Clique

Aleatórios

Alguém aí se lembra da bala chita? Acho que é um pouco antes de mim, ou da minha época. O fato é que eu não comia doces quando era criança, hahaha então... sem lembranças.

Achei isso num mercado de doces e fui curiosa saborerar. Nem terminei de chupar a primeira bala. HORROROSA. Abacaxi? Nem suco de resto de abacaxi podre tem esse gosto. Não sei qual é o gosto da bala, não consegui definir. Só sei que a última coisa que fiz antes de jogá-la fora foi tirar a foto.

Eis a delícia.








***

Esses dias têm sido muito frios com a massa de ar polar na região sudeste. Adoro. Num nível que não tem cabimento. Não me importo de acordar às cinco da manhã com o frio, tomar banho e me vestir pro trampo. Não mesmo.

Pelo jeito a coisa andará assim até sábado, o famigerado encontro das Demônias Twitteiras!!! Oxalá.

Olha a temperatura na minha mesa, que delícia. Isso porque meu cantinho aqui é quente. Imagina lá fora.

E a vida segue...

"Hey Mr. Stranger, se você pensa que farei um revolução em teu ninho, engana-te. Os olhos estão abertos. Eu apenas sigo a minha vida. Cuidado com o teu rebanho, que debanda sem motivos. A vida é única para os que a vivem completamente. Não te estranhes se ficares só. Pois nada disso terá sido por mim. Eu apenas sigo a minha vida, ouvindo minha alma e meu coração. E contra isso nada podes fazer."
Cabei de postar isso no twitter (11h20), quase que por psicografia.

Bonde de Santa Teresa

Existem coisas apenas no Rio de Janeiro. O bonde de Santa Tereza é um deles.

No último finde, fomos eu e Jana conhecer o passeio turístico em uma tarde quente de outono. O céu azul estava mais do que convidativo e já que estávamos tão perto...

O bonde passa por cima dos Arcos da Lapa, entra no bairro de Santa Tereza e vai embora. Não fizemos o passeio inteiro porque o condutor disse que a linha estava fora do ar...

Enfim, vamos às fotinhas:

Sim, a passagem custa caro! R$0,60!!!
Um pequeno itinerário, como qualquer outro trem.








Enquanto voltávamos, a Jana tirou esta foto do tiozão, feliz da vida! Eita como é bom ser carioca!

 




 
Eu e Jana

Olha o que dá para ver lá de cima, quando o bonde passa por cima dos Arcos da Lapa? O Circo Voador!

No alto, a vista é linda para a cidade do Rio de Janeiro.







 
O bairro também é lotado por muitos ateliês, cujos moradores são desde artistas simples a renomados (pelo que a Jana disse).




Recomendo o passeio quando alguém visitar o Rio de Janeiro. Vale muito a pena. Recordo que nesse dia, dentre dez passageiros, 8 eram gringos! O passeio dura cerca de meia hora, entre subida e descida. Dá para curtir muito a paisagem!

O que as pessoas ainda não entenderam, genteeeem?

Aaaaaem, queritóóóóns. É o seguinteeeeem: eu sou sinceeeeera, óquei? Fica comigo quem quiser! Quem não quiser, vá e SEJE FELIXXXX.

Mas as pessoas adoooooram complicar. HAHAHAHA Queria deixar isso registrado.

Das coisas da vida 2

Para efeito de registro: o que escrevo aqui NÃO É reflexo da minha vida pessoal. É parte dela. É minha licença poética.

Algumas pessoas (não as julgo) fazem de seu blogue seu diário aberto. Ok. Eu não faço isso. Em porcentagem, devo falar aqui cerca de 40% da minha vida pessoal, apenas. Faço muita coisa que não falo, vivo muita coisa que não falo, sinto e penso muita coisa que não falo. Preservo muitos segmentos da minha vida pessoal que muita gente nem sonha.

Portanto, meus queridos leitores que caem de paraquedas ou que sejam contínuos aqui: fica a dica.

Das coisas da vida

Agora entendo: em algumas vezes, no twitter da Isabella Taviani, li umas réplicas a alguns supostos fãs que falaram grosserias para ela. Achei que ela não deveria responder, mas ela foi sucinta em falar e falou. Agora há pouco, li uns vilipêndios em outro blogue (não vou citar nada aqui), mas deixarei uma breve resposta em meu próprio blogue, que acho que é a atitude mais adequada diante do pequeno episódio que ocorreu e que serviu para abrir os meus olhos.

O que eu entendo por egoísmo? O oposto de solidariedade. Será que para algumas pessoas isso é tão difícil de entender? E porque também as pessoas sempre se apressam em julgar os outros. Acho que quando falamos dos outros, falamos de nós mesmos. E se me foi usada filosofia barata, rebato com Sartre "O inferno são os outros". Desculpe se causei este inferno em sua cabeça, espero que vc entenda tudo o que disse (como eu sei que um dia vai). Por que você lê meu blogue se você me odeia?

O ser humano é engraçado, fazia tempo que eu não passava por isso. Mas, de certa, eu previ, porque eu sabia que tinha dado uma resposta polêmica. Mas não adianta jogar pérolas aos porcos, porque a recepção será sempre assim: um ultraje ao que penso, porque a verdade dói. Ei, não sou detentora da verdade, sou apenas observadora do cotidiano. Desculpe se o que vejo dói em seus olhos. Use lentes cor-de-rosa e viva em um mundo de fantasia. Cada um faz as escolhas que quer na vida.

E engana-se, meus queridos leitores (porque eu sei que tenho muitos leitores queridos e devo TOTAL E IMENSO respeito a eles) que esse tipo de pessoa conhece a minha vida. Patéticos são os supostos filósofos, pois são falsos em sua mais pura essência. Continuarei sendo quem sempre fui, melhorando a cada dia, pois este é o propósito de nossa vida. Se você quer amenidades, nem venha ler este blogue, pois elas podem até existir, mas não serão toda a essência. E, meus queridos leitores, obrigada pelo respeito que sempre me foi prestado. Continue comigo, se quiser continuar. E vá com deus, se tiver de ir.

Gentileza gera gentileza?

Me perguntaram isso no meu Formspring.me. Minha primeira resposta foi: NÃO! Confesso que achei cruel da minha parte dizer isso, assim de supetão. Resolvi fazer um período experimental. E reitero minha resposta: NÃO.

Olha, não acho a proposta ruim. Não mesmo! Mas esbarramos num seguinte paradoxo existencial: quem, das pessoas que leem este blogue, pegam condução lotada todos os dias, ida e volta? Ou mesmo que não pegue condução, dirija por capitais como SP e Rio?

Me diga você: quando você está dentro de uma multidão, você age como a multidão ou você age conforme gostaria de agir? Bem, sua resposta vai depender de seu objetivo: você quer sobreviver ou você quer morrer?

Eu juro que não queria polarizar as coisas assim. Mas diante do movimento "Gentileza gera gentileza" não consigo pensar o contrário. Por que as pessoas são hipócritas? Ande um mês de trem e metrô no pior horário e você vai saber o que estou dizendo. Veja meus simplórios exemplos de cidadã do povo.

Se alguém te pedir licença, não é porque a pessoa quer passar, é porque a pessoa quer tomar o seu lugar que você mal consegue manter em uma sardinha enlatada. Se você pedir licença, a pessoa não vai te olhar e não vai mover um músculo, mesmo que haja espaço depois dela. Se você passa por ela bruscamente, ela vai te chamar de mal-educada, porque você é grosso.

Se há a instrução para carregar mochilas nas mãos, ela deveria ser estendida às bolsas femininas, tão grandes (ou, em muitas vezes, maiores!) que mochilas. Pior, são feitas de material duro, cheio de pontas. As mulheres andam com aquilo não junto ao corpo. E fazem questão de futucar as suas costelas ou as suas costas com pontas como se fosse um ritual de tortura chinesa ao longo de 20 minutos de trem totalmente prazeroso para o autor, não para a vítima.

Os homens não empurram os homens dentro de conduções lotadas. Eles caem sobre as mulheres porque "pega menos mal": afinal, ficar encoxando homem é coisa de viado e encoxar mulher é coisa de macho. Todos eles são muito machos, por sinal! As mulheres, mais baixas, sofrem com empurrões. Não somente de homens que se aproveitam para sarrar de graça, sem precisar pagar R$5 por um boquete. As mulheres também empurram as mulheres porque, em teoria, elas são mais "fracas". Elas ficam gritando que tá todo mundo empurrando e vão se empurrando enquanto, nessa, os homens apenas aproveitam para sentir uma bunda.

Adolescentes, cujos hormônios bombam a mil, acham-se donos das conduções. Não respeitam local de idoso, não respeitam o espaço público. Fazem questão de ficar em círculo, ocupando mais espaço do que deveriam. E andam com suas mochilas nas costas, não importa o volume da mochila ou o aperto da condução: o seu bem-estar é absoluto acima de qualquer coisa.

Os idosos que também se acham donos da condução, poderiam evitar pegar ônibus, trem ou metrô no horário de pico. Mas tudo bem, se precisam. Porém não precisam ser mal-educados a ponto de você pedir licença a eles -- em alto e bom tom, porque podem ter problema de audição -- e eles não moverem um músculo. Aí, mesmo esquema: você passa por eles e eles te olham como a pior criatura do mundo que ousou empurrar um idoso! Na hora de descer, não pedem licença, simplesmente vão passando, abrindo caminho com bengalas e guarda-chuvas, para descer fora do ponto. É um uso abusivo do "privilégio" de ser idoso.

Quando você está no meio da selva, se você não se adaptar a ela, você é engolido. Assim como eu fui um dia, quando fui empurrada para fora do trem com tamanha violência, que quase caí no vão entre o trem e a plataforma. Sabe o que aconteceu? Eu xinguei o homem que me empurrou. Ele simplesmente me olhou com ódio puro no olhar que nunca mais esqueci. E que me fez aprender uma dura lição: se você não tem dinheiro para andar de carro ou para pagar um táxi, acostume-se. Adapte-se. Pessoas frouxas são engolidas pela pura selvageria existente.

Eu sempre fui muito educada. E sempre acreditei que gentileza gera gentileza. Mas quando estamos na selva, a primeira lição é não sentir ódio do ser humano que te trata como lixo. Quando dá, você é educado. Tenho vários exemplos surpreendentes, pena que eles se perdem no cotidiano. Mas sempre me recordo deles, como um lampejo de uma sociedade animalizada e egoísta.

Portanto, sinto muito, mas não cruze comigo dentro um trenzão lotado. Você não vai me reconhecer como a pessoa que escreve neste blogue, porque se eu agisse de qualquer outra maneira, eu nem estaria aqui, teria me internado em uma casa de saúde. Esta vida cansa??? MUITO!!! Mas é uma etapa que tenho de passar.

Porque eu sei que é muito fácil ser pregador dentro de sua confortável casa. Como também sei que cada um tem o que merece. Então, façamos assim, você não me julga e eu não te julgo. E não encoste sua bolsa ou seu cacete podre perto de mim, porque eu sou fofinha e tenho cara de poste. Não tenho cara de poste, não tenho cara de balaústre, não tenho cara de apoio de nada. Fique na tua, fico na minha, certo mermão?

Indiferença

Você acorda. Na obrigação do sem pique. Se lava, se olha no espelho. Se der tempo, come alguma coisa. Cata as coisas, vai pegar o ônibus.

Vai pegar o trem. Vai pegar o metrô. Vai pegar outro ônibus. Olha as pessoas ao redor. Seus olhares estão perdidos, sem direção, sem brilho. Outros olhares estão dormindo. 

Muitas estão, como sempre, apressadas. Correndo. Te empurram. Enfiam o bico da bolsa de camelô nas suas costas. Futucam achando que empurrando chegam mais rápido. Pedem licença e não querem passar, querem tomar o seu lugar.

Você continua olhando ao redor. Tudo sempre. As pessoas sem objetivos, sobrevivendo em suas próprias vidas. Com um gosto amargo que nem disfarçam na falta do sorriso, nas atitudes egoístas.

Por que você a vida que está vivendo? Por que trabalha no lugar que está trabalhando? Por que exibe a teoria que está longe de ser prática? Por que lustra sua máscara social que cai podre pelos lados e só você não quer ver?

Os otimistas devem ser uma raça dos bobo-alegres. Como eu queria ser um deles. Eu acho até que alcanço o mais alto patamar em muitas vezes. Mas caio -- como este anjo caído que agora jaz entre minhas mãos -- para não conseguir fingir não ver o que vejo. Estar onde estou. E precisar aonde irei.

Mais um capítulo IT

Queridos leitores deste blogue, sim e de novo: Isabella Taviani.

Na quinta da semana passada rolou o famoso "Chat das 5" na rádio carioca MPBFM (cá entre nós, dá de MIL na Nova Brasil FM, em sampa).

Como sempre, todos os peixinhos (como são conhecidos os fãs da cantora) invadiram, lotaram, travaram o servidor, o vídeo, o site, o chat. Mas deu pra Bella responder a algumas perguntas e conversar com os fãs.

E para não ficar enrolando muito, vou postar o link da foto/printscreen que fiz (parte 1 e parte 2) e o vídeo (aqui) disponibilizado pelo site da Globo para a participação mais que especial que a nossa querida Bella fez no Mais Você hoje cedo.

******

Estou convalescente e acho muito interessante quando o corpo fala o que mente (supostamente racional) teima em admitir: mudanças, mudanças... venham! Hoje estou com a cabeça cheia, dor nos olhos, semi-febril e corpo moído! Amanhã... ah o amanhã.

Sentimento amargo

Pela primeira vez na vida, acordei com uma sensação imensa de impotência.

A caminho do trampo, relembrei os fatos mais marcantes de minha vida. Em todos eles, eu sempre estive sozinha. Sozinha para tomar uma decisão. Sozinha para encarar um estádio inteiro de rostos me observando. Sozinha para saber qual caminho tomar, por que tomar este caminho. Nascemos sozinhos. Vivemos sozinhos? Morremos sozinhos?

Já cansei de falar isso aqui, mas por que precisamos tanto viver do reconhecimento alheio? Por que precisamos tanto esperar que o outro olhe para você compreensivo, reconhecendo suas qualidades, perdoando seus defeitos, simplesmente lhe aceitando como você é?

Por que precisamos do outro para compreender a nossa própria existência? Por que não podemos simplesmente viver a nossa vida de acordo com os nossos ideais, sem precisar nos espelhar em outros (e em geral sempre fracos que não deveriam nos servir de parâmetro)?

Eu sou assim. Eu preciso de reconhecimento. A Sharleu me disse isso uma vez. Muito mais do que servir de exemplo, eu preciso de reconhecimento. Acho que chegou a hora de encarar de vez o maior de todos os desafios da minha vida: escolher meu caminho solitário, sem holofotes e agradecimentos ao meu redor.

Eu estou me sentindo morrendo em mim mesma, um sentimento inexplicável de que perdi todas as lutas a que me propus lutar e ganhar. Eu estou me perdendo de mim mesma. Desci do meu pedestal para engolir o que as pessoas sempre me impuseram, impávidas. Não sei se o que elas dizem é verdade, mas é fato que quando te humilham, isso não é qualquer outra coisa senão um estupro. Se você não se debater, dói menos. Não deixa de doer, mas dói menos.

Estou me sentindo estuprada, porque me deixei ser estuprada. Eu afoguei no caldeirão. Há um resto de mim que apenas mantém meu coração vivo. O resto é um morto-vivo que caminha diariamente, entre estranhos desconhecidos. Ainda dói o tapa de ontem? Ganha outro hoje. Não conseguiu se acostumar com 20 tapas sequenciais na cara? Tem mais 100 para vc hoje.

É por isso, mais do que nunca, que a minha decisão está tomada. Um dia vocês saberão do que se trata, mas tenham a absoluta certeza de que não me vendo mais. Não estarei mais sendo estuprada por empresas corporativistas mercenárias que te vendem ilusões destruindo seus sonhos e idealismos. Não me resta muito para sobreviver. Por ora, vou me agarrar a esse último fio.

In the groove

Sem muitas palavras, vou postar duas fotinhas que vi pertíssimo de onde trabalho: uma gambiarra (feiona) e uma cena inusitada. Cose della vita.

(pra quem não conseguiu enxergar a gambiarra, trata-se de um espelho (daqueles com borda laranja de por no banheiro) envolto em fita isolante no lugar de um retrovisor...)
(...)

Mais uma vez... Isabella Taviani

Vou aproveitar o meu recesso pessoal para deixar duas dicas para quem lê este blogue. Primeiro, para quem mais do que sabe, sou fã incondicional de Isabella Taviani. Ela tá no mesmo nível do que Bon Jovi significa para mim. 

Primeiro: ontem à noite ela fez um twitcam para/com os fãs. Esse carinho e atenção com os fãs, compartilhando intimidade, não tem preço. Foram cerca de quatrocentos sortudos online. Abaixo, o link que não sei por quanto tempo estará disponível. Estou tentando descobrir um jeito de baixar essa coisa. Cliquem em 28'00. Ela fez minha versão de Pontos Cardeais para piano. Pena não ter podido agradecer naquela hora. "Lembrei de uma coisa um pouquinho triste". Triste nada, essa música é linda!!! Clique aqui.

Segunda dica: para quem gosta de twitter, estou fazendo parte de um grupo (sim, estou fazendo parte de um grupo pela primeira vez na minha vida e devo confessar que é um estranho-esquisito muito bom!) chamado Demônias Twitteiras. A despeito do nome forte, significa que são as fãs (intensas e doidas) que acompanham a Isabella e divulgam a sua voz e seu trabalho. Nossa "primeira" vitória foi conseguir levar a Isabella para o programa da Ana Maria Braga (Mais Você). O que pode parecer brega, tem o intuito de divulgar. Sou contra a Globo, mas se tivermos de dar um dedinho ao diabo, vambora. Segue aqui o twitter das DTs.

Relacionamentos... relacionamentos...

Andei pensando muito nisso: relacionamentos. Quando acho que consegui escrever o suficiente sobre um assunto, surge algo que me faz pensar que precisa de um adendo. Ainda não terminei o texto do adendo, mas retomarei dois tópicos que tratei aqui, em posts passados.

Este, em especial, muito me agrada. Falo sobre o equilíbrio. Esqueci de citar as psychos que ficarão para depois. Releia aqui.

Este fala sobre amores platônicos e também vale. Relembro Walter Riso, um excelente escritor que vale ser lido. Releia aqui.

O texto novo vem em breve... depois de minhas miniférias. Vou me retirar com meu amor pra bem longe da circulação humana, ando precisada. Até a volta!

Coragem

O ser humano tem um gosto de mesmice que me dá um asco profundo, em muitas vezes, sabe?

Assumo que as pessoas não são mais como antes (não sei exatamente precisar a época desse "antes", mas asseguro que não é recente). Conceitos como honra, lealdade, honestidade e respeito não existem mais entre nós. Vivemos, arrastando uns aos outros, numa eterna tempestade de egoísmo e leviandade.

E isso me entristece! Como me entristece.

Nossos relacionamentos são superficiais. Tanto quanto nossa existência e tudo que se toca e se vê. Ainda bem que nem todos são assim, mas essa exceção -- fazendo jus à regra -- é cada vez mais difícil de ser encontrada.

Nossos relacionamentos não querem mais se preocupar uns os outros. A preocupação existe, mas ela serve apenas para as conversas infantis e piadas sem-graça. Olhamos para alguém e não queremos limpar o efeito espelho que essa pessoa nos causa. Deixemos ele embaçado.

Não temos mais palavra. Falamos e nossas palavras se perdem com o vento. Fazemos promessas porque elas são bem vistas pela sociedade. Isso não quer que precisemos cumpri-las, apenas precisamos falá-las.

Não respeitamos mais o outro. O espaço individual -- mais do que nunca -- foi priorizado. Então, qualquer um que se aproxime será visto como inimigo em potencial. Claro, isso tudo ocorre num nível muito subconsciente. Queremos o outro, mas não o queremos perto de nós. Tão antagônico quanto paradoxal. O velho dilema do ser humano.

Essas ideias me recordam muito Jean-Paul Sartre, em um dos poucos livros dele que li por inteiro: Entre quatro paredes. É desse livro a clássica frase: "O inferno são os outros". E não deixo de ver nossas relações como uma contínua disputa entre o que nos agrada e nos desgosta, mas que impede que nos afastemos. Nossa carência e nossa ignorância nos impede de cortar esse elo alienoso.

Acho que na verdade somos seres medíocres. Ordinários. Nadamos diariamente no caldeirão de nossa vida, de um lado a outra da borda, em círculos, flutuando. Me parece a imagem mais certa de nossa existência vazia, egoísta e superficial.

Mas o caldeirão da vida está ficando cada vez mais lotado. Não há mais espaço na superfície. É necessário coragem para um mergulho. Dentro da panela, dentro da nossa própria existência. É necessário coragem para aceitar-se como é. É necessário coragem para ver-se como realmente é. É necessário coragem, pureza e honestidade para saber o que há no fundo de tudo que nunca tivemos coragem de olhar antes.

Porém a imensa maioria de nós prefere boiar na própria vida. Disputando espaço e egoísmo entre os que também boiam. Vivendo sem saber porque vive e reclamando pelo prazer puro de reclamar.

Convido você -- que conseguiu ler este post até aqui -- a tentar o diferente. Vai doer pra caralho, mas qual o outro sentido maior da vida senão a mudança e o crescimento?

Assunto polêmico - parte 1

Quem aí queria assunto polêmico??? 

Hoje vou começar uma pretensiosa série-de-sei-lá-quantos-capítulos-me-der-na-telha. Em um post anterior, pedi umas sugestões, mas foi tudo muito fraquinho... mas decerto aproveitarei as sugestões das poucas pessoas que participaram! Por isso, obrigada pelas sugestões!

No entanto, diferentemente, vou abordar um assunto que -- coincidência ou não -- tomou minha atenção nos últimos dias, em comentários que a Jana sempre faz para mim, em um comentário que a Sharlene fez especificamente para mim e que culminou hoje num email que recebi.

 Do que se trata? Por incrível que pareça, de mim mesma.

Quem me conhece um pouco mais, sabe que tenho uma característica que, um dia, já foi um grande defeito. Com o tempo e amadurecimento, moldei meus ímpetos. Mas por mais que me esforce, nunca deixarei de ser alguém quem fui um dia, pois eu carregarei minhas lembranças eternamente comigo. Porém, serei sim uma pessoa nova, forjada a partir de quem fui.

Muita gente -- e outra coincidência ou não, esse comentário vem das minhas amigas do signo de terra (touro, virgem, capricórnio) -- me chama de grossa. Isso tentando resumir a situação toda em uma palavra apenas. O universo das coisas vai além disso.

Hoje acabei de descobrir que acabou mesmo uma amizade de quase cinco anos. A pessoa se ler este blogue, vai saber que estou falando dela. Mas confesso que acho isso pouco provável, porque ela nunca foi leitora assídua do meu blogue, exceto quando a foto dela aparecia aqui e eu passava o link por email.

Ei, isso não é uma mágoa. É contar uma situação como sempre a vi.

Por que isso aconteceu? Eu sei exatamente o motivo: porque eu sou grossa e sempre falo o que não deveria falar. **Leia-se aqui: sou sincera demais em expressar meus pensamentos sobre um determinado assunto.

Uma outra amiga, mais antiga ainda (que espero que leia este blogue com alguma frequência, porque não faço a mínima ideia se lê ou não) me escreveu um email hoje. E, com suas próprias palavras, me disse a mesma coisa.

Sharleu, no nosso encontro de sexta-feira, muito educamente me disse a mesma coisa.

Bem, se há algo que faço sem orgulho é assumir que tem algo errado quando várias vozes falam a mesma coisa de maneiras diferentes. E é isso o que está acontecendo agora.

Assim, para liberar todos os demônios, vou escrever três parágrafos. Um para o que cada uma dessas pessoas disseram para mim.

1-) Pessoa que não respondeu ao meu email: pode ser grosseria usar um meio público para escrever o que escrevo, mas a exposição é minha, porque sequer cito o seu nome aqui, apenas os íntimos saberão. Peço desculpas se fui rude em minha exposição, como todos sempre insistem em me chamar. Mas fora o modo como disse tudo, não retiro nada do que disse. E sinto muito você ter tomado uma atitude igual à Camila, porque isso apenas confirma o que disse naquele email que você sequer disse que não responderia: para você minha amizade nunca foi importante a ponto de você cuidar dela como sempre cuidei da minha parte -- mesmo sendo grossa como fui. Eu fui grossa. Você sempre foi ausente.

2-) Amiga que escreveu um email para mim hoje: também peço desculpas se fui grossa. Eu vou te escrever com calma, tentando explicar tudo do meu ponto de vista -- que sempre parece tão claro. Apenas me diga por que as pessoas confundem sinceridade com grosseria? Justificar pelo modo como as coisas são ditas não é suficiente -- porque quando dizemos por amor, as coisas não entram na cabeça. As pessoas apenas guardam uma lição quando aprendida por dor, isso é fato. Como também é fato que não cabe a mim decidir quando usar de dor ou de amor.

3-) Sharleu: como pessoa que me conhece há tanto tempo, você talvez esteja certa. Mas a pergunta que não cala em mim: serão esses os perdedores ou os redentores?

***
Apenas para finalizar este looongo post: não quero justificar a minha grosseria, que sempre foi parte de minha natureza mais sincera e real. Mas não deixo de dizer que essa mesma "grosseria" poderia muito bem ser interpretada como crueza. Como honestidade. Como sinceridade.

Não deixo de admitir a minha culpa, como nunca deixei de admitir qualquer outra coisa em minha vida. Mas o que vejo em comum nessas duas pessoas não citadas aqui é: eu tentei ajudar sem que ninguém tivesse me pedido ajuda. As pessoas não querem ajuda! Eu preciso enfiar isso na cabeça! As pessoas querem carinho para compreensão de suas fraquezas. As pessoas querem que passemos a mão na cabeça, sentemos e compartilhemos as lamúrias. Sinto muito, faz tempo que não tenho tempo para isso. 

As pessoas querem tempo para começar a entender o abecedê. Concordo que não se pode apressar o tempo interno de cada um, mas não será egoísmo de alguém pentelhar outro alguém por anos, sem esboçar mudança, apenas pelo gosto da lamúria?

A velha Crisantemus Sincerita Polemicus voltou à ativa. Mas foi sem querer. Minhas boas intenções foram todas morar no inferno. Mas não expiarei a culpa alheia. Sinto muito,  mas isso é carma para cada uma de vocês.

Bitch

Adoro a música a seguir. Veja a letra inteira aqui.


I'm a bitch, I'm a lover
I'm a child, I'm a mother
I'm a sinner, I'm a saint
I do not feel ashamed
I'm your hell, I'm your dream
I'm nothing in between
You know you wouldn't want it any other way.
Acho que virei com um texto novo pro post, polêmico -- as it supposed to be -- para a próxima semana.

16ª Erotika Fair

Bem, já que o outro post não bombou do jeito que eu esperava, vamos falar de algo que sempre alegra -- e muito -- as pessoas: sexo!

A Sharleu me encaminhou infos e me convidou para o 16º Erotika Fair. E adivinhe??? Óbvio que vou!!!





Começa agora neste finde. Ainda não decidimos que dia vamos, mas iremos sim!!! Eu já ouvi falar e muito desse evento, e por variados motivos, nunca fui. Agora é a hora.

As infos detalhadas estão no site http://www.erotikafair.com.br. Descobri que com cadastro no site, ganhamos 20% de desconto no ingresso para acessar a parte que interessa: os expositores e shows. Ou seja, em vez de 50 mangos, vc vai embolsar apenas R$40.

Quem sabe não nos encontramos por lá? =^ ^=

Questionário

Este blogue anda meio morno, mesmo eu falando de temas quentes.

Então vou lançar uma pergunta (tomara que eu tenha resposta...) entre os meus queridos leitores e visitantes anônimos deste blogue: qual assunto vc gostaria que eu falasse?

Regras: não falo de minha vida pessoal (leia-se família e namoro) porque não é este o objetivo deste blogue, a menos que eu queira. Segundo: não falo mal de ninguém em específico, mas de temas e tendências. Então, não venha me pedir para falar do vencedor do reality, por exemplo, ou mesmo do Rick Martin, porque não vejo necessidade e nem quero. Regra final: podem ser comments anônimos, com perfil, não importa. Apenas dê a ideia!

Assim, a questão foi lançada. Aguardo sugestões para compor meu próximo post!!! 

A vitória da hipocrisia

Faz algum tempo que venho matutando algumas coisas. Meu olhar observador sobre as pessoas oscila entre a pura indignação e o blasé. Não deixo de pensar que me coloco como Juíza-Mor, ocupando uma posição em que não me permito o auto-julgamento. Não é verdade. Quando falo o que aqui falo, também estou falando de mim mesma.

Mas convenhamos: se eu olho e posso dizer, por que não fazê-lo? Se as palavras queimam em mim e querem sair de mim, por que não libertá-las?

Três meses. Acho que este é o tempo que estou ruminando este texto. E vale contextualizar porque desde 17 de dezembro não me sinto mais a mesma pessoa que sempre fui. Talvez um dia eu conte esta história em detalhes.

Abri as notícias de jornal e vi a (óbvia) notícia de que o mais falado elemento ganhou o tal do reality show. Cheio de pompa social e discurso clichê, fez promessas. Sua atitude -- tão simplória e tangente -- quanto a de um político, vem mostrar o poder da mídia de massas. Ou vocês acreditam que a maior emissora do Brasil seria ligada a atos de preconceito sexual? Não!

Mas também somos como o vencedor do show. Só que na nossa vida diária. Continuamos agrupados a pessoas que não nos fazem bem, mas que são as mesmas que nos fazem inseridos num grupo. Não estamos sós, mesmo se continuamos ignorantes, é isso o que importa.

Repetimos atos alheios, não importa se eles são corretos ou não, porque se todo mundo faz, eu faço. Praticamos a violência -- psicológica ou física -- a alguém, porque sendo agressivos, estamos nos defendendo. Falamos bonito, porque as pessoas sempre se iludem com os loquazes e esquecem de olhar a verdade por trás de suas palavras. Fazemos apologia aos sentimentos e à justiça sem saber o real e puro sentido que estão atrelados à essas palavras.

Então, eis a pergunta: quem somos? 

Rebato a pergunta: o que somos?

Não temos autoconsciência. Não somos muito além de um reflexo no espelho, que confere se a beleza está ajustada aos modelos da sociedade. Preenchemos nosso vazio com vícios, com ilusões. Creditamos nossa felicidade sempre à alguém. Nos reproduzimos sem propósito.

É decadente essa imagem, na minha opinião. Vivemos cercados de ilusões, acreditamos nela e reforçamos a sua existência repetindo ações alheias, simplesmente pelo fato de estarmos no piloto automático de nossas vidas.

Recentemente, me perguntaram se eu teria algo a perguntar pra Deus. E eu disse que nada. Depois, pensei melhor, e perguntaria o seguinte: por que te criaram? Porque acredito que ao criarmos um Deus criamos uma resposta de dois gumes: a redenção e a perdição. É assim que vivemos, num conflito eterno de absolvição e pecado, que nos prende em nossa pífia realidade.

Portanto, ao falarmos mal de políticos e de vencedores de reality shows, estamos falando de nós mesmos, porque foi essa a realidade que construímos. Nada aconteceu por infortúnio e nada continua acontecendo sem que estejamos intrinsecamente atrelados a essa realidade. Se há uma vitória da hipocrisia, esta é a vitória de nossa total falta de autoconsciência, que forja nossas bases e põe holofote em nossos reflexos.

Ainda acredito -- e eu luto muito por isso -- que sejamos capazes de viver sem maniqueísmos, para começar. Penso que seria a melhor forma de começarmos tudo de novo.

The celluloid closet

Primeiramente, devo agradecer ao site Elas e Elas Filmes que disponiliza filmes únicos que podem ser vistos em computador. Oportunidade fabulosa de ver raridades europeias que nunca estrearam por aqui e sequer possuem versão em dvd pra gente poder ver.

Pois bem, fiz algumas escolhas e lá fui eu pra lanhouse baixar alguns filmes. Tem tantos que nem dá para saber por onde começar. Mas me chamou a atenção o The celluloid closet. E que surpresa agradável foi! Quer dizer, eu chorei muito! Muito! Por pensar em tudo que historicamente passamos. Hoje em dia, parece muito difícil ser gay ainda, mas antigamente, era bem pior!

O documetário faz um percurso ao longo de toda a história do cinema, mostrando como a homossexualidade era/é retratada. E o resultado disso é que sempre fomos ridicularizados, transformados em vilões e -- principalmente -- mortos ao fim do filme.

Isso não é novidade se nos lembrarmos, por exemplo, a quantas anda a telenovela brasileira. Em Torre de Babel, em Mulheres Apaixonadas... o filme é sempre o mesmo! Morram! rs

Mas isso me faz pensar que estamos em uma era especial: a era de Aquário. Agora é a hora de toda a sociedade abrir os olhos e ver os homossexuais como pessoas atuantes na sociedade. Pois somos aqueles que produzem seus livros, cultivam a sua comida, escrevem, leem, fotografam, cozinham, cantam, cuidam de sua saúde. Somos como qualquer ser humano neste planeta Terra.

Bem, voltando ao documentário, separei alguns filmes que gostaria de ver, como The children's hour (Infâmia) com Audrey Hepburn e Shirley Maclaine. Lembrei dos queridos Fried green tomatoes, Thelma and Louise e The Hunger.

O documentário vale cada segundo. Para mostrar o panoramos de quase um século da sétima arte e para mostrar como a influência hollywoodiana.

I'm alright...

... You gotta go there to come back.

Poucas pessoas entendem o real sentido de ir até o fundo do poço, lamber a merda e voltar. Se um dia você chegar perto de sacar isso, e antes quiser sentir o feeling, ouça esta música:

Sobre ontem

Ontem foi um dia difícil para mim. Por alguns motivos que não merecem ser ditos aqui, eu estava muito sensível. Além da conta. E, ao contrário do que costumamos fazer, não culpo a tpm, não culpo ao estresse no trabalho, não culpo ninguém.

Eu não poderia exatamente precisar... mas como disse minha amiga Shar, também sinto um turning point inside me. Eu quero muito mais do que a vida diária me dá. Eu tenho muitos sonhos grandiosos que gostaria de viver e compartilhar. Eu preciso ter muito mais do que a satisfação de uma vida ordinária e comum.

Eu sonho com um mundo consciente, com seres humanos conscientes de seus potenciais, de seus reais valores. Eu vejo um mundo com pessoas não mais em suas vidas ilusórias, mas criadoras de sua própria realidade.

Eu quero um mundo que compreenda a consciência ecológica não como um verniz que passamos para parecer moderninhos e legais, mas como seres humanos que respeitem a Natureza como parte de si mesmas. Eu quero um mundo em que não precisemos de maquinários para depender, para trabalhar em conjunto.

Eu quero muito ajudar as pessoas e quero estar ao lado de cada uma delas. Sonho com pessoas amigas, puras e sinceras.

Eu sinto que ontem foi um dia negro, cheio de testes para mim. Mas, para os meus inimigos que querem me derrubar, digo: vocês não são meus inimigos, apenas odeiam algo em mim que gostaria de ter para vocês. Eu não os odeio. Nós poderíamos nos juntar! Poderíamos formar um time! Eu estou aqui. Eu amo cada um de vocês.

Também sinto um vento novo soprando... ele vai mudar minha vida exatamente para onde quero que ela vá. E todo o meu mapa astral então fará sentido, porque estarei realizando tudo a que vim destinada realizar.

Pontos Cardeais

Pronto! Não aguentei mais isso e corrigindo uma falha gravíssima no mundo virtual, postei a belíssima música que tenho ouvido no repeat one desde ontem: Pontos Cardeais, de Isabella Taviani.

Adoro o arranjo com cordas dessa música. E fiquei imaginando uma versão em piano. Adoro a letra, adoro a intensidade na medida certa. Se o primeiro álbum da Isabella foi caracterizado pela explosão de intensidade na voz, uma certa sofreguidão em excesso, esta música parecia prever a Isabella que viríamos a conhecer no último álbum: a doçura e a leveza, sem perder a mulher-escorpião que sabemos a Isabella é e nunca deixará de ser!

Portanto, aproveitem e espero que gostem. Eu amo essa música!

E de novo...

Isabella Taviani! Mas que surpresa!

Eu gosto dessa mulher, fazer o quê?... rs

Ontem no twitter, fiz uma sugestão... e recebi uma resposta misteriosa e esperançosa:













Busquei e não achei Pontos Cardeais na net! COMO??? Quando conseguir um upload, aviso. Ela faz parte do primeiro álbum dela. Longe das clássicas que compõem o álbum, como Foto Polaroid, Digitais, O Último Grão e De Qualquer Maneira, esta música é uma pérola escondida... e que pérola! Não me esqueço que foi com ela que ganhei minha promo para conhecer a Bella ao vivo!

Aos meus queridos leitores...

Muito obrigada aos meus queridos leitores, pelas visitas diárias (são uma média de trinta!) mesmo não tendo postado. Prometo compensar vocês com muita crítica a la Crisão! :-)

Bem, segue um superminiconto. Espero que gostem. Vou me dedicar cada vez mais à prosa! Quem sabe (promessa de vida) eu não escrevo um único romance até o final de minha vida e entro pra imortalidade dos escritores eternos?
Eu nunca te vi chorar. Mas estava lá: de frente para você, vendo suas lágrimas e seus olhos vermelhos. Dentro da minha cabeça, um furacão. Minha expressão? Silêncio. Eu não sei reagir à lágrimas, me perdoe. Algo em mim se trava quando vejo alguém chorando, pois é como se minha sensibilidade ficasse esgarçada fora de mim, e eu não soubesse o que fazer...

Mas não era eu, era você. E ainda assim, eu não sei o que fazer. E ainda assim, espero que você compreenda meu silêncio e minha tão tímida atitude. Se somos partes opostas e iguais e simétricas do mesmo, é tudo que posso dizer que sei. Você estava certa. Eu sou única -- e nós somos únicas.

A brincadeira do momento

Para quem tiver curiosidade de me perguntar algo... que usualmente não perguntaria, eis a nova ferramenta destes tempos cibernéticos: Formspring.me.

A proposta é simples e básica: caderno de enquete da 8ª série. Virtual.

Já andei respondendo umas perguntas. Tem um pessoal querendo polêmica (como sempre). Mas tô aí: na chuva e pra me molhar. Pode perguntar o que quiser, não vou deletar nenhuma e responder a todas.

Isso me lembra meu caro Enrico que sempre me dizia que eu tinha de participar do Provocações, programa do Abujamra, na tv Cultura, aqui em SP. Aquele menino me conhecia... hahaha.

Vai lá, quem tiver interessado: o link tá aqui.

Música para esta quinta-feira


O dia amanheceu um friozinho bom, cheio de nostalgia para mim.

Uma das minhas músicas favoritas do Bon Jovi, Open all night (versão box). Já postei aqui uma vez, vai de novo. Este vídeo é raríssimo, porque foi a única vez que eles tocaram esta música ao vivo (aliás Borgata 2004 foi O SHOW). A música Open all night (versão final) foi lançada em 1999, no álbum Bounce. No box comemorativo de 25 anos de banda,  foram tiradas duas versões do baú: a música que segue aqui e a These arms are open all night. Eu prefiro esta, infinitamente. Embora a versão de 99 é muito linda. Enfim... Vejam com a letra (quem tiver curiosidade, claro). A música é a minha cara...

Andy Warhol na Pinacoteca, em SP

Adoro a Pinacoteca de SP e adoro Andy Warhol. Adivinhem quem estará lá no próximo feriado?...

O texto abaixo foi tirado da Folha de S.Paulo, hoje.

Estação Andy Wahrol Maior mostra do artista no país explora tom político de sua obra e a relação com os EUA do pós-Guerra

The Andy Warhol Foundation for the Visual

"Campbell's Soup II Hot Dog Bean" (1969)

FABIO CYPRIANO DA REPORTAGEM LOCAL

O lado glamouroso e pop nas obras de Andy Warhol (1928-1987) já é bastante conhecido, seja nos retratos de celebridades, como Marilyn Monroe ou Elizabeth Taylor, e mesmo em seus autorretratos, que também prenunciam o culto ao egocentrismo em tempos de Facebook e Twitter.
Com a mostra "Andy Warhol, Mr. America", que será inaugurada neste sábado, na Estação Pinacoteca, outra faceta será explorada: as relações políticas vistas em sua obra, a partir da consolidação do império americano do pós-Guerra.
"Warhol encarnou e expressou vários dos pressupostos que levaram à construção do império americano: a relação entre desejo, fantasia e consumo, ou mesmo a persistência da morte por trás da essencialmente afirmativa iconografia da cultura pop dos EUA", afirma o curador canadense Philip Larratt-Smith, responsável pela exposição.
"Andy Warhol, Mr. America" começou a circular no ano passado, no Museu de Arte do Banco da República, em Bogotá, na Colômbia, seguiu para a Argentina, no Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires, e termina seu périplo em São Paulo. O tema político da mostra, segundo o curador, foi escolhido graças ao circuito geopolítico: "Devido à longa história das intervenções norte-americanas na América Latina e ao papel fora do comum desempenhado pelas multinacionais americanas".
Para ilustrar a relação política na obra de Warhol, Larratt-Smith dá como exemplo as obras da carreira do artista nas quais ele passou a usar camuflagem, incorporando padrões militares. Nesses trabalhos, segundo o curador, "a camuflagem sugere que as aparências são enganosas, e que existem agendas escondidas". Assim, segue Larratt-Smith, "o império americano é um império travestido, que tem a pretensão de ser o que não é: um supervisor benevolente do sistema financeiro global ou o zeloso policial do mundo".
Nesse sentido, Warhol de fato seguiu na contramão da propaganda do governo dos EUA em defesa do expressionismo abstrato americano de Jackson Pollock e seus contemporâneos, que ainda continuam em voga: na semana passada, o correio norte-americano começou a vender selos de dez artistas desse movimento.
A turma de Pollock, aliás, nunca admirou Warhol. "De Kooning uma vez o chamou de "matador do belo", em uma festa, quando se encontraram", diz Larratt-Smith.
A mostra do artista na Estação Pinacoteca, a maior já vista no país, reúne cerca de 170 obras: 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotografias, duas instalações e 44 filmes, com ênfase para os trabalhos realizados entre os anos 1961 e 1968, período que Warhol trabalhou com intensidade em seu estúdio, a "The Factory", por onde circulava grande parte do meio criativo de Nova York, como Bod Dylan e Mick Jagger e Lou Reed.
Foi na "Factory" que Warhol criou grande parte de seus filmes experimentais, como "Empire", visto na mostra em uma versão curta de 50 minutos com imagens do Empire State Building (Nova York).
O deslumbre de Warhol com o brilho das luzes tem a ver com suas raízes, segundo o curador da mostra: "Um fora do sistema por sua classe social, orientação sexual e aparência, Warhol desejou, com intensidade patológica, viver o sonho americano e assimilar ele mesmo a complexidade dos mitos e narrativas da América". 

O serviço e as info da Pinacoteca estão aqui. LEIA E VÁ AO EVENTO!!!

Clarice...

Do recorte de jornal que ganhei da querida Lilian Aquino:
"Escrever é uma maldição, mas uma maldição que salva. Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive. Escrever é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. É também abençoar uma vida." (Clarice Lispector)

Reflexões

Hoje, depois de uma noite maldormida, eu acordei reflexiva e filosófica. Não sei bem os motivos da noite ruim de sono, mas tenho um feeling de que são os reflexos do filme que (re)vi no domingo: What the bleep do we know?!

Vou tentar ser menos crítica alheia (o que é fácil) e mais reflexiva. Uns meses atrás, tive um sonho que mudou a minha vida e calou as minhas perguntas (que sempre foram muitas!). Eu confesso que a sensação de calmaria era ilusória... como tudo na vida. Mas pensei que saberia lidar bem com a situação nova.

Fato é que muito ingênuo é aquele que pensa que foge do mundo em que construímos. Não é estranho pensar que podemos -- mesmo -- estar vivendo em uma realidade ilusória criada pelos bilhões de pensamentos humanos ao longo dos séculos. Onde estará o nosso verdadeiro, além de aqui ou de ali?
Nos prendemos a vícios, à neuroses, à regras e mais regras. Apenas acreditamos na velha e científica crença de crer apenas no que se vê, como se isso fosse a mais justa e absoluta de todas as regras. O nosso falso cientificismo que justifica aparentarmos uma coisa e sermos outra. 

Segundo fato: vou pegar meu livro do Capra para ler. Física quântica é o futuro da nação científica e eu quero saber do que eles estarão falando. E minhas preocupações, cada vez mais, serão com o meu crescimento espiritual, me desculpe o resto.

Absurdo

Para incompreensão absoluta da ignorância da raça humana, morre o fantástico cartunista Glauco, autor do Geraldão e Dona Marta, dentre outros personagens incríveis.

Uma pena. É assim, somos seres humanos. Na incompreensão de tudo, vamos vivendo. E sobrevivendo.


Nosso lado animalesco

Ontem à tarde, li esta notícia, na Folha de S.Paulo.

Hoje cedo, fiz um negócio que me deu um prazer danado: trombei com uma mulher, dando-lhe uma ombrada que deve ter desequilibrado ela. Lembrei do filme Clube da Luta.

E concluí algo, do modo mais ingênuo e despretensioso possível: somos animais egoístas.

Eu não estive em todas as capitais do Brasil, mas asseguro: paulistano é muito chato, metido a intelectual, mesquinho e egoísta. Aonde quer que a gente vá, aonde quer que a gente esteja é assim: vc vai ver sempre uma pessoa estressada querendo sair na frente da outra, cortando a vez da outra. Dá-se o direito de querer sempre ser o primeiro da fila, não importa como. Dá-se o direito de ter sempre pressa, não importa a situação do outro. Dá-se sempre o direito de ser o que precisa -- antes de todo mundo -- ter direito, não importa o que estiver acontecendo.

Temos um site "Gentileza gera gentileza" e até vejo uns adesivos por aí. Na prática, pouco vejo isso. Vejo gente atropelando gente de todas as maneiras possíveis. Para nos tranquilizar com esmolas dadas na rua, com contribuições para supostas entidades filantrópicas. Para dormir com uma consciência tranquilamente hipócrita.

Como disse uma garota no twitter (a @ClaudiaBertrani): "Fim dos tempos, não é uma referência ao fim do mundo e sim dos valores da nossa sociedade". Falou e disse.

Não sei mais o que dizer, além disso.

Restaurantes, restaurantes... (parte 3)

Para quem não sabia (ainda) tá rolando a Restaurant Week em SP, desde 1º de março até o dia 14 (próximo domingo).

Assim que fiquei sabendo (e já tinha pego a dica desde o ano passado, com a Ju Ramos), corri pro Guia da Folha e fiquei lendo um por um cada restaurante. Óbvio que na primeira leitura marquei mais de 10 para ir, mas é impossível. Primeiro: eu trabalho. Segundo: grana.

Mas não grana porque é caro, porque justamente o tchan do Restaurant Week é pagar um preço fixo de R$49,90 no jantar e ter direito a entrada, prato principal e sobremesa. O menu é selecionado especialmente pro evento e mostra algumas das iguarias de cada restaurante.

Pois bem. Munida de ideias selecionei meu primeiro destino: Apfel Bistrô. Fui na sexta passada, com a Sharleu. Trata-se do único restaurante vegetariano na lista do Restaurant week.

Primeiro, nota 10 para a decoração. Uma casa foi redecorada com clima intimista, que inclui delicadas e coloridinhas velas por todos os lados: nas mesas, na escada.

Escolhemos uma mesa do lado de fora. A charmosa, linda e educada gerente Letícia nos atendeu. Me chamou a atenção porque ela me lembrou demais minha querida amiga Mariana Timbó. Cismei que ela era aquariana.

Pedimos: primeiramente, o couvert. Na verdade, nem deveríamos ter pedido, porque ele é uma excelente entrada da entrada: torradinhas integrais feitas na casa, com as opções de patê de pimentão verde, patê de feijão branco e palitos de pepino e cenoura para petiscar.

Sharleu pediu (sugestão da Letícia) um suco de carambola (eu sei que é época porque tem muito na feira). Eu pedi um exótico abacaxi com gengibre. Sempre sem açúcar. Uma delícia os dois sucos!

Chegou a entrada:tinha me chamado atenção as brusquettas de abacate com queijo meia cura. E não me decepcionaram... uma delícia!!! A Sharleu pediu bolinhos de quinoua (que lembraram muito falafel) que vieram acomodados sobre uma cama de folhas verdes (broto de girassol, alfafa e alface). Ainda saboreei brusquettas de tomate com manjericão e de berinjela.

(foto tirada do site, belas brusquettas...)










Como prato principal pedi o risoto de arroz negro com pimenta biquinho, pupunha e ervas. Achei apenas a pupunha um pouco dura, mas de resto uma combinação deliciosa. Sharleu pediu cuscus marroquina com legumes e semente de girassol. Delicioso!!!

A essa altura, por incrível que pareça, estávamos satisfeitíssimas. E aproveitamos para perguntar o signo da Letícia: "Sagitário", ela disse sorrindo. "Mas eu podia jurar que era aquário", retruquei. "Ah! Aquário é meu ascendente!". "Sabia! Eu sou boa nisso!". Ela deve ter achado a gente um bando de doidas.

Conversa vai e conversa vem, pedimos a sobremesa. Eu fui de brownie vegan com frozen de tofu. A Letícia reparou minha cara tentando sentir os sabores do brownie e gentilmente me disse: "é feito com abóbora, farinha de amêndoas e açúcar mascavo". O frozen de tofu é tofu picadinho com alguma fruta (que não identifiquei), delicados pedacinhos de gelo e canela em pau. Delícia. Mas não ganhou do bolo mousse com creme brulee e coulis de frutas vermelhas que a Sharleu pediu. Tesão, tesão absoluto!!!

(foto do site)










A charmosíssima Letícia ainda nos convenceu a tomar um chá infusão especial da casa. Eu e Sharleu fomos de gengibre. Quero fazer em casa, porque ficou forte na medida certa! Fechamos o jantar com chave de ouro!

E disse à Letícia que vamos quebrar essa ideia de que, segundo ela, vegetarianos não jantam, por isso pouquíssimas casas abrem à noite. Visitem o Apfel Bistrô, do ladinho da Paulista. Sabores, atendimento e localização perfeitos!

Dia internacional da mulher

Por que não é fácil ser mulher nos dias de hoje.

Lembro que um dia, nos idos de 1993, eu escrevi um "romance" em que a sociedade era apenas composta por mulheres. Era uma delícia. Claro que não considerei um monte de variantes (eu era ingênua)... mas não deixo de pensar que uma sociedade controlada por mulheres seria uma interessante experiência.

Voltei à fase da falta de ideias. Espero estar na ativa em breve.

Um feliz dia internacional das mulheres para cada uma de minhas leitoras deste blogue! Abaixo, três vídeos das minhas cantoras favoritas.