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Ressaca pós-shows - o amor e o fanatismo parte 2

Olha gente, depois de dois fins de semana seguidos indo a shows da mais que querida Isabella Taviani, chego às velhas conclusões de sempre. Como diriam as minhas amigas virginianas, estou com a crítica espevitada em mim (minha conjuntura astrológica na revolução grita isso em mim) e não deixo de observar as mesmas coisas de sempre... rs

Primeiro, aos prováveis fãs (sejam de quais artistas forem) desculpem se estarei sendo muito ácida, mas num tem como não reparar! Fanatismo é uma coisa meio... doentia, né? Tem como ser diferente?

É um caminho perigoso tanto para aquele atuante como para os que não o fazem. Porque os que exageram na dose acabam afastando o artista de todos!!! Se ele está ali disponível para todos, por que apenas uns precisam de mais privilégios que outros? Todos são iguais perante ele.

Mas quem é fanático não consegue ver as coisas por essa via. Precisa sempre chamar mais atenção (se fosse somente para o artista...) mas precisa berrar em público, misturando a exibição do artista com a exibição do fã, tentando ficar praticamente no mesmo pedestal e esperando que outros sigam seu exemplo ou, que na mais franca das hipóteses, seja invejado e admirado.

Sou contra essas coisas todas. Entendo. Juro que entendo! Juro que entendo a necessidade irracional de arrancar até cabelos. Juro porque tenho lá as minha manias. Mas prezo e prego a discrição. Não quero ser amiga íntima do artista (confesso, vontade não falta) mas que adianta? Os limites existem. Melhor ser reconhecido como um fã presente, atuante e carinhoso, do que um fã pedante, carente e exibicionista. Desde cedo sempre faço minhas escolhas e desde quando escolhi (por exemplo) ser fã de IT eu sabia que precisava seguir pelo caminho da discrição. Não é bom (e é totalmente desnecessário) ultrapassar os limites.

Nos shows do VivoRio e do Tom Jazz vi públicos totalmente diferentes e interessantes. Mas se há semelhanças no bom, também existem nos ruins. Eu apenas sei de algo: que a minha artista continue a me reconhecer e me receber em seu camarim. Que continue tendo paciência com todos e mais variados tipos de fãs! E sinto por aqueles artistas que antes recebiam seus fãs e não o fazem mais. E sinto mais ainda por aqueles que nunca receberam seus fãs.

Um comentário:

Carla Piolla disse...

Cris, querida. Como sempre escreveu lindas palavras. Concordo com cada uma delas.Penso como vc, embora, às vezes eu acho que me empolgo....bjus.