas para chegar em casa, quando escorreguei feio num pedaço de cabide quebrado!!! (para vcs verem como a coisa é feia)

Não deu nem tempo de pensar, meu pé direito foi no plástico, meu joelho esquerdo bateu no chão, minha mão direita se apoiou. Nem quero imaginar a cena.

De repente, ao meu redor, surgem duas pessoas extremamente educadas e solícitas. O homem ofereceu a mão para me ajudar e a senhora me perguntou se estava tudo bem e se eu tinha me machucado.

CONFESSO SOLENEMENTE AQUI que fiquei mais assustada com isso do que com a queda em si.

Eu, que sempre falo do meu amor paradoxal pelo ser humano, que não vejo mais esperança, que paulistanos são um bando de frios, mal-humorados e mal-educados (e dane-se os hífens do Novo Acordo!).

Aí, me lembrei da minha velha história de uns anos atrás, que alguns amigos pessoais devem se lembrar... do dia em que trazia a cesta de Natal no busão e que, no meio do caminho, a cesta de rompeu! Começaram a rolar latas de pêssego, goiabada, castanha do pará e toda a porra possível rua abaixo, a 200 metros da minha casa. Nisso, começaram a surgir pessoas do nada, pegando os itens para mim, meninos foram buscar sacolas de plástico em suas casas -- tudo para me ajudar.

Será que é o clima do Natal??? Não sei. Só sei que nessas raríssimas horas, me surpreendo. Uma surpresa boa que joga mel em meu ceticismo em relação ao ser humano.

Enfim... sobre a queda de hoje, minha calça ficou meio raspada, mas não rasgou. Minha mão de apoio tá meio dolorida, mas nada demais. O pior foi meu joelho, que se ralou... vai ficar uma cicatriz. Mais uma! Mas tudo bem. Cheguei no trampo, passei um antisséptico e colei um bandaid.

E o meu coração... recebeu outro bandaid pela atitude daqueles seres humanos. Eles podem até rir e tirar sarro da minha queda, que deve ter sido cinematográfica, de tão rápida que foi. No entanto, provaram porquê são seres humanos, não apenas pela existência de uma carcaça,  mas pelo que jaz no íntimo dela.

Happy Birthday, Mom!

Minha mãe nunca leria este blogue, mas hoje faço uma homenagem a essa senhorinha de 62 anos, sagitariana com ascendente e lua em câncer, eterna otimista e batalhadora (meio ranzinza, mas qual pessoa com ênfase em câncer não o é?), que nasceu hoje, 01/12.

Sou muito o que minha mãe me ensinou. E devo a ela toda a minha formação de caráter, autoestima e coragem que tenho hoje. Dentre as limitações etárias, nos damos bem. Ela me aceita. Eu não forço com ela, ela não força comigo. 

Obrigada, dona Leila, saiba que sempre foi um motivo de inspiração para mim!

Poesia no metrô

Eu sou do tempo que poesia é coisa para sonhador.

Andei um tempo pra dizer, depois, que poesia é quase sinônimo de Renato Russo (com todo o respeito, claro).

Nem uma coisa, nem outra. Dizia finado João Cabral de Melo Neto que poesia é obra de arte, são peças construídas, reflexo do trabalho de arquiteto e engenheiro.

Dentre a doçura de Cecília Meirelles, à competência de Fernando Pessoa e a crueza dita com alegria de Carlos Drummond de Andrade -- me surpreendi com este projeto do Metrô de SP: Poesia no metrô.

Faz tempo que estou para postar as fotinhas que tirei no metrô Vila Madalena. Desculpem a baixa qualidade, mas foram feitas da câmera VGA do meu celular.










Toda vez que passo nessa estação, me surpreendo com o fato de algumas pessoas pararem para ler os poemas. Algo tão grandioso que me deu lágrimas.

Grande iniciativa do metrô. Nesses dias selvagemente caóticos que vivemos, isto parece uma centelha. Que ela queime e se espalhe!

Air Supply e canções de sexta

A despeito das chuvas que têm acometido SP em todo o fim de tarde, esses dias têm sido bem interessantes. Acho que estou aproveitando a era de Aquário e o ascendente em Sagitário que jaz em mim, suscitando meu Leão e meu Gêmeos. Resultado: ando meio sem-noção. Porém, senta e repara que os sem-noção são muito felizes. Quero ser um pouco feliz assim!

Fato é que me sinto desbravando não mais aqueles limites do ego e do subconsciente. Quase há uma centelha -- que parecia estar apagada (frase-clichê, eu sei) -- e agora renasce. Morre, renasce. Que ciclo incansável.

Fiquei com vontade de ouvir umas músicas velhas e me lembrei dessas duas do Air Supply que gosto demais: Lonely is the night (presente no meu top100-Crisão forever) e Goodbye.

It's my life

Hoje acordei pensando em uma música: It's my life, do Bon Jovi.

Sim, meu car@ leitor@! Gosto de Bon Jovi. Faz parte da minha raiz dos anos 80 e da minha idade que nunca quis negar a ninguém: sou da década de 80, de tantas coisas que hoje viraram baladas trash. Eu me acostumo às ideias novas, sem nunca negar as raízes.

Em breve pretendo postar meus comentários sobre o recentíssimo álbum The Circle, mas vou esperar lançarem no Brasil, embora já saiba várias músicas de cor.

Bem, adoro o início dessa música: "This ain't a song for the brokenhearted, no silent prayer for the faithdeparted. I ain't gonna just a face in the crowd, you're gonna hear my voice when I shout it out loud. It's my life it's now or never, I ain't gonna live forever, I just wanna live while I'm alive." Ou, em outras palavras: "Esta não é uma canção para os corações partidos, nenhuma oração silenciosa para os que perderam a fé. Eu não serei apenas um rosto na multidão, você vai ouvir minha voz quando eu gritar. É minha vida, é agora ou nunca, eu não viverei para sempre, e apenas quero viver enquanto estiver vivo."

Muitos dizem que esse foi o respiro que trouxe o Bon Jovi de volta à vida, em 1999, com o álbum Crush. Eu acho que essa música, a despeito do que essa banda possa significar para vocês, é um hino à luta que nunca devemos desistir, ao otimismo que nunca devemos deixar de propagar, aos sonhos que não devemos deixar de sonhar. Chame isso do que quiser, eu chamo isso de dignidade. Ou honra, se quiser.

Nossa vida constantemente está caminhando para o quê? O que vc aprendeu ontem que pode ensinar para alguém hoje? O que te torna um ser humano menos execrável que o vizinho que você inveja e odeia?

Não somos nada além daquilo que nunca deixamos de saber quem somos: um monte de merda ambulante. Em constante aprendizado. Em constante crescimento. Isso é o mínimo que devemos fazer conosco menos.

Mas, sem pessimismo, como repugnariam os pessimistas "you can sleep while I dream...". E deixo esse eterno tópico para ser falado outro dia.