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Conselho de hoje - Buscando Sentidos

O arcano XXI, chamado “O Mundo”, emerge como arcano conselheiro do Tarot neste momento específico, Crisão. Peguemos o sentido da palavra: “mundo” é uma palavra latina que significa, literalmente, “limpo”. A idéia central de sugestão para este seu momento envolve o conceito de purificação da alma. Existem questões mal resolvidas ou relacionamentos mal concluídos que você precisa “limpar”? Que tal tentar ver as coisas que já lhe aconteceram a partir de um ponto de vista mais amplo, mais espiritual? Nesta específica fase da sua vida, você possui a amplitude de perspectiva suficiente para criar novas morais para as suas histórias. Faça isso e estimule os outros a verem as coisas sob um viés mais amplo. Neste momento, é como se você estivesse no alto de uma montanha, vendo tudo do alto. Isso dá ao mesmo tempo uma sensação de conforto e de inteligência. Use isto a seu favor e daqueles que lhe rodeiam, Crisão.

Conselho: Agir de forma inteira, limpa, íntegra.

Três coisas desta quinta

1-) Ontem encontrei com a Aline para assinar um contrato pendente de revisão... e presenciei a cena mais inusitada da minha vida: um salto de uns 20 cm do chão e a garota abrindo os bracinhos e as perninhas, como uma estrela do mar! Tudo isso pela alegria de estar de férias! Que criança alegre e espontânea...

2-) A manhã de hoje, fria de uns 20ºC estava deliciosa para observar o céu claro, depois de dias e dias de tempo nublado. A manhã nascendo, aquela sensação de que tudo pode melhorar... Foi lindo o ocaso.

3-) Saudades da minha querida Jana... muitas saudades!

David Lynch - o lado REAL da alma

Pra mudar o tom sombrio e excessivo de filosofia que tomou este blogue (não que isso seja ruim, muito pelo contrário...), o Caixa Cultural do Rio de Janeiro está dedicando seu espaço para a mostra do cineasta mais incrível de todos os tempos: David Lynch. A mostra se chama David Lynch - O Lado Sombrio da Alma. Entra em cartaz a partir de hoje.

Todos os filmes, livros, fotos, material inédito... não dá nem para dizer que estou passando mal. Justamente EU -- a frequentadora do RJ, não irei para lá nos próximos dois findes. Grrrr.

Bem, quem puder aportar lá, veja o texto publicado no site do CCSP e no site da Caixa Cultural. E me contem como foi. Ainda hei de ver Lost Highway. No cinema.

PS: não sei se concordo com esse "lado sombrio da alma". Poucas pessoas entendem de verdade mr. Lynch. Ele nunca quis ser sombrio, apenas quis mostrar o que todos -- vivendo a máscara da hipocrisia -- escondem.

E assim caminha a humanidade…

Impossível parar de pensar nesse assunto, é necessário um adendo. Se textos longos cansam, idem para posts longos, então achei melhor quebrar em dois em vez de escrever um extenso (e olha que o anterior foi grandão).

Alguns podem estar pensando: estarei sendo radical? E os grandes grupos que transformaram a história da humanidade, tornando-nos quem somos hoje em dia? Eu sei.

O ponto da questão que tenho trabalhado aqui é que sim, em grupos, somos mais ouvidos, mais chamativos, mais atendidos. Senão, nem teríamos sindicato, por exemplo. Senão, não teríamos a sociedade dividida tal qual a conhecemos.

Mas são os mesmos grupos que se opõe e se degladiam, que causam brigas e guerras. Outro dia reparei, sem querer, numa moça com uma camiseta: “Faça parte do Exército de Jesus”. Cara, tenho certeza de que o esqueleto dele (se ainda existir) deve ter gritado de desespero. Viu e reparou? “O Exército de Jesus”. Porque se a guerra for santa, ela pode ser justificada e aceita. Não foi assim com a Inquisição? A diferença é que agora usamos neurolinguística e milagres, em vez de fogo e espadas. Tudo sob o véu do moralismo.

Uma vez conversei com minha mãe, quando ela tentou me converter à Igreja Messiânica, de quem sempre fui muito simpática. Eu disse: “Mãe, o problema não é a Igreja, o problema são as pessoas que estão nela, que pensam que sabem de tudo, que se julgam superiores por terem mais cursos ou por terem feito faculdade. O problema, mãe, são os seres humanos, não a ideia. Eu faço tudo o que eles fazem, eu ajudo as pessoas do meu jeito”. Ainda bem que ela parou de tentar me convencer – de um jeito educado e meigo, claro – porque senão a gente iria brigar.

Então, falo aqui: a regra vale para TODOS os grupos sem exceção. O problema não é a ideia, mas as pessoas envolvidas nela. Somos seres humanos, falhos por natureza, em contínuo aprendizado. Somos seres egoístas, que destroem a Natureza em nome do progresso, somos confiáveis?

Existem grupos louváveis, que fazem muita coisa em prol de um imenso sentido maior. Mas, basta um pouco de conversa com essas pessoas que vestem o distintivo do “faço parte deste grupo” que você perceberá radicalismo, absolutismo e uma certa dose de egoísmo grupal. Parecem formigas defendendo a rainha e o ninho. É assim que funciona! Você pode participar do grupo se aceitar agir dessa forma.

E existem grupos menores, de gente comum, que age da mesma forma. Bem, como dizem, são grupos, e o funcionamento básico delas não é a ideia, mas as pessoas envolvidas nelas. Por isso queria ler o livro Sociologia e Antropologia, porque ele parece ter reunido duas ideias essencias que caminham juntas com a Filosofia. Ainda me lembro que o livro também incluía Psicologia e Linguística.

Eu acredito que a raça humana está com os dias contados. Se um dia tivemos um motivo original, ele se perdeu. Se perdeu no nosso egoísmo, no nosso falso moralismo que nos torna capazes de julgar quem quer que seja. Somos falsos moralistas e demagogos. Eu me incluo nessa lista e busco desesperadamente sair dela, mas não é fácil. Porque vivo no sistema, dependo dele e gosto dele em muitos aspectos. Como não ceder ao sistema e ter personalidade própria? Como agir assim sem ser tachado de lunático, hippie e sociopata?

Pois vocês sabem que é dessa forma que são classificados os que pensam e agem diferente. Podem imaginar que já cansei demais de ouvir que sou ET, alcunha recebida desde os tempos do colegial.

Minha única forma de luta é com as palavras, a maior parte delas agora neste blogue. Se houver um leitor que conseguiu ler a quadrilogia até aqui, quero dizer apenas que não sou contra nada nem ninguém em específico, apenas tenho meu modo de pensar – que sempre destoou da imensa maioria.

Eu acho que somos ilimitados demais para nos prender à tanta mesquinharia, à lambeção de cu alheia para mostrar que pertencemos a algo e que não sabemos viver à deriva. Estamos à deriva! Estamos à beira do caos e as pessoas pensam que os grupos salvarão. Nessas horas, esquecem de pensar que o “julgamento” é pessoal, de acordo com o livre-arbítrio de cada um.

O fim do mundo (em dias de chuva)

Enganam-se vcs que pensam que fim do mundo será com bolas de fogo apocalípticas caindo do céu. Ledo engano.

Mais uma matéria sobre o aquecimento global. E ando acompanhando o evento em Copenhague.

Devo confessar que sou meio cética em relação ao futuro desse evento. Mas também, se eu não tiver o mínimo de esperança, o que será da já tão desesperada raça humana?

Veja o exemplo dessa chuva que assolou a capital de SP entre ontem e hoje. Uma chuva nem tão forte, mas contínua por quase 12 horas que alagou tudo.

Eu escuto as pessoas falarem "poxa, tá tudo alagado", mas são essas mesmas pessoas que jogam todo tipo de lixo nas ruas. Isso é o mínimo do que deveríamos fazer: jogar o lixo no lixo. Porém, se você olhar ao redor, vc não vai ver cestos de lixos, apenas enfeites, porque a maior parte deles está toda depredada.

Então, caro leitor, não tema as bolas de fogo caindo do céu. Elas virão em forma de chuva. E vamos nadar na própria merda, beber esgoto e comer comida jogada no chão. Cruel? Muitos já passaram por isso antes, por que não poderíamos passar agora?