O cotidiano sob o meu olhar. De tudo um pouco, das coisas que gosto e de tudo que quero eternamente descobrir.
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Where am I?
Every word was a piece of my heart
O fato é que muitas coisas têm passado pela minha cabeça... muitas reflexões. Passei estes dias pensando na panorâmica da minha vida.
Hoje tive acesso a um álbum "não-oficial" de um show realizado por Jon Bon Jovi. E que prazer imenso eu tive ao ouvir Every word was a piece of my heart. Desde a primeira que a ouvi, nos idos de 1997 lá no Japão, eu amei esta música. A minha cara. Aqui está o vídeo no YouTube. E aqui está a letra.
I've been staring at the page
For what seems like days
I guess I put this one off for a while
Did I see a tear fall from your eyes
Or did you laugh so hard that you cried
When I served my secrets on a silver tray to you
Hey now, I guess the night's just bringing me down
There's no love, there's no hate
I left them there for you to take
But, know that every word was a piece of my heart
You've been the blood in my veins
The only one who knows my middle name
And the smiles they came easy 'cause of you
You know that I love you, but I hate you
'Cause I know I can never escape you
Let the choir sing for tonight I'm an easy mark
Hey now, am I acting just a little too proud
Em breve escreverei sobre as impressões que, agora, ainda estão dentro da minha insana cabeça...
A era da hipocrisia
É que nesses últimos dias andei ouvindo/lendo coisas interessante sobre a questão da verdade/aparência, justiça/injustiça, realidade/ficção, bondade/caridade. E um negócio ficou retumbando e coçando dentro do meu cérebro, pedindo para sair!
Para começar, de acordo com o dicionário Houaiss, eis a definição para a palavra HIPOCRISIA:
■ substantivo feminino
1 característica do que é hipócrita; falsidade, dissimulação
2 ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade
3 caráter daquilo que carece de sinceridade
Eu sou uma idealista assumida. Se também fui conhecida por ser estourada e impaciente, otimista e sonhadora também -- e sempre -- devem acompanhar a minha definição.
Venho reparando (e isso deve ser acompanhado do parênteses: com variações sazonais), mais do que nunca vivemos os tempos das aparências. Conteúdo não é mais nem luxo, é um item acessório: tanto faz se você tem ou não.
O que importa é o que você MOSTRA. Não importa o que você faça ou deixe de fazer. Não importa o que você acredite ou defenda. Não importa o que você SINTA.
Que nós todos temos nossas máscaras sociais não é novidade desde os tempos primórdios. Que nós precisamos ser um personagem diferente para as mais diferentes situações que vivemos, idem. Mas há quem confunda "máscara" com "falsidade" e "caráter". Haveria mesmo distinção?
Então, se vivemos numa sociedade em que o que mais importa é o que você MOSTRA, consequentemente agimos assim e esperamos que as outras ajam em consonância. Aí criamos uma nata de aparências disfarçadas de bondade, sorrisos, caridade, simpatia e gentileza. Peraí. Para e veja.
Ninguém conhece ninguém, mas todos se gostam porque compartilham frases bonitas de autoajuda, espiritismo e cristianismo louvando o amor e o perdão. Gentileza gera gentileza, não é o que diz o profeta? Ninguém julga ninguém e ninguém critica ninguém, certo? Todo mundo tem dó de todas as mazelas do mundo. A falta de empatia me parece um companheiro inseparável da hipocrisia.
Bom, como em nenhum momento eu me excluí dessa mesma humanidade que citei acima, apenas queria finalizar que no convívio diário gostaria de ver mais empatia e menos gentileza disfarçada de caridade hipócrita. Queria ver a alma das pessoas e não sorrisos colgate e família doriana feliz. Podemos ser felizes? Somos felizes? Somos todos iguais? Sim, não. Depende, tudo depende. Mas autenticidade, hoje em dia, é tão rara quanto pessoas verdadeiramente empáticas.
Braços abertos para a vida...
Estou eu conectada com esse mistério chamado vida? Estarei eu ouvindo seus recados silenciosos e fazendo o que precisa ser feito?
Eu andei parando e pensando... e mesmo no meio da tempestade de poeira invadindo o deserto momentâneo da minha vida, eu sempre estive acompanhada daquela presença misteriosa. Uma certeza que nunca faltou na minha vida. Um sensação de conforto que sempre me fez continuar caminhando adiante mesmo sem ter ideia para onde ir, o que fazer, o que dizer, o que programar. Essas coisas racionais e frias (da terra) que nunca foram o meu forte.
Mas a falta aparente de "racionalidade" traz benefícios para a sensibilidade bem aguçada, bem trabalhada. Agora eu sinto uma liberdade nunca antes sentida. Agora eu estou diante da minha estrada, reta, infinita... e o meu destino? O meu destino é apenas comigo mesma. Com tudo aquilo que ainda nem sonhei mas quero que aconteça. O meu objetivo é ainda me tornar mais a pessoa que eu sempre fui e ainda não conheço. O meu foco é apenas ouvir o meu santuário interno... estar conectada comigo mesma cada vez mais.
Eu não sei do futuro. Não sei. No entanto, eu sei o que eu quero para mim. Sinto cada vez mais a união de todos os meus eus... sempre tão espalhados em cada pessoa que magoei, aquelas que decepcionei, aquelas que deveria ter tratado de uma outra forma. Aquelas que deveria ter dito outras palavras. Aquelas que simplesmente se foram e não voltarão mais.
Se há um privilégio na vida de um ser humano, devo dizer que nos últimos três anos da minha vida (talvez até mais, se pensar...) eu fui uma das mais privilegiadas. Eu vi tantas coisas acontecerem diante dos meus olhos. Eu vivi tantas e tantas situações. E diante de todas elas, uma escolha. E para todas elas, um caminho. Ao fim de todas elas, apenas um objetivo. Quando você se propõe a conhecer todas as verdades da vida, você pode se cegar, ou enloquecer, fugir ou simplesmente não aceitar. Quando você tem acesso à mais profunda consciência de si mesmo, o que você espera encontrar?
Apenas sei, agora, que estou aqui... de braços abertos para a vida. Quero viver, quero sonhar, quero aprender, quero ser... tudo novo de novo, como se fosse a primeira vez! Com o coração cheio de alegria, esperança e amor pela vida. Como deve ser... e você? Aceita caminhar comigo?
01 de setembro: aleatórios e Cris Barufi
Minha ausência
Um pouco de tudo
Este post é dedicado à Fabiana Kono, aquela que me apresentou à música de Nila Branco. Lembro dela me mandando mp3s, letras, links. Sempre dizendo que eu ia gostar. Mas eu lembro que aquela época eu era viciada em Ana Carolina e tudo parecia apenas cópia barata dela. Sim, pessoas, eu já pensei muito dessa forma... hoje procuro ser mais aberta mesmo às coisas que eu diria que nunca faria! :P
Pois bem, Fá me apresentou a Nila Branco. Até me surpreendeu o meu aniversário em 2010 me dando o dvd Confidências de presente. Não vou negar que mesmo tendo ganhado um presente já aberto (porque ela queria ver primeiro...), mesmo tendo sido uma dica valiosa dela -- uma imensa entendedora de MPB (por causa dela ouvi muito Jorge Vercilo, sabe, mas não consigo gostar de JV), eu levei aquele dvd a sério. Demorei a ver...
Hoje em dia, por motivos que não valem ser explicados aqui, não nos falamos mais. Sinto falta da capricorniana com ascendente em gêmeos e lua em virgem. Sinto saudade de suas eternas manias e até do seu cigarro insuportável. Se ela leu meu blogue, deve ter rido muito da minha atual paixonite pela Nila Branco. Deve ter dito "EU TE FALEI, VOCÊ NÃO ME OUVE" da mesma forma que ela disse quando começou minha sina de fã pela Isabella Taviani.
Pois é, Fá, eu assumo que vc realmente conheceu muitas partes de mim, principalmente a de cantoras que eu nunca pensei que viria a gostar e que hoje compõem parte daquilo que sou como ser humano. Provavelmente, se não fosse por você, nunca teria ouvido tanta MPB em toda a minha vida. Eu pensei demais em você no show no Leblon. Você tinha de estar ali ao meu lado, curtindo cada música que eu ainda nem conhecia direito. Ah...
Esta semana que se passou, me senti amplamente infuenciada pelo sobe e desce hormonal. E uma coisa ficou ali.... na cabeça. As pessoas falam tanto mal de tantos signos! Pessoas, não façam isso, por favor! É um sinônimo da maior ignorância! Já comentei isso aqui em diversos posts, e vou voltar a falar: aquilo que mais criticamos em um signo, tenha por certo, é aquilo que ainda não descobrimos em nós mesmos. Maior clichê? Impossível. Mas, nesse caso, é pura verdade.
Todos os signos do Zodíaco possuem defeitos e virtudes. Todos. E todos nós possuímos algum aspectos de cada um dos 12 signos do zodíaco. Se você não sabia disso, fique sabendo. Agora, pense: quais aspectos dos 12 signos você teria? Os defeitos ou as qualidades? Se você tivesse mais defeitos que qualidades, você gostaria de ser criticado por aquilo que talvez nem tenha consciência? Pois é.
Sinto saudade de todas as pessoas de terra que entraram e saíram da minha vida. Ou daquelas pessoas que oscilam entre ausência, silêncio e qualquer outra coisa. As pessoas de terra sempre tiveram um significado muito especial para mim. Quem acompanha meu blogue, sabe de todas as homenagens já feitas e ditas para este elemento. E as pessoas de terra envolvidas que acompanham este blogue, saberão que estou falando de vocês. Sim, estou falando que um dia espero a poeira sentar, o céu se abrir novamente, para uma nova época, um novo reinício.
Enquanto isso, "deixo as portas abertas da vida, pra ser vivida!".
Os amores (as digitais ou ranhuras do disco de vinil)
Inacreditável
Vocês pensem que o Brasil é uma terra "moderna"? Aqui o pensamento é mega-retrógrado nesse sentido. Lembrem-se da explosão das lésbicas em Torre de Babel e da "morte" de uma delas em Mulheres Apaixonadas.
Falta muito pra gente ainda. O dito calor humano brasileiro ainda não chegou a esse nível.
Infelizmente, eu não vou sequer saber citar o nome da novela... me perdoem por isso. Mas eu sabia que estava diante de algo inédito que nunca mais veria novamente, a menos em The L Word (muitos e muitos anos depois).
A música a seguir era a trilha sonora principal: Yumi Matsutoya interpretando belamente a Saigo no uso (A útlima mentira).
Ah sim, a novela se desenvolveu em meio a muito drama (bem no estilo nipônico que a minha amiga Sharleu mais adora) e terminou bastante libriano: ela ficou sozinha, embora tenha tido um caso tórrido com a mulher, dado uns beijos no homem... preferiu ficar sozinha.
http://www.youtube.com/watch?v=B8XcF1jn3iQ
O que aprendi (e estou aprendendo) com os apps de relacionamentos
Em agosto do ano passado, me foi perguntado se eu sabia como encontrar pessoas legais nos apps de relacionamentos. A Cris daquela época ainda não tinha ideia do que iria viver. Hoje, dez meses depois, já começo a tocar o significado dessa experiência.
E lá vem história...
Primeiro, foi uma mulher quase vinte anos mais velha que eu e que não me deu a oportunidade de me conhecer de verdade e concluiu que eu era uma "garota irresponsável emocionalmente" que "brinca" com os sentimentos alheios.
Depois, veio uma astróloga paulistana, e eu achei que tantas e tantas coisas em comum levariam à construção de algo sólido e duradouro.
E, nessa estrada, uma recém-moradora da capital paulistana da área de TI foi o primeiro exemplo (dos muitos que eu conheceria) sobre qual é o nível da falta de coesão e coerência eu suportaria ao conversar com alguém.
Até esse momento, eu ainda tinha me colocado aberta a relacionamentos amorosos e amizades. Então, cadastrada em três apps, mudei meus objetivos: apenas amizade.
Conheci então uma terapeuta holística e, mais uma vez, minhas esperanças de conexão maior — para amizade, apenas (da minha parte) — tiveram de aprender algo muito cruel que me parecia inconcebível à época: como uma terapeuta pode ter certas atitudes incompatíveis com a profissão?
Nisso, eu já conversava e tinha me encontrado com uma mulher que, a princípio, queria apenas me conhecer para manter um relacionamento aberto com ela (que é casada). Essa novidade (para mim, porque é extremamente comum em nossa sociedade) me causou um misto de susto com realidade. Amizade apenas. Claro. Até então, ela foi a única pessoa que conheci pessoalmente — algo que ainda quero muito (mas hoje menos).
Também conheci uma moça do RS que estava traumatizada pelo fim de um relacionamento tóxico vivido, o que a tornou uma cética a respeito do caráter das lésbicas.
Claro que nesse ínterim, muitos contatos superficiais que não foram adiante, tornando-se fantasmas na lista de pessoas que não vingam e que a gente dá unmatch ou simplesmente bloqueia.
No último mês do ano passado, conheci mais duas mulheres.
A primeira foi a advogada. Após estar ciente de que eu queria apenas amizade, trocamos muitas mensagens. Nos encontramos. No primeiro encontro tudo parecia caminhar fluidamente e embora eu tenha notado certas red flags (nunca as ignore!), o segundo encontrou mostrou ao que ela tinha vindo fazer em minha vida: me mostrar como é viver o pior date da vida.
Também conheci outra terapeuta holística que apesar de se mostrar espiritualizada e mais coerente, não estava preparada para o mínimo da troca necessária e educada que precisa existir em pessoas que estão se conhecendo.
Ainda nesse ínterim, conheci algumas moças recém-saídas de relacionamento que iam direto pro Instagram e lá ficavam, como um lembrete de que um dia houve uma conexão que se apagou tão rápido quanto acender um fósforo.
A segunda foi uma mulher incomum que conseguiu reconectar neurônios desativados em meu cérebro. Até aquele momento, crente na ciência de que eu saberia conduzir a amizade, fiz tudo que achei que deveria ter feito.
Já em 2024, conheci uma segunda advogada com quem tinha algumas semelhanças. Porém, as red flags balançaram até, umas duas semanas depois, ela finalizar o contato — algo que eu acabaria fazendo.
Também conheci uma estudante de Psicologia que tinha viajado pelo Brasil inteiro (o que agora me parece óbvio que ela estava mentindo!), trabalhava em três empregos e que começou a me dar aulas de Jung quando foi contrariada.
Conheci uma outra astróloga e terapeuta que parecia super empolgada para trocar ideias mas que desapareceu no limbo das mensagens não respondidas dias depois.
O cenário me fez cada vez mais restringir o meu já restrito perfil: descrição longa, filtros específicos. O resultado não foi melhor nem pior. Ele apenas mudou as caras.
Recentemente tive contato com uma mulher também saída de um relacionamento longo. E eis que me vi diante de um novo (mas não tão novo assim...) cenário: o de ser terapeuta apenas.
E, no meio disso tudo, algumas mulheres hetero começaram a me adicionar. Acreditei que seria uma alternativa interessante, afinal, a maior parte das minhas amigas é hetero.
Resultado?
Aparentemente, uma delas queria apenas sexo casual comigo.
As outras duas se encontram em situação de "ponto de interrogação" em curso.
E não posso esquecer de citar o caso de uma garota hetero muito gentil mas de quem sequer sei o nome completo. Apesar de conversar há longos meses, a sensação de ter falado muito de mim e saber quase nada dela pode ser o retrato de quantas anda os relacionamentos sociais de amizade.
Daria para escrever um livro abordando todas as nuances que gostaria de abordar. Mesmo um post, talvez eu escreva "uma série de posts" rs. Talvez.
O que vou escrever agora é o que aprendi pessoalmente com tudo isso que vivi e ainda estou vivendo.
1) Somos apressados em julgar ou ser julgados.
O nível de desconfiança entre os seres humanos só aumenta. E essa neurose coletiva não permite que as pessoas consigam ter discernimento. Qualquer mínimo detalhe que desagrade já é motivo para excluir e bloquear uma pessoa. Obviamente, o nível de tolerância é muito pessoal e também não dá para usar a própria medida para outra pessoa.
2) Maturidade emocional não tem nada a ver com idade.
Quando eu tinha 20 anos, tinha a crença de que pessoas mais velhas são mais sábias. Isso é uma imposição da sociedade que faz a gente respeitar os idosos pelos motivos errados. Pessoas "de idade" podem ser mais sábias? Claro. Mas essa é uma afirmação que exige muitas exceções. Uma coisa não deveria estar associada a outra. Nessa linha de raciocínio, muitas mulheres "só se relacionam" com outras mulheres mais velhas por causa disso. Maturidade emocional tem a ver com a capacidade pessoal e intrínseca de cada de um de se desnudar, ser humilde, aprender e transformar-se.
3) Profissões consideradas chiques pela sociedade (advogado, psicológo, terapeuta) não são indicativo de que a pessoa é de confiança. Bem como o grau de espiritualidade dela.
4) Compatibilidade astrológica, no caso dos apps, não é indicativo de que um contato será frutífero. Mas sempre pode ser levado em consideração.
5) Trocar Instagram ou número de whatsapp após algumas mensagens não quer dizer nada. Absolutamente nada. Nem se vai dar certo, nem se não vai dar. Essa associação é totalmente equivocada.
6) O grau de ansiedade das pessoas já passou do tolerável. É uma doença generalizada, não tratada e pior: as pessoas nem tem consciência de que estão doentes.
Eu não me excluo desse rol. No entanto, a ansiedade por saber como será o futuro daqui a dois dias impede as pessoas de aproveitarem o presente e construírem o alicerce. Bases sólidas não são conseguidas com atração explosiva na primeira frase. E isso vale para paixões avassaladoras.
7) As mulheres acreditam que uma dor de amor se cura com outro amor.
As pessoas deveriam dedicar um mínimo de tempo sabático após um evento traumático em suas vidas. Seja fazendo terapia, seja entendendo o que é a dor de uma solidão pós-término. Existem inúmeros recursos para isso o que deveria ser menos escolhido é se cadastrar em um app de relacionamentos achando que para curar uma dor de amor, basta outro. Isso é letra de música sertaneja.
8) Tenha consciência do seu nível pessoal de expectativas.
Uma coisa é ter parâmetros, outra é esperar que alguém se encaixe em sua vida como uma luva só porque você gosta da cor da luva. Embora vivamos numa sociedade descartável, as pessoas não são itens descartáveis. Ghosting é o suprassumo da imaturidade emocional. Aprecie quem responde mensagens que mostram algum nível de reflexão. Como você deve desconfiar de quem está 24 horas do dia disponível para responder mensagens e respondendo-as na hora que elas chegam.
9) Coesão e coerência não servem apenas para estudante de Letras.
As pessoas dizem uma coisa e fazem outra e nem se dão conta disso. Trata-se do inconsciente lutando ferozmente para trazer lucidez. Mas quem, do lado de fora, prestar atenção a isso, terá em suas mãos uma poderosa ferramenta. Isso vale para qualquer setor da vida pessoal, e nos mostra não apenas o nível de autoconhecimento como pode até indicar desvios de caráter.
10) Não ignore as red flags. Elas existem por um motivo.
Eu tenho a resposta de tudo? Não.
Tanto por não ter, que ainda não consegui construir uma relação que considere a ideal para mim.
No entanto, ao começar a aprofundar amizade com uma moça (temos uma amiga em comum), eu comecei a ter o contraponto necessário para conseguir compreender profundamente os apps, afinal, eu e ela não nos conhecemos por eles.
Eu já afirmei, erroneamente, que a culpa dessas experiências que eu vivi é o app. Na verdade, não há culpados. A escolha desse meio me permitiu viver uma série de situações que ampliaram minha consciência. Depurei ainda mais as sujeiras que estavam incorporadas em minha forma de pensar. Entendi ainda mais o que é o "ser humano" e, por consequência, me autoconheci ainda mais.
Embora para quem leia, a linha do tempo descrevendo a breve história que vivi com as mulheres que eu conheci não seja óbvia, mas para mim está mais do que claro, tão claro quanto água pura: estou aprendendo — muito. Me burilando, me lapidando. Aonde chegarei com isso? Não sei. Mas estou confiando no processo.
E até um próximo post!
Três filmes que mudaram a minha vida...
... e a minha maneira de ver o cinema.
Até 2004, nunca fui de ter muitos hobbies. Gostava de poemas (gosto, desde meus tenros 8 anos de idade), gostava de ver televisão, desenhar e ouvir música.
Mas, com a guinada que tive nesse ano, decobri que precisava dedicar mais tempo para mim mesma. Comecei a ir ao cinema sozinha, algo inconcebível na época. E descobri o prazer de pegar um cinema vazio, educado e as primeiras fileiras solitárias e acolhedoras.
Depois fui descobrindo o prazer de conhecer cineastas famosos.
Entre 2004 e 2005 vi muitos filmes. Desse período, destaco 3 em específico: Réquiem para um sonho (Darren Aronofsky), Persona (Ingmar Bergman) e Cidade dos sonhos (David Lynch). Três monstros do cinema (cada um no seu devido pedestal, claro) que chacoalharam o mundo cinematográfico com seus filmes e o meu mundo.
Primeiro, Réquiem para um sonho.
Eu tinha ouvido falar muito desse filme. Longe do fake mainstream que temos entre alguns supostos cinéfilos de Mostra, Megão tinha gravado esse filme em VHS da tv a cabo. Me emprestou. Assisti. Morri em lágrimas. Ellen Burstyn está irretocavelmente perfeita neste filme. A trilha sonora (que eu consegui alguns anos depois) é uma faca quente, sem corte, no coração. O título do filme é perfeito. O roteiro é perfeito. É um filme nota 11.
Na época, me lembro que muita coisa mudou dentro de mim. O filme evocou diversos fantasmas internos. Trouxe-os à tona. Expurgou alguns e deixou a ferida escancarada, ou seja, foi um filme catártico. Doce e amargamente catártico.
Segundo, Persona.
Um dia pedi a Sharleu que me indicasse um filme. Ela simplesmente disse: "assista a Persona", depois você me fala. Na mesma hora, busquei e comprei o dvd na internet. Quando chegou, li de passada a quarta capa e vi o filme. No final, estava estática. Simplesmente perfeito. A fotografia, as luzes, as sombras, o preto e branco... a opção pelo silêncio, escolha tão doce-cruel de Bergman. Nem sabia o que dizer. Outro filme nota 11.
Por fim, Cidade dos sonhos.
Ah... este filme. Eu sempre ouvi falar dele. Sempre me diziam "Veja Cidade dos sonhos, você vai gostar!", alguns diziam que não entendiam, mas eu nunca liguei muito para isso. Interpretações são sempre subjetivas.
Eram os idos de 2005. Eu vi que uma mostra do Expressionismo alemão trazia algumas coisas e esse fillme do David Lynch, fora do circuito desde 2001. Era a oportunidade! Anotei o horário e chamei a minha filha para me acompanhar. Ela, boa curiosa, aceitou meu convite mesmo sem saber do que se tratava, acreditou na indicação e lá fomos nós ao Centro Cultural Banco do Brasil, no centrão velho de SP.
Entramos. Vimos. Duas horas depois, mal conseguíamos andar na rua. No metrô, por muito pouco erramos ao descer de estação (isso porque a linha verde na época tinha pouquíssimas estações). Ficamos uma meia hora em silêncio uma ao lado da outra, sem saber por onde começar.
No dia seguinte e nos meses seguintes, foi uma febre. Mulholland dr. entrou em cada célula do meu corpo. O dvd estava esgotado para venda. Comprei a trilha sonora fantástica de Angelo Badalamenti, parceiro de David Lynch. Baixei roteiros, imprimi entrevistas, tudo o que pudesse me fazer entender o filme. E entendi. E mesmo que não tivesse entendido. Na minha opinião, meu filme n.1 para sempre, por conter todos os elementos principais para mim: amor, duas protagonistas, mistério, suspense, uma tramíssima muito bem escrita e dirigida.
Ainda hoje, tenho todo esse material. No meu aniversário, ganhei o dvd da minha filha. Desde então, eu sei que ela se tornou uma verdadeira cinéfila e colecionadora. Eu busquei obras-primas como esse filme, mas nunca consegui. Cidade dos sonhos ainda é o filme que me dá arrepios. E me fez ver o David Lynch quase como um deus na terra para mim.
***
Hoje em dia, ando bem menos cinéfila. Nem fui à Mostra de 2008. Não senti falta. Agora ando na fase comédia e comédia românticas, pontos fraquíssimos em mim. Estou adorando. O último filme que me fez chorar foi Wall-E. Mas isso é tema para outro post.
***
http://www.youtube.com/watch?v=e2Ma4BvMUwU
http://www.youtube.com/watch?v=96R9MG0DxLc
http://www.youtube.com/watch?v=q_41M2R7Z38
Qual a sua lembrança mais feliz?
Confesso: nunca fui fã da série Harry Potter na época em que fez sucesso. Por que? Simplesmente porque tenho um certo gosto para ser do contra. Hoje em dia, há alguns meses para ser mais específica, retomei o gosto esquecido. Falta apenas ler os livros rs.
Dos inúmeros trechos de que mais gosto, o que mais se destaca, certamente, é quando Harry precisa aprender a se proteger dos Dementadores e com a ajuda do professor Lupin aprende a executar o feitiço do Patrono. Basicamente, para executá-lo é necessário encher-se da sua lembrança mais feliz, deixá-la tomar conta de você. Fácil, né? (tom de ironia)
Assim, eis a pergunta: qual a sua lembrança mais feliz?
Mas não é qualquer lembrança... na série, o próprio não consegue conjurar um Patrono potente porque a lembrança não era feliz o suficiente. Então, quando ele consegue se focar naquela que é a verdadeiramente a sua lembrança mais feliz e plena, ele finalmente consegue afastar todos os dementadores.
Todas as vezes que estou revendo os filmes pela milionésima vez e chego nessa parte, sempre me pergunto qual seria a minha lembrança mais feliz?
Na maioria das vezes, as pessoas acabam associando essa lembrança com a família, como é o caso do Harry. Acho uma pena no filme não detalharem mais sobre as lembranças dos outros, que com certeza são variadas.
Eu não consigo ter uma lembrança associada à minha família que me traga tanta felicidade.
Já pensei e repensei tanto sobre isso... mas a maioria das lembranças eu estou sozinha, em um momento de reflexão. O que não é "ruim" mas também não creio ser forte o suficiente. Claro que meu intuito não é conjurar minha Doninha (mas bem que gostaria para espantar uns Dementadores diários) mas realmente pensar sobre lembranças felizes. O que são lembranças felizes para cada um de nós?
Para as poucas pessoas a quem pude perguntar, ninguém sabe responder de primeira. É uma pergunta complexa. Você saberia responder?
"Felicidade" costuma envolver alguém ou alguma época mais feliz. Nunca somos felizes o tempo todo e mesmo assim não produzimos grandes momentos de felicidade o tempo todo. É mais fácil dizer o contrário, inclusive. É muito mais fácil produzirmos, infelizmente, momentos tristes, decepcionantes, angustiantes... os quais desejamos esquecer e não ficar lembrando.
Mas, a despeito disso, vivemos momentos felizes... pequenos, singelos ou grandiosos... eles existem em nossa vida. E eu elejo o meu: o dia em que a cantora que mais admiro, Isabella Taviani, abriu um show no Teatro Municipal de Niterói, há quase dez anos atrás, com uma música, uma música que eu tinha pedido para ela cantar (na verdade, vinha pedindo há um certo tempo e com bastante insistência rs).
Só de lembrar, meu coração acelera... relembro perfeitamente daquele momento (que eternizei em um post aqui neste blog). Foi uma total surpresa. Ninguém sabia. Eu fiquei sabendo na hora.
Foram dois shows, naquela época estava sem grana e só pude ir em um show, o segundo. E interessante que ninguém me contou da surpresa. A própria Isabella (que sempre interage muito com os fãs) perguntou da minha ausência, porque tinha uma surpresa para mim. E essa surpresa se tornaria a minha lembrança mais feliz.
Eu, no meu lugar quietinha, na primeira fila, vi quando uma luz se acendeu apenas sobre a Isabella e ela abriu o show cantando Pontos Cardeais. Só tive tempo de pegar a câmera (nessa época registrava tudo que podia nos shows) e perder os cinco segundos iniciais e gravar o restante. Gravar e guardar esse que seria o momento mais especial da minha vida: a cantora que mais admiro, cantando a minha música favorita (a capela), abrindo o show com ela (a única vez que ela fez isso em toda a sua carreira musical) e especialmente para mim.
Por sinal, essa é uma música totalmente subestimada, inclusive pelos próprios fãs. Somente os fãs raízes a conhecem e gostam dela, a maioria fica nos clássicos de rádio. Para mim, continua sendo a minha música número 1. Ouçam a versão de estúdio e os arranjos maravilhosos.
E qual a sua lembrança mais feliz?
As máscaras do grotesco
Para alguns, é zombar dos "menos favorecidos", seja por raça, cor, credo, classe social, orientação sexual. Para outros, como vi esses dias, não vale apenas torcer o jornal e sair sangue. É necessário dissimular essa atitude com piadas de cunho supostamente humorístico.
O humor, por definição, é expressar o cômico para fazer riso. O cômico, em geral, só é engraçado quando faz zombaria de alguém. E o humor negro é a meia mistura disso tudo. O humor negro traz à tona a expressão de todos os pensamentos disfarçados de piadinha para "suavizar e amenizar o clima".
Nunca fui de humor negro e sempre olho de esguelha quem o faz. Para mim, quem faz humor negro é uma pessoa que tem algum tipo de distorção mental porque precisa chamar a atenção para si, afinal, quem faz esse tipo de humor não quer mais apenas zombar uma situação, quer chamar a atenção para si própria numa atitude: "eu não sou sentimentaloide sobre isso, eu tiro sarro disso!".
Mas voltando à questão, o que me assustou é sempre as pessoas fazerem humor negro na desgraça alheia. E o que mais me surpreende é ver outras pessoas rindo disso com uma naturalidade assustadora. Na minha opinião, esses são os verdadeiros psicopatas do cotidiano, disfarçados de pessoas comuns. Me diz como alguém pode rir de uma pessoa que é morta em um crime passional, esquartejada e descartada como lixo? Ao mesmo tempo, repito: MESMO TEMPO, li outra matéria similar e ninguém falava sobre isso. Entendo que a mídia, a polícia e a sociedade dão importância e relevância pelo fato de não ser uma pessoa comum. Isso não é justo para todas as outras pessoas que também têm o direito à investigação policial e à justiça. No entanto, daí a usar isso como justificativa para fazer humor negro sobre uma situação que -- a despeito de considerarmos justa ou injusta -- para mim, já é falta de humanidade.
O que defendo, aqui, não é sentarmos, chorarmos, lamentarmos e lamuriarmos sobre essa situação. O que defendo é compadecermos no sentido mais puro dessa palavra. Empatia é característica de poucos. E quando mais precisamos exercitá-la, simplesmente esquecemos desse detalhe que é o que nos torna humanos.
É repetitivo dizer que nós, seres humanos, estamos cada vez menos humanos. Não nos alimentamos direito, não nos cuidamos direito. Vivemos no tempo do relógio, na vontade da sociedade, na demanda do dinheiro. Rir da miséria e dor alheia em forma de "humor negro" é mostrar o quão vazio estamos. E disfarçados de humoristas do cotidiano. E sendo "moderninhos" porque é cool fazer humor negro, já que temos supostos humoristas ganhando fortunas por aí em cima da miséria alheia. Damos valor a esses valores, repetindo atitudes sem um mínimo de reflexão.
Apesar de tudo, creio e tenho muita esperança no ser humano, mesmo vendo esse lado grotesco e tão rudimentar que muitos insistem em disfarçar de "humor moderninho".
Menos p*nheta e mais ação
Não. Não se trata de pessoas taradas que batem umazinha em casa ou em público. Claro, pode ser homem ou mulher, ou vocês acham que só homem faz isso fora de casa?!
Mas a questão aqui nem é sexual. É uma metáfora que eu costumo usar para pessoas que não sabem o que querem da vida. Para pessoas que enroladas. Para pessoas indecisas. Para pessoas que mudam de opinião com mais rapidez que mudam de cueca/calcinha.
Eu queria saber quem foi que estabeleceu que ser direto, claro e honesto é falta de educação!? QUEM FOI? Quem souber a resposta, favor responder nos comentários.
Eu sei que existem várias formas de ser direto, claro e honesto. A pior delas é sendo mal-educado, falando com agressividade. Eu sei porque eu já fui assim. Se eu descuidar, volto a ser assim facinho. Porque é mais fácil ser animal do que ser humano.
Porém, eu acho impressionante como eu atraio gente que tem medo de me falar as coisas. Nossa, pessoas, de onde vem isso? Dizer sim, dizer não... dói tanto assim? Talvez, e muito provavelmente, o mundo perca um pouco do charme se todos fossem assim. Uma manha, um dengo... né? Mas isso tem momentos específicos de aplicação. Ser assim o tempo todo com todos... valha-me.
Então... vamos lutar por um mundo com menos punheta e mais ação!
Sabe, eu entendo. A gente precisa manter as aparências. As vaidades. As imagens que criamos para a sociedade a qual dependemos tanto.
A gente tem medo de não ter um canto para recorrer se somos diretos o tempo todo e não meia palavra que desdiga o dissemos anteriormente.
Bola pra frente. Este foi o capítulo de hoje.
O que é maturidade emocional num relacionamento amoroso?
Me lembrei de algo que norteou meu pensamentos ao escrever o post acima e que acabei nem comentando. Só fui lembrar graças à frase postada pela Claudia Bertrani: "Amor sem verdade é mera paixão e verdade sem amor é crueldade. (Bion)"
Acho que o nível "maturidade emocional" pode ser claramente medido pelo fogo que vc tem no meio das suas pernas. Isso mesmo, fogo sexual. Acredito que, enquanto isso for a prioridade número 1 para começar um novo relacionamento, vc — de fato — quer estar constantemente apaixonado. Quer sexo a toda prova, quer brigar e reconciliar na cama, quer sexo em todos os lugares e a qualquer hora do dia. Há algo de errado nisso? NÃO! NUNCA!
Mas vc, honestamente, não deve esperar mais do que "9 and half weeks". Maybe less, maybe more. Um relacionamento baseado em paixão dura cerca de 2 a 3 anos no máximo. Eu diria 2. E tem as pesquisas que falam sobre o "hormônio do amor", do quanto somos dependentes dele e de quanto tempo somos capazes de produzi-lo continuamente.
Temos parâmetros muito tortuosos em relação ao amor, hoje em dia, na minha modesta opinião. E aí, não importa vivência, experiência, espiritualidade ou educação. Queremos tudo para ontem, no máximo hoje; queremos um amor de televisão ou de filme, com tudo perfeito; queremos que o outro seja o que nós sonhamos no nosso mais profundo id maluco. Queremos uma ficção esquizoide em forma de amor romântico cheio de sexo como nos filmes pornôs. E o que somos? E o que temos para oferecer?
Acho que achei o norte deste tema espinhoso. As minhas experiências relatadas foram apenas para mostrar que não sou melhor nem pior. Sou um alguém como vc, em constante mutação e aprendizado. Já vivi a paixão e a irracionalidade. Muito. Demais. Meu conceito de amor nunca vinha dissociado de dor. E, olha, não faz tanto tempo assim, viu?...
Provavelmente escreverei mais. Num próximo post.
Dia internacional da mulher
Em Sampa!
Vou começar a usar aquelas camisetas com um "I heart SP" porque é incrível como este lugar me faz bem.
Cheguei e tenho curtido muito e tanto estar aqui que até resolvi postar essas "bobagens" como se estivesse escrevendo um suposto diário de 15 anos (coisa que nem tive na época...).
E nada mudou... ah nada muda. Uma tintura aqui e outra ali, as coisas continuam as mesmas. O pessoal mal-educado e mal-humorado. Os trens e metrôs cada vez mais lotados, as pessoas com pressa. E o céu... que céu azul lindo é esse, senhor??? Um azul único de brigadeiro, com friozinho à sombra. Agora eu sei que estamos no Outono! Uma das épocas mais lindas do ano (só não ganha do Inverno, claro).
Hoje não poderei ver nenhum dos meus amigos, mas a promessa é fantástica. E, olha a blasfêmia, estou tão bem de estar de volta à minha terra, aqui na casa de minha mãe, que nem tô sentindo falta. Ainda.... hehe. Mas verei Sharlene, Poliana e mais duas pessoas, ainda. Juro que tô pensando seriamente em esticar a estadia aqui, já que meus frilas são eletrônicos e posso ficar mais uns dias aqui no computador de sister.
Vamos ver... é apenas uma ideia. Quem sabe???
Por ora é só. Estou mega triste por não ter grana para ver Isabella Taviani, aqui em SP. Eu ando com saudades doidas daquela mulher cantando ao vivo... mas, não dá. Nem sempre dá para ter tudo que a gente quer, né?
Torta de abobrinha
A vitória da hipocrisia
Parque e Museu da Independência
Mais fotinhas do passeio aqui no meu facebook.