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Bon Jovi no Brasil: EU FUI!

Luzes se apagando... aquela expectativa de horas, de dias, de semanas, de meses, de anos... foram mais de QUINZE ANOS esperando ver essa banda tocar ao vivo. E foi assim, minhas lágrimas escorrendo sem parar, um choro soluçado, sem testemunhas. Eu FINALMENTE estava vendo Bon Jovi ao vivo! Não conseguia acreditar!!!

Nos primeiros acordes de "Blood on Blood" eu comecei a chorar. E foi assim ao longo de quase três horas de show. Eu não conseguia acreditar que estava ali, testemunhando a minha banda favorita de todos os tempos!!! Ainda não acredito que estive lá, que tudo veio e tudo foi.

Eu sou fã assumida. Todo mundo me conhece sabe que eu gosto de Bon Jovi e me respeita por isso! Porque não sou fã de modinha, não sou fã passageira. Sou fã de ter todos os cds, singles, dvds, de ter visto vídeos e mais vídeos no youtube, de saber TODAS as letras de cor. De caçar raridades, singles, de ter no mp3 versões para karaokê, de conhecer inúmeras bootlegs. De não passar um dia sequer sem ouvir ao menos uma música deles. Para a minha vida inteira sempre teve uma música do Bon Jovi como tema. A minha vida inteira eu cresci ouvindo as letras do Bon Jovi pensando que quando eu me sentia mais sozinha, sempre tinha uma música do Bon Jovi para me acalentar.

E assim, com esse espírito, eu fui ontem ao show. Vou ser sincera, esperava ouvir músicas novas, o novo single "What do you got?" mas fazia tanto tempo que os caras não vinham ao Brasil que tava tudo valendo. Parecia um show estilo greatest hits.

As músicas iam sendo desfiladas e eu não conseguia deixar de olhar para a plateia. Vocês já foram em show de estádio? Não? Devem ir! É uma experiência única! Não precisa ir na pista, no meio da molecada, faz como eu, nas cadeirinhas, entre pessoas da minha idade (hahaha) mas só não faça como eu fiz, porque eu fui sozinha. Sim. Fã que é fã não encontra empecilhos, simplesmente faz. Minha prima e minha irmã estavam cada um num canto. E eu fiquei sozinha lá, curtindo e chorando.

O estádio do Morumbi estava lotado. Arquibancadas, cadeiras, pistas comum e premium. As pessoas aplaudindo, balançando braços, um mar de braços e pessoas. Inúmeras e incontáveis luzes de celular ou câmeras acesas. Algumas luzes coloridas piscando. Sim, Jon Bon Jovi é o Last Man Standing. Eu estava ali olhando para ele e olhando para a plateia. Todos cantando tão alto que mal dava para ouvir a voz do Jon. Mais motivos pra chorar!

Sim, estava LONGE pra burro. Mas que telões eram aqueles??? Dava para ver tudo! Obrigada, telões! Quando começou os acordes de "In these arms" não acreditei... mais lágrimas. Por que? Esta é a minha música favorita deles. Uma música que me define como sou, tão bem... Eu amo essa música desde 1992, tempo que muita gente nem tem como idade por aí! Chorei e muito também em "I'll be there for you"... porque o coro de mais de 60 mil vozes entoando o clássico "ooo" do refrão... é de arrepiar...

O show teve 28 músicas cantadas, um bis de cinco canções muito lindo. Um público diverso com muitas senhoras e senhores, muitos homens (um do meu lado se acabou de tanto cantar!) muita gente de paz e educada. Uma experiência única. Espero apenas que eles voltem, que eles tenham sentido que não é qualquer banda que depois de quase 30 anos de carreira lota um estádio com mais de 60 mil pessoas cantando todas as suas músicas.

E eu espero que as pessoas e os críticos de jornal que andei lendo por aí também respeitem. É muito fácil dizer que Jon tem vários trejeitos de cantar e gesticular. Ele nunca quis ser outra pessoa além disso que ele é. E mesmo que isso fosse ruim, pare e reflita antes de criticar uma banda que lota um show com 60 mil pessoas. Inveja tem bom senso. Porque qualquer outra coisa vira falta de autoestima mesmo.

Tô subindo dois vídeos que fiz do show. Talvez hoje (ou amanhã) eles estejam aqui. Obrigada Bon Jovi por fazer parte da minha vida há tanto tempo e por ser quem você é!!!

Pra falar de amor

Voltei agora pouco. Toda vez que faço minhas caminhadas noturnas no centro de SP é como se inúmeras e intensas faíscas acendessem em mim, todos os meus sentidos (os cincos, os sextos e os sétimos) ficam tão sensíveis. Tudo faz sentido.

Pensei mesmo que "love is all we need". E não esse "amor carnal" de sentido tão deturpado como temos hoje em dia. O amor -- o verdadeiro e puro amor -- que vivenciamos raríssimas vezes na vida. O amor compassivo que apenas ama, não importa o julgamento que façamos.

Aí pensei que poderia falar disso, aqui, neste blogue. Desse amor que tão pouco temos e que tanto precisamos! Tem alguém que você ama? Por que não aproveita para dizer? Pode ser a última vez que você vá ver. Como você vai saber que não será a última?

Fale uma palavra de carinho, despretensiosamente. Afague. Mande um email. Faça trégua no seu coração. Sorria, sem medo de sorrir. Ande, sem pressa. Viva, com intensidade, mas sem destruir ninguém ao seu redor.

E ame... de verdade, com a tranquilidade de um lago calmo. Diga que ama. Assuma que ama. Vai por mim, pode ser a última vez.

Isto aqui não é texto copiado de ninguém... vá por mim, são apenas palavras e sentimentos que brotaram do meu coração. Está servindo muito para mim... espero que sirva para você também!

Algumas lembranças - para vc neste dia 04/10

Hoje é o seu aniversário. Sem querer, achei uma menção a você. Sem querer, fui clicando em links até chegar a fotos suas. E fui vendo... sem querer parar. Mal de internet!

Faz tanto tempo que te vi. Faz tanto tempo desde que nos desentendemos e deixamos de nos falar. Eu odeio esses términos, porque parecem sempre deixar uma lacuna que o tempo nunca preenche.

Hoje, no seu aniversário, num dia que tanto lembra uma Londres escurecida, eu penso em você. Quantas coisas fizemos juntas. Quantas conversas tivemos, embaixo daquela velha árvores, fumando maços de Kent. Falando de amor, falando de família. Falando de espiritismo. Falando de futuro.

Nós sempre nos demos tão bem... mesmo você com todo o seu jeito libriano de ser e eu com todo o meu jeito canceriano de ser conseguíamos nos dar tão bem. Era uma amizade que eu prezava muito, você deve saber disso.

Mas você nem deve ler o meu blogue. Talvez ainda se lembre de mim. Talvez a minha lembrança esteja associada a algumas outras coisas ruins... será que você ainda se lembra de mim? Daquelas longas conversas? Do dia no Fran's Café?

Eu vi que você se casou. Você nunca poderia estado tão bonita naquele vestido de noiva, como estava. Senti saudades imensas de você, esquecendo todo o passado de brigas que tivemos. Queria ter te abraçado e desejado toda a felicidade para você. Espero que, mesmo sem que você leia este blogue, saiba que estou desejando toda a alegria para você.

E eu vi que você continua a mesma... distraída. Olhando perdida para detalhes que viram fotografias eternizadas. Você está viajando mais do que nunca. Seus horizontes nunca pareceram tão ampliados! O seu sorriso parece tão simples de felicidade... aquela mesma que já vi em seu rosto. Fiquei feliz por você, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Aqui eu continuo... com a minha vida. Sinto muito por termos brigado, sinto muito por eu ser tão canceriana e vc tb ser tão libriana assim. Quem sabe um dia não nos reencontramos? Pra você dedico esta música do Bon Jovi que diz mais ou menos assim: "You better chase your dreams before they rust, get what you can and hope it's enough"

Ressaca pós-shows - o amor e o fanatismo parte 2

Olha gente, depois de dois fins de semana seguidos indo a shows da mais que querida Isabella Taviani, chego às velhas conclusões de sempre. Como diriam as minhas amigas virginianas, estou com a crítica espevitada em mim (minha conjuntura astrológica na revolução grita isso em mim) e não deixo de observar as mesmas coisas de sempre... rs

Primeiro, aos prováveis fãs (sejam de quais artistas forem) desculpem se estarei sendo muito ácida, mas num tem como não reparar! Fanatismo é uma coisa meio... doentia, né? Tem como ser diferente?

É um caminho perigoso tanto para aquele atuante como para os que não o fazem. Porque os que exageram na dose acabam afastando o artista de todos!!! Se ele está ali disponível para todos, por que apenas uns precisam de mais privilégios que outros? Todos são iguais perante ele.

Mas quem é fanático não consegue ver as coisas por essa via. Precisa sempre chamar mais atenção (se fosse somente para o artista...) mas precisa berrar em público, misturando a exibição do artista com a exibição do fã, tentando ficar praticamente no mesmo pedestal e esperando que outros sigam seu exemplo ou, que na mais franca das hipóteses, seja invejado e admirado.

Sou contra essas coisas todas. Entendo. Juro que entendo! Juro que entendo a necessidade irracional de arrancar até cabelos. Juro porque tenho lá as minha manias. Mas prezo e prego a discrição. Não quero ser amiga íntima do artista (confesso, vontade não falta) mas que adianta? Os limites existem. Melhor ser reconhecido como um fã presente, atuante e carinhoso, do que um fã pedante, carente e exibicionista. Desde cedo sempre faço minhas escolhas e desde quando escolhi (por exemplo) ser fã de IT eu sabia que precisava seguir pelo caminho da discrição. Não é bom (e é totalmente desnecessário) ultrapassar os limites.

Nos shows do VivoRio e do Tom Jazz vi públicos totalmente diferentes e interessantes. Mas se há semelhanças no bom, também existem nos ruins. Eu apenas sei de algo: que a minha artista continue a me reconhecer e me receber em seu camarim. Que continue tendo paciência com todos e mais variados tipos de fãs! E sinto por aqueles artistas que antes recebiam seus fãs e não o fazem mais. E sinto mais ainda por aqueles que nunca receberam seus fãs.