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Steve Jobs e a coragem



Dono de um dos mais belos discursos já lidos.

Leiam a matéria: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3454762-EI4802,00.html. Vale cada segundo investido.

Mais abaixo, um trecho. Poucas pessoas têm a coragem de pensar assim. Estamos todos obscurecidos nesta carne putrefata e nesta sociedade doentia em que vivemos.


O tempo de que vocês dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo vivendo a vida de outra pessoa. Não se deixem aprisionar por dogmas - isso significa viver sob os ditames do pensamento alheio. Não permitam que o ruído das outras vozes supere o sussurro de sua voz interior. E, acima de tudo, tenham a coragem de seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma maneira já sabem o que vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é secundário.


Porto Desejado (com ou sem fim do mundo)

Alguém quer morar aqui? Eu quero. Eu vou.



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Tenho lido sobre uns lances de profecias Maias sobre o fim do mundo em 2012. Coincidentemente, acabei de terminar a produção editorial de um livro chamado As religiões que o mundo esqueceu, que me fez mergulhar na pesquisa de algumas dessas religiões, incluindo a dos Maias. Uma pesquisa puxa a outra e me vi em alguns sites esotéricos. E me lembrei de alguns livros que tenho há alguns anos em casa e que falam justamente disso.

Peneirando toda a informação, avaliando e embasando, chego à seguinte conclusão: tem algo acontecendo. Basta olharmos ao nosso redor. A mudança climática. O comportamento das pessoas, com seu egoísmo e violência cada vez mais exacerbados. O caos diário da vida.

É mais do que hora de fazermos uma escolha. Escolhermos que tipo de pessoa queremos ser. E não viver passivamente sob essa escolha. Agir. Não digo que devemos ser revolucionários ou anarquistas. A mudança mais significativa é aquela imperceptível. Estardalhaço é apenas barulho.

Alguns poderiam dizer que tanto faz se 3/4 da população mundial vai morrer, a gente iria morrer de qualquer forma. Ou, eu não quero mais nascer, pra quê isso? Tanto fez, tanto faz se a gente vai morrer, que eu vire pó. A despeito desses pensamentos compreensíveis sob uma ótica meio adolescente, devemos pensar que o máximo do cúmulo egoísta é proferir frases como as acima.

Eu sempre disse que deveríamos nos espelhar na Natureza que segue silenciosamente dia após dia. Não sabemos mais apreciar o belo. Não gostamos de paisagens, não olhamos mais o céu, não somos educados e nem reparamos em que é. Não gostamos de literatura e poesia e tudo que nos acalenta é melancolia. Eu já fui muito melancólica. Mas o tempo do drama e dos melancólicos já terminou há muito tempo. É hora de mudar.

Se algo vai acontecer em 2012 mesmo, eu não sei. Mas algo está acontecendo todos os dias, independentemente da data.E continuamos passivos, apenas observando o próprio umbigo. Vivendo sob ilusões e vícios que nos mantém afastados do pensamento crítico e enriquecedor.


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http://letras.terra.com.br/van-halen/66353/

http://www.youtube.com/watch?v=16Cyefrd1sU&feature=related






Independência - em todos os sentidos



Dias atrás eu andava demais no passado. Revivendo algumas cenas... momentos fortemente marcados, destes, alguns se tornaram cicatrizes. Outros -- a sua imensa maioria -- tornaram-se propulsores para a minha vida.

Agora, ando demais pensando no futuro. Quem me conhece, sabe o quanto sempre fui neurótica com esse lance de velhice. Como não terei filhos, penso que não poderei depender deles quando estiver entrando os 50 anos e além. Na verdade... alguém deveria?

No entanto, muito mais que mera previdência, precisamos nos tornar independentes. Nos tornar independentes das amarras da sociedade consumista que quer cada vez mais zumbis fabricados a partir da televisão. Nos tornar independentes de amores ilusórios e companhias vampirescas. Nos tornar independentes de um emprego filho-da-puta que apenas nos consome e destrói, sem nos oferecer nada em troca. Nos tornar independentes de pensamentos em série. Nos tornar indepndentes de todas as amarras que nos prendem a este corpo putrefato que carregamos todos os dias. Enfeitamos a carne, disfarçamos nossa sujeira e não cultivamos a nossa pura essência. Que vida é esta que levamos!?

Botamos véus e peneiras na vida cotidiana. Uma coisa é olharmos tudo com otimismo -- e eu sou amplamente a favor desse pensamento!! Outra coisa é tamparmos as deficiências com a máscara da preguiça e do comodismo que tanto imperam em nossas vidas.

Agora sei porque saí da editora na qual me dediquei por 7 anos da minha vida. Quando disse sobre crise ideária, achei que era desculpa para fazer as pessoas entenderem a minha decisão. Hoje, quase 6 meses depois da minha saída, não me arrependi em nenhum segundo dessa escolha. E sei que meu lugar desejado ainda está longe. Não é nada disto que vivo diariamente. E sei que nunca regridirei nenhum passo. Não por orgulho, mas simplesmente por achar que a vida deve caminhar para frente.

Que este humilde post seja uma simples dedicatória de agradecimento e louvor a todos os corajosos de coração, que nunca consideram a derrota aceita e que nunca pensam que nada mais vale a pena. Principalmente mudar.


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http://www.youtube.com/watch?v=_yWWxbxpo3M

http://letras.terra.com.br/bon-jovi/111134/

http://letras.terra.com.br/bon-jovi/297490/

O amor



Vira e mexe eu escuto uma bela história de amor. Ontem, conversando com a Elaine (secretária da editora onde trabalho), ela me contou uma das mais belas histórias de amor que já pude testemunhar pessoalmente. Se existe um caso de almas destinadas a se encontrar e ter o privilégio de compartilhar uma existência inteira, é o caso dela e do Marco, seu marido.

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Já escutei muitas histórias lindas. O cinema produziu também obras primas nesse sentido. A última e mais bela que vi foi Diario de uma paixão (The noteboook, 2004). Eu vi este filme em uma época difícil na minha vida. Enquanto as pessoas do cinema saíam em prantos, eu estava uma pedra de gelo. Apenas achando uma bela história contada, nada mais.

Era uma outra época de minha vida.

Outro filme de amor inesquecível é Em algum lugar do passado (Somewhere in time, 1980). Existem inúmeros e inúmeros outros que poderiam ser citados. Eu fico com esses dois.


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Recentemente, li um livro chamado Amar ou depender? de Walter Riso. Ele focou um dos meus temas preferidos para os quais, para mim, valeria fazer um curso de Psicologia: pessoas doentias em seus relacionamentos.

http://www.lpm-editores.com.br/v3/artigosnoticias/user_exibir.asp?ID=616619

Como no post de ontem, sempre observei os casais de convívio próximo, buscando um casal "perfeito". Começando em casa e indo para todas as pessoas próximas.

Percebi que uma relação duradoura depende de fatores básicos. Relação de amor, existe bem pouco. As coisas se misturam com o tempo. Sei que é praticamente impossível manter o clima de romance ao longo dos anos de convívio, mas o encanto e a admiração nunca devem desaparecer.

O que eu mais vejo é relação de dependência. E ela pode se manifestar em diversos níveis. Pode ser desde o sentimento de dominação, à dependência afetiva, à dependência financeira, ao simples uso do companheiro como muleta de vida.

Eu devo confessar que a dominação é algo que me fascina. E já sofri muito por isso. Quase perdi tudo. Após diversas duras penas, percebi -- como tem de ser -- que amar alguém é compartilhar o prazer de estar ao lado dessa pessoa, por ela ser sua companheira e sua amante. São dois polos independentes que decidem estar juntos para fazerem companhia um ao outro.

Por outro lado, já vi casos tristes e lamentáveis de pessoas que num convívio social cotidiano, você jamais diria ou pensaria que ela iria ao fundo do poço -- e mais fundo ainda -- por um suposto amor. Isso não é amor!!! Muito menos amor passional, verdadeiro como costumam classificar essas pessoas. Isso é doença.

E disso -- dentre outras coisas -- de que trata o livro de Walter Riso. Ele é dos meus preferidos: incisivo, sincero e direto. Nada de rodeios. Nada de passar a mão na cabeça. Identifica o problema, diagnostica e propõe a solução, cabendo apenas ao paciente decidir o que fazer.


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Vira e mexe eu me lembro de algumas pessoas significativas que passaram pela minha vida. Como boa canceriana, sinto prazer em fazer isso. No entanto, é com tristeza que lembro que antes de amar alguém, você precisa se amar. Este é o cúmulo de uma frase brega, mas é a mais pura verdade. Você nunca será capaz de amar alguém plenamente, se não se amar.


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Dois videozinhos bem nada a ver um com o outro, mas que me vieram à cabeça sobre este assunto.

Bryan Ferry: eu amo este cara. Suas músicas são sempre muito belíssimas!
http://www.youtube.com/watch?v=iIUrLpvE3Rk

http://www.youtube.com/watch?v=TQQ6SfPZggw

Mulheres... mulheres de 30

Ao longo de toda a minha existência, sempre tive uma característica que foi se desenvolvendo com o passar dos anos: observação. Como já disse antes por aqui, como sempre fui muito tímida e na infância e adolescência sofri com o preconceito pelo fato de ser japa (acreditem!), fiquei reclusa. Nessas horas, nunca briguei. Nunca enfrentei. Não é do meu feitio fazer isso. Por outro lado, esta circunstânc ia exterior fez com que eu desenvolvesse um olhar extremamente apurado sobre o ser humano e sobre todas as coisas ao meu redor.

Sou desconfiadíssima ao último grau. Mas sou aberta a todas novas possibilidades. O que as pessoas nunca souberam diferenciar em mim é se minha simpatia é porque sou simpática ou porque sou dissimulada. Talvez seja um pouco dos dois, devido aos Gêmeos no meu mapa astral. Mas fato é que é impossível uma canceriana com ascendente em peixes não ser simpática. Agora, ser amiga dela... são outros muitos quinhentos! Aí, entra a dissimulação para agradar tanto meu lado simpático quanto meu lado reservado.

Complexo... mas sou do sexo feminino e complexidade é algo inerente às seres humanas regidas pelos estrógenos.

Teve uma época -- e me lembro de ter compartilhado isso com Sharleu -- em que fiz um relatório de como classificar as mulheres para relacionamentos. Vou dar um panorama geral.

15-23 anos: São inocentes, ingênuas, esperançosas e dispostas a tudo. Acreditam em amores eternos e fazem de tudo para manter esse amor. Não têm medo de arriscar. Não têm medo de perder. Vivem com os hormônios e a coragem à flor da pele!

24-28 anos: Já passaram por algumas situações como término de um namoro, traição (seja traindo ou sendo traída), mas ainda alimentam a esperança do encontro de um amor que seja melhor que o anterior e que, de preferência, seja eterno pois ainda têm esperança de que o conto de fadas é possível de realizar. Mas, são temerosas, dão passos progressivos mas extremamente cautelosos.

29-32 anos: Ah! Que medo das mulheres dessa idade! Elas podem ser qualquer coisa, mas em geral, já passaram por uns dois relacionamentos frustrados. Claro, frutos de expectativas inocentes postas em excesso. Mas, tudo bem. Agora essas mulheres sabem o que querem e não têm medo de ficarem sozinhas, se for o caso. São muito exigentes. E são cheias de implicâncias, porque querem as coisas ao seu modo. Estão em crise. Podem ser mil personagens em um mesmo dia. Querem tudo e não querem nada. Têm ataques de risos e ataques existenciais.

33-40 anos: Mulheres radicais. Podem ter vivido uma vida tranquila e estarem bem consigo mesmas e com o mundo ou terem sofrido o cão e estarem totalmente fechadas. Não se esqueçam que estou falando de mulheres em relacionamentos. Se eles estiverem bem, não farão da vida dos seus próximos um inferno, principalmente se já tiverem tido um filho. Mas, se não tiverem tido (ou tendo) um relacionamento bacana... poderão estar amargas e despejando bile por aí. Se tiverem vivido o que a sua intuição mandou, estarão bem-resolvidas consigo mesmas. Se estiverem fazendo algo de que gostem, estarão sorrindo. Senão...

41-55 anos: Segunda crise da vida. Poucas pessoas sabem que o segredo básico de um momento de crise não é desperar-se, mas fazer aquilo que o seu mais íntimo lhe manda fazer. Ninguém mais. Nem namorado/a, nem filho/a, nem família, nem amigos. A mulher nesta fase não faz muita questão de ficar ensinando às mais jovens os pequenos segredos de uma vida mais facilitada. E tudo está mais do que consolidado. Se foi uma mulher que viveu uma vida plena, de acordo com seus desejos, estará bem. Senão (que é o que acontece em sua maioria, infelizmente), será uma reclamona daquilo que viveu e não deu certo, do que deveria ter feito e nunca teve coragem de fazer. Olham mais do que desconfiadas para tudo, principalmente para as/os jovens de 15-23 por quem podem se encantar ou ter asco.

55-adiante: Não muda mais. Quer dizer... a ninguém deve se dizer que não muda mais. Mas... se depois de duas crises os verdadeiros rumos não foram seguidos, acho improvável que haja uma reviravolta depois de tantos anos. Claro, as pessoas surpreendem, mas esses espécimes são raros. O ideal é que as pessoas com mais idade sejam nossos guias orientadores, depois de terem vivido uma vida bem-resolvida. Mas, confesso que vi poucos casos pessoalmente. Em geral, as mulheres e os homens tornam-se rígidos, cheios de sermão (quando ranzinzas). Alguns podem se tornar vovós legais. Alguns podem seguir seus dias já sem lembrarem quem são...

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As mulheres são uma criatura interessante, ambígua e paradoxal por natureza. Mas sem ser dissimulada, como meu autocoloquei acima. Cada ser humano é único. Com inúmeras chances a serem exploradas. No entanto... o ser humano se acomoda com o tempo. Gruda-se em muletas virtuais que podem ser desde um vício a uma quase depressão que o impede de ser ele mesmo e de se aprimorar e evoluir. Sempre achamos que certas coisas podem ser resolvidas depois... depois... e quando vamos ver, passou-se tempo depois. Em alguns casos, tanto tempo que é praticamente impossível reverter. Principalmente quando tiver outras pessoas envolvidas. Aí, a falta de ação misturada à covardia gera culpa e ranzice.

Estou agora com 31 anos. Me enquadro praticamente em todas as qualificações que observei em outras mulheres. Mas, eu faço constantemente escolhas para trocar de pele e para renascer em mim mesma. Acho que uma das melhores coisas que podemos fazer como seres humanos é mudar. Aquele que estagna está morto para si mesmo. Triste dizer, mas algo digno de pena e tristeza profunda.