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Torta de abobrinha

Todo blogue de culinária que se preze sempre começa com a premissa: "Eu tinha umas coisas sobrando aqui e não sabia o que fazer..." e nisso sai uma receita fantástica de tão simples. Comigo, ontem, não foi diferente. Tinha comprado umas abobrinhas lindas que estavam começando a definhar com o calor estorricante de quase 40ºC no Rio de Janeiro. Detalhe: dentro da geladeira.

Aí comecei a montar o cardápio da minha Sis que vem aqui esta semana passar uns dias conosco e fiquei pensando no que poderia fazer com aquela abobrinha, ainda mais apontando o sentimento vegetariano quase total que se apossou de mim. Googleei e achei este site, infelizmente desatualizado, mas que na época postou mais pérolas que quero tentar fazer em casa.

O resultado? Uma torta meio-suflê que não dá pra explicar. Existem aquelas tortas de liquidificador. Existem aquelas tortas elaboradíssimas. Existe esta torta. Esta seria a minha classificação. Eu diria que é impossível errar esta receita, de tão simples que ela é. E o resultado é divino, na falta de outro adjetivo. Pensei em substituir a abobrinha por chuchus. Trocar o atum por proteína de soja. Ainda bem que minha irmã tá vindo aí! Adoro cobaias em casa! ;-)

Bem, vamos à receita:

Massa:
8 colheres de sopa de farinha
4 colheres de sopa de amido de milho
2 colheres de sopa de queijo ralado (adaptações de queijo são muito mais que bem-vindas, mas eu só tinha o clássico madeira ralada mesmo)
1 colher de sopa bem cheia de fermento em pó
4 ovos
1 copo de óleo (usei o de requeijão como medida e se substituir o óleo por um de canola ou o azeite, melhor)
sal a gosto

Recheio:
2 abobrinhas grandes inteiras picadas em cubinhos de 0,5 cm
2 tomates médios picados, sem casca e sem sementes
2 cebolas médias picadas bem pequeninas
1 lata de atum escorrido (que pode ser substituído por frango desfiado. Pensei na proteína de soja e vou testar)
salsinha picada a gosto
sal a gosto

Não acreditei e li várias vezes procurando o leite. Mas aí lembrei que a massa tem muitos ovos. E abobrinha, tomate e cebola solta uma água que só, depois que você corta. Comecei a pensar que daria errado. Mas, não. Siga a receita do blogue lá à risca e não tem erro!

Misture os ingredientes secos à parte. À parte pique tudo e misture. Faça a massa completa e incorpore-a totalmente ao recheio. Sim, nada de camadas, misture tudo! Outro momento de pânico, nunca tinha feito uma torta assim. Siga!

Forno pré-aquecido 240ºC e meia hora assando. O cheiro que sobe e invade o apartamento indica que a torta deu certo! E olha só as fotitas. A duas primeiras foram tiradas com a torta ainda quente. A última eu tirei antes de começar esta postagem, depois de um dia para o outro. Clique na foto para vê-la maior.

É incrivel como a torta é leve, mesmo com aquele óleo que me deu nervoso. O ovo incorporado a pouca massa faz milagres mesmo.




O que vale realmente a pena?

Todas as vezes que me afasto bruscamente da internet, eu sinto que sou mais um ser humano. Seria este um sintoma tão contrário à velocidade destes tempos, no qual vivemos a nossa vida literalmente num teclar?

Pois sempre será bom o contato virtual. Eu seria a pessoa mais ingrata se ousasse dizer qualquer coisa em contrário. Mesmo já fazendo parte da geração internet aos 20 anos de idade (o que pode ser considerado velhice, já que hoje em dia as crianças parecem nascer tuitando e uma criança ter um celular aos 5 anos de idade é a coisa mais normal do mundo, como "antigamente" era ter um carro aos 21), eu nunca poderia dispensar nenhum dos benefícios que a "Word WIde World" me oferece.

Mas quando eu paro e sento e reflito e observo -- de verdade, longe de celulares, notebooks e pcs -- eu me lembro de quem sempre fui de verdade. Quando eu estava lá, com a minha amiga Fabiana, just sipping a cup of coffee, eu me lembro que adoro poder ver a pessoa diante de mim. Como eu adoro poder ver seus olhos, conversar vendo reações, trocando os emoticons por sorrisos e ações de verdade. O abraço real que não seja um símbolo teclado.

Uns dias atrás, andei revendo uns posts antigos, pensando em como meus temas sempre giram batendo e rebatendo entre si. É aquela velha sensação do compositor que sabe que não disse tudo que poderia ter sido dito e fica ali... tentando, tentando, tentando... numa criativa, insistente e solitária tentativa de extrair uma néctar de sabedoria de algo aparentemente encerrado.

Aí eu penso quão tolo é aquele que pensa que encerra sua vida numa teimosia, num orgulho. Pergunte para um idoso (geralmente) ele vai te dizer isso. E, nós, os jovens transformadores do mundo, sempre esquecemos a lição mais simples. Teimar é como escolher por boa e própria vontade bater com a cabeça no muro, porque esta é uma opção pessoal que não deve ser questionada! 

Mas todos -- nós todos -- somos meio assim, né? Esquecemos que aprender é um exercício contínuo e que a humildade é uma das melhores ferramentas. Vamos distribuindo umas culpas aqui e ali pra supostamente aliviar a consciência. Vamos criando máscaras e máscaras e tantas máscaras para mostrar às pessoas que não somos que eu já conheci gente que nem se reconhece mais.

Eu lembro que tive uma grande amiga que se perdeu dentro de si mesma. Uns acham isso até poético, eu acho triste. Porque você pensa que se conhece -- ou até na verdade, se conhece -- mas vai colando uma história aqui, outra ali, mais outra ali... disfarçando a verdade (e querendo se provar que isso é bonito. Você lança frases virtuais de forte impacto pressupondo que este é o seu pensamento -- que pode até ser, mas não é! Desculpe se hoje você, meu leitor, queria um afago. Mas em tempos como o nosso, afago é sinônimo de antiamizade, porque não queremos um acalento, queremos que alguém concorde com nossos absurdos. 

E olha que tem muita gente que concorda!

Mas eu nunca concordei. Sempre me pareceu patético demais evitar a solidão abraçando a mediocridade. Eu nunca me esqueço que a solidão é a minha melhor companhia, porque é nela que eu calo a minha mente e escuto o meu coração. Porque é nela -- e somente nela -- que eu me dispo de todas máscaras e consigo me ver, nua diante de meu próprio espelho -- sem julgamentos.

Pois já basta a vida de julgamentos externos e a vida internética é o que mais faz. Ela realmente te disseca, te interpreta, te julga te condena/absolve como se a vida de todos fosse mesmo um livro aberto. Quem disse que é?

Música do dia - This is love, this is life

Em homenagem ao cara que sempre me salva com suas músicas únicas, uma faixa nova do segundo álbum Greatest Hist que eu vou comprar em breve! ;-) Esta aqui é a favorita das novas: This is love this is life.
These days it seems like there's three sides to every story
There's yours, mine, lately there's the cold hard truth
Who cares who's wrong or right when we turn out the lights?
We'll find forgiveness when we're in each other's arms tonight
It ain't pretty but somehow we always make it through

Cubo - o filme

Ultimamente só andava falando de sentimentos pra cá, sentimentos pra lá... muito mimimi. A inspiração criativa precisa se diversificar, então vamos lá.

Finalmente!!! Com muitos pontos de exclamação, porque isso demorou, eu vi o filme Cubo. Este é um daqueles filme que muita gente ficava me enchendo ao dizer "Você viu?", "Como assim, você nunca viu?". Antes eu ficava chateada quando alguém me dizia isso. Depois, eu mandava todo mundo à merda, porque ninguém tem obrigação de ser enciclopédia, só porque alguns gostam de ser! hahaha

O filme é de 1997, então você imagina que muito antes de Matrix, Clube da Luta, Jogos Mortais e O Albergue existiu esse filme. O filme que provavelmente inspirou um pouco a todos e -- principalmente -- Jogos Mortais. O filme que, na época marcou a geração, mal comparando, como Réquiem para um sonho fez.

O que eu já tinha procurado para comprar esse filme não cabe contar aqui. Foram muitas e inúmeras tentativas... nada em sebos, em loja, pra alguém emprestar. Achava estranho todo mundo falar de um filme que tinha simplesmente desaparecido do planeta Brasil.

Eis que num belo sábado na Americanas do Barra Shopping eu vejo muitos, muitos, muitos exemplares do Cubo por R$12,99. Parecia brincadeira e eu fui conferir até se tratava do mesmo filme. Era sim. Eu não acreditava que finalmente!!!! veria o filme.

No mesmo dia eu e meu amor fomos lá. Jana quaaase odiou o filme. Eu adorei. Achei um roteiro enxuto, cheio de coisas inexplicadas, mas que nem por isso perdem o sentido. Eu já sabia tanto do filme que algumas partes pareciam óbvias. Mas a sensação final é a de que -- de fato -- é um excelente filme para os fãs do gênero e que merece, sim, ser visto! Pena, talvez, para o filme, que eu tenha visto Cubo Zero antes de Cubo. Não faça isso.

De Sagitário à Virgem - minha curta viagem astrológica

Entra ano e passa ano eu vou tentando fazer o mínimo que compete a um ser humano, na minha humilde opinião: aprender e crescer. Porém, com mais humildade, venho aqui falar que os signos de terra são sempre os que mais me encantam, porque são aqueles que -- de fato -- me entendem, com o mínimo de esforço. Porque compreensão real não é apenas afago na cabeça, é a atitude certa na hora certa, a palavra certa na hora certa.

Os signos de fogo sempre serão os primeiros a se prontificar para qualquer tarefa. Sempre! Solícitos, gostam de pessoas com atitude, e sempre apoiam quem está disposto a fazer em vez de esperar. Você pode estar sem falar com qualquer signo de fogo por décadas. Quando voltar a falar com ele, será como se a despedida tivesse sido ontem. Ele será sintético ao contar as façanhas feitas, as atuais, a serem conquistadas. E te dá a mão com uma boa vontade de encher o coração!

Neste fim de ano, tive de recorrer ao signo de Sagitário, na mais irônica das ironias, para dar uma alegria à minha vida. Astrologicamente, meu MC (meio do céu) é em Sagitário e eu resolvi com todas as minhas forças jogar minhas energias e meu ímpeto nele. Claro que tal atitude teria consequências. Considerando minhas inter-relações com gêmeos e toda a água que me transborda (atualmente sou câncer com ascendente em peixes duplo e lua em escorpião) eu mesma criei meu molotov pra beber. E, como é de meu feitio, bebi com muito gosto!!!

Nas duas últimas semanas, especialmente esta semana, tive uma crise de loucura virtual. Os contatos que sabem! A "torrente de sentimentos" agora parece um retrato em sépia na parede das minhas memórias, onde jazem tantas outras lembranças. Ainda não chega a ser totalmente engraçado, porque é muito recente. Mas não vai demorar muito pra eu rir. Como a vida exige! A vida não quer que a gente fica patinando no mesmo lugar, num ritual sádico que supostamente nos deixa feliz. Quer dizer, pode até deixar algumas pessoas felizes. Porém -- e apenas depois disso -- quando o tempo passar é que ela vai saber.

Aonde o signo de Virgem -- o mais insuportável de todos -- entra nessa história? A presença virginiana (ou a sua ausência) é o que mais me guia. Não posso me esquecer que estou literalmente cercada de terra -- o signo da presença constante, do apoio leal e inquestionável, da razão e do pensamento cuidadoso. Então fica a dica pra certos perfis: os melhores amigos para aqueles que precisam de certezas, unicamente, é terra (capricórnio, touro, virgem). Cada um à sua maneira costuma honrar muito bem o desafio de ser constante sem ser pedante, a eficácia com quase perfeito equilíbrio, a confiança quase que inabalável.

O capítulo de amanhã é totalmente desconhecido... mas eu sei bem por onde ir, dependendo que precisar. Menos autoajuda e mais ação. Menos drama e mais coragem.

Da loucura à poesia

Sabiamente, a querida Claudia Bertrani acabou de me dizer isso. E eu fiquei pensando nisso. Decerto -- e muito decerto! -- as pessoas do signo de terra são as que me conhecem melhor, mesmo até quando não deveriam, no caso, o fato de sermos "amigas virtuais".

Dias atrás, postei que andava sozinha e que conversar com as pessoas por msn me fez um bem danado. Não nego! Mas eu sou aquela das antigas, sabe? Aquela que gosta de sentar com um suco, em um café qualquer, olhar nos olhos... fazer leitura corporal. Sentir a energia. Isso, sim, é a realidade!

Mas, não sei porquê, nos acostumamos com o virtual, com o comodismo de mal levantar o dedo pra clicar no mouse e ver a carinha do outro que tuitou algo pra vc ou que "te curtiu" no facebook. Ah, valha-me lá, gente, isso é vida??

É parte dela, sim, mais uma vez, não nego. Eu não quero aqui, com minha sã ignorância querer destituir a globalização de seus benefícios. É muito delicioso poder conhecer pessoas do Brasil inteiro através de uma tela do computador. Pessoas como a Xará (Cris Barufi), ou a gaúcha geninha Michelle Lange. Amigas de Recife, Paraíba, Salvador, Minas Gerais... onde tudo seria mais profícuo e rápido assim?

Porém, precisamos -- e muito -- do téte a téte que nunca pode ser substituído. Porque não somos simplesmente alguém esperando alguém postar algo pra você. Isso pode satisfazer, mas é um alimento pobre. E precisamos sentir o perfume -- que pode ser bom ou ruim -- que vem da pessoa. E precisamos saber como ela segura o copo e os talheres. Observar aonde os olhos direcionam quando ela fala. Conhecer seus trejeitos e seus tiques nervosos. Saber qual lado do pé a pessoa força mais ao andar. Ver os perdigotos saindo da boca, enquanto fala.

Eu gosto disso! E por sentir tanta falta, tenho me sentido total escrava desse mundo virtual que muitas vezes não corresponde às suas expectativas! Injusto? Muito pelo contrário! É o que ele tem pra oferecer, assim, fácil e imediato, como uma esmola sentimental. Mas a vida real ainda é feita das pessoas que tocamos, mesmo que seja de vez em quando!

Por isso, vou sim, encontrar com meus amigos na minha próxima ida a SP. Quero saber como todos estão, quero contar das agruras e das alegrias. Quero ver as roupas que vestem, quero ver os olhos, o cabelo, a vontade, a ausência! Porque, a triste ironia do mundo virtual é que você nem lembra mais o que escreveu. Você nem salva o histórico de suas conversas. Eu acabei de apagar todos os meus! E a vida, assim, se apaga, com um simples clicar? Ela começa com um clique e termina no clique seguinte?

A vida cheia de cores e aromas e sensações não poderia nunca se restringir a isso. E apenas cabe, a cada um de nós, saber dar o devido valor, saber o real sentido, saber os pesos e medidas. Não é difícil. Conheço e conheci pessoas totalmente trancafiadas no mundo internet, incapazes de interação social mínima. Conheço pessoas que se mostram tão simpáticas no mundo virtual, mas que na vida real são insossas e caladas.

Nada disso é novidade. O que será sempre novidade é: o que você quer pra você? Se nesses dias que se passaram, eu tive meu surto louco no twitter, agora sigo por aquele caminho que nunca deixou de me acolher tão bem: a poesia! Me acompanha?

Música do dia - Two story town

Bem poderiam ser trocentas músicas... mas ontem à noite revi o dvd do Bon Jovi - Crush Tour e lembrei de como gosto dessa canção (bem, alguém me diz qual música do BJ eu não gosto? rá): Two story town serve bem para ilustrar o atual momento em que me vejo: meio testemunha da minha própria vida, meio testemunha da vida.

Fora que essa música, do ano de 1999, tem um significado todo especial para mim. Ano difícil aquele... descobertas e redescobertas. Muitas caminhadas solitárias na região da Saúde, pensando em como tudo poderia ser! Suspiro... como a gente cresce e aprende!

Reouvindo essa mesma música, uma avalanche de sentimentos me acometeu (coisa normal para mim, nos últimos dias, né?). E essa música mais do que nunca pareceu perfeita.

ps: nem mil vidas podem agradecer ao Bon Jovi por todas as letras que ele escreveu...
I couldn't sleep
Took a walk down 2nd Avenue
Sick of dreaming dreams that never come true
One way street and I know where its leading to
(...)
One shot to make a move now
The ghosts are calling me out
And me I'm just one story
In a two story town
But you're never gonna find me in the lost and found
(...)
It's just the same old sights and the same old sounds
I’m gonna take my horse and ride him off this merry-go-round
I won't give in and I won't back down

A torrente de sentimentos - parte 2

Não. Isso nem é capítulos continuados de uma suposta novela que eu teria criado. Nasci com certas dificuldades naturais e por mais que tenha até aprendido técnicas, não consigo ir além da teoria. Escrever romances capitulados é uma dessas grandes dificuldades.

Mas eu hei de convir, mesmo contra a minha racional vontade que, ultimamente, meus relacionamentos pessoais andam conturbadíssimos. Além de ouvir as histórias mirabolantes, eis que me vejo até como personagem central deles, espelhado diretamente dos filmes que mais adoro... A vida não é irônica?

Como sempre, gosto de tirar proveito de tudo. E se Augusto Cury diz que sábio é aquele que aprende com o exemplo dos outros, devo admitir que estou desvirtuando até o conselho de minha mãe, que sempre me disse, desde que me lembro, que devemos aprender com o exemplo alheio. Meu lado racional me diz "por que?" e meu outro lado apenas suspira "c'est la vie".

A despeito de tudo, devo dizer que estou sobrevivendo bem. Para coroar um ano cheio de loopings, quedas em 90º e parafusos psicodélicos, eu decidi fazer piada de tudo! Porque ser chato, dramático e pedante... ninguém merece. Estou aproveitando o trânsito de Sagitário no meu mapa pra ver otimismo em tudo, uma alegria e uma esperança indevidas, que chega quase a ser pecado, diante da situação em que me encontro!

Eu lembro que tinha rascunhado um post sobre minha "retrospectiva 2010". Pfff. Larga disso. A minha vida é esta, ligeiramente desenhada neste blog e sabida pelos amigos íntimos. Isto basta, não é? Minha sanidade mental mantém razoavelmente lúcida e é isso que eu quero focar, quando vejo tantos sinais bons à minha frente!

Pra terminar, vou contar a brevíssima (e anônima) história de uma amiga que não sabe o que escolher e ama quem não deveria amar... e até ama quem está ali. As histórias... aaaah as histórias. Elas são mais iguais do que poderiam ser. Nos filmes, nos livros... na vida real. Observando, vendo e vivendo... vou caminhando. Bora.

Torta de frango com escarola

A fofa da Silvia Sibalde comentou comigo pelo Facebook que estava com saudade das minhas receitas! Isso bastou pra eu me motivar a pensar em fazer algo, mesmo neste calor infernal do Rio de Janeiro!

Sem muita inspiração, queria fazer uma torta, receita sempre fácil de fazer e que quase nunca dá errado. Perfeito!

A receita da massa é a mesma copiada diretamente da Ana Zambelli: simples e que fica uma delícia. O recheio dá um trabalhinho... mas recompensador. Vamos à receita:

Massa:
2 copos (tipo requeijão) de farinha de trigo
uma mesma medida de azeite
uma mesma medida de leite
2 ovos
2 colheres de sopa de fermento em pó
sal a gosto
um punhadinho salsa picada

Recheio:
1 peito de frango desfiado, depois de previamente cozido em folhas de louro
1 pé de escarola
1 vidro de azeitonas picadas
150 g de ervilhas pré-congeladas (odeio ervilha em lata, mas pode ser)
3 dentes de alho grandes
sal a gosto

Sem mistérios: frite o alho moído no azeite até ficar bem dourado. Depois frite a cebola, acrescente o frango, as ervilhas e as azeitonas e por fim a escarola. Aumente o fogo, porque senão a escarola solta água e vira inhaca. Depois de refogado, espere esfriar.

A massa é mais simples ainda. Jogue tudo no liquidificador e bata até ficar tudo homogêneo. Unte uma forma média (eu usei uma forma redonda com furo), jogue massa, todo o recheio e depois o restante da massa. Pré-aqueça o forno em 240ºC e coloque para assar por cerca de 25 minutos (porque eu gosto de uma massa bem douradinha). Sirva com saladas verdes ou puro mesmo... delícia! ;-)



The last friends (Prisoner of love) -- e os relacionamentos

Acordei tão pensativa com o tema relacionamentos. Assunto esse que vem martelando meus pensamentos... bom, é certo que eles me martelam desde que me conheço por gente. E é interessante ver como tudo muda ao longo do tempo. Espero não ter ficado mais amarga, como é tão de praxe em ver em pessoas mais vividas...

Primeiro, vim ao meu próprio blogue. Cliquei aqui na label: relacionamentos. Inspirada em três pessoas próximas que no mesmo dia conseguiram me chamar de psicóloga, devo apenas dizer que me senti extremamente honrada com essa maldição. Porque não é fácil enxergar tudo com visão raio-x e conseguir (claro que nem sempre) sintetizar com a minúcia e precisão necessárias. Mas adoro precisão e minúcias! 

Queria comentar, primeiro, que finalmente (e demorou!) terminei de ver a série japonesa Last Friends. Onze episódios de 45 minutos que demoraram... mas terminaram. Nós, ocidentais e brasileiros, nem fazemos ideia de como japonês é um povo dramático! Toda vez que vejo algo de lá, penso no quanto eles são sensíveis.

A história fala sobre... relacionamentos. Nenhuma novidade maior nisso, exceto pelo fato que na série tem uma personagem transexual. E até rola beijinho! Coisa que na nossa moderna sociedade brasileira... talvez no próximo milênio. Tirando as coisas exageradas, os dramas exagerados, os temperos mais do que exagerados em tudo, é legal ver como uma sociedade mais comum (tirando os japas que adoram se vestir de personagem de desenho animado, os que pintam o cabelo de roxo) lida com dramas tão comuns quanto o de qualquer ser humano. E o final é surpreendente!

A música-tema da série é Prisoner of love de Utada Hikaru, já devidamente postada aqui, que dá nome a este post, e que serve de gancho para eu poder voltar a falar de relacionamentos. Definitivamente, eu nunca terei a receita certa, embora até tenha pensado que tinha chegado tão perto de achar o Santo Graal. Isso é o cúmulo que a minha pretensão poderia querer. Vamos viver mais antes, certo?

Acho que, para mim, a melhor lição que tiro este ano é: você realmente ainda tem que muito o que aprender.


A torrente de sentimentos

Fazia muito tempo que não me sentia assim.

Estava com saudade de prosear... aquela conversa jogada fora, sabe? Mas sem falar mal de ninguém, sem ficar discutindo política ou tentando salvar o mundo. E neste fim de semana, tive a agradável surpresa de trocar tanta coisa boa com as mais do que queridas Cris Barufi, Fabi Lopes, Claudia Bertrani e Sharleu.

Estar fisicamente longe dos amigos foi tão bem definido pela Claudia como estar num lugar onde ainda você não conhece ninguém e não fez sua história. Ouvir isso me fez um bem danado. Sharleu sempre me faz sentir em casa, onde quer que conversemos. Vantagens de conhecer alguém há muito tempo e com quem você tem todas as intimidades que podem ser negociadas sem receio de cobranças indevidas futuras. Estar entre as loiras Xará e Fabi... bem, esse é um capítulo a parte, porque simplesmente é impossível não se contaminar com tanta energia boa vinda dessas duas surtadas!!!

Acho que nesses últimos meses acabei -- meio que sem querer -- exigindo demais de mim em diversas situações novas. Sim. Quando li este texto no site Somos Todos Um (que nem gosto muito, viu, indico apenas este texto aqui), penso que procurei exercitar ao máximo a humildade que, em mim, sempre foi meio falha. Quando me chamam de orgulhosa, me espanto. Mas não sou aquele tipo de orgulhosa que fere os outros (em quase a maioria de todas as vezes...), sou aquela orgulhosa que tem crença demais nas próprias crenças, entendeu? Isso acaba calcificando as possibilidades de conhecer outras coisas, por simplesmente você achar que... nem precisa.

Sou meio extremista, como não deveria ser em tantas vezes, e larguei o outro lado meu, aquele velho de sempre, com características minhas e tão propriamente minhas que me senti meio que me esvaziando. Porque é óbvio que quando você está em um ambiente social coletivo novo, você tem inúmeras opções de máscara para vestir. Vesti todas as possíveis e impensadas... e esqueci como era ser eu mesma. Um pouco do melhor que sempre houve em mim.

E, pelos bons deuses, como isso é bom... é um relento saber que ainda sei ser o melhor de mim. Você quase se esquece disso quando precisa viver tantos outros personagens. Ser o meu personagem favorito me renovou demais. Aí, como não consigo deixar de evitar o pensamento, pensei em como nos sabotamos assim, todos os dias? A minha sabotagem foi intencional, mas quantos de nós não se sabotam sem saber?

Bem, apenas quero e muito deixar aqui este registro de agradecimento a essa boa energia trocada. Bom também saber que tenho amigos tão distantes... e tão perto assim.

Minhas mães e meu pai - teaser

Graças à minha querida Fabi, consegui ter acesso ao trecho que tinha comentado no post anterior, quando me referia ao diálogo heartbreaking do filme que me levou às lágrimas. Mas, escute: se você não quiser ouvir, depois não reclame que eu dei parte do filme para você ver. Ou seja, apenas aperte o play abaixo se você não se importa de ver um "quase" final antes de tudo.

Obrigada por isso, Fabi!...

Minhas mães e meu pai - o filme

Sexta-feira fui conferir o The kids are all right -- que em português ficou como Minhas mães e meu pai. Filme que anda concorrendo a tantos prêmios, vem sendo tão elogiado pela crítica... aí eu fico reticente e achando que tem alguma coisa esquisita por trás disso tudo. Porém, nos últimos tempos andei perdendo tantos filmes com temática lésbica, que não podia perder esse!

Trago, mais uma vez, o Mestre David Lynch para dizer: "Um filme não precisa ser explicado. Ele é o que você quiser. Cada um o interpreta como preferir e conseguir." Sempre penso nessa lição grandiosa do mestre quando vou ver um filme qualquer. Percebi que, para este filme, de fato não há barreiras entre classificá-la como filme lésbico ou hetero. Eis a primeira conclusão que tirei, ao sair do cinema.

Vi entrevistas das atrizes Annette Benning e Julianne Moore que afirmam que é um filme sobre família, sobre detalhes particulares, sobre o amor. E quer tema mais universal do que falar sobre família? Família é meio aquela música velha do Titãs. Família é tudo igual e tudo diferente ao mesmo tempo.

Gostei muito da crítica da Veja Rio, de Isabela Boscov. Considerando o alcance que essa revista tem no público (e não necessariamente a sua idoneidade...) ela foi bastante feliz ao dizer: "O saldo é um filme que fala com muito conhecimento de causa de um casamento gay -- e, com compreensão e afeição inesgotáveis, de um casamento qualquer, e ponto." Acho que essa frase resumiria bem o filme. Porém, se ficou curioso além disso, precisa mesmo é ir vê-lo.

O elenco está soberbo, mesmo, como andei lendo. Gosto da plasticidade e da pluralidade de personagens que Mark Ruffalo e Julianne Moore conseguem fazer. Annette Benning é clássica. Os filhos tão especiais quanto. Mais que isso seria interessante fazer um único aparte: a relação entre o casal lésbico. Se tiver dúvidas de verossimilhança, acompanhe o desenvolvimento da história.

O filme tem um roteiro tão coeso que assusta. E é simples. Uma mágica que poucos roteiristas conseguem alcançar. O monólogo impactante, quase ao final do filme, interpretado pela Jules, vivida por Julianne Moore, me levou às lágrimas. Porque eu nunca vi uma definição mais perfeita de casamento do que aquilo que ela disse.

Infelizmente, eu queria reproduzir o trecho, mas não achei a versão final do roteiro na internet. Achei uma versão anterior, que pelo que li, não é a versão que foi filmada. Uma pena. Caso você, meu querido leitor, fica curioso, sacie-a indo ao cinema ver esse filme. Vale, viu? Porque em tempos de tantos filmes de ação, com foco em violência, 3D e mirabolantes histórias, a maior graça da vida está mesmo em detalhes... e em filmes como este.

Para falar de preconceito

Nos últimos meses, mesmo distante do mundo virtual, foi impossível não deixar de ficar sabendo do aumento (ou talvez, da exposição maior) do preconceito contra homossexuais. Eu sempre me nego a falar de algo que é tão óbvio e simples... mas diante de tantos fatos chocantes, não posso deixar passar o ano sem deixar meu comentário anotado aqui no blogue.

Que é sabido e mais do que repetido entre todos, que homossexuais existem desde que somos seres humanos, sejam com macacos (bonobos ou não), sejam com gregos, safos, romanos ou troianos. Lembrar isso, atualmente, é argumento fraco, porque já estamos literalmente carecas de saber.

Se colocarmos as coisas a ferro e fogo, como os preconceituosos sempre fizeram, poderíamos fazer assim: vamos excluir todos os homossexuais do planeta. Adivinha? Não vai restar muita gente e as que restarem...

No entanto, as coisas nunca devem ser vistas assim! Somos o resultado de uma rica interação, quer gostemos dela ou não. Ou vocês acham que eu, como lésbica, gosto de ver um monte de coisas por aí? Não gosto e nem por isso saio espancando quem me desagrada. Ok, isso também foi um argumento fraco, porque quem me conhece -- a despeito de minha personalidade um pouco agressiva -- sabe que sou incapaz de brutalidades anti-humanas.
Lembro de um show da minha querida Isabella Taviani em que entre uma música e outra, como introito da música Iguais, ela disse: "Por que existe o preconceito? É mais amor. Como podemos ser contra haver mais amor? É tudo amor!". Essa frase ficou marcada na minha cabeça.

Então, não saberia nem começar a pensar num motivo para o preconceito. Porque ele é irracional mesmo. E quanto mais você alimenta o irracional, mais monstro ele se torna, em mais ferramenta letal ele se transforma. Mas para e repara: estamos numa época singular da existência humana: a liberdade religiosa aumentou em proporções inimagináveis as mais diversas linhas, sub-linhas e sub-sub-linhas de católicos e evangélicos, por exemplo. Globalização parece palavra do passado, porque hoje em dia qualquer pessoa na rua tem um celular, todos de alguma têm acesso a internet, ou seja, a transmissão e o conhecimento de dados é feito assim, num piscar de olhos.

O planeta Terra está a beira de um caos, prestes a se desintegrar, a ser destruído por causa dos inúmeros erros causados pela ambição humana em construir, expandir e lucrar. Ainda assim, todos pagam as mesmas contas pelos mesmos preços -- uns bem injustamente --; a impunidade e a violência religiosa -- tão impossível de acreditar que ainda existe, mesmo depois do Holocausto -- ainda existe: e cada vez pior!

Então, me diga: por que existe preconceito? E por que o preconceito contra homossexuais aumentou? Há números que indicam que o Brasil (onde supostamente é o local da miscigenação e integração de tudo e de todos) é um dos países com alto índice de crimes homofóbicos. 

Acredito muito em um dia em que todos viverão harmonicamente, mesmo com seus credos, suas crenças, suas filosofias -- um mundo aquariano, ao pé da letra. Porém, infelizmente, creio que não será nesta vida. Eu poderia tentar escrever linhas e linhas sobre este assunto e não terminar. E eu, humildemente, nem quero tentar perpassar o amplo conhecimento que tantos estudiosos têm sobre o assunto como Luiz Mott, Jean Wyllys e Vange Leonel para citar os que me vêm à cabeça agora. Graças a Deus deve ter muita gente boa por aí que eu preciso conhecer.

Porém e até lá, não podemos simplesmente fechar os olhos para o preconceito, fingindo que ele não existe, imaginando um mundo cor de rosa, porque esse mundo não existe! O preconceito respira e está camuflado das mais diversas formas. O que resta a cada uma das pessoas que sofre homofobia ou qualquer outro tipo de fobia? Lutar. A luta é feita de muitas maneiras. Saindo às ruas. Escrevendo no blogue, como eu. Evangelizando -- no melhor sentido da palavra, porque preconceito é sinônimo de ignorância. E principalmente: não se escondendo, não ter vergonha nunca de quem é. Mostrar ao mundo que não importa qual rótulo nos seja dado. O que importa é quem somos de verdade como alma, como caráter, como ser humano de verdade -- que cada vez mais desaprendemos a ser.

***
Meu post scriptum vai para o documentário que vi este ano, chamado Celluloid Closet, já devidamente postado. Vale rever.

Quem somos, afinal?

Mais um fim de ano se aproxima... e com ela aquela sensação indescritível -- e sempre tão igual -- de que mais um ano se passou rápido demais, que deixamos de fazer tantas coisas ou que poderíamos ter feito muito mais. Aquela semi-impotência associada a um bem-estar paradoxal de que no ano tudo vai se resolver, porque toda vez que temos a chance de começar tudo de novo, tudo parece que vai se resolver, num passe de mágica...

Sou um ser humano comum e não me privo dessas sensações. Ontem postei que observando as pessoas com quem convivo, notei um certo pesar... uma certa tensão. Não sei, mas desta vez, algo parece diferente. As pessoas parecem acometidas de uma angústia -- acima da média -- sem saber exatamente as origens, quanto mais sabem resolvê-las.

Eu me sinto de mãos atadas, com uma vontade enorme de poder ajudar. Mas preciso lembrar que mal tenho conseguido me ajudar devidamente nos últimos meses, que foi feita exclusivamente à dedicação de terceiros. Isso é uma observação, não uma reclamação. No entanto, confesso solene e abertamente que sempre sinto um ímpeto de poder fazer algo... e não saio do lugar.

Agora alguém me responda à pergunta: por que, sabendo que sentimos invariavelmente isso todos os fins de ano, não fazemos quase nada para mudar? Por que é tão mais "seguro" manter o mesmo padrão? O que nos impele tão forte para a manutenção de uma aparência que já não é mais agradável nem para o seu próprio dono?

Não sei. Não sei explicar tantas coisas... mas parece que quando tudo se obscurece, eu enxergo melhor. Este ano, para mim, por exemplo, foi tão... tão... tão marcante, que eu não saberia dizer em pormenores. Tantas coisas me aconteceram, eu poderia me dividir em quatro pedaços e cada um deles contar o que aconteceu. 

Acho que em uma frase poderia resumir: abra-se para o novo, sem preconceito, sem receio, sem titubear. Silencie a sua voz, silencie os seus ânimos... foque em seu próprio coração e ouça o que ele tem a dizer. Você se surpreenderá.

Não siga aquela frase que eu mesma dizia para mim mesma há uns meses atrás "apenas seja você mesma". Não! Minha frase agora seria: "apenas silencie-se... e ouça o seu coração".

Neste 1º de dezembro...

Fora o melhor fato do dia -- minha querida mãe faz aniver hoje: FELIZ ANIVERSÁRIO, MAMIS!!! -- a despeito da Barbara Abramo (uma excelente astróloga) ter feito previsões boas para os próximos dias, com Sagitário ocupando planetas com uma voracidade inacreditável (hehe) sinto aquele comichão de fim de ano acometendo as pessoas... e não me excluo dessa lista.

As pessoas estão... tensas, não sei explicar. Fechar os ciclos (nos próximos posts, escreverei meu resumão 2010), refletir sobre as coisas e principalmente as NÃO feitas. Criar mais e mais expectativas pro ano seguinte, porque aquela promessa de começar tudo de novo sempre dá um gás para aqueles desejos largados de lado.

A despeito disso tudo, sinto uma tristeza nas pessoas, que talvez tenha me acometido hoje, talvez por isso tenha demorado tanto a postar. Talvez por isso não tenha respondido vários emails nem feito as coisas que deveria fazer. Talvez... talvez...

Espero que as boas energias continuem circulando, invadindo e renovando a todos. Ler a interpretação da Barbara para o próximo mês me deixou bastante otimista. Vamos seguindo! 

Capítulo final: Zoológico no Rio de Janeiro

Se você pensar em Rio de Janeiro, um dos lugares menos pensados pra passear é o Zoológico. E é por isso que eu estava lá: pra fazer os passeios que reúnam o mínimo possível de pessoas! rs

Quinta da Boa Vista, que fica em São Cristóvão, lugar lindo de se visitar. O parque abriga um Museu e extensa área verde que protege todo mundo do sol torrante carioca. Não deu tempo de ver tudo, óbvio, fica pra outro dia. Meu objetivo era ver os animais.

Minha última experiência em zoos foi em SP e há tanto tempo que eu nem me lembro mais. Apenas, sim, me lembro de duas coisas: não ter visto o serpentário (uma grande frustração minha!) e tudo ser muito grande demais. Ainda viria a descobrir, como se verá, que certas coisas nunca mudam mesmo...

O caminho até o zoo é meio longe, logo que você desce da estação de trem. Mas dá pra aproveitar a paisagem com um parque arborizado com árvores antiquíssimas! Fiquei imaginando quantos anos teriam aquelas árvores e coqueiros e, na minha ignorância, calculei uns 200 anos aproximadamente. Depois checando uns sites, vi que esse lugar existe desde a época de D. Pedro II!!! Ou seja... Nunca vi árvores tão antigas como no Rio de Janeiro!

Paralelamente, vocêm também pode observar o espaço que foi reservado para os animais que ficam em semiliberdade. Aqui postei a foto de um... cervo, eu acho. Também vi gatinhos lindos passeando no parque, sem nenhum medo dos transeuntes.

Minha má sorte foi ter pego o zoológico num dia de visitação escolar. Que terror foi aquele??? Crianças e mais crianças e infinitas crianças gritando "Gatinho, acorda, que eu vim de longe pra te ver." Total fail... mas fazer o que?

O serpentário é minúsculo e mal deu pra ver umas cobras amuadas em caixas tão pequenas que fiquei pensando se elas estariam minimamente confortáveis ali. 

A mesma sensação ficou com a parte das aves. Não entendo nada de ornitologia, mas definitivamente, os animais que mais admiro são aves e felinos. Adoro as aves, as suas cores, a sua delicadeza, a capacidade de voar.

De resto, este zoológico é pequeno, dá pra percorrê-lo inteiro em duas horas, olhando tudo com calma. No entanto, uma péssima impressão ficou: os bichinhos enjaulados. Nunca senti tanta aflição. Como disse meu amor, em determinado momento, parecia que sentíamos a tristeza deles. Pode parecer exagero ou sentimentalismo, mas fato é que não vou postar nenhuma foto de nenhum bichinho enjaulado. Porque vendo as fotos em casa, comprovei mesmo que seria impossível eles estarem felizes enjaulados, mesmo que a sobrevivência deles dependa dessa prisão.

Apesar disso, o passeio foi muito proveitoso e agradável. E posto aqui umas fotos de bichinhos ao ar livre. E a de passarinhos, que não sei a raça, provavelmente mãe e filhote, comendo. Pra quem quiser conhecer São Cristóvão e a Quinta da Boa Vista, taí a dica.



 




Capítulo 5 - Sala Imax: a experiência

Preciso compartilhar a experiência de assistir a um filme em uma sala Imax, afinal, este foi mais um dos capítulos agradáveis que passei em minha estadia em Sampa.

Já ouvi, desde a inauguração do complexo Imax no Shopping Bourbon, de tudo que foi possível: filas gigantescas pra comprar ingresso, ingressos que se esgotam com semanas de antecedência da estreia de um filme, que é uma das melhores experiências em cinema no momento etc. Faltava ir.
Quem me conhece, sabe minha total ojeriza por fila em cinema. Só enfrento filas em Mostra Internacional e olha que a última fila de Mostra que eu peguei foi em 2007... hehe

Mas fomos eu e meu amor ao Shopping Bourbon. Bom, primeiro que eu nunca tinha estado lá. E fiquei impressionada com o luxo. Na decoração, no mármore do piso, nos dourados que saltam e transbordam em todos os cantos. Em lojas caríssimas (não vou desfilar marcas aqui). Primeiro: susto no valor do ingresso: R$34 a inteira. Triste de mim que não tenho meia de estudante faz tempo... Sorte de quem é cliente Itaú, que ganha meia na faixa.

Vimos o único filme em cartaz, na sessão das 18h00 e alguma coisa: A lenda dos guardiões. Sim, o famoso filme das corujinhas. Nem sabia, mas esse bichinho, de fato, tem alguma coisa comigo...

Por sorte, a sala estava vazia, devia ter uns 10 gatos pingados, o que para mim é o ideal em um cinema! Antes do filme começar, ainda tive de ouvir de um chato do lado que em "Porto Alegre a sala é mil vezes melhor". OK.

Óculos 3D por cima dos óculos de grau e o filme começou. Tirando o pequeno fato de que achei que poderiam ter mais cenas 3D chocantes o espetáculo 3D é um espetáculo mesmo!!! Incrível. Já tinha visto 3D em algumas salas por aí, mas nada se compara mesmo à experiência IMAX. Fiquei pensando nos R$34 pagos... vale a pena. Claro, escolha o filme adequadamente e veja... fiquei pensando em Matrix, Senhor dos Anéis e tantos outros filmes num 3D Imax...
O filme em si tem uma bonita história sobre coragem, esperança e caráter. Vale também a pena ver em 2D. O diretor Zack Snyder de Madrugada dos Mortos me impressionou, porque ele sabe mesmo contar uma boa história.

Senna - o documentário

Ontem, além de ter visto a Isabella Taviani (sem querer...), fui ao cinema ver Senna. Claro que foi sem querer, também, porque cheguei no shopping e peguei o que dava para pegar. Achei uma boa coincidência ter podido ver esse documentário, que tinha ouvido por cima, e não os outros 500 blockbusters em cartaz. Aliás, nada contra blockbusters, só não tava a fim de ver.

A primeira pergunta que fiz foi por que o filme não foi dirigido por um brasileiro? Talvez por ele ser um ídolo mundial, como é tantas vezes repetido? Acho que esse trabalho poderia ter sido por um brasileiro. Exagero? Talvez...

O documentário não traz nenhuma novidade estonteante, a menos que você não conheça quase nada sobre Ayrton Senna. Achei um pouco exagerado -- como sempre acho! -- a trilha sonora que te obriga às lágrimas. Desnecessário. As cenas são emocionantes por si próprias e a ênfase da trilha sonora eu sempre dispenso. Na sala vi marmanjos, mulheres, senhores e senhoras chorando. E eu também não pude evitar minhas lágrimas quando revi sua primeira gloriosa vitória no GP do Brasil.

Eu gosto de Fórmula 1 por causa do meu pai e por causa de Ayrton Senna. Concordo com os depoimentos de que ele era a única alegria no Brasil, numa época de década de 1990. Lembra? Brasil tinha perdido a Copa, vivíamos recessão e inflação altíssimas. Eu ainda estudava Educação Moral e Cívica na escola. Um pouco depois, tivemos o impeachment do Collor. Tempos duros aqueles... Senna era um alento a um povo sofrido. Foi para mim também. Porque era um motivo de orgulho, ver o hino nacional sendo tocado e ouvido por milhões de pessoas ao redor do mundo.

O documentário também mantém sua linha narrativa em torno da eterna briga Prost-Senna. Mas também ressalta a humildade do piloto e sua preocupação com as crianças carentes no Brasil. Um resumão bem contado de 1988 a 1994. Quase poderia passar num Discovery da vida... mas vamos dar um desconto: a figura de Senna está onde merece estar. E vale a pena assistir e relembrar do melhor piloto que representou o Brasil lá fora.

Luxúria IT - pela Chef Ana Zambelli

Desde que a famosa Chef carioca Ana Zambelli criou uma sobremesa para o menu do restaurante Galeto Mania, eu estava morrendo de vontade de comer. A foto era algo tentador, ainda mais para uma pessoa como eu, que adooora doces. Então você imagina reunir -- em um doce -- o tema luxúria, inspirado na música Luxúria, da Isabella Taviani? Não titubeei, aproveitando o fato que essa rede só tem no Rio de Janeiro e aproveitando que eles inaguraram uma nova filial na Barra da Tijuca!

O cardápio é muito extenso, variado e cheio de sabores que dá muita vontade de experimentar. Mas eu e meu amor fomos no básico galeto e sem arrependimento! Obviamente, minha curiosidade maior era experimentar a sobremesa... perguntamos ao garçom que apenas respondeu sorridente: "Essa sobremesa não pode faltar de jeito nenhum!". De acordo!

A sobremesa é de fato uma Luxúria. Eu achava que, pela foto, ela seria mais doce. Que nada! O bolo americano de chocolate, macio e quente, na medida certa, o sorvete crocante e o chantilly de cereja mais o ganache... não dá pra explicar, precisa comer! Uma delícia mesmo, de lamber os dedos. O menu indica que serve até três pessoas, mas eu como sozinha, sem piedade!

Eu preciso confessar que, a caminho da Barra da Tijuca, pensei: "poxa, poderia encontrar com a Isabella Taviani no restaurante..." desencanei. Achei mesmo que apenas iria encontrar a Chef Zambelli por lá. Nada. Eis que, enquanto esperávamos a Luxúria IT, vejo a Zambelli passando! Fiquei morrendo de vergonha de falar com ela. Mas eis que ela me reconheceu e veio falar comigo. E disse que a Diva estava no outro salão. Não queria incomodá-la, afinal, ali era a pessoa Isabella e não a artista. Mas depois do carinhoso convite da Chef, fui lá. E fui coroada da melhor maneira inimaginável: conhecer o Galeto Mania, comer a Luxúria IT, conhecer Ana Zambelli e rever a mais do que querida Isabella Taviani.

Foi um dia mais do que feliz e inesperado. Assim é a felicidade... nas coisas mínimas -- e cheias de surpresas -- que nos acontecem.

A coragem acima de todas as coisas

Não, não vou falar sobre o Rio de Janeiro, a cidade sitiada. Nem vou escrever o próximo capítulo no meu blogue. Hoje acordei reflexiva na madrugada... junto com as cigarras, com a manhã de sexta nublada e com os restos da chuva da noite passada.

Acordei pensando na coragem, um dos sentimentos quase tão belos quanto a esperança. Talvez porque estejam tão intimimamente ligados entre si. Acordei pensando que nada somos com a vida regada no esquecimento -- que diria estar ligada à covardia. Mas, claro, classificações são sempre limítrofes... este aqui é apenas um exercício de reflexão.

Conversando com minha amiga Sharleu disse a ela o quanto não acho que devemos ser nós mesmos. Quem diria, porque essa sempre uma das coisas que mais defendi ao longo de toda a minha vida. "Seja você mesma" parecia quase um mantra, de tanto que eu o entoava todos os dias. Porém, atualmente, para mim, agora, aquela velha frase "Conhece-te a ti mesmo" me parece uma das melhores frases para ser divulgada por aí.

O que você pode fazer para conhecer a si mesmo? Dar um pulo dentro de si mesmo é um dos exercícios de maior coragem que um ser humano pode se inflingir. Porque pular de bungee-jump é uma destreza admirável, mas e fazer o mesmo pulo dentro da própria autoconsciência? Nesse, às vezes nem mesmo os mais audaciosos conseguem.

Associo essas reflexões à releitura do livro da Ilana Casoy "Psicopata, louco ou cruel?". Associo às coisas que tenho aprendido nos últimos meses e a tudo que vivi neste ano de 2010. Tudo isso junto na minha cabeça... devo confessar: pura adrenalina! Ainda resolvi reassistir todos os filmes do David Lynch que tenho aqui. Eu sei que existe algo prestes a surgir dentro de mim.

Mas sei que posso dizer que estar em absoluto silêncio consigo mesmo é a melhor maneira de ouvir os próprios pensamentos. E aquietar a mente... até ouvir o próprio coração e o silêncio da alma. Você pode se assustar... porque nada nunca parecerá tão corajoso, simples e completo.

O Canto dos Malditos (ou O Bicho de Sete Cabeças)

Revi O Bicho de Sete Cabeças. Longa metragem de estreia da diretora Laís Bodanzky. Acho que a maioria aqui já viu o filme que também lançou Rodrigo Santoro à categoria de estrela. Sem querer, revi Caco Ciocler, que tinha esquecido completamente que fazia parte do filme.

Tive o o privilégio de conhecer Austregésilo Carrano, autor do livro que inspirou o roteiro do filme, senão me engano, em  2007, num evento na Casa das Rosas, em São Paulo, como parte da luta antimanicomial que ele fazia.

Quem me levou àquele encontro foi a minha querida prima Marli. Ela era amiga de Carrano e também por defender as mesmas causas. Foi uma noite memorável... pena eu não ter tirado fotografias. Lembro que as pessoas estavam ansiosas pelo Rodrigo Santoro, mas "apenas" a diretora Laís Bodanzky esteve presente.

Descobri (ou já poderia ter lido, mas tinha me esquecido) que Carrano morreu. Era um homem de personalidade muito marcante, como dá para perceber no próprio filme. Fiquei triste. As coisas pelas quais ele passou, e que são relatadas com impressionante realidade no filme, sempre me fazem pensar nas coisas que estão à margem da sociedade. As coisas que podemos colocar à margem de nossa própria vida. E o que costumamos fazer? Esquecer.

Um dia quero ler O Canto dos Malditos. Enquanto isso, vou pensando sobre esse filme que fica por muito tempo nas lembranças... e sobre como apenas precisamos esquecer para continuar sobrevivendo. Como fazemos isso no mais pequeno detalhe de nosso dia a dia. Acho que esquecer é uma das formas mais fáceis de fingir sobrevivência atualmente.

Deixo a voz grave de Arnaldo Antunes com denso poema:

Capítulo 4.4 - Ilha Grande (RJ): final

Pra não ficar me estendendo muito e apenas em Ilha Grande, vou dar uma resumida geral nos dias seguintes em que ficamos por lá.

Primeiro: o tempo realmente demora a passar. Um dia inteiro parece ter mais de 100 horas. Enquanto você está lá, não pensa em nada. Nada de twitter, facebook, contas pra pagar, celular, internet, busão cheio, chefe chato. Nada disso.

Na Ilha Grande não há carros. Os poucos existentes pertencem à PM, Prefeitura e Corpo de Bombeiros (pelo que vimos). Todo mundo anda de bicicleta ou a pé mesmo. Diariamente existem muitos e muitos turistas. Eu ouvi inglês, francês, espanhol, alemão e umas duas línguas desconhecidas. Isso faz o pessoal ser muito educado (na medida do possível) e solícito com qualquer estranho.

Nos dias seguintes, conhecemos a Praia do Abrãaozinho, após uma meia hora de caminhada (bem lenta) no meio de uma trilha. Fomos também a Praia do Galego e ao Poção. Conhecemos as Ruínas do Lazareto e o Aqueduto do Lazareto. No fim do século XIX uma enorme casa funcionou e as imponentes construções do aqueduto abasteciam de água doce esses moradores.

Deu vontade de fazer uma trilha até a Cachoeira da Feiticeira e ao Saco do Céu (que não sei porque se chama assim). Mas eram quase duas horas de caminhada (íngreme, diga-se de passagem) que exigia roupa e equipamento adequados. Ainda vou voltar lá e fazer essa trilha!

O Mirante da Praia Preta dá uma vista linda... bem, tudo lá é lindo, mesmo em dias de chuva. Pegamos um sábado chuvoso e fomos para a praia assim mesmo! Nenhum arrependimento nisso!

Coisas inusitadas aconteceram no último dia: na Praia do Galego cruzamos com siris/caranguejos (sei lá) e achei interessantíssimo! Teve um momento em que fiquei sentada imóvel, na pedra, e um passou por mim, pena não ter tirado uma foto. Pude ver o "símbolo do signo de Câncer" em ação e devo dizer que foi divertido. Numa das fotos vocês verão que ele lembra o Sirigueijo...

Os peixinhos (tainha, segundo uma mulher) invadem o rasinho da praia, sem muito medo da gente. Diversas formas de mexilhão, ostras moram nas pedras. Fiz alguns vídeos engraçados. Como a mata atlântica ainda continua por lá, vimos alguns macaquinhos, que suponho ser algum tipo de mico.

Pra terminar, o percurso de volta na barca foi uma verdadeira aventura! Pra leigos do mar, como nós, um mar semiagitado com algumas ondas foi motivo pra deixar todo mundo meio tenso e a barca balançando violentamente. Eu confesso que adorei! hehe E ainda fomos presenteados com alguns golfinhos e um tal de peixe-voador, quase chegando em Mangaratiba.

*** O convite para quem não gosta de praia e quer aprender a apreciar: Ilha Grande. Vale.











Capítulo 4.3 - Ilha Grande (RJ)

Primeiro dia de praia se foi com aquela inevitável sensação de... "Meu Deus, por que eu sempre odiei praia???". Era óbvio, visto que as minhas poucas experiências prévias tinham se dado em praias imundas. E desde que eu cruzei com um cocô boiando enquanto me banhava, nunca mais tive coragem de pôr os pés na água do mar. Nem mesmo quando fui a Copacabana (isto foi irônico).

Mas Ilha Grande não é assim. Ilha Grande é... única. Eu e meu amor parecíamos crianças com brinquedo novo. E poderíamos passar dias e dias e dias com esse brinquedo sem enjoar. Porque banhar-se no mar é poderoso, é saudável, é relaxante, é prazeroso... é tudo. Infelizmente, perdemos esse sentido nessas praias porquentas que nós temos. Eu não entro em nenhum outro mar que não tenha essa água transparente que eu vi lá.

De fato, como boa cidade turística E isolada, a comida em Ilha Grande é cara. No mercadinho do Abrãao até que tem muita coisa em conta e dá pra quebrar um belo de um galho. Você ainda encontra uns vendedores de pipoca, vendedores de bolo (com as iguarias mais diversas e inimagináveis, comi um pedaço de bolo de milho cremoso dos deuses!), vendedores de churrasquinho. E é óbvio que eu experimentei tudo, sem o mínimo medo de ter uma dor de barriga. Confiei que os moradores locais não fariam isso com os turistas.

Para comer rápido e razoavelmente bem, tem os restaurantes por quilo. Comemos em três e não vou me lembrar deles agora. Biergarten (acho que é assim) é o mais chiquetoso e caro, por ser natureba e ter pratos diferenciados. Fomos em um dentro do "shopping" (ruazinhas pequenas, arborizadas, compostas por inúmeras lojas) muito gostoso e barato. Também tivemos a péssima experiência de comer em um restaurante chamado Rei da Picanha (all thumbs down). Não vão nele, por favor. Foi o pior rodízio de carnes que já fui em toda a minha vida e me lembrou da importância de ser vegetariana. Ah sim, a vigilância sanitária também deveria barrar um restaurante que serve comida velha e estragada. Blé.
Mas vamos falar de coisas boas. A maior e imensa surpresa são os restaurantes que ficam de frente pro mar, mesas e tendas na praia, luz de velas e música ambiente. Pena que os fumantes imperam -- mesmo em locais paradisíacos -- como praga. Desculpe se você é fumante, mas é um verdadeiro PECADO e AFRONTA estar num local com tamanho ar puro e beleza natural e... fumar. E jogar sua bituca de cigarro no chão. E incomodar quem não fuma! (não se esqueça de que sou ex-fumante, aquele espécime mais chato do que quem nunca fumou!)

Eu queira muito comer frutos do mar frescos, afinal, não há melhor lugar para comer do que na praia. Fomos ao Rei do Camarão. Que surpresa fantástica! Um excelente restaurante e altamente indicado por mim, para quem estiver em Ilha Grande!

Comemos uma moqueca de camarão. Pelo nome parece a coisa mais simples, mas não é. O arroz estava simplesmente perfeito, de tão saboroso e fresco. O camarão, segundo o simpático garçom, fresquíssimo, tinha acabado de chegar. E o pirão? Um verdadeiro orgasmo gastronômico, para os verdadeiros apreciadores. A casquinha de siri então... *suspiro* E o preço saiu razoável para um bom restaurante, gastamos R$95 para duas pessoas, bebidas e 10% incluídos.

Existe também, como alternativa pra sobremesa e pra gastar aquele dinheiro que você economizou não andando de Costa Verde, o Sorvete Finlandês, que fica ao lado do porto. Diz-se que é fabricado em Penedo. Aí, eu fiquei imaginando o sorvete vindo de Penedo, passando pelo Rio de Janeiro, andando de catamarã, talvez passando por Angra dos Reis, para chegar até Ilha Grande. Vai ver por isso é caro (R$4,25/100g). Mas o bichinho é uma delícia que só! Porque sou extremamente criteriosa com sorvetes e é fácil receber um zero meu. Esse é delicioso, porque você não sente a gordura e, pelo contrário, sente os sabores de ingredientes que foram usados muito bem. Experimentei vários e gostei de todos!

Não fiz muitas orgias gastronômicas em Ilha Grande... mas as poucas experiências foram fantásticas. A seguir algumas fotitas para deixarem vocês na vontade! rs