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Cisne Negro - o filme

Ontem assisti a Black Swan. Sim, consegui ter acesso a uma cópia ilegal, porque não pude resistir à ansiedade de vê-lo. Sim, eu sabia que teria acesso a uma obra-prima e, sim, eu não me arrependi e ainda estou em êxtase. (Cuidado se você não quiser saber detalhes do filme antes de vê-lo: aviso que aqui falarei tudo, porque não tinha como não falar. Então se não quiser maiores detalhes, deixe para ler este post depois que vir o filme!)

Quantos espelhos têm o filme! Adoro filmes com espelhos, porque é a dica mais valiosa do diretor que indica uma veia perigosa, na minha opinião: a dos reflexos que refletem entre si. Você já sabe qual é o resultado disso: é como se uma imagem literalmente pulasse dentro da outra e se perdesse dentro de outra imagem, infinitamente.

O filme me parece um álbum de fotografias em movimento. Filmar a belíssima Natalie Portman é um exercício incansável de enquadrá-la num cenário e deixar todos os elementos conversando entre si. É realmente impressionante como ela está no auge de seu talento e, principalmente, de sua beleza. E é impressionante mais ainda como ela é uma excelente atriz! Raras vezes uma atriz consegue me trazer essa surpresa... mas Natalie Portman consegue. E caiu como uma perfeita luva na direção correta de Aronofsky.

Também foi uma surpresa maravilhosa ver Vincent Cassel, Barbara Hershey e Wynona Rider. E Darren Aronofsky acertou a mão novamente. Esqueçamos Fonte da Vida., pra mim, uma ideia linda filmada numa hora errada e de maneira errada. O diretor foi perfeito em O Lutador e agora neste filme. Nessas horas eu gosto de ver quando um diretor sabe contar bem uma história e sabe jogar elementos mágicos nela que apenas poucos olhos conseguem captar!

Eu queria muito discuti-lo com minha filha sumida, porque me parece a matéria-prima ideal para as nossas dissecações. Mas sem ela aqui, sinto que este texto também está pela metade. Vou pincelar sobre a vertente psicológica -- fascinante e perigosa -- que orienta todo o filme. Para quê serviriam tantos espelhos, se não fosse para isso? E a problemática relação dela com a mãe -- opressora, que jogou toda a responsabilidade de realização de seus sonhos nas costas da filha? E a pressão de ser uma bailarina? E o fato de ela ter 28 anos -- a idade do retorno de Saturno? Isso sem querer , mas já mencionando a palavra "esquizofrenia".

O filme parece todo um reflexo do que outras pessoas desejram para ela. E o único momento de libertação maior é quando ela libera todos os lados existentes dentro dela. Catarse máxima de uma quase múltipla personalidade. Não é um filme fácil de ver... mas quem disse que os filmes do Aronofsky são água com açúcar? Eu ficarei com este na minha mente por muito tempo...


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E assim foi a ceia...

Preparada por duas pessoas para duas pessoas. Sem maiores frescurites, mas com muito carinho. Queria, aqui, compartilhar uma receita inventada na hora para um peito de chester. Batizei de "Chester ao molho de especiarias a la Crisão". Apropriado, não? Fácil e delicioso! Segue aqui.

Chester ao molho de especiarias a la Crisão
1 peito de chester
4 dentes de alho amassados
1 taça pequena de champagne
1 colher de café de canela em pó
6 cravos
1 colher de café de curry
noz moscada ralada na hora (o suficiente e a gosto)
pimenta do reino moída na hora (o suficiente e a gosto)
sal a gosto 

Faça delicados cortes no peito para que o tempero penetre adequadamente. Num recipiente, jogue todos os temperos e depois tempere o peito. Eu deixei marinando por cerca de 30 min, o que achei pouco. Para mim, o adequado seria umas 2 horas. Se der, faça isso. Vá virando e certifique de que o tempero entrou em todas as partes "secretas"... rs.

Coloque para assar em forno 240ºC em uma forma coberta com papel alumínio. Depois de meia hora tire o papel e vire o frango umas duas vezes ainda na próxima meia hora. Aí vai depender se você gosta ao ponto ou mais torradinho, como eu. A mistureba de temperos acima resultou num sabor exótico além da conta!!! Se quiser, como sugestão, faça como eu: eu considero a noz moscada o meu tempero favorito! Use e abuse, porque esse tempero nunca falha...



O verdadeiro sentido do Natal

Eu sempre tive uma relação estranha com o Natal. Minha família nunca o comemorou além de um almoço no dia seguinte, sempre na casa de minha avó, juntando parentes, comida e amigo secreto. Todas as minhas lembranças de Natal são essas. Ah, tem também quando lembro o presente que o "Papai Noel" me deu quando eu devia ter uns 6 anos: um relógio digital (mega chique na década de 80) que acendia luzinha e tudo. O cartão do Papai Noel vinha com uma letra tão parecida com a da minha mãe... lembro que depois daquele ano nada seria como antes. rs

Depois disso, sempre veio uma sensação de falta de reconhecimento e pertencimento a um mundo supostamente cristão que vira o total centro das atenções. Lembro que, no Japão, nunca houve fogos de artifício à meia noite e eu lembro que nunca entendi porque as pessoas insistem em gastar toneladas de dinheiro com fogos de artifício para comemorar sentimentos que tão pouco colocam em prática.

Eu sei, sou uma pessoa chata e questionadora que ao longo destes 33 anos nunca entendeu muita coisa nem viu sentido em tantas outras. Mas estamos nesta sociedade e mesmo com essas coisas passando pela minha cabeça, a vida segue, com alegria, esperança e amor, não é assim que deve ser?

Ontem à noite, eu e meu amor preparamos a nossa ceia a dois. O Rio de Janeiro deu um milagroso tempo do calor e pudemos aproveitar melhor as "baixas" temperaturas de 24ºC que fizeram por aqui.

Foi uma noite agradável regada a "O Mágico de Oz" que meu amor ganhou numa belíssima edição especial de 70 anos. Assim (sem as coisas costumeiras que passam na televisão) dá pra reavivar a magia de um mundo tão tolhido de magia e repleto de ilusões. Sim, porque magia é totalmente diferente de ilusões.

Agora estou em mãos com o "Anjo de Vidro" que é um dos meus filmes natalinos favoritos, porque sempre me faz entender o tal do espírito natalino. Algo que não seja apenas encontros familiares vazios, dinheiro gasto, comida saindo pelas orelhas e palavras perdidas no ar e no vento.

Este ano, pelo fato de estar no Rio, foi o ano que meus amigos menos se lembraram de mim para o Natal. Talvez porque eu sempre fui a pessoa que mandava cartões à mão, torpedos e emails. Sinto muito se você, algum amigo meu que caiu neste blogue, leu isto. Eu não mandei essas coisas não porque não tenho sentimentos por você, e nem retribuí seu agradecimento porque sou mal-educada. Não mandei porque preferi fazê-lo aqui, eu e meu coração e minha orações. E não respondi porque tava sem créditos no celular até para receber ligações de SP.

Mas os amigos de verdade são a nossa verdadeira e única família. Não dá para se sentir sozinho. Cansei de ler relatos no Facebook e Twitter agora pela manhã de pessoas se sentindo solitárias. É assim, a ressaca de uma festa pseudocristã cheia de hipocrisia. Tanto amor que as pessoas não conseguem deixar de sentir sozinhas. O primeiro amor está em se amar e se aceitar. O real amor que apenas existe por existir e independente de palavras  fáceis e vazias, lembranças oportunas e presentes falsos.

Amanhã postarei fotos e receitinha da ceia que eu e meu amor fizemos por aqui. Por hoje, fica essa reflexão, num país tão cheio de pluralidades, onde neopagãos e cristãos e evangélicos e judeus convivem...espero que uma única gota do real sentido de tudo tenha -- verdadeiramente -- sido plantada no coração de cada um dos seres humanos.

Sister

Os dias com a minha irmã acabaram. Ela se foi deixando uma saudade como nunca senti... fazia muito tempo que não nos dávamos tão bem assim. E devo dizer que ela fez muita falta nesses anos todos em que ficamos meio longe... espero que não se repita.

Essa música fez a nossa trilha sonora desde os idos de 1996. Em sua homenagem, dear sister, personagem importantíssimo em minha vida!!!

Sumituidade

Há os que dormem e apenas acordam no dia seguinte, há os que dormem e não se lembram dos sonhos e há os que, como eu, dormem, sonham (e muito) e se lembram demais para contar!

Eu poderia começar a postar uns sonhos, coisa que acho que nunca fiz por aqui. Quem sabe? Eu tenho sonhos nítidos dos quais ainda me lembro que datam de mais de uma década. Marcam fases e passagens especiais em minha vida. São sonhos que com certeza me lembrarei por resto da vida.

Bem, o que tudo isso tem a ver com a palavra acima? Eu tive um sonho com essa palavra. Eu tinha certeza de que ela não existia e uma pesquisa básica em dicionários online e uma googleada confirmaram isso. Alguém já leu/ouviu "sumituidade"? Parece a junção de duas palavras, né? Mas no meu sonho significava muito mais que isso.

No meu sonho eu conversava com uma mulher que parecia uma infectologista ou algo assim que analisava casos de dor de estômago. Ela me explicava que tinham descoberto que a tal bactéria não fazia mal ao corpo e o adjetivo para a tal reação que ela causava era "sumituidade". Inclusive, ela não sabia o significado da palavra e procurou comigo no dicionário. Lembro perfeitamente de ver o verbete grafado e o seu significado que ainda remetia a uma ditado como metáfora... mas esse não lembro.

Acordei logo em seguida e fui ao banheiro. Queria anotar o sonho porque -- não sei como -- sabia que ia esquecer o sonho. De manhã, percebi que tinha esquecido mesmo a palavra, ainda bem que foi anotada!

E fica aqui lançada no meu blogue para alguém que se aventure a fazer uma análise semiológica dele. Eu passo. Mas, adorei o sonho, se vale dizer.

Torta/escondidinho de batata com bacalhau

Não, ainda não é Natal mas eu resolvi arriscar uma receita nova, aproveitando que minha irmã está aqui. Ontem foi dia de torta/escondidinho de bacalhau.

Na verdade, eu queria uma torta de bacalhau. Mas foi difícil achar uma receita que fosse fácil e que me agradasse. Eu também não tinha todos os ingredientes em casa e não queria sair pra comprar mais. Por fim, acabei cedendo a essa receita que achei no site do Mais Você. E gostei, viu?

A receita é incrivelmente fácil e com os ingredientes que todo mundo tem em casa, exceto talvez pelo bacalhau. Mas meu amor tinha comprado umas lascas incríveis de bacalhau por um incrível preço e não tinha como pensar numa receita boa com ele. Aliás, quem morar no Rio de Janeiro, a Casas Pedro é o melhor lugar para comprar grãos e temperos. Lá você encontra as raras favas de baunilha, por exemplo, a um excelente preço!

Vamos à receita:

Massa:
cerca de 500g de batata cozida na própria água dessalgada do bacalhau, depois espremida
100 ml de leite
1 caixa de creme de leite
1 colher de sopa de manteiga (usei o restinho da manteiga gee que tinha aqui)
1 cebola pequena picada em cubinhos
parmesão ralado para polvilhar

Recheio
300g de bacalhau dessalgado (24h) e desfiado
coentro, salsinha e cebolinha verde picados a gosto
1 cebola média picada em cubinhos
azeite para refogar

De acordo com as instruções do site, fazer um clássico purê, porém mais cremoso. Refogar o bacalhau normalmente. Montar um refratário com o bacalhau por baixo e o purê de batatas por cima. Polvilhar com queijo ralado. Como o meu purê ficou mole demais, eu achei que tinha dado errado. Mas pensei que aumentando a potência do forno e um tempinho a mais assando, resolveria. Resolveu. Mas se o seu purê não ficar mole de mais, 30 minutos num forno pré-aquecido a 220ºC resolvem. E... fica uma delícia. As três mulheres aqui em casa mataram numa noite só! hahaha

A fonte da inspiração

A querida Alice do blogue Alice's Adventures in Lesboland me perguntou de onde vem a inspiração para eu escrever todos os dias, já que está em bloqueio criativo. Pensei em postar a resposta via twitter, mas achei inapropriado e resolvi criar um post próprio com o tema, por tocar um ponto muito específico em minha vida.

Algo parecido com isso ficou martelando na minha cabeça quando a não menos querida Gabi do blogue De profundis postou essa pequena homenagem para mim, descrevendo -- com a velha precisão sem adjetivos pomposos -- o que achava do meu blogue e o que achava do ato de blogar em si. Devo dizer que criei um blogue por causa dela, já que -- naquela época -- era o único blogue que lia diariamente.

Eu me lembro exatamente do dia em que criei meu blogue, das vezes que mudei seu layout até aprender a mexer, até achar o ponto certo, até achar meu próprio tom. Eu lembro que queria apenas uma coisa: exorcizar meus demônios e combater a minha solidão. Pois 2008 foi um ano de mudanças que não pararam de acontecer até agora. Em 2009 eu estava no auge da solidão diária. Resolvi escolher uma saída diferente e não me arrependo dela até hoje, pois este blogue que vos fala está para completar dois anos de idade!

Naquela época, confesso, tinha certa aversão por blogues e por esse lance de ficar falando da vida pessoal num diário aberto. Blogue não seria isso? Falar o que vir à cabeça (o que pode ser um monte de coisa boa ou um monte de merda) e ter pessoas que gostem de ler isso. Bem... pode ser para algumas pessoas, mas não para mim. Talvez, concorde em um único ponto, e esse mesmo ponto pode ser a resposta para a pergunta da inspiração da Alice: o que vem do coração só pode ser honesto.

Minha coluna no Parada Lésbica não deu certo porque eu tinha que escrever sobre futebol todas as vezes. Isso pode ser bom para quem é jornalista esportivo ou amante aficcionado, mas não para mim. Eu gosto mas nem tanto para escrever assim. E as pessoas começaram a exigir sobre outros temas, que demandariam pesquisa e que eu estivesse constantemente antenada no assunto. Não sou jornalista, não tenho vocação para isso! Portanto, eu não tinha saco pra escrever, não tinha ideias nem inspiração para imaginar o que poderia/deveria escrever. Ainda mais com um público ávido por um texto que seria dissecado e criticado depois.

Eu até pensei em escrever uma coluna sobre Astrologia para o PL... mas nem essa ideia deu certo. O estilo exigido era aquilo que vemos em alguns perfis do twitter (os horóscopos e astrólogos twitteiros). Não. Descobri que nem assim eu seria feliz, porque esse não é o meu perfil. Não sei escrever humor num assunto que considero tão sério e profundo como é a Astrologia para mim. Não consigo falar mal de signos (e olha que já fiz muito isso!) porque somos todos eles e somos nenhum deles. Infelizmente e de fato: não nasci para ser humorista.

Então, perceba, que todas as vezes que surge a necessidade da obrigação a coisa travava, ao menos para mim. O que flui neste blogue? Querida Alice, não sei, viu? Eu sei que escrevo sobre aquilo que mais gosto, do fundo da minha alma, sem máscara nenhuma. Aí eu estou diante de um mar infinito e mais do que infinito de possibilidades. Blogar, para mim, ainda tem algumas regras, como não ficar falando tantas amenidades diárias. Acho importante um propósito. Mesmo que o leitor nem saiba, um objetivo maior construído me parece mais digno de um blogue de verdade. E isso não transparece num post, mas num continuum de posts. Viajando? Pode ser... mas na minha cabeça isso é claro.

Acho que tendo essas coisas em mente e -- principalmente -- sem se sentir presa, Alice, é possível sim ter ideias diárias sem ser redundante ou pedante. Eu foco nessas coisas: manter meu estilo, sem copiar de ninguém. Estilo pessoal de texto me pareceu sempre crucial para chamar a atenção dos leitores. Ser leve e profunda. Escrever com o coração. E ser sempre você mesma, nunca se deixar influenciar pelo que os leitores querem ler, porque você fica escravo dos outros, não daquilo que você defende. Isso, claro, serve para mim.

E, se nada disso adiantar, sem essa de se jogar na praia ou morrer na pia (como uma amiga minha acabou de me dizer por msn). Tem algo que tenho feito e, confesso, tem me ajudado a expandir a mente criativa: meditação. O grande David Lynch diz isso em seu livro  Em águas profundas - criatividade e meditação. Pois é incrível o que a meditação faz com você quando é praticada diariamente...

O sol de Ipanema...

Fazia tempo que estava pra ir conhecer a famosa Zona Sul do Rio de Janeiro, com a devida calma, paciência e tolerância ao calor necessárias... nada como sangue novo (vulgo, minha irmã) para inspirar! Ontem fomos conhecer os cenários naturais de Manoel Carlos e a inspiração para Vinicius de Morais... (devo dizer que, SIM, as mulheres são mesmo MUITO bonitas...)

De fato, a ZS do Rio é outra cidade dentro do Rio de Janeiro. E as praias são lindíssimas mesmo. Debaixo de um sol de quase 40ºC fomos bronzear um pouco a mais pele. A minha cor está ficando totalmente irreconhecível! rs Com coragem, mostro minha cor nova e minhas marcas de biquíni que eu nunca achei que teria um dia! :-O

Minha irmã está adorando conhecer o Rio e eu devo confessar que conhecer o Rio com alguém que não conhece é muito melhor! Meu amor nos tem servido como uma boa e paciente guia turística (ela também não conhecia alguns lugares...).

Para chegar em Ipanema pegue o metrô para a Zona Sul e vá até o fim. Vc vai numa praça com feirinha de artesanato e zilhões de gringos branquelos suando em bicas (vide eu, tb). Pode comer comida baiana de primeira (o acarajé que segue em foto) estava divino. 

As praias estavam lotadíssimas. Reparei que a população gay é maior nessa região, inclusive para alugar guarda-sol e cadeiras. Aliás, se for à praia, alugue. Não é caro e te protege do sol.

Ao final fomos ver o famoso pôr-do-sol do Arpoador. Ainda quero ir lá mais vezes para curtir esse espetáculo sem precedentes. Exceto pela hipocrisia daqueles que batem palmas para o sol, mas gostam de largar todas as bitucas de cigarro, pacotes plásticos, latinhas de refri e cerveja no local, eu adorei a experiência... (sim, sou crítica).

Pra finalizar o dia, ainda fomos ver a árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas. Belo dia... a semana ainda promete! (clique nas fotinhas para vê-las maior)





Trank... com Tati MM's

Aproveitando os dias com a minha irmã aqui em terras fluminenses e até conhecendo um pouco mais do próprio Rio de Janeiro, devo dizer que os dias na vida real são infinitamente melhores do que na vida virtual.

Ontem fomos novamente a Copacabana. E eu não resisti à excelente qualidade do mar, vesti meu biquiní e curtimos muito sol e água morna... E, pela primeira vez em nossas vidas, eu e minha irmã estamos curtindo sol e praia juntas! E descobrimos que nos damos muito bem! Hoje tem mais!












PS: devo dizer que a qualidade da água me impressionou demais, desfazendo totalmente a visão inicial que tive! Embora estivesse bem cheia em vários pontos, ficamos num lugar supertranquilo. Conhecemos um casal de idosos do Japão que insistia em conversar conosco e o nosso péssimo ouvido para inglês (tava quase conversando em japonês...rs). A praia estava limpa, a areia incrivelmente macia e a água de coco que bebemos incrivelmente deliciosa... Rio 40ºC muito bem aproveitado!

Label search: relacionamentos

Sensação retrospectiva 2010. Sorteio aleatório para leitura de tags do blogue: relacionamentos. Veja se perdeu algum capítulo no blogue, pois este ano foi muito profícuo em relação a esse tema!

Quibe vegetariano

Sem mais histórias por ora, vou postar o quibe vegetariano feito especialmente para a minha irmã. Receita surpreendente...

Ingredientes:
300 g de trigo para quibe
150 g de proteína de soja
meia cenoura ralada
1 cebola grande picada bem pequeno
1 colher de sopa de tahine
meia colher de sopa de cominho em pó importado (ia usar Zaatar, mas acabou aqui...)
azeite o suficiente para temperar
1 batata cozinha e espremida

opcionais sempre bem-vindos, mas que não tinha em casa:
- salsinha picada
- hortelã picada
- zaatar

O modo de preparo é muito simples. Deixa o trigo para quibe de molho, a proteína de soja também. Depois juntar tudo e esperar dar aquela liga. A batata cozida, nesse caso, faz esse papel muito bem. Unte uma forma, ponha para assar... E o resultado é fantástico... O pessoal aqui em casa gostou muito.

Eu e os signos de fogo: atração e repulsa

Tava cá eu aqui a matutar alguns dias sobre Astrologia, um assunto tão recorrente em minha vida. Ganhei alguns mapas novos para interpretar e, como de praxe, voltei para olhar o meu círculo. Aquela coisa aparentemente indecifrável... mas que diz tudo sobre mim.

Já falei aqui inúmeras vezes em como a Astrologia tem sido a minha guia desde 2004. E eu comecei com as mesmas perguntas. E eu lembro quando fizeram meu mapa para mim, pela primeira vez, me dizendo que eu era câncer com ascendente em peixes, eu apenas perguntei, ingênua: "O que quer dizer isso?" A mais básica de todas as perguntas.

De 2004 pra cá muita coisa aconteceu, usei e abusei do autoconhecimento e ainda aguardo o sagrado momento de fazer meu mapa astral com A ASTRÓLOGA. Acho que em muito breve isso ocorrerá! Quando acontecer, venho aqui contar para vocês.

Nesse período todo, a gente vai descobrindo as coisas e tirando várias conclusões. Eu não consigo mesmo conviver com signos de fogo. Desculpa então aos meus amigos e conhecidos de Áries, Leão e Sagitário. Eu juro que me esforço, mas percebo que os relacionamentos não são resultados de esforços, não desse tipo. Uma amizade é natural ou não é. Certo? Comigo e os signos de fogo há uma coisa de atração e repulsa muito forte.

Busquei todos os indícios no meu mapa que me sinalizassem isso. Não há segredo. Falei ali em cima que sou canceriana com ascendente em peixes. E, por mais que eu tenha trocentas coisas em gêmeos no mapa (como tenho), chega uma hora que a aguinha câncer-peixes quer refúgio. Quer mais Astrologia na prática do que isso?

Por outro lado, existe um clique mágico entre mim e os signos de água, principalmente câncer. É impossível eu não me dar bem com um canceriano -- conhecidos como tímidos e extremamente retraídos no início. É como se a gente se soubesse, mesmo saber nada de Astrologia, e coisa flui maravilhosamente.

Agora... signos de fogo? Há quem goste demais dessa impulsividade sem medidas, de falar tudo na lata, sem pensar, de dizer, de fazer, de assumir consequências, tudo assim, num piscar de olhos. Fogo faz, queima, vira as costas e te pergunta por que você ainda está no mesmo lugar?

Claro, existem signos de fogo muito adoráveis, e eu conheci vários exemplos. Mas nenhum deles ficou na minha vida pra AQUELA amizade, sabe? Mesmo eu insistindo. Pra eles é perfeitamente normal ir e vir, o passado é uma lembrança e fica lá. Eles gostam do momento, do que é atual e presente. E costumam viver isso com uma alegria incomparável.

Mas quando irritados, signos de fogo conseguem ser mais grossos que todos os signos de terra juntos. Aí, não tem ninguém que o suporte, mesmo um aquariano mente aberta. E é nessas que eu (ou os signos de água) se ferram, porque pra gente cuidado com as palavras é algo essencial, porque a mágoa dura muito tempo, mesmo se você não tiver usado uma frase em intenção. Você deveria ter pensado, antes de falar.

Agora pergunta para um signo de fogo se ele entende esse mecanismo? Pra ele, isso é tão bizarro quanto perguntar por que chove às 18h00 e não às 19h00. Nada a ver. Na cabeça dele, você estará sendo sentimental e perdendo tempo com besteiras. Não que ele até não te acalente depois, mas sem entender absolutamente nada.

Assim, resumo minha relação com os signos de fogo. Eu gosto da calma lenta e confiante dos signos de água e terra. Até me dou bem com o ar fugidio (quando me esforço). Mas fogo... o fogo é só para quem sabe brincar com ele. Eu, nesse caso, não estou na lista.

Qual o preço?

Abro um enorme parênteses antes de começar a digitar qualquer coisa, porque peço perdão, licença e desculpas aos adoradores de Natal e de fim de ano (na verdade, eu nem deveria, mas acho mais justo...): mas me enoja (na falta de uma palavra melhor) essa força que invade a todos descomunalmente, sempre nessa época do ano.

Okay, posso ter acordado um pouco mais agressiva do que a minha melancolia leve de ontem. Eu deveria esperar de todos a revolução cultural que nem eu consigo fazer? Ou, de repente, eu deveria desejar uma epifania repentina que faria todos verem a vida como ela é? Pensando assim, eu contrario todo o conhecimento a que tive acesso até hoje.

Eu sempre apreciei ser uma observadora da vida. Para enxergar os detalhes que passam tão despercebidos por nós. Mesmo agora, alguns pares de anos depois, não consigo evitar não olhar a vida sendo desenhada na minha frente. E conviver tão de perto com certas pessoas me faz ainda mais pensar o que estou fazendo neste mundo.

Definitivamente, eu preciso aprender. Assim como aprendemos desde que nascemos e -- supostamente -- continuamos aprendemos, preciso continuar aprender a ter paciência. Não é mais um mantra, mas é uma necessidade vital.

Pois hoje em dia eu vejo claramente duas opções na vida de um ser humano: ter coragem ou sentir medo. Eu quase que vivo sempre no medo, estou lutando comigo mesma para me ensinar que o medo é a nossa reação instintiva a tudo aquilo que desconhecemos. Tá careca de saber disso? Coloque na prática e verá.

Pois em todas as vezes que vejo o supérfluo me abraçando com tanta veemência, eu vejo que o pior medo não é o de não ter coragem, mas é o de ser engolido pela maré, sem uma única chance de reação. Isso não é triste demais? Simplesmente ser um número qualquer, em qualquer situação? Simplesmente estar no meio de algo, apenas para não estar solitário? Existe pior solidão que esta?

Ainda estou desenvolvendo a minha paciência... tentando ter mais coragem que medo. Porque o preço que se paga por ficar estático, sem nada questionar, é muito maior e muito mais infinito do que tentar e errar. É o preço de se desintegrar, integrando-se à multidão, todos ungidos em uma única gosma e, ainda assim, você se sentir só.

Maurícia

Cariocas não gostam de dias nublados... mas como ainda não me considero carioca o suficiente, eu digo que sempre gostei de dias nublados. Do alto da janela da minha casa, cresci tendo uma visão privilegiada da topografia do meu bairro, era praticamente um passeio de 360ºC. Retratos e mais lembranças que não se apagam.

Mas aí, a gente vira um bicho de apartamento. Mais um ser trancafiado num cubículo climatizado, tentando sobreviver. Eu sinto falta da paisagem, eu sinto falta de olhar pras montanhas. Sinto saudade dessa visão tão privilegiada que não tenho agora.

Não sei porque mas faz alguns dias que ando me lembrando desse nome: Maurícia. Alguém aí já conheceu alguma Maurícia? Pessoa, não a ilha. Pois eu tive o privilégio de conhecer duas nessas minhas andanças pelo mundo. Uma, enquanto estava no Japão. A outra, no Brasil, num cursinho pré-vestibular.
A do Japão era muito simpática... mas uma garota casada muito influenciável que parou de falar comigo (como parte de todas as picuinhas a que fui submetida por lá). A do Brasil foi minha melhor amiga por muito tempo. Acho até que fui meio apaixonadinha por ela, por aquela doçura canceriana que só quem é do signo de água sabe. Ela me compreendia, mesmo sem saber de mim. E mesmo quando soube, não virou as costas. Um exemplo digno. Pena que, com vida casada e duas filhas, nossos destinos se perderam, nunca mais tive notícias dela. E mesmo porque, quando você tem apenas 22 anos, queira ou não, é complicado ter amizade com uma mulher com mais de 40.

Sinto que vou colher mais frutos desse meu momento nostálgico-trancada-num-apartamento. Mas queria muito compartilhar esse primeiro. Enquanto ainda está nublado lá fora e um pouco, aqui, no meu coração.

Torta de chuchu

Okay, acho que nem preciso admitir, mas realmente torta é uma das comidas favoritas. Tortas de todos os sabores, feitas de todas as maneiras possíveis. E descobri que fazer salgados é muito mais fácil do que fazer doces.

Eu queria poder compartilhar algumas receitas natalinas... mas na boa, não tenho nenhuma! Nem ouso fazer panetone em casa. Estava pensando em fazer rabanada, como sugeriu meu amigo Fernando Ramadan. Ainda assim, eu poderia apenas fazer uma pequena quantidade, visto o seu poderio calórico... não é mais fácil comprar pronto? rs

Bem, seguindo a saga "tortas na mesa" fiquei olhando, ontem, na geladeira, os chuchus ficando velhos. Não iria desperdiçá-los (requisito n.1) e fui lá pegar outros vegetais pra fazer companhia pra ele, usando a mesma receita de ontem, postada aqui no blogue.

Assim, troquei na receita as abobrinhas por 3 chuchus pequenos e meia cenoura ralada. E troquei o atum por uma tigela cheia de proteína de soja. Juro que quando terminei de montar a receita eu achei que não daria certo. A quantidade de recheio era maior do que a de massa. Mas, receita boa que é boa nunca dá errado! Ficou uma maravilha... outra dica para os vegetarianos de plantão que acessam o blogue. Ah! Eu também achei que ficaria sem temperos, mas incrivelmente, ficou deliciosa. A proteína de soja quando preparada adequadamente não tem gosto forte. 


Torta de abobrinha

Todo blogue de culinária que se preze sempre começa com a premissa: "Eu tinha umas coisas sobrando aqui e não sabia o que fazer..." e nisso sai uma receita fantástica de tão simples. Comigo, ontem, não foi diferente. Tinha comprado umas abobrinhas lindas que estavam começando a definhar com o calor estorricante de quase 40ºC no Rio de Janeiro. Detalhe: dentro da geladeira.

Aí comecei a montar o cardápio da minha Sis que vem aqui esta semana passar uns dias conosco e fiquei pensando no que poderia fazer com aquela abobrinha, ainda mais apontando o sentimento vegetariano quase total que se apossou de mim. Googleei e achei este site, infelizmente desatualizado, mas que na época postou mais pérolas que quero tentar fazer em casa.

O resultado? Uma torta meio-suflê que não dá pra explicar. Existem aquelas tortas de liquidificador. Existem aquelas tortas elaboradíssimas. Existe esta torta. Esta seria a minha classificação. Eu diria que é impossível errar esta receita, de tão simples que ela é. E o resultado é divino, na falta de outro adjetivo. Pensei em substituir a abobrinha por chuchus. Trocar o atum por proteína de soja. Ainda bem que minha irmã tá vindo aí! Adoro cobaias em casa! ;-)

Bem, vamos à receita:

Massa:
8 colheres de sopa de farinha
4 colheres de sopa de amido de milho
2 colheres de sopa de queijo ralado (adaptações de queijo são muito mais que bem-vindas, mas eu só tinha o clássico madeira ralada mesmo)
1 colher de sopa bem cheia de fermento em pó
4 ovos
1 copo de óleo (usei o de requeijão como medida e se substituir o óleo por um de canola ou o azeite, melhor)
sal a gosto

Recheio:
2 abobrinhas grandes inteiras picadas em cubinhos de 0,5 cm
2 tomates médios picados, sem casca e sem sementes
2 cebolas médias picadas bem pequeninas
1 lata de atum escorrido (que pode ser substituído por frango desfiado. Pensei na proteína de soja e vou testar)
salsinha picada a gosto
sal a gosto

Não acreditei e li várias vezes procurando o leite. Mas aí lembrei que a massa tem muitos ovos. E abobrinha, tomate e cebola solta uma água que só, depois que você corta. Comecei a pensar que daria errado. Mas, não. Siga a receita do blogue lá à risca e não tem erro!

Misture os ingredientes secos à parte. À parte pique tudo e misture. Faça a massa completa e incorpore-a totalmente ao recheio. Sim, nada de camadas, misture tudo! Outro momento de pânico, nunca tinha feito uma torta assim. Siga!

Forno pré-aquecido 240ºC e meia hora assando. O cheiro que sobe e invade o apartamento indica que a torta deu certo! E olha só as fotitas. A duas primeiras foram tiradas com a torta ainda quente. A última eu tirei antes de começar esta postagem, depois de um dia para o outro. Clique na foto para vê-la maior.

É incrivel como a torta é leve, mesmo com aquele óleo que me deu nervoso. O ovo incorporado a pouca massa faz milagres mesmo.




O que vale realmente a pena?

Todas as vezes que me afasto bruscamente da internet, eu sinto que sou mais um ser humano. Seria este um sintoma tão contrário à velocidade destes tempos, no qual vivemos a nossa vida literalmente num teclar?

Pois sempre será bom o contato virtual. Eu seria a pessoa mais ingrata se ousasse dizer qualquer coisa em contrário. Mesmo já fazendo parte da geração internet aos 20 anos de idade (o que pode ser considerado velhice, já que hoje em dia as crianças parecem nascer tuitando e uma criança ter um celular aos 5 anos de idade é a coisa mais normal do mundo, como "antigamente" era ter um carro aos 21), eu nunca poderia dispensar nenhum dos benefícios que a "Word WIde World" me oferece.

Mas quando eu paro e sento e reflito e observo -- de verdade, longe de celulares, notebooks e pcs -- eu me lembro de quem sempre fui de verdade. Quando eu estava lá, com a minha amiga Fabiana, just sipping a cup of coffee, eu me lembro que adoro poder ver a pessoa diante de mim. Como eu adoro poder ver seus olhos, conversar vendo reações, trocando os emoticons por sorrisos e ações de verdade. O abraço real que não seja um símbolo teclado.

Uns dias atrás, andei revendo uns posts antigos, pensando em como meus temas sempre giram batendo e rebatendo entre si. É aquela velha sensação do compositor que sabe que não disse tudo que poderia ter sido dito e fica ali... tentando, tentando, tentando... numa criativa, insistente e solitária tentativa de extrair uma néctar de sabedoria de algo aparentemente encerrado.

Aí eu penso quão tolo é aquele que pensa que encerra sua vida numa teimosia, num orgulho. Pergunte para um idoso (geralmente) ele vai te dizer isso. E, nós, os jovens transformadores do mundo, sempre esquecemos a lição mais simples. Teimar é como escolher por boa e própria vontade bater com a cabeça no muro, porque esta é uma opção pessoal que não deve ser questionada! 

Mas todos -- nós todos -- somos meio assim, né? Esquecemos que aprender é um exercício contínuo e que a humildade é uma das melhores ferramentas. Vamos distribuindo umas culpas aqui e ali pra supostamente aliviar a consciência. Vamos criando máscaras e máscaras e tantas máscaras para mostrar às pessoas que não somos que eu já conheci gente que nem se reconhece mais.

Eu lembro que tive uma grande amiga que se perdeu dentro de si mesma. Uns acham isso até poético, eu acho triste. Porque você pensa que se conhece -- ou até na verdade, se conhece -- mas vai colando uma história aqui, outra ali, mais outra ali... disfarçando a verdade (e querendo se provar que isso é bonito. Você lança frases virtuais de forte impacto pressupondo que este é o seu pensamento -- que pode até ser, mas não é! Desculpe se hoje você, meu leitor, queria um afago. Mas em tempos como o nosso, afago é sinônimo de antiamizade, porque não queremos um acalento, queremos que alguém concorde com nossos absurdos. 

E olha que tem muita gente que concorda!

Mas eu nunca concordei. Sempre me pareceu patético demais evitar a solidão abraçando a mediocridade. Eu nunca me esqueço que a solidão é a minha melhor companhia, porque é nela que eu calo a minha mente e escuto o meu coração. Porque é nela -- e somente nela -- que eu me dispo de todas máscaras e consigo me ver, nua diante de meu próprio espelho -- sem julgamentos.

Pois já basta a vida de julgamentos externos e a vida internética é o que mais faz. Ela realmente te disseca, te interpreta, te julga te condena/absolve como se a vida de todos fosse mesmo um livro aberto. Quem disse que é?

Música do dia - This is love, this is life

Em homenagem ao cara que sempre me salva com suas músicas únicas, uma faixa nova do segundo álbum Greatest Hist que eu vou comprar em breve! ;-) Esta aqui é a favorita das novas: This is love this is life.
These days it seems like there's three sides to every story
There's yours, mine, lately there's the cold hard truth
Who cares who's wrong or right when we turn out the lights?
We'll find forgiveness when we're in each other's arms tonight
It ain't pretty but somehow we always make it through

Cubo - o filme

Ultimamente só andava falando de sentimentos pra cá, sentimentos pra lá... muito mimimi. A inspiração criativa precisa se diversificar, então vamos lá.

Finalmente!!! Com muitos pontos de exclamação, porque isso demorou, eu vi o filme Cubo. Este é um daqueles filme que muita gente ficava me enchendo ao dizer "Você viu?", "Como assim, você nunca viu?". Antes eu ficava chateada quando alguém me dizia isso. Depois, eu mandava todo mundo à merda, porque ninguém tem obrigação de ser enciclopédia, só porque alguns gostam de ser! hahaha

O filme é de 1997, então você imagina que muito antes de Matrix, Clube da Luta, Jogos Mortais e O Albergue existiu esse filme. O filme que provavelmente inspirou um pouco a todos e -- principalmente -- Jogos Mortais. O filme que, na época marcou a geração, mal comparando, como Réquiem para um sonho fez.

O que eu já tinha procurado para comprar esse filme não cabe contar aqui. Foram muitas e inúmeras tentativas... nada em sebos, em loja, pra alguém emprestar. Achava estranho todo mundo falar de um filme que tinha simplesmente desaparecido do planeta Brasil.

Eis que num belo sábado na Americanas do Barra Shopping eu vejo muitos, muitos, muitos exemplares do Cubo por R$12,99. Parecia brincadeira e eu fui conferir até se tratava do mesmo filme. Era sim. Eu não acreditava que finalmente!!!! veria o filme.

No mesmo dia eu e meu amor fomos lá. Jana quaaase odiou o filme. Eu adorei. Achei um roteiro enxuto, cheio de coisas inexplicadas, mas que nem por isso perdem o sentido. Eu já sabia tanto do filme que algumas partes pareciam óbvias. Mas a sensação final é a de que -- de fato -- é um excelente filme para os fãs do gênero e que merece, sim, ser visto! Pena, talvez, para o filme, que eu tenha visto Cubo Zero antes de Cubo. Não faça isso.

De Sagitário à Virgem - minha curta viagem astrológica

Entra ano e passa ano eu vou tentando fazer o mínimo que compete a um ser humano, na minha humilde opinião: aprender e crescer. Porém, com mais humildade, venho aqui falar que os signos de terra são sempre os que mais me encantam, porque são aqueles que -- de fato -- me entendem, com o mínimo de esforço. Porque compreensão real não é apenas afago na cabeça, é a atitude certa na hora certa, a palavra certa na hora certa.

Os signos de fogo sempre serão os primeiros a se prontificar para qualquer tarefa. Sempre! Solícitos, gostam de pessoas com atitude, e sempre apoiam quem está disposto a fazer em vez de esperar. Você pode estar sem falar com qualquer signo de fogo por décadas. Quando voltar a falar com ele, será como se a despedida tivesse sido ontem. Ele será sintético ao contar as façanhas feitas, as atuais, a serem conquistadas. E te dá a mão com uma boa vontade de encher o coração!

Neste fim de ano, tive de recorrer ao signo de Sagitário, na mais irônica das ironias, para dar uma alegria à minha vida. Astrologicamente, meu MC (meio do céu) é em Sagitário e eu resolvi com todas as minhas forças jogar minhas energias e meu ímpeto nele. Claro que tal atitude teria consequências. Considerando minhas inter-relações com gêmeos e toda a água que me transborda (atualmente sou câncer com ascendente em peixes duplo e lua em escorpião) eu mesma criei meu molotov pra beber. E, como é de meu feitio, bebi com muito gosto!!!

Nas duas últimas semanas, especialmente esta semana, tive uma crise de loucura virtual. Os contatos que sabem! A "torrente de sentimentos" agora parece um retrato em sépia na parede das minhas memórias, onde jazem tantas outras lembranças. Ainda não chega a ser totalmente engraçado, porque é muito recente. Mas não vai demorar muito pra eu rir. Como a vida exige! A vida não quer que a gente fica patinando no mesmo lugar, num ritual sádico que supostamente nos deixa feliz. Quer dizer, pode até deixar algumas pessoas felizes. Porém -- e apenas depois disso -- quando o tempo passar é que ela vai saber.

Aonde o signo de Virgem -- o mais insuportável de todos -- entra nessa história? A presença virginiana (ou a sua ausência) é o que mais me guia. Não posso me esquecer que estou literalmente cercada de terra -- o signo da presença constante, do apoio leal e inquestionável, da razão e do pensamento cuidadoso. Então fica a dica pra certos perfis: os melhores amigos para aqueles que precisam de certezas, unicamente, é terra (capricórnio, touro, virgem). Cada um à sua maneira costuma honrar muito bem o desafio de ser constante sem ser pedante, a eficácia com quase perfeito equilíbrio, a confiança quase que inabalável.

O capítulo de amanhã é totalmente desconhecido... mas eu sei bem por onde ir, dependendo que precisar. Menos autoajuda e mais ação. Menos drama e mais coragem.

Da loucura à poesia

Sabiamente, a querida Claudia Bertrani acabou de me dizer isso. E eu fiquei pensando nisso. Decerto -- e muito decerto! -- as pessoas do signo de terra são as que me conhecem melhor, mesmo até quando não deveriam, no caso, o fato de sermos "amigas virtuais".

Dias atrás, postei que andava sozinha e que conversar com as pessoas por msn me fez um bem danado. Não nego! Mas eu sou aquela das antigas, sabe? Aquela que gosta de sentar com um suco, em um café qualquer, olhar nos olhos... fazer leitura corporal. Sentir a energia. Isso, sim, é a realidade!

Mas, não sei porquê, nos acostumamos com o virtual, com o comodismo de mal levantar o dedo pra clicar no mouse e ver a carinha do outro que tuitou algo pra vc ou que "te curtiu" no facebook. Ah, valha-me lá, gente, isso é vida??

É parte dela, sim, mais uma vez, não nego. Eu não quero aqui, com minha sã ignorância querer destituir a globalização de seus benefícios. É muito delicioso poder conhecer pessoas do Brasil inteiro através de uma tela do computador. Pessoas como a Xará (Cris Barufi), ou a gaúcha geninha Michelle Lange. Amigas de Recife, Paraíba, Salvador, Minas Gerais... onde tudo seria mais profícuo e rápido assim?

Porém, precisamos -- e muito -- do téte a téte que nunca pode ser substituído. Porque não somos simplesmente alguém esperando alguém postar algo pra você. Isso pode satisfazer, mas é um alimento pobre. E precisamos sentir o perfume -- que pode ser bom ou ruim -- que vem da pessoa. E precisamos saber como ela segura o copo e os talheres. Observar aonde os olhos direcionam quando ela fala. Conhecer seus trejeitos e seus tiques nervosos. Saber qual lado do pé a pessoa força mais ao andar. Ver os perdigotos saindo da boca, enquanto fala.

Eu gosto disso! E por sentir tanta falta, tenho me sentido total escrava desse mundo virtual que muitas vezes não corresponde às suas expectativas! Injusto? Muito pelo contrário! É o que ele tem pra oferecer, assim, fácil e imediato, como uma esmola sentimental. Mas a vida real ainda é feita das pessoas que tocamos, mesmo que seja de vez em quando!

Por isso, vou sim, encontrar com meus amigos na minha próxima ida a SP. Quero saber como todos estão, quero contar das agruras e das alegrias. Quero ver as roupas que vestem, quero ver os olhos, o cabelo, a vontade, a ausência! Porque, a triste ironia do mundo virtual é que você nem lembra mais o que escreveu. Você nem salva o histórico de suas conversas. Eu acabei de apagar todos os meus! E a vida, assim, se apaga, com um simples clicar? Ela começa com um clique e termina no clique seguinte?

A vida cheia de cores e aromas e sensações não poderia nunca se restringir a isso. E apenas cabe, a cada um de nós, saber dar o devido valor, saber o real sentido, saber os pesos e medidas. Não é difícil. Conheço e conheci pessoas totalmente trancafiadas no mundo internet, incapazes de interação social mínima. Conheço pessoas que se mostram tão simpáticas no mundo virtual, mas que na vida real são insossas e caladas.

Nada disso é novidade. O que será sempre novidade é: o que você quer pra você? Se nesses dias que se passaram, eu tive meu surto louco no twitter, agora sigo por aquele caminho que nunca deixou de me acolher tão bem: a poesia! Me acompanha?

Música do dia - Two story town

Bem poderiam ser trocentas músicas... mas ontem à noite revi o dvd do Bon Jovi - Crush Tour e lembrei de como gosto dessa canção (bem, alguém me diz qual música do BJ eu não gosto? rá): Two story town serve bem para ilustrar o atual momento em que me vejo: meio testemunha da minha própria vida, meio testemunha da vida.

Fora que essa música, do ano de 1999, tem um significado todo especial para mim. Ano difícil aquele... descobertas e redescobertas. Muitas caminhadas solitárias na região da Saúde, pensando em como tudo poderia ser! Suspiro... como a gente cresce e aprende!

Reouvindo essa mesma música, uma avalanche de sentimentos me acometeu (coisa normal para mim, nos últimos dias, né?). E essa música mais do que nunca pareceu perfeita.

ps: nem mil vidas podem agradecer ao Bon Jovi por todas as letras que ele escreveu...
I couldn't sleep
Took a walk down 2nd Avenue
Sick of dreaming dreams that never come true
One way street and I know where its leading to
(...)
One shot to make a move now
The ghosts are calling me out
And me I'm just one story
In a two story town
But you're never gonna find me in the lost and found
(...)
It's just the same old sights and the same old sounds
I’m gonna take my horse and ride him off this merry-go-round
I won't give in and I won't back down

A torrente de sentimentos - parte 2

Não. Isso nem é capítulos continuados de uma suposta novela que eu teria criado. Nasci com certas dificuldades naturais e por mais que tenha até aprendido técnicas, não consigo ir além da teoria. Escrever romances capitulados é uma dessas grandes dificuldades.

Mas eu hei de convir, mesmo contra a minha racional vontade que, ultimamente, meus relacionamentos pessoais andam conturbadíssimos. Além de ouvir as histórias mirabolantes, eis que me vejo até como personagem central deles, espelhado diretamente dos filmes que mais adoro... A vida não é irônica?

Como sempre, gosto de tirar proveito de tudo. E se Augusto Cury diz que sábio é aquele que aprende com o exemplo dos outros, devo admitir que estou desvirtuando até o conselho de minha mãe, que sempre me disse, desde que me lembro, que devemos aprender com o exemplo alheio. Meu lado racional me diz "por que?" e meu outro lado apenas suspira "c'est la vie".

A despeito de tudo, devo dizer que estou sobrevivendo bem. Para coroar um ano cheio de loopings, quedas em 90º e parafusos psicodélicos, eu decidi fazer piada de tudo! Porque ser chato, dramático e pedante... ninguém merece. Estou aproveitando o trânsito de Sagitário no meu mapa pra ver otimismo em tudo, uma alegria e uma esperança indevidas, que chega quase a ser pecado, diante da situação em que me encontro!

Eu lembro que tinha rascunhado um post sobre minha "retrospectiva 2010". Pfff. Larga disso. A minha vida é esta, ligeiramente desenhada neste blog e sabida pelos amigos íntimos. Isto basta, não é? Minha sanidade mental mantém razoavelmente lúcida e é isso que eu quero focar, quando vejo tantos sinais bons à minha frente!

Pra terminar, vou contar a brevíssima (e anônima) história de uma amiga que não sabe o que escolher e ama quem não deveria amar... e até ama quem está ali. As histórias... aaaah as histórias. Elas são mais iguais do que poderiam ser. Nos filmes, nos livros... na vida real. Observando, vendo e vivendo... vou caminhando. Bora.