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Vida virtual e vida real

Enquanto a madrugada adentra e com ela os silêncios inseparáveis, enquanto observo meu amor dormir e enquanto deixo de sentir seu calor, enquanto sinto o cansaço de ter caminhado sob um sol de 38ºC eu apenas penso que não posso deixar de postar algo que martelou muito meus pensamentos hoje.

Vida virtual e vida real, qual a diferença? Mesmo cansada, eu preciso escrever sobre isso antes de dormir! rs

Acho que foi uma vez que li no livro da Glória Kalil a etiqueta pra internet. Mas esse guia não abarca o que muitas vezes passa despercebido nesse mundo de intensa globalização e inclusão digital: a mente das pessoas. Como sempre, essa perversa geral que também é parte inexorável de cada um de nós.

O fato de estarmos diante de uma tela de computador causa uma sensação despretensiosa que permite sermos muito sem-noção. Se partirmos do pressuposto de uma pessoa que já seja assim, teremos uma qualidade intensificada. Muitas vezes, isso não acontece pessoalmente, porque parece que assim... alguma trava social é acionada e ainda permite que atitudes sem-noção sejam evitadas.
O que mais tenho visto ultimamente, ainda mais com a tal da inclusão social, é uma invasão indiscriminada e generalizada dos sem-noção dos mais variados níveis! A internet é muito importante... mas fico com medo dos limites que cada indivíduo tem. Principalmente de educação e bom senso!

Exacerbamos nossas carências. Evidenciamos nossos limites (muitas vezes tão toscos). Expomos a fragilidade de um sistema que tem pressa... e quase nada de paciência. Vamos nos amontoando... as carências umas sobre as outras, a loucura e a falsa intimidade, as máscaras e a mentira como nossa persona.
Conhecer pessoas virtualmente é uma excelente ferramenta social! Me arrependo de pouquíssimas pessoas que conheci. Porque, obviamente, dispensei as que não me serviam, muito cedo. E mantive as boas. Falamos tanto de equilíbrio e também devemos reiterar que a vida virtual é reflexo da virtual. Mas um reflexo desconvexo e desconexo que mostra um lado obscuro de nossa psique. Não entendeu? Quem aí nunca criou um falso avatar para ficar xeretando coisa alheia ou para pentelhar alguém anonimamente? Eu já fiz isso e me tenho vergonha de mim mesma!

Mas é isso! Conheço muita, muita, muita gente que evita redes sociais ao máximo. Essas pessoas possuem email e só. Não fazem questão nenhuma de expor a sua vida real, particular. Eu não aprovo nem reprovo. É uma opção ficar à margem de certas coisas e ficar alheio à internet é uma dessas escolhas.

Se por um lado, não entrar na onda da inclusão social evita estresses desnecessários como vi estes dias no twitter da minha querida Isabella Taviani (artista é obrigado a ter parte da vida exposta, né?) por outro não permite ter o prazer de conhecer pessoas incríveis como foi fazer parte do grupo das Demoninhas Twitteiras, por exemplo, uma das surpresas mais agradáveis de todos os tempos. 

Não sei qual é a melhor opção, mas tenho seguido pelo seguinte caminho: falo de minha vida pessoal até certo ponto. Me envolvo, com limites. Não exponho certos acontecimentos, certas fotos... ajuda, não te afasta do convívio social virtual. Fora aquele velho ditado que nunca é demais repetir: em boca fechada não entra mosquito. Não tem nada de bom pra falar? Cale-se. Regra de ouro no mundo virtual!

Top 10 - meu blogue

Copiei essa ideia do blogue da Alice's adventures in Lesboland há muito tempo atrás. Adorei a ideia de estatísticas, dados e conhecer quem seria o meu público leitor.

Mas para fazer esse lance, eu precisava ter pelo menos alguns meses para poder trabalhar numa estatística mais substancial, certo? Pois bem quase seis meses se passaram e acho que agora dá pra falar algo!
Observações gerais:
1-) meu público geral vem dos links que eu saio jogando por aí, para divulgar o blogue. Meus canais como Twitter e Facebook são os principais.
2-) a outra imensa parte dos leitores vêm do Google.
3-) a e minoria vem de links ao meu blogue, que estão em blogues amigos.

Ok, isso é o de menos, na minha opinião. O que me impressionou é o que vem a seguir. Veja o Top 10 de links acessados do meu blogue:













Tá pequenina a imagem, mas vou reproduzir os links:
1: Chá com leite - perfeito para os dias frios: fico muito feliz que uma das postagens mais lidas seja de uma receita pessoal para encarar o frio.
2: Sobre o uso do portanto: esse post ficou na frente por muito tempo, sozinho. Isso me faz crer que pessoas digitem no Google para saber mais de gramática e caem de paraquedas no meu blogue, que tá longe de ser uma ajuda Pasquale online. Mas creio que a tirinha ajude bastante a entender essa conjunção.
3: Masturbação feminina no cinema: essa deve ser dos safados de plantão. Digitei esse termo no Google e sai muito pessoas que gostam de transar no cinema. No caso do meu post, faço um simples e humilde levantamento do que vi como produção cinematográfica.
4: Isabella Taviani no Engenhão - a saga: até que enfim!!! O meu post mais lido sobre a IT é referente à minha ida ao Engenhão. Uma boa história.
5: Cariocas vs. Paulistas: post antigo. Acho interessante que esteja entre os mais lidos.
6: Isabella Taviani, Ana Carolina e Luiza Possi: fico feliz que outro post relacionado à IT esteja entre os mais lidos.
7: Ibicuí - Rio de Janeiro: não sou fã de praia e não sou a melhor pessoa pra indicar praias... mas este post indica que minha breve visita à Ibicuí foi útil!
8: What do you got - Bon Jovi: este me impressionou! Acho que o fato de ser inédito, as buscas do Google devem ter dado como resposta o meu blogue. Agradecimentos especiais à Lee-Ann que tem o blogue de onde chupinhei vídeo e letra para esta música do BJ.
9: Cristiane Maruyama, volume 1: será que tem pessoas querendo me conhecer melhor? Este post tá tão fraquinho... posso escrever mais! Rá!
10: Isabella Taviani, Via Funchal e todas as alegrias da vida: Mais um post da IT! Oba! Não quero que este seja um blogue apenas sobre Isabella Taviani, mas me alegra ter vários posts sobre ela como os mais lidos.

Há uma diferença considerável dos três primeiros para o quarto colocado. O que me faz observar melhor o que as pessoas caçam, quando caem neste blogue.

Quando criei este blogue, no começo do ano passado, foi para exorcizar meus demônios e minha solidão. Compartilhar pensamentos ocultos, mas nada muito pessoal. Pois nada tenho contra quem posta as maiores intimidades sobre si, mas eu -- como boa canceriana -- não gosto dessa exposição.

A ideia de outro dia qualquer veio inspirada em uma das músicas do Bon Jovi que mais gosto. E sempre quis manter essa filosofia de falar sobre o cotidiano (sem falar de esmalte, como me sugeriram uma vez, ou de tendências de moda, porque não é o meu objetivo), de refletir sobre o que vejo nas pessoas, nos lugares que vou, as coisas que faço.

Acho que depois de um ano, o objetivo foi alcançado. Claro que falar de preferências pessoais é mais do que obrigação, por isso me alegra muito ter uma receita minha, Bon Jovi e Isabella Taviani dentre os posts mais lidos.

Obrigada a cada um de vocês leitores que visitam este blogue diariamente ou apenas ao caso. É graça aos anônimos e aos não anônimos que este blogue existe. Por mim, para escrever. Por vocês, para compartilhar.

20 de setembro e os anivers de hoje

Amanheceu o dia 20 de setembro, uma daquelas datas que gosto de celebrar a cada ano! Motivos? Eu tenho de sobra, duas pessoas queridíssimas fazer aniver hoje: Poli e Gabitchs.

A Gabitchs é a mais ausente. Não lembro quando foi a última vez que a vi. Provavelmente, nas longínquas aulas de literatura na USP. Sempre reclamando que eu era surtada e dos meus "escândalos" que fazia todas as vezes que a via... minha (única) bruxa querida, temos uma relação distante que não se perdeu com o tempo. Gosto disso. Gosto da presença de certas pessoas em minha vida, que não se dissipam com o tempo e, ao contrário, fortalecem.

A idade é perigosa agora... retorno de Saturno desponta no seu horizonte, meu bem. Aproveite seu dia hoje, com corte de cabelo novo e tudo. Sabe que sempre desejarei o melhor para você!

***

A outra aniversariante é mais do que especial. É simplesmente aquela a quem carinhosamente apelidei de "minha filha" mesmo não tendo parentesco nenhum. Ou melhor dizendo, a pessoa que ao longo dos meus 33 anos de vida, mais soube me compreender. Melhor do que eu mesma.

Nossa relação já dispensa adjetivos e explicações. A nossa amizade não precisa dessas coisas. Mas eu preciso louvar hoje, que é o dia de seu aniversário. Imagino que ela deva estar em Poços, curtindo aquele frio e aquele clima que só existem naquela cidade. Espero...
Acho que tudo que eu poderia pensar de você, já disse. E o que eu poderia esperar de nossa amizade, já foi mais do que superado. O que sobra, então? Sobre então repetir aquelas mesmas coisas de sempre... que a parte considerável do que me tornei ao longo desses últimos seis anos, eu devo a você. Eu não teria presentes para te ofertar que agradecessem tudo isso que você simboliza para mim. Mas como as boas virginianas costumam ser, prestatividade e recompensas são coisas que não combinam... porque são meio que obrigatórias, sabe? rs

Filha querida: neste dia tão especial, em que o ciclo novo, o seu Ano Novo Pessoal começa, apenas desejo que tenha sempre a justiça que te guiou ao longo de sua vida. A sabedoria de tentar fazer as melhores escolhas. E a força para nunca desistir, mesmo quando tudo parece desesperador. Para quando precisar, sabe onde estou. É só me chamar, e eu irei.


Sonhos e reflexões breve sobre o ciúme

Esta semana eu sonhei, por duas vezes, que estava voando. Já sonhou que estava voando? É uma sensação plena de liberdade... o seu corpo é leve como uma pena, você quase nem sente o atrito do ar, parece ser parte dele. 

Isso me faz esquecer os sonhos ruins que tive na semana passada. Gosto dessa coisa inconsciente de estar caminhando para frente. É o que eu espero.

Vou aqui fazer uma doce reclamação ao vivo. Me lembrei, com ligeiro escárnio e muito riso, das pessoas que sempre sentiram ciúme de mim. Eu não podia sair com suas esposas/namoradas que os respectivos cônjuges (sempre mulheres, óbvio) sentiam ciúme tremendo de mim.

Por um lado, eleva minha autoestima saber que posso ser tamanha dor de cabeça. Isso, ao menos, deve significar que sou um partido interessante, a ponto de causar tanto ciúme. Cansei de ouvir que sou inteligente e compreensiva (haha, estou tentando reproduzir o que ouvi, sai assim, bem egomaníaco).

Por outro lado, reitera o quanto as parceiras de minhas amigas são inseguras. Acho que essa poderia ser a palavra mais bem aplicada, não acham? Eu acho.

Eu paro e fico observando a vida. As pessoas têm ciúme do óbvio. E se esquecem que se alguém quiser trair, não vai ser assim, tão na cara dura. Ou, até pode ser. Mas ninguém fica berrando aos quatro cantos com quem vai trair, né? Precisa ser muito idiota para isso. Por vezes -- e em geral é o que sempre acontece! -- a pessoa que trai sua confiança é aquela que você tinha como "amiga íntima e especial", aquela que você nunca diria. Como o mais clássico de todos os roteiros de filmes romântico-dramáticos.

Então, você que lê este blogue, ou que casualmente caiu aqui: deixa de pegar no pé por ciúmes. O que tiver de ser, será. Não importa se você coloque correntes no corpo de alguém, a mente é livre para fazer o que quiser. E não pegue no pé de pessoas como eu... observe aquela pessoa quesempre está presente -- de forma mais sutil e menos improvável -- porque o "traidor" vem de todos os lugares...

Os amores (as digitais ou ranhuras do disco de vinil)

Saudade eu tenho de muitas coisas.

Tenho saudade da minha pré-adolescência como um dos momentos mais puros que vivi em minha vida. Mesmo na turbulência dos hormônios, foi uma época profícua.

Saudade eu tenho de momentos únicos vividos no Japão.

E eu poderia aqui listar tantas e tantas saudades que poderiam virar tantos e tantos posts... mas não. Hoje não. Hoje quero refletir sobre algo (até inusitado) que aconteceu ontem.

Primeiramente, peço licença: o que falarei aqui será anonimamente. Nomes e situaçãoes guardados a sete chaves que levarei para comigo além do túmulo! rs

Não sou uma pessoa nada boa com conselhos sentimentais. Quem me conhece bem, sabe que EU peço conselhos. Sempre pedi conselhos a vida inteira. Será chegada a hora de passar o que a experiência (forçosamente ou não) trouxe à minha vida?

Nunca fui uma mulher racional no que tange a relacionamentos amorosos. Hoje, sem pudor algum, assumo que sempre fui a mulher dos amores platônicos. Sempre me perdi entre o desejo e a realidade. Saboreei decepções, irrealidades, expectativas tão infundadas! Eu nem deveria estar aqui para contar isso! (Rá! Mas estou!)
Ontem, de duas pessoas bem diferentes, ouvi delicado pedido de aconselhamento. Não me sinto em tal posição de aconselhar ninguém. E não é porque eu não considere que possa compartilhar experiências ou porque eu possa ser melhor que alguém. É simplesmente porque a vida de cada um é única e as escolhas são pessoais!

Mas, seria criminoso não falar nada. E eu disse o que pensava. Porém, sabe, tenho medo de dizer o que realmente penso. Inúmeras vezes fui tachada de grossa, que esse eco sempre me invade toda vez que entro num assunto polêmico. Depois de tanta coisa ruim que já me aconteceu nesse sentido, sempre que me vejo nessas situações, prefiro o silêncio e a omissão, simplesmente. Não machuco ninguém, não me machuco. Mas a verdade sempre fica pairando... sem pousar.

O amor tem umas coisas estranhas. "Love is so strange" ou "Quem inventou o amor, me explica por favor?". Não tenho essas respostas. Acho que o nosso conceito de amor é humano demais para querer respostas tão divinas.

E o amor é o mesmo. É o mesmo que dá o friozinho na barriga e faz dar aquela ansiedade de tornar real as expectativas mais secretas. Mas o amor tem suas digitais e as ranhuras de um vinil, que são únicas para cada um. O que dizer? Por vezes eu vejo o começo e o fim de um amor e preciso permanecer em silêncio porque eu (quase) sempre acerto? O que posso dizer?

Então só posso dizer que nunca é totalmente amor quando ainda é a fase da paixãozinha. Aquele fase doce de sentir falta dos defeitos, de achar perfeição em tudo. De sentir ternura mesmo quando o outro te trata mal. Esse amor é tão forte que parece dar um choque inteiro no corpo. Depois, sentimos bem com a presença (mesmo distante) com as palavras que parecem terem sido feitas sob medida para os nossos ouvidos. Imaginamos corpos juntos, o encaixe perfeito, a sincronia perfeita. Nas nossas ideias, tudo é sempre perfeito.

Mesmo os mais racionais não conseguem não sentir isso... faz parte do ser humano e é bom demais para deixar de sentir. Mas os amores são únicos e a combinação de duas pessoas é algo tão possível de predizer! Não há oráculo nenhum que possa dar conta de tudo isso. Por que? Porque somos humanos, porque a cada segundo fazemos escolhas. Porque apenas somos resultados de nossas escolhas feitas a cada segundo de nossas vidas.

Mas é difícil dizer isso para alguém apaixonado. Um coração apaixonado sempre vai responder: "Ah...depois". Quando não diz isso tarde demais. Bem, no amor nunca é cedo ou tarde demais. (Bem até pode ser também...)

Metade razão e metade emoção. Regras sobre nenhuma regra. Apenas escolhas. Espero que essas duas pessoas que me pediram conselhos tenham boa sorte! E eu espero que, mesmo em meio ao meus conselhos pragmáticos (como sabiamente disse Sharleu), eles encontrem o próprio caminho e sejam felizes!