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Coragem

O ser humano tem um gosto de mesmice que me dá um asco profundo, em muitas vezes, sabe?

Assumo que as pessoas não são mais como antes (não sei exatamente precisar a época desse "antes", mas asseguro que não é recente). Conceitos como honra, lealdade, honestidade e respeito não existem mais entre nós. Vivemos, arrastando uns aos outros, numa eterna tempestade de egoísmo e leviandade.

E isso me entristece! Como me entristece.

Nossos relacionamentos são superficiais. Tanto quanto nossa existência e tudo que se toca e se vê. Ainda bem que nem todos são assim, mas essa exceção -- fazendo jus à regra -- é cada vez mais difícil de ser encontrada.

Nossos relacionamentos não querem mais se preocupar uns os outros. A preocupação existe, mas ela serve apenas para as conversas infantis e piadas sem-graça. Olhamos para alguém e não queremos limpar o efeito espelho que essa pessoa nos causa. Deixemos ele embaçado.

Não temos mais palavra. Falamos e nossas palavras se perdem com o vento. Fazemos promessas porque elas são bem vistas pela sociedade. Isso não quer que precisemos cumpri-las, apenas precisamos falá-las.

Não respeitamos mais o outro. O espaço individual -- mais do que nunca -- foi priorizado. Então, qualquer um que se aproxime será visto como inimigo em potencial. Claro, isso tudo ocorre num nível muito subconsciente. Queremos o outro, mas não o queremos perto de nós. Tão antagônico quanto paradoxal. O velho dilema do ser humano.

Essas ideias me recordam muito Jean-Paul Sartre, em um dos poucos livros dele que li por inteiro: Entre quatro paredes. É desse livro a clássica frase: "O inferno são os outros". E não deixo de ver nossas relações como uma contínua disputa entre o que nos agrada e nos desgosta, mas que impede que nos afastemos. Nossa carência e nossa ignorância nos impede de cortar esse elo alienoso.

Acho que na verdade somos seres medíocres. Ordinários. Nadamos diariamente no caldeirão de nossa vida, de um lado a outra da borda, em círculos, flutuando. Me parece a imagem mais certa de nossa existência vazia, egoísta e superficial.

Mas o caldeirão da vida está ficando cada vez mais lotado. Não há mais espaço na superfície. É necessário coragem para um mergulho. Dentro da panela, dentro da nossa própria existência. É necessário coragem para aceitar-se como é. É necessário coragem para ver-se como realmente é. É necessário coragem, pureza e honestidade para saber o que há no fundo de tudo que nunca tivemos coragem de olhar antes.

Porém a imensa maioria de nós prefere boiar na própria vida. Disputando espaço e egoísmo entre os que também boiam. Vivendo sem saber porque vive e reclamando pelo prazer puro de reclamar.

Convido você -- que conseguiu ler este post até aqui -- a tentar o diferente. Vai doer pra caralho, mas qual o outro sentido maior da vida senão a mudança e o crescimento?

Assunto polêmico - parte 1

Quem aí queria assunto polêmico??? 

Hoje vou começar uma pretensiosa série-de-sei-lá-quantos-capítulos-me-der-na-telha. Em um post anterior, pedi umas sugestões, mas foi tudo muito fraquinho... mas decerto aproveitarei as sugestões das poucas pessoas que participaram! Por isso, obrigada pelas sugestões!

No entanto, diferentemente, vou abordar um assunto que -- coincidência ou não -- tomou minha atenção nos últimos dias, em comentários que a Jana sempre faz para mim, em um comentário que a Sharlene fez especificamente para mim e que culminou hoje num email que recebi.

 Do que se trata? Por incrível que pareça, de mim mesma.

Quem me conhece um pouco mais, sabe que tenho uma característica que, um dia, já foi um grande defeito. Com o tempo e amadurecimento, moldei meus ímpetos. Mas por mais que me esforce, nunca deixarei de ser alguém quem fui um dia, pois eu carregarei minhas lembranças eternamente comigo. Porém, serei sim uma pessoa nova, forjada a partir de quem fui.

Muita gente -- e outra coincidência ou não, esse comentário vem das minhas amigas do signo de terra (touro, virgem, capricórnio) -- me chama de grossa. Isso tentando resumir a situação toda em uma palavra apenas. O universo das coisas vai além disso.

Hoje acabei de descobrir que acabou mesmo uma amizade de quase cinco anos. A pessoa se ler este blogue, vai saber que estou falando dela. Mas confesso que acho isso pouco provável, porque ela nunca foi leitora assídua do meu blogue, exceto quando a foto dela aparecia aqui e eu passava o link por email.

Ei, isso não é uma mágoa. É contar uma situação como sempre a vi.

Por que isso aconteceu? Eu sei exatamente o motivo: porque eu sou grossa e sempre falo o que não deveria falar. **Leia-se aqui: sou sincera demais em expressar meus pensamentos sobre um determinado assunto.

Uma outra amiga, mais antiga ainda (que espero que leia este blogue com alguma frequência, porque não faço a mínima ideia se lê ou não) me escreveu um email hoje. E, com suas próprias palavras, me disse a mesma coisa.

Sharleu, no nosso encontro de sexta-feira, muito educamente me disse a mesma coisa.

Bem, se há algo que faço sem orgulho é assumir que tem algo errado quando várias vozes falam a mesma coisa de maneiras diferentes. E é isso o que está acontecendo agora.

Assim, para liberar todos os demônios, vou escrever três parágrafos. Um para o que cada uma dessas pessoas disseram para mim.

1-) Pessoa que não respondeu ao meu email: pode ser grosseria usar um meio público para escrever o que escrevo, mas a exposição é minha, porque sequer cito o seu nome aqui, apenas os íntimos saberão. Peço desculpas se fui rude em minha exposição, como todos sempre insistem em me chamar. Mas fora o modo como disse tudo, não retiro nada do que disse. E sinto muito você ter tomado uma atitude igual à Camila, porque isso apenas confirma o que disse naquele email que você sequer disse que não responderia: para você minha amizade nunca foi importante a ponto de você cuidar dela como sempre cuidei da minha parte -- mesmo sendo grossa como fui. Eu fui grossa. Você sempre foi ausente.

2-) Amiga que escreveu um email para mim hoje: também peço desculpas se fui grossa. Eu vou te escrever com calma, tentando explicar tudo do meu ponto de vista -- que sempre parece tão claro. Apenas me diga por que as pessoas confundem sinceridade com grosseria? Justificar pelo modo como as coisas são ditas não é suficiente -- porque quando dizemos por amor, as coisas não entram na cabeça. As pessoas apenas guardam uma lição quando aprendida por dor, isso é fato. Como também é fato que não cabe a mim decidir quando usar de dor ou de amor.

3-) Sharleu: como pessoa que me conhece há tanto tempo, você talvez esteja certa. Mas a pergunta que não cala em mim: serão esses os perdedores ou os redentores?

***
Apenas para finalizar este looongo post: não quero justificar a minha grosseria, que sempre foi parte de minha natureza mais sincera e real. Mas não deixo de dizer que essa mesma "grosseria" poderia muito bem ser interpretada como crueza. Como honestidade. Como sinceridade.

Não deixo de admitir a minha culpa, como nunca deixei de admitir qualquer outra coisa em minha vida. Mas o que vejo em comum nessas duas pessoas não citadas aqui é: eu tentei ajudar sem que ninguém tivesse me pedido ajuda. As pessoas não querem ajuda! Eu preciso enfiar isso na cabeça! As pessoas querem carinho para compreensão de suas fraquezas. As pessoas querem que passemos a mão na cabeça, sentemos e compartilhemos as lamúrias. Sinto muito, faz tempo que não tenho tempo para isso. 

As pessoas querem tempo para começar a entender o abecedê. Concordo que não se pode apressar o tempo interno de cada um, mas não será egoísmo de alguém pentelhar outro alguém por anos, sem esboçar mudança, apenas pelo gosto da lamúria?

A velha Crisantemus Sincerita Polemicus voltou à ativa. Mas foi sem querer. Minhas boas intenções foram todas morar no inferno. Mas não expiarei a culpa alheia. Sinto muito,  mas isso é carma para cada uma de vocês.

Bitch

Adoro a música a seguir. Veja a letra inteira aqui.


I'm a bitch, I'm a lover
I'm a child, I'm a mother
I'm a sinner, I'm a saint
I do not feel ashamed
I'm your hell, I'm your dream
I'm nothing in between
You know you wouldn't want it any other way.
Acho que virei com um texto novo pro post, polêmico -- as it supposed to be -- para a próxima semana.

16ª Erotika Fair

Bem, já que o outro post não bombou do jeito que eu esperava, vamos falar de algo que sempre alegra -- e muito -- as pessoas: sexo!

A Sharleu me encaminhou infos e me convidou para o 16º Erotika Fair. E adivinhe??? Óbvio que vou!!!





Começa agora neste finde. Ainda não decidimos que dia vamos, mas iremos sim!!! Eu já ouvi falar e muito desse evento, e por variados motivos, nunca fui. Agora é a hora.

As infos detalhadas estão no site http://www.erotikafair.com.br. Descobri que com cadastro no site, ganhamos 20% de desconto no ingresso para acessar a parte que interessa: os expositores e shows. Ou seja, em vez de 50 mangos, vc vai embolsar apenas R$40.

Quem sabe não nos encontramos por lá? =^ ^=

Questionário

Este blogue anda meio morno, mesmo eu falando de temas quentes.

Então vou lançar uma pergunta (tomara que eu tenha resposta...) entre os meus queridos leitores e visitantes anônimos deste blogue: qual assunto vc gostaria que eu falasse?

Regras: não falo de minha vida pessoal (leia-se família e namoro) porque não é este o objetivo deste blogue, a menos que eu queira. Segundo: não falo mal de ninguém em específico, mas de temas e tendências. Então, não venha me pedir para falar do vencedor do reality, por exemplo, ou mesmo do Rick Martin, porque não vejo necessidade e nem quero. Regra final: podem ser comments anônimos, com perfil, não importa. Apenas dê a ideia!

Assim, a questão foi lançada. Aguardo sugestões para compor meu próximo post!!! 

A vitória da hipocrisia

Faz algum tempo que venho matutando algumas coisas. Meu olhar observador sobre as pessoas oscila entre a pura indignação e o blasé. Não deixo de pensar que me coloco como Juíza-Mor, ocupando uma posição em que não me permito o auto-julgamento. Não é verdade. Quando falo o que aqui falo, também estou falando de mim mesma.

Mas convenhamos: se eu olho e posso dizer, por que não fazê-lo? Se as palavras queimam em mim e querem sair de mim, por que não libertá-las?

Três meses. Acho que este é o tempo que estou ruminando este texto. E vale contextualizar porque desde 17 de dezembro não me sinto mais a mesma pessoa que sempre fui. Talvez um dia eu conte esta história em detalhes.

Abri as notícias de jornal e vi a (óbvia) notícia de que o mais falado elemento ganhou o tal do reality show. Cheio de pompa social e discurso clichê, fez promessas. Sua atitude -- tão simplória e tangente -- quanto a de um político, vem mostrar o poder da mídia de massas. Ou vocês acreditam que a maior emissora do Brasil seria ligada a atos de preconceito sexual? Não!

Mas também somos como o vencedor do show. Só que na nossa vida diária. Continuamos agrupados a pessoas que não nos fazem bem, mas que são as mesmas que nos fazem inseridos num grupo. Não estamos sós, mesmo se continuamos ignorantes, é isso o que importa.

Repetimos atos alheios, não importa se eles são corretos ou não, porque se todo mundo faz, eu faço. Praticamos a violência -- psicológica ou física -- a alguém, porque sendo agressivos, estamos nos defendendo. Falamos bonito, porque as pessoas sempre se iludem com os loquazes e esquecem de olhar a verdade por trás de suas palavras. Fazemos apologia aos sentimentos e à justiça sem saber o real e puro sentido que estão atrelados à essas palavras.

Então, eis a pergunta: quem somos? 

Rebato a pergunta: o que somos?

Não temos autoconsciência. Não somos muito além de um reflexo no espelho, que confere se a beleza está ajustada aos modelos da sociedade. Preenchemos nosso vazio com vícios, com ilusões. Creditamos nossa felicidade sempre à alguém. Nos reproduzimos sem propósito.

É decadente essa imagem, na minha opinião. Vivemos cercados de ilusões, acreditamos nela e reforçamos a sua existência repetindo ações alheias, simplesmente pelo fato de estarmos no piloto automático de nossas vidas.

Recentemente, me perguntaram se eu teria algo a perguntar pra Deus. E eu disse que nada. Depois, pensei melhor, e perguntaria o seguinte: por que te criaram? Porque acredito que ao criarmos um Deus criamos uma resposta de dois gumes: a redenção e a perdição. É assim que vivemos, num conflito eterno de absolvição e pecado, que nos prende em nossa pífia realidade.

Portanto, ao falarmos mal de políticos e de vencedores de reality shows, estamos falando de nós mesmos, porque foi essa a realidade que construímos. Nada aconteceu por infortúnio e nada continua acontecendo sem que estejamos intrinsecamente atrelados a essa realidade. Se há uma vitória da hipocrisia, esta é a vitória de nossa total falta de autoconsciência, que forja nossas bases e põe holofote em nossos reflexos.

Ainda acredito -- e eu luto muito por isso -- que sejamos capazes de viver sem maniqueísmos, para começar. Penso que seria a melhor forma de começarmos tudo de novo.

The celluloid closet

Primeiramente, devo agradecer ao site Elas e Elas Filmes que disponiliza filmes únicos que podem ser vistos em computador. Oportunidade fabulosa de ver raridades europeias que nunca estrearam por aqui e sequer possuem versão em dvd pra gente poder ver.

Pois bem, fiz algumas escolhas e lá fui eu pra lanhouse baixar alguns filmes. Tem tantos que nem dá para saber por onde começar. Mas me chamou a atenção o The celluloid closet. E que surpresa agradável foi! Quer dizer, eu chorei muito! Muito! Por pensar em tudo que historicamente passamos. Hoje em dia, parece muito difícil ser gay ainda, mas antigamente, era bem pior!

O documetário faz um percurso ao longo de toda a história do cinema, mostrando como a homossexualidade era/é retratada. E o resultado disso é que sempre fomos ridicularizados, transformados em vilões e -- principalmente -- mortos ao fim do filme.

Isso não é novidade se nos lembrarmos, por exemplo, a quantas anda a telenovela brasileira. Em Torre de Babel, em Mulheres Apaixonadas... o filme é sempre o mesmo! Morram! rs

Mas isso me faz pensar que estamos em uma era especial: a era de Aquário. Agora é a hora de toda a sociedade abrir os olhos e ver os homossexuais como pessoas atuantes na sociedade. Pois somos aqueles que produzem seus livros, cultivam a sua comida, escrevem, leem, fotografam, cozinham, cantam, cuidam de sua saúde. Somos como qualquer ser humano neste planeta Terra.

Bem, voltando ao documentário, separei alguns filmes que gostaria de ver, como The children's hour (Infâmia) com Audrey Hepburn e Shirley Maclaine. Lembrei dos queridos Fried green tomatoes, Thelma and Louise e The Hunger.

O documentário vale cada segundo. Para mostrar o panoramos de quase um século da sétima arte e para mostrar como a influência hollywoodiana.

I'm alright...

... You gotta go there to come back.

Poucas pessoas entendem o real sentido de ir até o fundo do poço, lamber a merda e voltar. Se um dia você chegar perto de sacar isso, e antes quiser sentir o feeling, ouça esta música:

Sobre ontem

Ontem foi um dia difícil para mim. Por alguns motivos que não merecem ser ditos aqui, eu estava muito sensível. Além da conta. E, ao contrário do que costumamos fazer, não culpo a tpm, não culpo ao estresse no trabalho, não culpo ninguém.

Eu não poderia exatamente precisar... mas como disse minha amiga Shar, também sinto um turning point inside me. Eu quero muito mais do que a vida diária me dá. Eu tenho muitos sonhos grandiosos que gostaria de viver e compartilhar. Eu preciso ter muito mais do que a satisfação de uma vida ordinária e comum.

Eu sonho com um mundo consciente, com seres humanos conscientes de seus potenciais, de seus reais valores. Eu vejo um mundo com pessoas não mais em suas vidas ilusórias, mas criadoras de sua própria realidade.

Eu quero um mundo que compreenda a consciência ecológica não como um verniz que passamos para parecer moderninhos e legais, mas como seres humanos que respeitem a Natureza como parte de si mesmas. Eu quero um mundo em que não precisemos de maquinários para depender, para trabalhar em conjunto.

Eu quero muito ajudar as pessoas e quero estar ao lado de cada uma delas. Sonho com pessoas amigas, puras e sinceras.

Eu sinto que ontem foi um dia negro, cheio de testes para mim. Mas, para os meus inimigos que querem me derrubar, digo: vocês não são meus inimigos, apenas odeiam algo em mim que gostaria de ter para vocês. Eu não os odeio. Nós poderíamos nos juntar! Poderíamos formar um time! Eu estou aqui. Eu amo cada um de vocês.

Também sinto um vento novo soprando... ele vai mudar minha vida exatamente para onde quero que ela vá. E todo o meu mapa astral então fará sentido, porque estarei realizando tudo a que vim destinada realizar.

Pontos Cardeais

Pronto! Não aguentei mais isso e corrigindo uma falha gravíssima no mundo virtual, postei a belíssima música que tenho ouvido no repeat one desde ontem: Pontos Cardeais, de Isabella Taviani.

Adoro o arranjo com cordas dessa música. E fiquei imaginando uma versão em piano. Adoro a letra, adoro a intensidade na medida certa. Se o primeiro álbum da Isabella foi caracterizado pela explosão de intensidade na voz, uma certa sofreguidão em excesso, esta música parecia prever a Isabella que viríamos a conhecer no último álbum: a doçura e a leveza, sem perder a mulher-escorpião que sabemos a Isabella é e nunca deixará de ser!

Portanto, aproveitem e espero que gostem. Eu amo essa música!

E de novo...

Isabella Taviani! Mas que surpresa!

Eu gosto dessa mulher, fazer o quê?... rs

Ontem no twitter, fiz uma sugestão... e recebi uma resposta misteriosa e esperançosa:













Busquei e não achei Pontos Cardeais na net! COMO??? Quando conseguir um upload, aviso. Ela faz parte do primeiro álbum dela. Longe das clássicas que compõem o álbum, como Foto Polaroid, Digitais, O Último Grão e De Qualquer Maneira, esta música é uma pérola escondida... e que pérola! Não me esqueço que foi com ela que ganhei minha promo para conhecer a Bella ao vivo!

Aos meus queridos leitores...

Muito obrigada aos meus queridos leitores, pelas visitas diárias (são uma média de trinta!) mesmo não tendo postado. Prometo compensar vocês com muita crítica a la Crisão! :-)

Bem, segue um superminiconto. Espero que gostem. Vou me dedicar cada vez mais à prosa! Quem sabe (promessa de vida) eu não escrevo um único romance até o final de minha vida e entro pra imortalidade dos escritores eternos?
Eu nunca te vi chorar. Mas estava lá: de frente para você, vendo suas lágrimas e seus olhos vermelhos. Dentro da minha cabeça, um furacão. Minha expressão? Silêncio. Eu não sei reagir à lágrimas, me perdoe. Algo em mim se trava quando vejo alguém chorando, pois é como se minha sensibilidade ficasse esgarçada fora de mim, e eu não soubesse o que fazer...

Mas não era eu, era você. E ainda assim, eu não sei o que fazer. E ainda assim, espero que você compreenda meu silêncio e minha tão tímida atitude. Se somos partes opostas e iguais e simétricas do mesmo, é tudo que posso dizer que sei. Você estava certa. Eu sou única -- e nós somos únicas.