Clique

Wind of change

Não. Não é um post sobre aquela velha música do Scorpions de 1989, que tocou até enjoar. Mas eu gosto dela e deixo o link para quem quiser ler o post ouvindo-a, assim como faço agora, enquanto escrevo.

Já faz algum tempo que eu sinto que somos a poeira cósmica mais prepotente que poderia existir neste universo. Mas, muita gente pensa assim e pelo fato de pensar isso desde a minha adolescência, haveria de se pensar que era mais fruto do descontrole hormonal do que bem uma postura de vida.

Porém, muitos anos se passaram desde então. E, para variar, o sentimento apenas se intensificou. E devo dizer que tem se intensificado cada vez mais de uns anos para cá. Eu tenho achado que é coisa da crise dos 30, quando começamos a pensar em destruir velhas formas de pensamento e buscar outras alternativas. Vejo que na verdade, a coisa é muito mais profunda que isso.

Acho que temos nos dedicado demais a tudo que for de mais mesquinho nesta vida. Confundimos evolução e inteligência, com subestimar, humilhar e destruir o outro. Nos gabamos de tanta coisa construída, que esquecemos de voltar os olhos para dentro. De olhar ao redor e sentir paz. De respeitar a Natureza.

Quem me conhece sabe que não sou hippie nem tenho vocação. Sabe que não militante de porra nenhuma. Então, pode acreditar que o que digo aqui são as palavras da mesma observadora quieta, que sempre fui. Há uma palavra que precisa ser espalhada. Há uma necessidade que precisa ser modificada. Há pensamentos que precisam de urgente transformação. Não dá para continuar a sermos quem sempre fomos, não dá para achar que os mesmos erros poderão ser repetidos. Não dá. Nosso tempo está se esgotando.

Acho que agora me sinto menos estranha em mim mesma, depois de ter constatado isso. Me diga, quantas pessoas pensam assim??? NINGUÉM. Claro, se vc, leitor do meu blogue, se identificar com estas palavras, por favor, compartilhe comigo. A humanidade encontra-se no estágio final de sua doença incurável e isso nunca foi tão nítido assim para mim. Com isso, não estou dizendo que sou a saudável e a dona da cura, mas estou dizendo que estou tentando. Como sempre tentei e como cada vez mais quero arduamente fazer: não apenas tentar, atuar. Mudar.

Se houve algum sentido do meu meio do céu em Sagitário, ele acabou de se manifestar e de se justificar agora.

Ar-condicionado

Bem, quem for velho conhecido meu, saberá que eu e o ar-condicionado temos uma relação muito próxima. Eu sempre fui defensora daquela que considero uma das grandes invenções da humanidade: o ar-condicionado.

Na antiga empresa que trabalhei, eu era conhecida como o Cérbero dono do controle do ar. Tem noção do que isso representa em uma empresa com mais de cem funcionários? Todos tinham medo de mim e me pediam permissão para ligar o ar. No começo eu gostava, mas com o tempo fui me enchendo e simplesmente abdiquei da coroa que, obviamente, ficou solitária, porque ninguém se atrevia a pegar tal batata-quente.

Nessa mesma empresa, eu presenciei o calor de quando não tínhamos nada e o frescor depois que o ar foi instalado. Há certos tipos de trabalho que não têm seu rendimento menor por causa do calor. Porém, há outros tipos de trabalhos -- principalmente intelectuais -- que requerem um mínimo de temperatura agradável para o bom funcionamento cerebral.

Só sei que Glória Kalil escreveu um livro muito interessante em que ela fala sobre algumas regras de etiquetas. Diz lá:

Quem acha que o ar condicionado do escritório está muito frio ou quente deve perguntar primeiro aos outros se também estão achando, antes de sair pedindo para desligar ou aumentar a temperatura. No escritório, o ar condicionado tem de ser regulado de acordo com a necessidade dos que sentam no fundão e que estão passando calor. Contra o frio a gente tem recursos. Mas contra o calor não há salvação. Os friorentos defendam-se levando um casaquinho, um xale, e até mesmo uma meia para deixar na gaveta da mesa. Se o ar dá direto na cabeça de vocês, desloquem a mesa e não reclamem: o bem-estar comum prevalece sobre o individual.

Fato é: continuarei sendo defensora do ar-condicionado. O problema é que somos seres humanos egoístas. MUITO EGOÍSTAS. Enquanto uns correm para o bem dos outros, outros só querem vento na bunda.

Para quem não estiver concordando comigo (e eu sei que toparei com esses tipos eternamente), veja o seguinte: o que dizer de alguém que fala assim:
"Puxa, hoje tá calor, vamos ligar o ar?"
(sendo que o ar JÁ deveria estar ligado)
"Vamos!"
Depois do ar ligado e do ambiente frio...
"Ah... tá frio, vamos aumentar o ar?"
Aumenta o ar. Tempos depois com o ar morno...
"Mas, tá quente... quem aumentou o ar?"

Pode ser incrível, mas esse diálogo ilógico, irracional, imbecil e egoísta é o que mais escuto. Ou assim:

O dia amanhece lindo, um calor quente.
"Tá calor demais! Que saudade do frio."
O dia seguinte amanhece com frente fria (como costuma ser em SP).
"Tá frio demais! Que saudade do calor! Cadê o calor! Eu adoro calor!"

Eu pego essas pessoas na curva e falo o seguinte quando alguém que gosta de calor tem a pachorra de me reclamar que está com calor:
"Ué, mas vc não gosta de calor???"
A pessoa na cara de pau me diz com cara meiga:
"Eu só gosto de calor na praia..."

Sem mais. Desculpem, leitores, mas tô sangue no zóio.

A perseguição de uma ideia

Já se sentiu perseguido por uma ideia?
Acho que todos nós temos esses momentos, vários, ao longo do dia, ao longo de uma semana ou ao longo de uma vida inteira.

Minha ideia que me persegue agora, e que vai me inspirar a escrever meu novo texto para o Parada Lésbica, é esta: seres humanos como seres sociais. Eu queria poder ler 100 livros que falassem sobre o assunto, conversar com mais 100 pessoas e ter 100 razões para entender por quê precisamos ser sociais.

Mas, como sempre, toda pergunta tem sempre uma carga de paixão idealista e a minha não é diferente. Porém, devo confessar que essa ideia sempre me perseguiu desde cedo (como algumas outras que vira e mexe eu trato aqui).

Talvez, e eu não quero ficar fazendo autoanálise aqui, tudo se deve ao fato de eu sempre ter tido dificuldades de me encaixar em um grupo desde que eu tenho lembranças. Eu sofri muito com tudo isso, pelo fato de ser extremamente tímida -- um verdadeiro jacu da roça -- que preferia ficar quieta observando a falar sem parar. Eu sofri muito pelo fato de as pessoas me forçarem a ter de interagir quando eu não queria!

Recentemente, comecei a assistir a tal série Dexter... que desgraça. Me identifiquei plenamente com o personagem, em uns 60%. Claro, nunca matei bichinhos, nem seres humanos, embora já tenha tido vontade de matar algumas pessoas chatas por aí (brincadeira). Fato é que as frases e -- principalmente -- os pensamentos do Dexter me incomodam e começaram a me questionar algo que eu tinha meio que enterrado: por que fingimos ser quem não somos, apenas para estarmos inseridos em uma sociedade hipócrita? AARGH!

Eu amo essa pergunta, porque a resposta dela levaria a tantas questões filosóficas que não chegaríamos a lugar algum. Somos seres que precisam de convívio em grupos para não ser como o Victor de Aveyron. Mas e daí?

Acho que os otimistas me diriam que, juntos, os seres humanos cresceram, se desenvolveram e criaram a tecnologia. Os pessimistas diriam que os seres humanos geram competição, guerras e destruição. Eu concordo com os dois. Eu apenas queria poder viver no grupo dos sem grupos sem ser discriminada por isso. É incrível como as pessoas te olham se você diz que não bebe e/ou não fuma, como se isso fosse quase um atestado de sobrevivência necessário.

Para alguns alienados, pode ser. Para outros que gostam da vida na farra eterna, idem.  Ou mesmo para aqueles que gostam de fazer por fazer, sem seres necessariamente alienados ou farristas. Para mim, não. E cadê o respeito? Eu não bebo, eu não fumo. Eu gosto de filmes, gosto de silêncio, gosto de educação. Sou nerd, talvez.

O fato é que a necessidade de inclusão social ultimamente anda me afetando de tal modo que em muitos momentos me sinto de muito perdida. Recorri recentemente à Lari/Bolgolinha para me orientar depois de um encontro que tive porque simplesmente eu não consegui compreender o fato de não conseguir nem conversar com determinadas pessoas! Elas não são burras, não são preconceituosas (não muito), no entanto, não dá para conversar com elas, nem fingindo com o master gêmeos/leão que tenho. E olha que sou PhD nisso!

Eu estou numa fase muito "quero conhecer gente nova" e eu adoro poder ter essa oportunidade de compartilhar histórias e experiências de vida. Infelizmente, o pacote não vem sozinho, porque sempre é necessário fazer coisas que não faço para poder passar no ritual de aceitação. Não posso ser simplesmente aceita? Não. Acho que não.

Bem, vamos vendo até onde meu gêmeos/leão/sagitário dá conta. Espero não surtar de vez com o excesso de sem-noção e falta de respeito que sinto às vezes. Eu tenho plena e absoluta certeza de que ninguém fez, faz ou fará por mal, e que estou me sujeitando. Mas... sabe como é. Tem hora que cansa. Por enquanto ainda tô levando bem!

Saudade da minha filha Poliana...

Isabella Taviani no Tom Jazz 2

Bom, como previamente dito, vou postar algumas das fotos salváveis que tirei no show. Sou péssima fotógrafa e desisti de tentar tirar boas fotos. Prefiro pegar devidamente das pessoas que ficam andando de um lado para outro com suas super Nikons para poder guardar o registro. Um bom link é este, vejam.

De qualquer maneira, foi delicioso ver e ouvir mais uma vez a belíssima Iguais. Um vendaval, mesmo a voz de Toni Platão, ficou linda. Borboletas e risos teve direito a uma chuva de lírios brancos, proporcionado por um casal sem-noção. Ficou lindo. Argumentos de vidro e Falsidade desmedida, idem. Show lindo!

O Tom Jazz é um ovo e as 200 pessoas lá dentro (diga-se de passagem, 150 lésbicas e 50 heteros) se divertiram num clima intimista. Consegui até tirar uma foto da Isabella de costas! Juro que foi sem querer, mas na hora que fui ao banheiro (e precisava ir...) aproveitei que passei do lado do palco e tirei umas fotos. Uma se salvou pelo menos.

Como disse a Naomi, agora falta a Ana Carolina, que anda com ciúmes! HAHA


Eu, no comecinho do show, com a casa ainda vazia.

Eu e Lari. Não, não estávamos combinandinho. Fez um puta calor o dia inteiro e só branco para dar vazão!


Isabella Taviani em acão, ato 1.




Isabella Taviani em ação, ato 2.









Isa, juro que foi sem querer! Mas valeu o show por essa foto única!

2012 e pequenas coisas afins

Eita finde agitado, sô!

Meus dias são tão calmos, mesmo -- e principalmente -- os fins de semana, eu uso para descansar loooonge da muvuca caótica da metrópole. Mas alguns itens merecem ser frisados aqui:

1-) Fui conferir 2012, nova produção do Roland Emmerich. Brega em muitos momentos, emocional, pesada e exagerada em outros. Bem disse o crítico da SET que o filme poderia ter uma redução de 50 minutos. Quero revê-lo numa sala UCI. E penso que teria sido demais se eles tivessem feito o filme em 3D. O fim do mundo não é lá fora, somos nós.

2-) Visitei minha amiga Lilian para comemorar suas primaveras. Encontro agradável no belíssimo apartamento que ela mora na Santa Cecília.

3-) Isabella Taviani é uma rainha no palco. Que voz! Que presença! Que comando de cena! Vê-la cantar Iguais mais uma vez foi lindo. E ouvir ao vivo pela primeira Argumentos de vidro, Falsidade desmedida, Borboletas e risos e Um vendaval foi dádiva. Amanhã ponho fotos.

Obrigada à querida Lari-Bolgolinha que me fez companhia mais-que-agradável o tempo todo! Vamos continuar arrasando!

Malandro, futebol é coisa de mulher

Queridos leitores do blogue: cabei de estrear uma coluna sobre futebol no site Parada Lésbica.

Este site foi criado e conduzido pela competentíssima geminiana Del Torres e suas companheiras com o apoio de Laura Bacellar. Belo trabalho de divulgação do universo lésbico, fornecendo informações de todos os tipos para orientar as meninas iniciadas ou as iniciantes.

Conheci o site no fim do ano passado e fui acompanhando a sua evolução. Sempre quis poder participar de alguma forma, mas não sabia como. Eis que quando surgiu a oportunidade, não a desperdicei.

Entrem lá, comentem e me deem dica de temas que podem ser trabalhados!

Isabella Taviani no Tom Jazz

CHEGA DE PROMETER!
A minha atual musa da MPB estará no Tom Jazz fazendo um show para o projeto Sons da Nova, da rádio Nova Brasil FM. De acordo com a Bella, serão sucessos antigos, músicas do novo álbum e algumas surpresas.

Eu estarei lá no domingo, 15/11. O couvert artístico no valor de R$100 assusta. Mas o local é um ovo e é a Isabella Taviani, então...

O serviço abaixo foi tirado do site do Guia da Folha online.

ISABELLA TAVIANI Conhecida por ter emplacado músicas em novelas, como "Ternura" (em "Duas Caras", da TV Globo), a cantora estrela o projeto Sons da Nova, com composições de seus quatro discos. www.tomjazz.com.br. Tom Jazz - av. Angélica, 2.331, Higienópolis, região central, tel. 3255-0084. 200 lugares. 22h. Até 15/11. 90 min. Não recomendado para menores de 18 anos. Couv. art.: R$ 100. CC: AE, D, M e V. Valet (R$ 15). Ingr. p/ tel. 4003-1212 ou p/ site www.ingresso rapido.com.br. a d t n

Se tudo der certo, segunda teremos fotinhas do show! 

17º Mix Brasil

Para as pessoas que gostam -- de verdade -- de filmes alternativos, tá rolando em Sampa, o 17º Mix Brasil de filmes com temática exclusiva GLS.

Fantástico para divulgação, ruim pela setorização. Vale a pena conferir alguns dos 203 filmes que estarão em cartaz de 12 a 22 de novembro nas seguintes salas de cinema: Cinesesc, Espaço Unibanco, Memorial da América Latina e Cine Olido.

Site oficial, clique aqui.

Minha experiência pessoal ODIOU ir tentar ver um filme lésbico no Espaço Unibanco, alguns anos atrás. Cara, nessas horas eu fico puta da vida porque somos obrigadas a ouvir comentários de que gays são sem-noção e sem-educação. Existe a razão embasada na opressão maciça que é feita a gays e que se liberta em Paradas ao ar livre e em eventos como esse. PORÉM -- e eu repito, reitero toda vez que me perguntarem ou comentarem -- que pelo fato de sermos gays, não quer dizer que sejamos arruaceiros! Triste foi o fato de, no auge de minha fase cinéfila em 2007, fui conferir alguns filmes no Espaço Unibanco, encadeando uma sessão dupla. Vi um filme gay e um filme lésbico.

No filme gay, as pessoas estavam comportadas como na mais erudita sessão da Mostra Internacional, como vários casais de homens juntinhos, falando baixo. No filme lésbico, só tinha garota entrando na sala berrando, segurando lata de cerveja e gritando como se todas fossem a pior estirpe de adolescentes espinhentos da perifa numa sala Cinemark do Tatuapé.

Fiquei mal. E decepcionada. Depois disso, fugi desses eventos.

Nos próximos dias, tentarei de novo. E espero não me arrepender, prevendo -- de antemão -- que isso pode fatalmente acontecer. Hoje tentarei ver o filme Baba Baby. Alguém quer apostar comigo?

Dois tópicos

1-) Sobre o assunto Taliban-Uniban.
Eu sempre digo que somos bárbaros travestidos de falsa intelectualidade. O caso da moça Geisy foi um ápice que, se analisarmos bem, nem é ápice assim porque existe muita violência e irracionalismo disfarçados entre as pessoas que caminhamos nas ruas.

Eu li vários textos a respeito, todos com abordagens fantásticas, mas foi este, de Luciano Pires, que resumiu meu pensamento. Adorei ele tê-lo citado a Geni, de Chico Buarque (música apresentada pela minha querida Jana). A fotinha abaixo é do site Dr. Pepper.










2-) Sobre o blecaute.
Ironicamente, somos mundialmente dependentes da energia elétrica. Sem celular, sem como voltar para casa, lembrou imagens do Ensaio sobre a cegueira, com uma cegueira travestida de outra forma. Eu fiquei imaginando se pudesse, olhar acima de toda a atmosfera terrestre, as luzes se apagando. Seria uma bela imagem. Aqui, selecionei uma foto da Folha Imagem, de Ricardo Nogueira. Também segue o link para o álbum da Folha. Belas fotos que constrastam com nossas mãos atadas.



O que é um relacionamento? E um relacionamento próspero?

Eu sempre fui uma criança quieta e observadora. Pelos mais variados motivos, cresci com essas características que -- atualmente -- se não me fizeram uma mulher antissocial, apuraram meus sentidos e minhas percepções.

Algumas das coisas que mais observava eram os casais. Eu sempre procurei por um casal perfeito -- pois que não tive a sorte de ver um na minha casa (por motivos que não precisam ser explicados aqui) -- eu sempre busquei algo que se encaixasse num determinado padrão de relacionamento perfeito, a saber: alegre, equilibrado, justo e feliz.

Antes era um desejo ingênuo e idealista de encontrar. Mas, nunca cansei de buscar o modelo que se encaixasse na minha descrição. E passei quase vinte anos nessa busca. Em vários momentos, achei que estava próximo de dizer que sim. Em outros momentos, ficava pessimista afirmando que essas coisas não existem.

Com toda essa observação, que fui apurando com o passar dos anos, percebi algumas coisas que são imutáveis, quase como leis de funcionamento básico e intrínseco

O grau de paixão determina muita coisa, principalmente quanto vai durar o relacionamento. Percebo que quanto maior o grau de paixão, menor dura o relacionamento. E sempre termina com ambos os lados muito feridos.

A idade também é fator determinante. Os mais jovens -- e com mais paixão -- têm mais abertura, mais tolerância, mais necessidades, mais ciúmes. O que é tudo muito lindo, mas que sabemos que não é obrigatoriamente a receita do sucesso. O grude-grude, toquinhos no celular, ciuminhos bobos são demonstrações deliciosas de paixão juvenil. A menos que vc não se importe em viver e deixar viver, siga por esse caminho.

Já os mais vividos, em geral, sofreram muito. Levaram foras, deram foras. Trazem muitas cicatrizes, coisas que não aceitam, coisas que exigem. A menos que vc se depare com uma solteirão convicto (vale para mulheres, não temos adjetivo neutro em português), que leva a vida no estilo Don Juan -- ninguém me prende, ninguém me tem -- pode ser um bocado triste pular de namoro em namoro ou mesmo ter medo de sequer começar um.

Bem, chegando aos exemplos reais, conheço alguns casais que se aproximam muito daquilo que considero ideal em um relacionamento. E eu sempre fiz questão de conviver proximamente a eles, para pegar nas sutilezas os detalhes que as etiquetas sociais sempre escondem.

Primeira regra de ouro: um casal "legal" é resultado de muito trabalho árduo. Não importa se estamos falando de casais gays, lésbicos ou heteros. Essa ideia difundida de somos muito parecidos gera casais semi-alienados, muitas vezes desagradáveis de convívio. Já a ideia difundida de os semelhantes se atraem geram sempre brigas homéricas no estilo "entre tapas e beijos".

Para variar, precisa-se de equilíbrio. Entre os extremos opostos, acha-se o equilíbrio. Este é o segredo do funcionamento do Universo e de todas as coisas intrínsecas a ele. Quando vc entende isso, vc para de fazer muitas perguntas e até para de sofrer um pouco.

A segunda regra de ouro é: não espere que o outro seja os seus sonhos pessoais realizados. Individualidade (que não deixa de ser um sinônimo direto de autoestima). Você é um ser humano único, assim como seu parceiro também é um ser humano único. Vocês juntos devem ser uma equipe que soma forças, mas cada unidade deve ser mantida centralmente trabalhando em conjunto com seu parceiro.

Última regra: objetivos e expectativas em comum sobre o relacionamento. Respeito. Se um quiser um relacionamento aberto, vc não deve perder tempo correndo atrás dessa pessoa. Tendo equilíbrio e autoestima, respeite a individualidade sua e a de seu parceiro e deseje algo em comum.

Essas são minhas ideias que, necessariamente, não são regras gerais e graças a deus existem as exceções. Por cima, arriscaria dizer que namoros gays são muito mais tranquilos que namoros lésbicos, cuja característica é DR todos os dias (dependendo do casal). Casais hetero vivem eterno e conflitante dilema marte-vênus, mas dentro os casais mais próximos à perfeição, me vêm à mente apenas casais heteros. Alguém tem histórias diferentes?

Próximos eventos... quem vai comigo?

1 -) Peça de teatro: A loba de Ray-Ban.
Até hoje eu me arrependo de não ter visto o Mulheres por um fio. Este não me escapa.
A peça está em cartaz no Teatro Frei Caneca até 20/12. Custa R$70, de quinta e R$80, de sexta a domingo.

Maiores infos aqui.
As fotos abaixo são de divulgação. Tentador, né?
Eu sou fã da Christiane Torloni desde um filme nacional -- aquela semi pornochanchada com mistura de filme noir -- que eu nunca sei o nome. Adoro ela em A viagem, minha novela favorita eternamente. Adorei ela em Noivas de Copacabana. Em Torre de Babel. E como defensora da Amazônia. Li numa entrevista para a Contigo! que ela mora em casas separadas com o marido e por isso seu casamento dura há mais de dez anos. Me diz aí quem se sentiu reconhecido nessa afirmação dela...
Além de ser uma aquariana louca, ela é uma cinquentona linda. Linda. Linda. Linda...



































2-) O outro evento, como não poderia deixar de incluir, é a apresentação da cantora Isabella Taviani. Eu perdi a porra do evento da Saraiva (ódio profundo, sem coments) e agora quero tentar vê-la no Tom Jazz. Pelo menos o acesso é fácil mas o preço é salgado demais: R$100. Vou ver se a Lari se empolga (olha a pressão!). Quem sabe com o preço, as sapatas mais populares fiquem de fora! (maldade pensar assim, mas é o que eu penso!)

Infos sobre o evento, aqui. A seguir, fotos do evento da Saraiva. Tirei do site da Saraiva e os créditos são de Bruno Namorato.























Quem quiser me acompanhar...

Ibicuí - Rio de Janeiro

A caminho de Angra dos Reis, vc vai passar por Mangaratiba. Nesse meio do caminho, você vai passar por Ibicuí, que é o lugarzinho das fotos abaixo. Paradisíaco, eu -- que não gosto de praia -- queria morar aí. Quando fui, estava uma temperatura agradável... eu e a Jana comemos camarão enquanto proseávamos à beira mar.


Praia de Ibicuí, vazia.

Vista do lado esquerdo da praia. As montanhas do Rio de Janeiro possuem desenhos e formas lindas e únicas. (ainda vou por fotos da Serra das Araras)

O acesso não é lá dos mais agradáveis... mas vale cada centímetro andado. Aqui a Jana tá dando oi para a foto... :P

Sempre de cima... adoro ver as coisas por cima. Se eu tivesse uma casa com ar-condicionado, olha como seria a minha vista.
Into the wild, babe... quem sabe um dia, em breve?











Se um dia vcs quiserem uma dica, vão para lá. Vale a pena, com a costumeira hospitalidade carioca que só os cariocas têm!

A noite dos extremos

Ontem à noite estive presente no debate de lançamento do livro De Cuba com carinho, na Livraria Cultura.

O encontro foi marcado cheio de zilhões de características. Uma plateia meio vazia, mas que contava com pessoas específicas, para falar de política -- o assunto que menos entendo -- para falar de Direitos Humanos, liberdade e literatura.

Eu gostei do que vi e o que ouvi. Uma demonstração interessante de democracia e expressão de liberdade, ainda mais depois de saber agora, pelo twitter da Yoani Sanchez e pelo site dela, as coisas pelas quais ela têm passado!

Nas fotos a seguir, algumas das pessoas presentes, que agora estão presentes em minha vida, durante o evento e após o evento. Faltaram várias... fica pra próxima!


Da esquerda para a diireita: Andreia, Camila, Lilian e Jaqueline


Diego Jock e Maurício


Eduardo Suplicy, Jaime Pinsky e Eugênio Bucci

Larissa e eu

Da esquerda, indo para a direita à trás
Larissa, eu, Denise Yumi, Lilian, Walter e Sharleu


***

Revendo estas imagens, fiquei pensando que aquela máxima de um dia de cada vez nunca foi tão forte como minha ideia moral de vida. As pessoas que reencontro, as histórias que ouço, os amigos novos que faço ou os velhos de revejo. O que você sabe que é velho e precisa ser descartado e o que é novo e deve ser reaproveitado.

Tive conversas deliciosas com Denise Yumi durante o jantar, principalmente depois de descobrirmos que líamos o mesmo livro! O_O Até lá, já tinha conversado com Lari e tentado humildemente explicar que... somos mulheres e precisamos ter tolerância conosco mesmas. Para terminar, caminhei um pouco com Sharleu por uma avenida Paulista morna, abafada... e as nossas conversas são sempre tão... nossas! Às vezes, não deixo de pensar como somos diferentes e como nossas diferenças nos tornam tão iguais. Eu amo a companhia dessa garota.

Yeah... it was a great night.

How good humans being can be...

Ontem à noite eu tive uma surpresa agradabilíssima ao sair para jantar no meu restaurante japonês favorito (aquele que fica na Liberdade). Minha amiga de trabalho Lilian Aquino me proporcionou uma conversa agradável, regada a muito sashimi de salmão, camarões fritos, ostras frescas (que não comemos), salmão defumado (manjar dos deuses!!!) e temaki de camarão.

A frase mais incrível da temporada foi ouvir ela dizer que não consegue viver sem as metáforas. Foi a mais poética forma de dizer que não é direta e rude como eu! (hahaha)

Moça das poesias, amiga de trabalho e agora... esta surpresa. Quando acho que os seres humanos não valem mais a pena, me surpreendo. Não que ela tenha salvado a pátria dos bilhões restantes, mas é na sutileza do imperceptível que temos a prova transcendental de que somos meros mortais, iguais na podridão -- mas interiormente divinos.

Se você ler este post, obrigada mais uma vez.

Vamo ganhá um cash!

Recebi agora um desses emails, meio spam, meio corrente. Dizia o seguinte: Igreja Universal abrirá concurso para pastor: SALÁRIO INICIAL DE R$ 8.234,82. Eu disse. Náááá... não pode ser.

Digitei no Google. Digite a frase acima no Google, digita!

E pensei: cara, tô na profissão errada. Ou melhor, religião nem deveria existir. Porque o que nos ajuda não é a religião, mas a fé oriunda do pensamento holístico, universal, fraternal e amoroso. E isso não tem NADA a ver com religião.

Calor, Kafka e uma moça

Voltando às postagens mais leves... vou relatar algo engraçado que vi ontem.

No caminho para casa, peguei meu primeiro busão. Para quem não sabe, anda um calor da porra em qualquer lugar e não tem sido diferente em SP. Cinco da tarde, sem vento e muito calor dentro do buso.

Entrei, me ajeitei e seguimos. Dali a 5 minutos, a viagem de 15 minutos dura mais de meia hora. O calor aumentando, todo mundo suando... e eu comecei a olhar uma moça que estava sentada à minha frente (eu estava em pé). Dormindo, tombando cabeça, ouvindo música do celular. Bonitas unhas pintadas de branco, cabelos lisos que se mexiam enquanto ela pescava.

De repente, um bichinho corre na parede do ônibus, onde ela estava encostada. Uma barata, daquelas pequeninas, de cozinha de apartamento sujo. A bichinha tava com as anteninhas procurando algo -- como costumam fazer as baratinhas (ou qualquer inseto). Aquilo começou a me desesperar. Eu não tenho medo de baratas, mas a bichinha tava vívida. E começou a subir na bolsa da moça. Ladeando a sua mão que segurava o celular. A moça? Nada, estava pescando vários peixes, enquanto a baratinha andava sobre sua bolsa.

Eu comecei a imaginar que aquela minibaratinha poderia ser um homem qualquer que apenas queria contato mais íntimo com uma mulher. Safado, ele seria. Porque ela estava dormindo. E ele estaria se aproveitando dela.

Mas a minibaratinha-quase-homem entrou por debaixo da bolsa, para meu alívio, acho que se ela decidisse subir pelos braços da moça eu iria presenciar um surto e talvez não aguentasse e risse na cara dela. O que é feio.

O buso enquanto isso caminhava a passos lentíssimos. Eu pensei em descer e ir andando, mas o calor me desanimou.

De repente, a moça na minha frente começa a se mexer, coçando as costas. Ela se levantou muito e eu vi que usava uma blusa amarrada atrás, deixando metade das costas descobertas. Adivinhe quem vi lá, safada de novo?? A baratinha.

Desta vez eu fiquei com nojo. Com a agitação, o baratinha-homem se assustou e saiu correndo pelo braço dela!!! Pensei: agora a moça surta. Mas ela tava tão sonolenta, que se coçou, voltou à posição inicial e continuou dormindo. Se ela dormisse de boca aberta, corria o risco de ganhar um beijo de língua da baratinha-homem carente.

Mas, eu não fiquei pra ver. Calor, baratas... fica pra quente gosta de suar e ficar grudando. Fui pro fundo do buso, quando a carroça se agitou e desci logo em seguida. Imaginando para onde teria ido aquela baratinha safada...

Meu amor por David Lynch

Eu tenho uma admiração por este cineasta que traspassa fronteiras. O que temos em comum? O gosto pelo não-convencional.

Mas, claro, ele é David Lynch, capricorniano maluco, cheio de curtas nada convencionais e longas menos convencionais em grau mais elevado.

Muitos dizem não entendê-lo. Outros apenas o classificam como insano. Enquanto outros riem desistindo de qualquer tentativa de tentar entender, eu apenas penso que ele não deixa de ser um cineasta como todos os outros. Tudo é ponto de vista e visão. A matéria bruta é sempre a mesma. Veja, por exemplo, em Mulholland dr., meu filme favorito: é uma história de amor. Ele mesmo tinha dito isso em entrevistas. O que pode parecer simplório, na verdade, é a primeira compreensão que devemos ter dele.

Agora, o modo como ele vai mostrar uma simples história de amor é que o torna David Lynch. E eu adoro o modo como ele brinca com o onírico, o esotérico, o fantástico e o inconsciente. Farpas que todo mundo costuma fugir. Não somos quase aqueles que gostam da superfície? Como ele mesmo diz em seu livro, você pode pegar peixes em qualquer profundidade, mas será apenas aqueles pescados nas águas mais profundas é que surpreenderão você.

Fora isso, Mr. Lynch é adepto da Meditação Transcendental, motivo que o fez visitar o Brasil no fim do ano passado. Fiquei um dia inteiro para assistir aos 40 minutos de um homem de cabelos grisalhos que tinha feito o meu filme número 1. Parecia surreal. Mas é exatamente nessa hora que você compreende que ele continua sendo apenas um homem como outro qualquer, que fez as escolhas que fez.

Quando fui assistir a Inland Empire na Mostra Internacional de 2007, repleta de expectativas de um filme que demorou a chegar no Brasil, não sabia mesmo o que esperar. Apenas sabia que ele tinha rompido com todas as regras do cinema, ao "destruir" o roteiro.  Peguei fila. Aguentei os falsos intelectuais lotando a sala. Sentei na minha sagrada primeira fila. Assisti com delírio as pessoas se levantando e saindo da sala após os primeiros 40 minutos de filme. David Lynch não é para todos.

E não digo isso com a alegria de ser elitista, muito pelo contrário. Digo isso, porque como sempre afirmo a quem me conhece: estamos em níveis, querendo ou não. Os que saíram da sala naquele dia queriam pegar peixes na superfície rasa. E David Lynch requer coragem para olhar bem mais além.

Dos clássicos de Lynch, nunca vi o Eraserhead e o Lost Highway. Que vergonha. Eu até tenho trilha sonora do Lost highway, mas nunca vi o filme. Bem, decidi que escreverei uns posts falando sobre alguns dos principais filmes de David Lynch.

Estes dias revi (pela vigésima vez, por aí) Mulholland dr. com a paixão da primeira vez. E cada vez que vejo este filme vejo a perfeição materializada. É um fillme perfeito, com timing perfeito, atores perfeitos, roteiro perfeito.

Dois filmes novos

Recentemente, vi dois filmes novos (na verdade, ando vendo uma penca deles -- menos os da Mostra deste ano) e acho que vale o comentário deles aqui.

Primeiro: Presságio (Knowing).
Tudo bem que as traduções para o português nunca ajudam e o dever comercial acima de tudo é mais importante que um nome adequado.
Detalhes técnicos do filme podem ser vistos aqui.
O que gostei deste filme? As cenas de desastres. Absurdamente fantásticas. Fiquei imaginando uma sala UCI, com a maior tela possível. Eu teria chorado de emoção. Depois, gostei do fim que, obviamente, não falarei aqui, mas foi fantástico. Quase exatamente como queria que fosse.

Segundo: Distrito 9 (District 9).
Que belo filme de ficção científica! A beleza da realidade nua e crua, enredada num roteiro bem conduzido me surpreenderam. Não existem motivos de explicar o que é a raça humana, nós já sabemos. Não precisa explicar nossas ações mais rudes, brutas e guturais. Já sabemos. Sem maniqueísmos, o filme com produção carimbada de Peter Jackson é uma excelente forma de lembrarmos quem realmente somos -- ainda mais com alienígenas entre nós. Mais informações no site oficial.

Masturbação feminina no cinema

Um dia, me peguei pensando na temática do título acima: "masturbação feminina no cinema". Pois que parece ser um certo tabu entre cineastas mostrar uma mulher em seu momento mais íntimo, ou será apenas ideia minha?

Não sei. Mas resolvi consultar algumas amigas minhas bastante cinéfilas de todos os segmentos: Sharlene, Denise e Poliana. Consultei algumas outras pessoas também. Fiz algumas pesquisas... mas não digite isso no Google porque só sai pornografia ou venda de dvd erótico.

Bom, eis que após algum trabalho, reuni os quatro filmes. Se algum leitor meu se lembrar de algum e quiser adicionar... faz favor.

Alguns links de pesquisa em inglês precisam ser mencionados. Mas muitos filmes ou eu não vi, ou tratam de masturbação masculina, o que não é o caso aqui. Vejam este blogue com o post "10 best masturbation scenes". Também em Screen Junkies.

Eu não citei nenhum filme brasileiro, mas acredito que a gente deva ter algum representante. Quem souber, por favor, se manifeste. Aqui a seleção e a ordem são aleatórias. Tentei criar uma classificação, mas não fui muito feliz, então, segue a lista:

Cidade dos sonhos (Mulholland dr., 2006, David Lynch)
David Lynch não satisfeito em lançar homens do saco, duendes e velhinhos neuróticos, jogou uma das cenas mais ácidas do cinema, na minha opinião. Bem, este é o meu filme eternamente número 1 da minha lista, então sou suspeita. Quem não conferiu, confira: Mulholland dr. é uma obra-prima, na minha humilde opinião.
Naomi Watts, no papel de Diane Selwyn, protagoniza uma cena de masturbação que pode ser interpretada de várias formas: desespero, angústia, solidão, dor. Ela não quer sentir prazer, mas expurgar sua própria dor. A cena é muito bem feita e dá um soco no estômago do espectador.
A atriz deu esta entrevista que vocês podem ler neste link: e eu destaco o trecho seguinte -- 'To do the scene, Watts describes her character at this point as "being full of self-loathing when she couldn't get out of a horrible, deep, dark psychosis. David wanted quite a specific thing in that masturbation scene, even though I kept on weeping and falling to pieces, because I just felt so embarrassed and humiliated. He didn't want me to EMOTE too much, but he wanted me to be reaching for her, reaching in a desperate way to get back to a place where we were at before." '

9 e 1/2 semanas de amor (9 1/2 weeks, 1986, Adrian Lyne)
Diferentemente do primeiro filme, este guardadas as devidas comparações, trata da psique humana em relacionamentos doentios. Adrian gosta deste tema, como tratou neste filme e em Atração Fatal.
Quem se lembra, Kim Basinger, enquanto estava doida pelo personagem de Mickey Rourke, aproveita um momento de tesão e protagoniza uma bela cena de masturbação -- a única desta lista que separei -- em que o sexo está quase que totalmente dissociado de alguma dor ou patologia.

A casa dos horrores (Madhouse, 2004, William Butler)
O filme é uma mistura de suspense com terror psicológico. Uns odeiam, outros amam. Eu adorei este filme. Passa-se dentro de um hospital psiquiátrico decadente onde os pacientes passam seu tempo, sem cuidados e tratamentos específicos (tema meio comum, quando se trata de filmes sobre manicômios ou coisas do gênero).
A cena é bem rápida e específica de uma internada, com problema de ninfomania e viciada em sexo, precisa ficar se masturbando o tempo todo. Incômodo, desconcertante e interessante.

Anticristo (Antichrist, 2009, Lars von Trier)
Este filme dispensa comentários, assim como Mulholland dr. Mas preciso citá-lo, porque Charlotte Gainsburg protagoniza uma cena muito parecida com a de Naomi Watts em termos da essência da cena. Os motivos são diferentes. Mas o núcleo é o mesmo.
Já disse que vejo muita semelhança neste filme do von Trier e do pensamento de David Lynch, pode ser loucura minha, mas os dois cineastas pegaram o mesmo núcleo apenas para trabalhá-lo de forma diferente.

Não escrevi nem escreverei um post falando sobre masturbação masculina porque frequentemente ela é associada à comédia. É fácil e legal tirar sarro de um cara que bate uma punhetinha e é ridicularizado pelos amigos, ou pego em flagrante, ou qualquer outra cena que gere uma piada - em geral, sem graça.

Já a masturbação feminina é tratada até com um certo rigor. Não precisa descambar para a pornografia e ainda bem que desconheço algum filme que tenha feito isso. Mas pelos poucos exemplos que citei acima, dá para perceber que a superfície é a camada menos usada na interpretação.

This is where I am now...





Goodfellas

Here it is: Sharlene and Lari at dinner with me in one of my favourites restaurants at Liberdade - Rong He.

That was an amazing day: me getting together with two taurus. I love being among these earth elements...

Hope u guys like this!

Uma pequena palavra

Eu tenho certeza de que muita gente pensa que me conhece. E até sei que algumas pessoas me conhecem bem. Para algumas pessoas, eu me permito que me conheçam. Para outras, eu deixo que elas pensam que me conhecem.

Bem, não sei em qual categoria vc, meu leitor, se encaixa, e nem pretensiosamente saberia dizer se vc quer se encaixar em alguma categoria. Eu sei que blogue é algo mesmo megalomaníaco, que expõe demais a sua vida pessoal. Mas, pra todos os riscos, existem as escolhas. E eu assumo cada uma delas.

O que eu digo: àqueles que pensam que me conhecem, não conhecem. Àqueles que acham que não têm mais nada a conhecer, estão sendo absurdamente pretensiosos. Ninguém se conhece suficiente. Nunca. E se vc pensa que conhece alguém, pode até saber seu modus operandi, mas assim como existe aquela regra do psicopata, vc pode saber como ele mata, mas nunca vai saber o que se passa na cabeça dele no momento de cada morte. Nunca.

Meus queridos: não me julguem pelo passado, nem pelo presente, muito menos tentem prever meu futuro. Cada um cuida de sua vida como pode, é o mínimo que devemos fazer. Se existem algumas pessoas para quem eu passaria o bastão de "me conhecem", certamente seria a velha tríade: Poliana, Denise e Sharlene.

Boa noite e boa sorte!
(e ah... como foi bom falar isso!)

Um tópico sobre a vaidade humana

Somos vaidosos. Me liste um ser humano que não tenha sido minimamente vaidoso. Pegando na batata quente, até mesmo Jesus foi vaidoso para poder cumprir com sua missão, mesmo que tenha sido em nome de Deus.

Eu, agora, devo confessar que a última coisa que me vem à cabeça é vaidade, principalmente profissional. Preto no branco, sei exatamente todas as minhas qualidades. Bem... devo dizer que acho que estou na melhor fase da minha autoestima! Um viva aos 30 anos!

Agora estando de férias e longe do contato direto com muitos seres humanos (absolutamente nada contra eles, mas nessas horas me mostro a antissocial) eu sei que tudo ainda é disputa por ego, quem é melhor, quem é pior, quem escreve melhor, quem é superficial ou quem é profundo. Puá!

Tudo são meandros do mesmo, já dizia o Caibalion. Se vc, meu leitor, não sabe o que é e tiver afim, vai pesquisar a respeito, o livro custa R$11 na Livraria Cultura. Os que se gabam de serem um perfil, não são nada. Os que se gabam de defenderem algo, nada defendem. O que quero dizer? Não há extremismos, os extremos são vaidosos e vazios de sentido pleno.

Boas férias para mim!

Planos de férias...

é tão bom ter a alegria de pobre e não acordar mais às 05h00 da matina, mas acordar na hora em que quiser... bisoiar da cama e pensar "quê fazer?"...

Acho que vai rolar uma revisão de astrologia -- minha primeira!!! -- e estou mega, mega, megafeliz!

Tô pensando em dar uma de rata da Mostra Internacional e pegar alguns filmes. Pegar tb sessões das 13h00, sozinha, eu e a sala gigante. Alugar a 4ª e a 5ª temporada de Lost, que esqueci de tanto tempo que faz.

E pensar que minha alegria de pobre deve ser vivida ao máximo, como se fosse morrer no primeiro dia que voltar ao trabalho. Ops, é isso mesmo que vai acabar acontecendo!

Profissão: O PILHADOR

Cabei de descobrir uma função masoquista que alguns gostam de cumprir: O PILHADOR.

Trata-se daquela pessoa que pensa que detém o controle de tudo, mas tamanha a sua ansiedade por tudo que não podemos controlar -- por mais forte que seja seu desejo -- têm a necessidade única e intrínseca de pressionar os outros - e não a de trazer uma solução.

Como não posso exterminar os pilhadores, despeço-me deles, because today is my last day on job! Não me aguento de alegria. Pena que a alegria de pobre é derradeira e sempre nessas horas. Não me rogo: sou paupéééérrima!

A indústria do cigarro...

Cabei de pegar na Folha de S.Paulo esta nova exposição na Livraria Cultura/Conjunto Nacional.

De grátis ninguém pode reclamar. Vale conferir ainda mais depois de ver anúncios como o deste post.



Toy Story 3

Curiosa!

Pelo trailer, percebi que decidiram abordar a vida dos brinquedos depois que o Andy cresceu. Eles sempre tiveram medo de serem jogados fora ou abandonados... E, pelo que percebi, parece que a Pixar conseguiu pano para desenvolver a história.

Vejam a matéria aqui e o trailer oficial.

*** Em tempo: quem coleciona dvds pode aproveitar que recentemente relançaram vários sucessos da Pixar em versões com dvd duplo e dvd único. Carros, Monstros SA, Toy Story, Os incríveis (comprei ontem!), Vida de inseto estão disponíveis por apenas R$12,90 (na edição simples). Vale a pena.

Escombros e Caprichos

***bem gaaaaay*** para demonstrar minha alegria: contagem regressiva para as minhas férias!!!

Genteeeem, twitter é bom demais! Para quem gosta de saber do mercado livreiro, Publish News é uma ótima ferramenta. Seguindo eles no twitter e lendo os tuíts, participei de promoção em que eles sorteiam livros. Basta apenas dar um RT no tuít específico. Fiz isso correndo na sexta, véspera de feriado prolongado.

Fiquei sabendo agora que ganhei a promoção! Eeeeee... Escombros e Caprichos, uma coletânea de contos alemães traduzidos para o português por Marcelo Backes. Quatrocentas páginas que tentarei ler integralmente em minhas férias.

33ª Mostra Internacional de Cinema


Acho que vou pegar algo... tem dois anos que desisti dos falsos intelectuais. Mas, acho que vale a pena pegar umas filmes bizarros que só essas mostram apresentam!

Vou tentar aproveitar minhas férias que coincidirão. Já pensou seis horas numa sala de cinema ao lado da minha filha? Momento único! Vamos ver.

Olha que fofo o cartaz deste ano, criado pelos Os Gêmeos.

Yoani Sánchez

A editora onde trabalho está lançando no mercado um livro chamado De Cuba, com carinho, da autora Yoani Sánchez.

No blogue oficial da editora, tem variadas infos, incluindo uma petição para tentar trazer a autora até o Brasil, porque, por incrível que possa parecer, ela está proibida de sair de Cuba, onde mora.

O livro está com um ótimo preço e vale a pena comprar e ler. Enquanto produzia o livro, lembro de um de seus posts que dizia que para poder se internar em um hospital, vc precisa levar tudo, incluindo agulha, linha, travesseiro, lençol e desinfetante pro banheiro. Dá pra imaginar a Cuba de Fidel assim? Pois é.

Quem quiser conhecer o blogue oficial da Yoani, clique aqui.

Democratas e republicanos lá na América do norte...

Não falo de política, não gosto de opinar, mesmo porque nem entendo muito e nem quero entender. Mas, para mim, quando leio a notícia de que Barack Obama ganhou o prêmio Nobel da Paz, exatamente dois anos depois de Al Gore -- de quem sou admiradora por sua eterna luta contra o aquecimento global --, me faz pensar que a solução dos EUA são os democratas, mesmo. Na nossa atual era de Aquário precisamos de leoninos (como o Barack) ou arianos com ascendente em leão (como Al Gore) em vez de cancerianos retrógrados como Bush.

*** cabei de ler esta matéria na Folha de S.Paulo e descobri que Jimmy Carter havia ganho um Prêmio Nobel. Coincidência ou não, ele também era democrata.

What?

It looks better, but it tastes bitter. Feel free to wish nothing.

MCNQVBD - Feliz Aniversário, Isabella Taviani!!!





Primeira coisa: Isabella Taviani NÃO É Ana Carolina!!! Eu vou discutir isso com qualquer neguinho que venha com essa comparação mínima, ignorante e ridícula.

As únicas coisas que elas têm em comum são: morar no Rio de Janeiro (a Ana em São Conrado e a Isabella no Recreio dos Bandeirantes -- uma espécie de Alphaville do Rio), ter o timbre de voz grave (embora a Ana seja muito mais grave que a Bella) e cantar MPB. Só.

Agora vamos falar desse álbum lindo sobre o qual vai rolar um pocket show na Livraria Saraiva do Shopping Morumbi (desça a barra até o fim). Adivinhe quem estará lá??? EU.

MEU CORAÇÃO NÃO QUER VIVER BATENDO DEVAGAR
(ou MCNQVBD para os íntimos...)


1. Meu coração não quer viver batendo devagar
Faixa título do álbum. A música e a concepção da capa vieram em um sonho... maverick, viaduto do joá e meu coração não quer viver batendo devagar. Lembra um pouco o velho estilo Isabella, com acordes graves. Como a cantora mesma afirmou em várias entrevistas, uma música que resume a personalidade intensa que ela tem.

2. Presente-Passado
Que gracinha! Ela já tinha disponibilizado pelo site e eu tinha cansado de ouvi-la no repeat one. Tem um levada doce, um pop suave e é a primeira música que vai usar instrumentos de sopro, uma característica marcante deste novo álbum, na minha opinião. "Não admiro os covardes, mas agora... é tarde."

3. Arranjo (part. especial Zélia Duncan)
Uma canção que a Isabella pediu para a Zélia escrever. E tem a cara dela, mesmo... a combinação das duas mais belas vozes graves da MPB resultou em uma faixa leve (característica marcante do álbum, junto com os instrumentos de sopro) e outra música graciosa em que a metáfora de compor se mistura a um flerte-namoro... lindo!

4. Todos os erros do mundo
Ahhh... essa se tornou uma de minhas faixas favoritas! Que música forte! De letra forte, de pegada forte, bem IT. "Mas agora vá viver nesse poço escuro, de uma dor sem fundo, porque eu não tenho tempo de errar... todos os erros do mundo".

5. Eu não moro na sua vida
Gostei da música (parceria com Dudu Falcão), que segue a balada doce, sem ser grudenta. O legal da IT, e eu acho isso um grande diferencial, ela sempre canta músicas positivas. Este pode ser considerado um exemplo.

6. Escorpião
Fico pensando em quem ela se inspirou para escrever essa música... porque ela retrata beeem uma mulher de escorpião (que ainda acredito ser o signo da namorada dela. Uma escorpiana com ascendente em libra, não sei porquê). Faixa curtinha, mas muito linda. E no show em SP, pelo que constatei, teve direito à dança!


7. Borboletas e risos
Esta eu considero uma faixa especial. De uma leveza e pureza, transcritas por meio da poderosa harpa de Cristina Braga. IT também dá um show de vocal, na minha opinião. Bem, como a própria Isabella disse, Borboletas e risos quase foi o nome do disco... na época achei estranho, mas hoje ouvindo essa faixa, não seria nada demais e combinaria perfeitamente com esta fase nova. Esta é uma de minhas favoritas!

8. Um vendaval (part. especial Toni Platão)
 Ou... o Melô da louca (pena que o vídeo não está mais disponível...), de acordo com a própria Isabella. Rodando youtubes e twitteres por aí, descobri que muita gente gosta desta faixa... eu também! Não tem como não gostar dela. Vejam... "Eu nunca te prometi nada... vc foi tão apaixonada, eu nunca disse que te amava. Não quero, não vou. É verdade, acabou". Parece Machado de Assis.

9. Falsidade desmedida
Uma das faixas mais "IT" na minha opinião. Nessas horas vc vê que se ela continuasse com uma fórmula parecida com a que vinha, iria desgastar muito a sua qualidade musical: "Se vc realmente me ama, veja o sol nascer para sempre nos meus braços. Não adianta ficar com ela querendo a mim. Esta é a sua vida... falsidade desmedida". >> Cara, eu lembro especificamente de uma pessoa quando ouço esta música...

10. Casa no céu
Na minha opinião, continuação do Diga sim, de 2007. Uma cançãozinha pop, batidinha leve com guitarrista meio chatinha, mas legal. No entanto, com um refrão desse, não precisa de mais nada: "Tudo que sonhamos juntos, vamos conquistar. Basta ter a mente aberta e o coração bem quente pra acreditar".


11. O tudo que é nada
Música triste... melodia com arranjo delicado: "No vão de meus olhos vazios, vagando, seguindo, são frios... São minhas janelas abertas, são minhas mãos estiradas. Ao vento, ao tempo, à estrada, esperando o tudo que é nada".

12. Depois da chuva  (part. especial Zélia Duncan)
Adoro esta música! Que gracinha, baladinha de levada gostosa... "Tanto frio e eu sem um sol pra te aquecer, depois da chuva, um horizonte e nossas roupas vão secar..." Zélia toca bandolim aqui.

13. Argumentos de vidro
Ah! Esta eu gosto demaaaais. Adoro letras fortes: "Degrau por degrau, eu alcanço a mim mesma. Cada palavra cantada, sofrida, é forjada na minha certeza. Degrau por degrau, vou até o infinito. Meu canto grave vai estilhaçar todos os teus argumentos de vidro."  Também gosto so instrumentos de sopro aqui.

14. Sob medida
Velha conhecida, de novela, de Chico Buarque. Bela versão, oficialmente em CD agora. Veja o vídeo oficial.


15. Esquinas de Jacarepaguá
Aaaaah!!! Esta é uma das queridinhas minhas!!! Amo estes sambinhas... Este foi um dos primeiros vídeos do Projeto Reality. Fala sério os vocais que ela faz... e a risada espontânea e gostosa, tão característica... * suspiro *

***

O cd da fotinha acima foi comprado diretamente no site da IT. Faltou meu nome nele, mas comprar o cd foi um odisseia, que eu deixei para pegar um outro autógrafo pessoalmente. E ainda falta a foto com ela... ela que me aguarde.