Ultimamente ando com um sentimentalismo tão intenso... lágrimas fora de hora, outras em momento específicos -- mas exageradas demais...
E também tenho falado do amor e suas variantes. Talvez seja esta nova configuração astrológica que me deixa com tanta água e quase me afoga... ser canceriana com ascendente em peixes ao quadrado e lua em escorpião não é nada fácil!!!
Estes dias, conversando com Sharleu, falamos de amores passados. Toda vez que vejo um amor partir, eu me sinto assim. Porque eu sei exatamente como se sente a pessoa... bom, quer dizer, todos nós sabemos, mas uns sentem mais intensamente que outros. Eu sempre me permiti sentir toda a dor que fosse possível, mas como sempre costumava sofrer antes da dor em si, quando tinha de sofrer... digamos que já tinha sofrido tudo!
Eu olho para as pessoas por quem me apaixonei e tudo tem um gosto tão bizarro, pra não achar adjetivo mais adequado. Porque costuma ser sempre assim, também, não é?
Quando amamos alguém (ou melhor, quando estamos apaixonados) tudo é perfeito. Eu vivo dizendo isso por aqui, não por ser uma verdade universal, mas algo bem próximo a ela, na minha opinião.
Com todo o respeito aos meus amores anteriores... mas não me apaixonaria de novo por nenhum deles. Obviamente, a gente só se apaixona de novo pela pessoa que está com a gente por muito tempo. Mas eu lembro da dor que eu senti porque foram amores que não deram certo, cada um com seu motivo.
E toda vez que vejo alguém sofrendo por amor, eu me lembro desses momentos. Tantas e tantas lágrimas choradas. Já reparou que tem gente que tem medo de se apaixonar? Elas vão ficando com cor de gaveta fechada, com uma expressão que por mais que tente ser disfarçada, não disfarça. E as pessoas que amam indiscriminadamente e são assim porque não têm mais o que doar? Não são uma gaveta fechada, mas perderam o brilho de confiar e amar.
E conheço alguns exemplos aqui e ali do que falei acima. E, mais recente, com uma breve história de amor que não deu certo, achei esta música linda do Bon Jovi, um b-side, escondido desde 1999 que eu desconhecia (como assim, Crisão?!). Sim, desconhecia. Uma música clássica BJ, clássica pra mim, que tenho ouvido no repeat one desde ontem (louca, eu sei).
Estou tentando buscar a inspiração e a criatividade -- ofício-mor do artista -- nas histórias tangentes que tenho acompanhado. Amamos porque não conseguimos viver sozinhos. Precisamos abrir a guarda, mesmo sabendo que poderemos nos machucar, faz parte do jogo apostar um pouco da sua ingenuidade e honestidade. Nos apaixonamos e tudo pode durar um piscar de olhos, na velocidade uma conversa ou na intensidade de uma noite apenas.
Quando tudo termina, ficam os cigarros, a ansiedade, o desejo que tudo fosse eterno e... músicas como esta. Queria ter mais algo a dizer às pessoas que amam e perdem seu amor. Mas fico apenas naquele velho chavão de que tudo é aprendizado... você precisa amar com intensidade, mas sempre guardar um pouco pra vc, porque o outro pode ir embora, mas vc ficará para sempre com vc. É a frase mais tola e é também o melhor conselho que me dei.