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Capítulo 4.2 - Ilha Grande (RJ)

Na manhã em que iríamos pegar a Barca para Ilha Grande, acordamos cedo. Tomamos um café na padoca da esquina e compramos as passagens: R$6,50 durante a semana e R$13,00 aos sábados, domingos e feriados! Me admira sempre o jeito bom das pessoas de ganhar grana fácil!

O percurso todo dura cerca de 1h30. Sim... muita coisa! Não me lembro de ter estado em alto-mar antes, é delicioso! A maresia, a barca se mexendo pra lá e pra cá (os mais sensíveis devem tomar Dramin). No meio do caminho vi cargueiros gigantes com escritos da Korea. Pensei naquelas guloseimas deliciosas e nas tralhas todas vendidas nas 25 de março e Uruguaianas da vida. Também vi um iate bonitão.

Ao chegar em Ilha Grande, as pessoas sabem que você é um turista e que, necessariamente, traz algumas coisas consigo: dinheiro, muito dinheiro, vontade de gastar, necessidade de lugar pra dormir e de lugar pra comer.

Ainda mais eu -- sendo japa -- tenho etiquetas indeléveis de um fama que nem sempre quero ostentar (principalmente quando meu lado leonino tá tímido). Mas eu fui a única japa em quase todos os momentos em que estive lá. E mesmo se não fosse, as pessoas sempre querem te empurrar alguma coisa... normal. Então, quando chegar lá, você (ou não) passar por isso. E pode gostar (ou não).

Há de se ressaltar que em nenhum momento minha privacidade (que tanto prezo) foi invadida. Os funcionários, os moradores... todos. Em alguns estabelecimentos, o atendimento não era exemplar, mas também não foi péssimo em nenhum momento.

Descer da barca foi mágico, porque eu estava ansiosíssima para ver a água. E é surpreendente!!! No cais, a água da praia é apenas... transparente. Sim. Transparente. Eu estava morrendo de vontade de colocar meu bíquini (ops, eu disse isso?!) e mergulhar (ops, eu nem sei nadar!). Nada importava, nem o fato de nunca ter vestido um biquíni (sim, particularidades minhas) e não saber nadar.

Fomos a pousada, check-in, deixamos as coisas, trocamos de roupa e perguntamos à simpática Cíntia qual era a praia mais perto para ir. Ela disse Praia Negra. Fiquei curiosa imaginando por que ela se chamaria assim. As fotos ao final do post mostrarão porquê.

A pé, previamente munidas de bolsa térmica com água, cerveja e uns petiscos fomos. E nunca em toda a minha vida me surpreendi com um cenário natural tão lindo!!!! De encher os olhos. Tudo parece simetricamente perfeito, ainda intocado pela ação humana.

Ao longo das pequenas e várias caminhadas que fizemos, descobrimos que Ilha Grande já foi lugar para ricos empresários do açúcar morarem, já foi hospital e presídio na época militar. Agora é "apenas" um paraíso, como vocês podem ver nas imagens...





Capítulo 4.1 - Ilha Grande (RJ)

Novembro de 2010. A despeito de toda a correria que minha vida estava, eu e meu amor fizemos uma pausa para as suas férias. Destino? Ilha Grande, Rio de Janeiro.

Se você olhar no mapa, Ilha Grande (que é mesmo uma ilha... grande!) faz parte da cidade de Angra dos Reis. Eu não me lembro de ter estado em outra ilha que não fosse o Japão. Mas ao contrário do país, Ilha Grande realmente está isolada de tudo e conta com uma infraestrutura simples... como a de uma cidade do interior.

O principal acesso são as barcas, vindas principalmente de Mangaratiba. Aliás, foi por essa via de acesso que nós viemos. Se um dia quiser ir à Ilha Grande, não pegue um ônibus da Costa Verde, a menos que não queira trabalho para se locomover (certas pessoas quando viajam, são assim, ainda mais com algumas malas a mais). Vá cortando pelos meandros, dá muito certo, sem maiores problemas! Você gasta cerca de R$15 para ir contra os R$52 da Costa Verde. Com a diferença dá pra tomar sorvete! ;-)

Esse foi o caminho que fizemos. Fomos até Itaguaí, daí para Mangaratiba, daí para Ilha Grande. Porém, antes, uma pausa. Pernoitamos em Mangaratiba porque a Barca sai muito cedo e em apenas dois horários: 08h00 e 17h30. Ou seja, no fim das contas, fica a seu critério vir de Costa Verde ou não, dependendo de onde estiver vindo também. Eu confesso que ter pernoitado em Mangaratiba foi uma experiência magnífica.

Conhecemos a cidade em cerca de 1 hora. Sim. E andando. Tudo se encontra no centro, da prefeitura à câmara dos vereadores, a igreja, a escola, o hospital, o necrotério, o mercado, as pousadas e os pequenos restaurantes. Comemos um cachorro quente na praça central e ficamos curtindo o mar. Que estava sujo, infelizmente. Tomamos sorvete na orla e ficamos conversando.

O tempo passa muito lento enquanto você está nesses lugares. As pessoas vivem e sentem o tempo de outra forma. Essa percepção inicial apenas iria mais e mais se confirmar ao longo dos dias.










ps: caso não tenha ficado claro, as duas fotinhas acima são de Mangaratiba. Uma, com a vista da praia. A outra, de uma rua, perto do centro. Gracinha...

Capítulo 3 - Twin Peaks

Hoje, domingo, finalmente eu e meu amor conseguimos terminar de assistir à série criada pelo Mestre David Lynch "Twin Peaks". Há alguns anos, quando saiu a edição definitiva e dourada (lindona!) com as duas temporadas, corri e comprei. Assistir já é outra história...

Sou devota do sr. David Lynch, meus leitores já sabem disso. Mas assistir a 29 episódios de 45 minutos cada demora... e conciliar que duas vontades, dois estares ao mesmo tempo em cada um dos episódios fez com que eu levasse uns dois anos para ver tudo.

Ok, isso já passou. Agora, as considerações. A série oscila... principalmente nos capítulos em que não é dirigido ou por Lynch ou por Mark Foster, isso fica nítido. No meio da segunda temporada, quando a coisa engatilha, volta a ficar meio enrolada. Acho essa mania péssima, principalmente para roteiristas que não vivem dentro da cabeça de Lynch. Ou que vivam para agradar patrocinadores ou seja lá quem for que não o seu próprio criador.

Tudo bem... tirando tudo isso, vale cada segundo ver Twin Peaks. Você vê sementes preciosas que serão trabalhadas em A Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos e até culminar em Império dos Sonhos. Claro que minha obra preferida continuará sempre sendo Cidade dos Sonhos, que consideraria, pretensiosamente falando, um meio termo entre A Estrada Perdida e Império dos Sonhos.

O que mais gosto nos trabalhos de David Lynch é sempre mostrar que o que os olhos veem é apenas a superfície. Existe sempre mais e muito mais... em lábios vermelhos, em olhares lânguidos, em bucolismo, em luzes azuis e cortinas vermelhas, em xícaras de café... e em sonhos. Sempre os sonhos, o inconsciente, a intuição, os sinais. Grande David Lynch!

Os atores formaram um ótimo time, tirando alguns que por mais que se esforcem, não produzem carisma no espectador. Kyle Maclachlan é fantástico e -- não à toa -- foi até conisderado alter ego de Lynch (assim como Laura Dern é a musa dele).

Bom para saber, é preciso ver. Não sei se é fácil de achar, talvez seja fácil de baixar.  Agora estou vendo o "Twin Peaks - os últimos dias de Laura Palmer" e começarei a ler o livro "O diário secreto de Laura Palmer" -- ambos presentes da minha filha. Demais para pessoas comuns? Talvez. Mas nunca é o suficiente tentar adentrar um pouquinho o universo de David Lynch.

Capítulo 2 - andando em grupos

Quem me conhece um pouquinho sabe o quanto tenho aversão a andar em grupos. Bem, mas como todas as aversões que -- invariavalmente -- me causaram problemas, estou tentando resolver este. 

O que não gosto do andar em grupos é porque as pessoas pensam igual e, na minha modesta conclusão, não raciocinam muito. Mas nem toda a regra é geral e nem todo mundo pode receber a mesma regra.

Claro, também, que com isso não vou forçar o meu lado psicopata (não, não tem NADA a ver com a vontade de querer matar alguém). Pra falar a verdade, eu acho que sempre forcei as coisas em mim até que elas dessem certo. Tentar ser psicopata era uma dessas... hehe.

Então, primeiro parei de usar etiquetas e denominações: as pessoas surpreendem, não? Parei de usar os olhos viciados e tento usar os olhos da alma: essa é difícil, porque somos seres que adoooram julgar.

E me joguei nos testes da vida. O mais interessante nisso tudo é que as maiores lições que precisamos e devemos aprender estão justamente naquele caminho abandonado, que mais te irrita. Não se force a ponto de você realmente desejar matar alguém... mas se vc acha que precisa mesmo mudar algo em você, faça isso.

Estou numa maratona pessoal revendo alguns filmes de psicopata bons que tenho aqui. Juro que gostaria de escrever posts e mais posts mas devo confessar que esta semana não estou muito inspirada para escrever. Me forço o exercício, mas sinto que meus textos não estão ainda bons... enfim.

Lição deste capítulo: nunca deixe de tentar aquilo que você mais odeia. Você pode descobrir que não odeia tanto assim...


Capítulo 1 - os aniversários que (não) esqueci!

O tempo de ausência tem seu preço e suas consequências... passou-se o período dos aniversariantes de Libra, adivinhe qual o signo seguinte que me esqueci de esquecer??? rs ESCORPIÃO.

Não conheço muitas pessoas de escorpião. Mas, como precisa ser quando se trata desse signo, conheço poucas... e pessoas que se tornam cada vez mais especiais com o passar dos anos!

Para não dar brigas, farei por ordem cronológica:


26 de outubro: a queridíssima Karina Perna fez aniver... companheira #DT!
27 de outubro: Miguelson! Ah meu amigo querido... 
05 de novembro: NilceR! Minha atriz favorita que cada vez mais vai brilhar!
11 de novembro: Regiane Miyashiro... aquela que conheço "desde" 2001. Precisa mais nada.
15 de novembro: Lilian Aquino poeta linda e fofa... num me esqueci de você!


Os escorpianos? Bem, os escorpianos... evita falar defeitos (porque eles não têm) e ressalta as qualidades. Se no começo é uma coisa meio desconfiada, olhares de lado, provas genuínas de caráter... com o tempo adoça e tempera na medida certa. Adoro cada um de vocês.

Voltando ao mundo material...

No últimos dois meses muitas coisas aconteceram na minha vida. Muitas coisas que ficaram longe de serem relatadas aqui no blogue, porém que ficaram fortemente marcadas em mim.

Bem, primeiro, agradeço a cada um dos leitores que não deixaram de visitar este cantinho, mesmo quando não havia sinal de post. Meus queridos e fieis (conhecidos ou anônimos) leitores. Prometo compensar com bons textos!

Segundo, a longa pausa se deveu a um problema de saúde na minha família. Não entrarei em mais detalhes por preservar a minha intimidade. No entanto, saibam que está tudo nos eixos, tanto é por isso que estou aqui novamente!

Por fim, estou com muitas novas reflexões. Das espirituais e existencialistas ao meu velho e bom gosto por serial killers! Hahaha! Para quem não sabia, eu sempre tive uma fixação positiva por esse tipo humana. Obviamente, estou longe de ser uma especialista... mas tenha certeza de que aprendi bastante!

***

Hoje está um fim de tarde chuvoso aqui na cidade do Rio de Janeiro. Adoro esta cidade -- sempre tão barulhenta --, silenciosa sob nuvens negras, friozinho e chuva. Nos faz lembrar que em meio ao tumulto do dia a dia, é apenas no nosso silêncio que tudo faz sentido e que mais conseguimos ouvir o que precisa ser ouvida: a voz da nossa alma.

A partir de amanhã começarei um "pequeno diário" desse longo período de ausência. Espero que gostem, pois tenham certeza de que eu amarei!

Mais e mais ausência..

Acho que na semana que vem coloco minha vida nos eixos... tô precisando disso e de muita coisa. Vambora!

Mais ausência...

e tanta coisa acontecendo na minha vida!!! Em breve vai normalizar... e eu postarei tudo. Obrigada por quem nunca deixa de visitar este cantinho, mesmo que abandonado.

Minha ausência

Estes dias eu fiz uma daquelas "viagens". Sem classificação, quase impossível de explicar. Mas certas coisas na vida precisam ser feitas com mais esforço. Esta será uma delas.

Fiquei longe da vida da internet. Confesso ter sentido um pouquinho de falta. Mas devo dizer que essa ausência mostra algumas coisas (como sempre mostrou): a vida real é incomparavelmente melhor que a virtual. E a vida virtual apenas existe porque a real existe -- e não o oposto.

Aprendi muitas coisas nesses últimos dias. Confesso que queria (ainda quero) ter me encontrado com tanta gente... mas cadê dinheiro e tempo? Acho que, no fim, vou ficar devendo me encontrar com todo mundo. Eu detesto ter de escolher... mas a minha vida -- neste atual estágio em que ela se encontra -- precisa ter medidas. E eu vou escolher as minhas medidas. Precisarão ser mais firmes do que todas as escolhas que fiz até hoje!

A quem não está entendendo patavinas, apenas digo: para algumas pessoas, o Universo faz seu chamado várias vezes, pacientemente. Para algumas outras, ele nunca faz. Para outras, ele faz apenas algumas vezes. Esta é a minha vez. Chegou a minha hora.

Filmes de terror - parte 1

Como ando sem muita inspiração psicológica para escrever, nada melhor do que falar de filmes de terror... um dos gêneros que sempre adorei!

Quando me perguntam por que gosto,  posso dizer que é porque ele trabalha com o sobrenatural, mesmo comicamente, tenta explicá-lo. Fora isso não precisa mais explicação! rs

Ultimamente a cinematografia mundial anda carente demais de filmes de terror decentes. Acho que todos os temas estão mais do que gastos. Enveredar por suspenses psicológicos, como A Orfã, ainda é uma saída. Mas esse filme NÃO É um filme de terror de verdade (se alguns quiserem considerar, ok). O Orfanato, por exemplo, é um filme assustador. Mas medo não é apenas o intuito de um bom filme de terror. Ele precisa ter coerência e trabalhar muito bem (fora explicar) o desconhecido. Atividade paranormal é legal, ok. Mas parece ser americanizado demais... guardadas as proporções, parece um documentário estendido de um Discovery Channel sobre casas mal-assombradas.

Para mim, um bom filme de terror é aquele que deixa imagens que demoram para sair da sua cabeça. Aquela coisa que você acaba pensando (e não deveria) antes de dormir e fica com medo de acordar e acender a luz. Você pensa: "Será possível?". Sim, é possível! rs

Dois filmes me fizeram pensar assim. Por coincidência, são japoneses e são do mesmo diretor. Aliás, devo dizer que a cinematografia oriental (incluindo chineses, coreanos, tailandeses e japoneses) dá de mil na ocidental. As ideias estão gastas demais por estes lados. E os orientais com suas ideias (básicas, por sinal) de reencarnação e vida após a morte fazem bonito. Ou melhor, fazer um produto bastante assustador.

O filme n. 1 comentado de hoje é Reincarnation (no Brasil, Almas Reencarnadas) do Mestre Takashi Shimizu. Revi-o ontem e me lembrei porque gosto desse filme. A história de um pai que mata a família inteira é chocante (como já tinha (quase) sido em O Iluminado). Mas ok. Não vou comprar Kubrick a Shimizu, nada a ver.

Este filme, logo no início, tem uma das cenas mais aterrorizantes que eu já vi. Simples, sem barulhos (coisa que odeio em filmes Ocidentais). E é isso que gosto dos filmes do Oriente. Shimizu, criador do famoso O Grito, consegue se superar e fazer um filme que não lembre os clássicos cabelos pretos escorrendo de tudo pra quanto é lugar. E surpreende.

Não vou dar spoilers porque acho isso feio. Porém, preciso dizer que construir um filme dentro de um filme pode parecer a ideia mais simples depois de pronta e executada. Não é. Shimizu teve a simples ideia e executou-a bem. Com os upsides-down na medida certa.

Vale assistir, viu? Mas apenas se for fã desse tipo de gênero, porque esse dá medo. E compre o filme, viu?! Esse é daqueles que vai de baciada a R$9,90 na Americanas. Parece desvalorizar, mas é um tesouro escondido, na verdade.

Roussian roulette

Olha que distraída, peguei essa dica e resolvi checar pra não falar mal sem ouvir...e não que essa música é boa?! Adorei a batida. E a letra... rs

Vídeo em homenagem a IT

Okay...okay... talvez alguns de vocês não aguentem mais eu falando de Isabella Taviani e tal. Juro que esta será a última vez. De hoje? hehe

Este post é simplesmente para mostrar um vídeo feito pelas Demônias Twitteiras. Uma simples homenagem, mas feita de coração. Barufi Produções como sempre, caprichando. E eu colaborei com uma parte do texto (pra ser mais exata, a do início e do fim). Emocionante... Pra quem quiser ver a minha foto, adiante até o 4:50, e verá a foto tirada pela amiga Pê, que estava lá no Tom Jazz.

Eu não vou dizer nada

Na minha modesta opinião, a música abaixo é tirada do último bom (e decente) álbum lançado pelos Titãs. Saudade do bom e velho rock and roll que eles sabem fazer... (okay Sacos Plásticos é até interessante... mas nhé).

Mais do que procrastinar, sabotar-se.

Ultimamente o que tenho mais reparado é a necessidade visceral das pessoas se sentirem culpadas. Para e repara. Não veja apenas, observe.

Tem pessoas que gostam de ficar enrolando... a coisa vem, vai. E o que fica? A pergunta: "Que arrependimento, por que não fiz?".

Na boa... não tenho paciência para isso.
Tem pessoas que sentem prazer na lamentação. Taurinos, sorry to say, mas para mim vocês são os campeões. Se nós, cancerianos, gostamos demais de ser ranzinzas, vc gostam de lamentar o ido, o atual e até o que nunca foi feito. Eu chamaria isso de... prazer masoquista.

Para algumas outras, digo e penso: não coloque impecilhos para fazer alguma. A coisa mais fácil de se fazer na vida é colocar impecilhos. De uma preguiça básica a um característica de personalidade, os obstáculos vão sendo enfileirados para que as atitudes nunca aconteçam.

Não deixe de fazer as coisas que você sabe que precisa fazer. As oportunidades vão sendo perdidas. Uma vida inteira de lamentações e "se eu" acumulam-se. Não se sabote. E não veja este texto como um de autoajuda. Porque todos nós somos um pouco assim às vezes.

Groovin' in the midnight

Canção em homenagem às últimas madrugadas...

O que você faria antes de morrer?

Isso parece tema e título de filme, mas não. Li esta reportagem no site do Terra e me emocionei muito. Veja aqui.

Não é assunto novo nem nada que alguém já não tenha feito antes. Mas, como tudo é sempre questão de momento, li e me emocionei agora. Pensei nas barreiras tão limítrofes entre vida e morte (que para mim, não existem) e pensei nas coisas que deixamos de fazer em troca de tantas e tantas escolhas.

Até os mais céticos devem convir que se a vida é o momento, devemos vivê-lo intensamente. Deixar as mágoas de lado, aceitar e perdoar. Três ordens primordiais na minha vida.

Hoje não estou muito inspirada... mas desejo a todos essa boa leitura e um ótimo começo de feriado!

Feliz aniversário, Isabella Taviani - e outras coisas

Sempre falo (e sempre falarei) que aniversário é data sagrada, ano novo que começa, ciclo novo no ar e chances de tentar -- mais uma vez -- fazer tudo de novo.

Hoje é o dia da querida Isabella Taviani fazer aniversário. Apenas queira te desejar o que já disse por twitter: "Toda sorte, saúde, felicidade, amor, alegria e escolhas corretas. Que o Universo SEMPRE conspire a seu favor!!" Porque coisas boas sempre acontecem aos bons de coração!

***
Este dia novo também está sendo especial. Como nunca fiz em toda a minha vida, minhas decisões e meus pensamentos estão sendo unicamente (na medida do possível, claro) guiados pela minha intuição. Se às vezes pode dar medo, insegurança, tenha certeza: os resultados são sempre os melhores. Ouça a voz interior... sempre.

Bon Jovi no Brasil - IN THESE ARMS

Eu amo essa música. Inexplicável dizer. Mas quando ele diz: "Baby I want you like the roses want the rain. Baby I need you like the poet needs the pain" eu sabia que amaria essa música para sempre.

Eis o vídeo super simples que fiz ontem... arrepio toda vez que vejo!

Bon Jovi no Brasil: EU FUI!

Luzes se apagando... aquela expectativa de horas, de dias, de semanas, de meses, de anos... foram mais de QUINZE ANOS esperando ver essa banda tocar ao vivo. E foi assim, minhas lágrimas escorrendo sem parar, um choro soluçado, sem testemunhas. Eu FINALMENTE estava vendo Bon Jovi ao vivo! Não conseguia acreditar!!!

Nos primeiros acordes de "Blood on Blood" eu comecei a chorar. E foi assim ao longo de quase três horas de show. Eu não conseguia acreditar que estava ali, testemunhando a minha banda favorita de todos os tempos!!! Ainda não acredito que estive lá, que tudo veio e tudo foi.

Eu sou fã assumida. Todo mundo me conhece sabe que eu gosto de Bon Jovi e me respeita por isso! Porque não sou fã de modinha, não sou fã passageira. Sou fã de ter todos os cds, singles, dvds, de ter visto vídeos e mais vídeos no youtube, de saber TODAS as letras de cor. De caçar raridades, singles, de ter no mp3 versões para karaokê, de conhecer inúmeras bootlegs. De não passar um dia sequer sem ouvir ao menos uma música deles. Para a minha vida inteira sempre teve uma música do Bon Jovi como tema. A minha vida inteira eu cresci ouvindo as letras do Bon Jovi pensando que quando eu me sentia mais sozinha, sempre tinha uma música do Bon Jovi para me acalentar.

E assim, com esse espírito, eu fui ontem ao show. Vou ser sincera, esperava ouvir músicas novas, o novo single "What do you got?" mas fazia tanto tempo que os caras não vinham ao Brasil que tava tudo valendo. Parecia um show estilo greatest hits.

As músicas iam sendo desfiladas e eu não conseguia deixar de olhar para a plateia. Vocês já foram em show de estádio? Não? Devem ir! É uma experiência única! Não precisa ir na pista, no meio da molecada, faz como eu, nas cadeirinhas, entre pessoas da minha idade (hahaha) mas só não faça como eu fiz, porque eu fui sozinha. Sim. Fã que é fã não encontra empecilhos, simplesmente faz. Minha prima e minha irmã estavam cada um num canto. E eu fiquei sozinha lá, curtindo e chorando.

O estádio do Morumbi estava lotado. Arquibancadas, cadeiras, pistas comum e premium. As pessoas aplaudindo, balançando braços, um mar de braços e pessoas. Inúmeras e incontáveis luzes de celular ou câmeras acesas. Algumas luzes coloridas piscando. Sim, Jon Bon Jovi é o Last Man Standing. Eu estava ali olhando para ele e olhando para a plateia. Todos cantando tão alto que mal dava para ouvir a voz do Jon. Mais motivos pra chorar!

Sim, estava LONGE pra burro. Mas que telões eram aqueles??? Dava para ver tudo! Obrigada, telões! Quando começou os acordes de "In these arms" não acreditei... mais lágrimas. Por que? Esta é a minha música favorita deles. Uma música que me define como sou, tão bem... Eu amo essa música desde 1992, tempo que muita gente nem tem como idade por aí! Chorei e muito também em "I'll be there for you"... porque o coro de mais de 60 mil vozes entoando o clássico "ooo" do refrão... é de arrepiar...

O show teve 28 músicas cantadas, um bis de cinco canções muito lindo. Um público diverso com muitas senhoras e senhores, muitos homens (um do meu lado se acabou de tanto cantar!) muita gente de paz e educada. Uma experiência única. Espero apenas que eles voltem, que eles tenham sentido que não é qualquer banda que depois de quase 30 anos de carreira lota um estádio com mais de 60 mil pessoas cantando todas as suas músicas.

E eu espero que as pessoas e os críticos de jornal que andei lendo por aí também respeitem. É muito fácil dizer que Jon tem vários trejeitos de cantar e gesticular. Ele nunca quis ser outra pessoa além disso que ele é. E mesmo que isso fosse ruim, pare e reflita antes de criticar uma banda que lota um show com 60 mil pessoas. Inveja tem bom senso. Porque qualquer outra coisa vira falta de autoestima mesmo.

Tô subindo dois vídeos que fiz do show. Talvez hoje (ou amanhã) eles estejam aqui. Obrigada Bon Jovi por fazer parte da minha vida há tanto tempo e por ser quem você é!!!

Pra falar de amor

Voltei agora pouco. Toda vez que faço minhas caminhadas noturnas no centro de SP é como se inúmeras e intensas faíscas acendessem em mim, todos os meus sentidos (os cincos, os sextos e os sétimos) ficam tão sensíveis. Tudo faz sentido.

Pensei mesmo que "love is all we need". E não esse "amor carnal" de sentido tão deturpado como temos hoje em dia. O amor -- o verdadeiro e puro amor -- que vivenciamos raríssimas vezes na vida. O amor compassivo que apenas ama, não importa o julgamento que façamos.

Aí pensei que poderia falar disso, aqui, neste blogue. Desse amor que tão pouco temos e que tanto precisamos! Tem alguém que você ama? Por que não aproveita para dizer? Pode ser a última vez que você vá ver. Como você vai saber que não será a última?

Fale uma palavra de carinho, despretensiosamente. Afague. Mande um email. Faça trégua no seu coração. Sorria, sem medo de sorrir. Ande, sem pressa. Viva, com intensidade, mas sem destruir ninguém ao seu redor.

E ame... de verdade, com a tranquilidade de um lago calmo. Diga que ama. Assuma que ama. Vai por mim, pode ser a última vez.

Isto aqui não é texto copiado de ninguém... vá por mim, são apenas palavras e sentimentos que brotaram do meu coração. Está servindo muito para mim... espero que sirva para você também!

Algumas lembranças - para vc neste dia 04/10

Hoje é o seu aniversário. Sem querer, achei uma menção a você. Sem querer, fui clicando em links até chegar a fotos suas. E fui vendo... sem querer parar. Mal de internet!

Faz tanto tempo que te vi. Faz tanto tempo desde que nos desentendemos e deixamos de nos falar. Eu odeio esses términos, porque parecem sempre deixar uma lacuna que o tempo nunca preenche.

Hoje, no seu aniversário, num dia que tanto lembra uma Londres escurecida, eu penso em você. Quantas coisas fizemos juntas. Quantas conversas tivemos, embaixo daquela velha árvores, fumando maços de Kent. Falando de amor, falando de família. Falando de espiritismo. Falando de futuro.

Nós sempre nos demos tão bem... mesmo você com todo o seu jeito libriano de ser e eu com todo o meu jeito canceriano de ser conseguíamos nos dar tão bem. Era uma amizade que eu prezava muito, você deve saber disso.

Mas você nem deve ler o meu blogue. Talvez ainda se lembre de mim. Talvez a minha lembrança esteja associada a algumas outras coisas ruins... será que você ainda se lembra de mim? Daquelas longas conversas? Do dia no Fran's Café?

Eu vi que você se casou. Você nunca poderia estado tão bonita naquele vestido de noiva, como estava. Senti saudades imensas de você, esquecendo todo o passado de brigas que tivemos. Queria ter te abraçado e desejado toda a felicidade para você. Espero que, mesmo sem que você leia este blogue, saiba que estou desejando toda a alegria para você.

E eu vi que você continua a mesma... distraída. Olhando perdida para detalhes que viram fotografias eternizadas. Você está viajando mais do que nunca. Seus horizontes nunca pareceram tão ampliados! O seu sorriso parece tão simples de felicidade... aquela mesma que já vi em seu rosto. Fiquei feliz por você, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Aqui eu continuo... com a minha vida. Sinto muito por termos brigado, sinto muito por eu ser tão canceriana e vc tb ser tão libriana assim. Quem sabe um dia não nos reencontramos? Pra você dedico esta música do Bon Jovi que diz mais ou menos assim: "You better chase your dreams before they rust, get what you can and hope it's enough"

Ressaca pós-shows - o amor e o fanatismo parte 2

Olha gente, depois de dois fins de semana seguidos indo a shows da mais que querida Isabella Taviani, chego às velhas conclusões de sempre. Como diriam as minhas amigas virginianas, estou com a crítica espevitada em mim (minha conjuntura astrológica na revolução grita isso em mim) e não deixo de observar as mesmas coisas de sempre... rs

Primeiro, aos prováveis fãs (sejam de quais artistas forem) desculpem se estarei sendo muito ácida, mas num tem como não reparar! Fanatismo é uma coisa meio... doentia, né? Tem como ser diferente?

É um caminho perigoso tanto para aquele atuante como para os que não o fazem. Porque os que exageram na dose acabam afastando o artista de todos!!! Se ele está ali disponível para todos, por que apenas uns precisam de mais privilégios que outros? Todos são iguais perante ele.

Mas quem é fanático não consegue ver as coisas por essa via. Precisa sempre chamar mais atenção (se fosse somente para o artista...) mas precisa berrar em público, misturando a exibição do artista com a exibição do fã, tentando ficar praticamente no mesmo pedestal e esperando que outros sigam seu exemplo ou, que na mais franca das hipóteses, seja invejado e admirado.

Sou contra essas coisas todas. Entendo. Juro que entendo! Juro que entendo a necessidade irracional de arrancar até cabelos. Juro porque tenho lá as minha manias. Mas prezo e prego a discrição. Não quero ser amiga íntima do artista (confesso, vontade não falta) mas que adianta? Os limites existem. Melhor ser reconhecido como um fã presente, atuante e carinhoso, do que um fã pedante, carente e exibicionista. Desde cedo sempre faço minhas escolhas e desde quando escolhi (por exemplo) ser fã de IT eu sabia que precisava seguir pelo caminho da discrição. Não é bom (e é totalmente desnecessário) ultrapassar os limites.

Nos shows do VivoRio e do Tom Jazz vi públicos totalmente diferentes e interessantes. Mas se há semelhanças no bom, também existem nos ruins. Eu apenas sei de algo: que a minha artista continue a me reconhecer e me receber em seu camarim. Que continue tendo paciência com todos e mais variados tipos de fãs! E sinto por aqueles artistas que antes recebiam seus fãs e não o fazem mais. E sinto mais ainda por aqueles que nunca receberam seus fãs.

Isabella Taviani e Luiza Possi no Tom Jazz cantando "Outro mar"

Me desculpem a tremedeira... mas o lugar não era dos melhores... rs Espero que gostem.

Isabella Taviani - Tom Jazz - 02/10 - O SHOW

Estar presente em um show da Isabella Taviani é algo único! Sou fã nova, contando com o de ontem, fui "apenas" a sete shows, todos da turnê mais recente. Mas, por mais incrível que pareça, a cada novo show que vou, parece sempre a primeira vez, porque cada show tem um gosto único que somente a artista Isabella Taviani pode proporcionar!

Estou aqui, 07h00 da matina, não dormi ainda. Saí do show, não tinha como voltar pra casa, chamei uma amiga do peito pra me fazer companhia pós-show. Esperei tudo voltar a funcionar, voltei pra casa e antes de começar a fazer qualquer outra coisa, estou aqui para postar a emoção, antes que ela comece a se perder em lembranças!

O show desta noite foi diferente. Diferente porque não era um show de banda completa (como foi no Circo Voador, Via Funchal e Vivo Rio), diferente porque não era um show com violões (como foi no Sesi Centro, Estádio Engenhão e Tom Jazz, ano passado). Desta vez, eram dois violões e um piano! Que diferença isso fez na apresentação das canções! Como a Isa mesmo disse, ficou mais elegante. Ficou mesmo!

Muitas canções tiveram arranjo acústico com um toque clássico. Assim ouvir O tudo que é nada, Iguais (solo lindo de Renato Fonseca no teclado, já que no original e em shows de banda completa, Marco Vasconcellos rouba a cena!) e mesmo a surpresa Chuvas de Verão, de José Augusto, ficaram deliciosas de ouvir... e cantar!

 Isa voltou muito ao repertório do primeiro CD. Eu, particularmente, estava numa ansiedade danada de ouvir Pontos Cardeais (nem eu aguento mais falar dessa música... rs) e imaginando que ela tocaria no segundo dia, já que não tocou no primeiro. Não... a surpresa maior entre os dois shows foi que no primeiro dia ela cantou uma música do Cartola e no segundo cantou Diga sim pra mim duas vezes (por causa da gravação da Nova Brasil [hum, vou descobrir o que é isto! rs])

O público paulistano é engraçado... mais contido, diria que... canta menos??? haha não fiquem bravos comigo! Cantaram sim, muitas músicas, mas a vibe, a energia de um público carioca é diferente, ainda vou descobrir o que é! rs O show foi lindo, romântico e intimista. Peninha mesmo quem não pôde estar presente... porque perdeu! rs Como sempre, perdeu!

Bom, show cabou e eu ansiosa pra perguntar pra IT por que não cantar Pontos Cardeais. Confesso que, após ouvir os dois shows (sexta no twitcam e sábado ao vivo) percebi que as músicas estavam... românticas e... soltas de alguma forma. Pontos Cardeais (se fosse cantada) pareceria tão perdida ali à medida que ela avançava no show. De alguma forma, parecia ter sentido. Quando fui falar com a Diva, ela apenas confirmou o que eu tinha pensado... me deixando com uma esperancinha de ouvi-la num futuro! Quem sabe?!

Isabella querida, mais uma vez, obrigada por tudo, tudo, tudo, tudo. É inefável ser uma fã de uma artista como você!!!

E a vida segue...

Ontem reparei em uma árvore, que fica no quintal do vizinho, e que existe desde que meus pais se mudaram para cá, em 1988.

Observando-a, lembrei que essa mesma árvore continua aí, dando uns frutos (que nunca sei o nome) e que às vezes servem de suco aqui em casa. Ela continua florindo, perdendo as folhas, florescendo, sujando o quintal, servindo de pousada para passarinhos de todas as espécies, cenário para observar pôr-do-sol.

Acho que muito do sentido da vida que tanto perdemos é este... como esta árvore. Um exemplo para mim.

Isabella Taviani - Tom Jazz 01/10

Eu não pude estar presente neste show, mas deixo aqui para vocês verem e reverem, a megacortesia da Nova Brasil FM que fez um twitcam e transmitiu o show ao vivo. Amanhã, será a minha vez de estar lá e espero curtir a minha favorita "Pontos Cardeais" que ela não tocou hoje. Aliás, interessante o setlist do primeiro show, muito romântico, cheio de canções do primeiro cd. Quem não foi... perdeu. Amanhã, tô lá! Ops, na verdade, mais tarde!

O amor e o fanatismo

Estes dias tava lá tuitando quando a querida (e sempre sumida) Cláudia Bertrani veio me incentivar a falar sobre o amor fanático. Eu disse a ela que poderia levar pedradas como a Geni. E ela apenas me disse: "Cachorro late e a caravana passa!". Bastante motivador, não?

Já que tenho twitter e facebook como ferramentas para acompanhar meus artistas favoritos, invariavelmente acabo acompanhando os seus respectivos fãs. E invariavelmente tenho me surpreendido (deveria?) com as coisas vistas nas últimas semanas!!!

Ok, vamos à informação básica de tudo: internet e globalização mudaram a cara de tudo em todos os setores da nossa vida. Ainda me surpreeendo que em 1991 eu mandava cartas. Nessa mesma época, fiz curso de datilografia. Em 1998 mandei meu primeiro email no Bol e agora a minha caligrafia anda ficando cada vez mais preguiçosa porque apenas digito. As pessoas pararam de comprar no supermercado, as crianças só fazem trabalho pesquisando na internet. Tudo tem sua versão virtual e cada um de nós tem seu avatar.

Tudo é rápido demais, fácil demais e sem limites. Nessas horas não há firewall nem etiqueta para internet. A chamada "inclusão digital" me dá arrepios porque as pessoas não sabem ler nem escrever e caem aos borbotões na frente de um pc. As pessoas deveriam aprender a ler, escrever, visitar bibliotecas públicas (como fiz minha vida toda), não reclamar que não tem dinheiro pra ler, porque isso não é desculpa na hora de comprar Diário de S.Paulo, Lance ou Sou mais eu.

Assim, me assusta quando os fanáticos caem na rede diante de seus artistas. Quer dizer, artista que é artista precisa estar preparado para tudo! Faz parte da profissão. Esses fanáticos podem vir de todos os lugares, da inclusão digital ou da sua faculdade mas têm uma característica em comum: não admiram seu artista, louvam, colocam ele num pedestal em que certo e errado não existem, ele se torna norte e sul, alimento da alma.

O Merovíngio (do filme Matrix Revolutions) tem uma frase que adoro de ouvir toda vez que revejo esse filme: "Incrível como a paixão tem uma semelhança com a loucura". Coisas que apenas nós, "Os seres humanos", podemos ter.

Nesse caso, esse amor fanático se assemelha e muito com o amor religioso. Ops, pisei no calo de alguém? Desculpe, piso em ovos. Mas que tem muita semelhança, tem sim!

Assim vejo o fã diante de seu artista. Ali tão fácil e tão disponível, pela internet. Uns se atrevem a falar obscenidades, outros assumem o papel de zelador, outros querem ser amigos íntimos, outros são apenas fãs. Ocorre um verdadeiro mix de admiração, paixão, idolatração. O artista? Depende. Uns aceitam, outros recusam, outros administram bem.

A amor devocional vem sempre pintado de pureza, porque traz uma "falsa lealdade" consigo. Então, como costuma acontecer com as pessoas que amam demais, o fanático -- na minha humilde opinião -- precisa de um foco para direcionar a própria vida. Claro, ele dirá, eu faço o que quiser da minha vida. No entanto, se analisarmos bem, veremos que não é bem assim. Pois penso que quando colocamos algo no pedestal (que não seja a nossa honestidade, crescimento e aprendizado) tudo se perde. Vivemos uma vida que não é nossa. Vivemos uma realidade que pode até parecer, mas não nos pertence.

Agora, vamos às pedras ou ver apenas os cães ladrarem.

Quando um amor vai embora?

Ultimamente ando com um sentimentalismo tão intenso... lágrimas fora de hora, outras em momento específicos -- mas exageradas demais...

E também tenho falado do amor e suas variantes. Talvez seja esta nova configuração astrológica que me deixa com tanta água e quase me afoga... ser canceriana com ascendente em peixes ao quadrado e lua em escorpião não é nada fácil!!!

Estes dias, conversando com Sharleu, falamos de amores passados. Toda vez que vejo um amor partir, eu me sinto assim. Porque eu sei exatamente como se sente a pessoa... bom, quer dizer, todos nós sabemos, mas uns sentem mais intensamente que outros. Eu sempre me permiti sentir toda a dor que fosse possível, mas como sempre costumava sofrer antes da dor em si, quando tinha de sofrer... digamos que já tinha sofrido tudo!

Eu olho para as pessoas por quem me apaixonei e tudo tem um gosto tão bizarro, pra não achar adjetivo mais adequado. Porque costuma ser sempre assim, também, não é?

Quando amamos alguém (ou melhor, quando estamos apaixonados) tudo é perfeito. Eu vivo dizendo isso por aqui, não por ser uma verdade universal, mas algo bem próximo a ela, na minha opinião.

Com todo o respeito aos meus amores anteriores... mas não me apaixonaria de novo por nenhum deles. Obviamente, a gente só se apaixona de novo pela pessoa que está com a gente por muito tempo. Mas eu lembro da dor que eu senti porque foram amores que não deram certo, cada um com seu motivo.

E toda vez que vejo alguém sofrendo por amor, eu me lembro desses momentos. Tantas e tantas lágrimas choradas. Já reparou que tem gente que tem medo de se apaixonar? Elas vão ficando com cor de gaveta fechada, com uma expressão que por mais que tente ser disfarçada, não disfarça. E as pessoas que amam indiscriminadamente e são assim porque não têm mais o que doar? Não são uma gaveta fechada, mas perderam o brilho de confiar e amar.

E conheço alguns exemplos aqui e ali do que falei acima. E, mais recente, com uma breve história de amor que não deu certo, achei esta música linda do Bon Jovi, um b-side, escondido desde 1999 que eu desconhecia (como assim, Crisão?!). Sim, desconhecia. Uma música clássica BJ, clássica pra mim, que tenho ouvido no repeat one desde ontem (louca, eu sei).

 

Estou tentando buscar a inspiração e a criatividade -- ofício-mor do artista -- nas histórias tangentes que tenho acompanhado. Amamos porque não conseguimos viver sozinhos. Precisamos abrir a guarda, mesmo sabendo que poderemos nos machucar, faz parte do jogo apostar um pouco da sua ingenuidade e honestidade. Nos apaixonamos e tudo pode durar um piscar de olhos, na velocidade uma conversa ou na intensidade de uma noite apenas.

Quando tudo termina, ficam os cigarros, a ansiedade, o desejo que tudo fosse eterno e... músicas como esta. Queria ter mais algo a dizer às pessoas que amam e perdem seu amor. Mas fico apenas naquele velho chavão de que tudo é aprendizado... você precisa amar com intensidade, mas sempre guardar um pouco pra vc, porque o outro pode ir embora, mas vc ficará para sempre com vc. É a frase mais tola e é também o melhor conselho que me dei.

O amor e o ódio nos relacionamentos virtuais

Acho que um dos meus maiores defeitos foi nunca conseguir andar na superfície. Ao contrário, eu sempre fiz um esforço gigante para me fazer de superficial, olhar tudo blasé e para tentar entender porque certas coisas nunca fizeram sentido nenhum para mim.

Os últimos meses andam numa agitação tão imensa na minha vida pessoal que eu tive de fazer o processo inverso de apenas deixar a vida me levar... deixar de ser crítica e andar apenas na superfície. Mas, como um chamado, eu não consigo deixar de ouvir essa parte intrínseca da minha pessoa, que é ser quem eu realmente sou. Então, vez ou outra, como agora, dou força total a esse meu lado e liberto tudo o que ele sente.

A introdução serve para ilustrar o que escrevo a seguir: observar pessoas. Adoro observar as pessoas e elas estão sendo observadas onde menos se percebe. E nem uso "ferramentas" específicas, é tudo apenas uma simples questão de olhar, ver e enxergar.

Se me privei do maior contato diário físico com as pessoas, aumentei ainda mais o contato virtual. De tal modo que todas as minhas lentes estão voltadas e focadas para esse lado.

Algumas coisas nunca mudam e talvez nunca mudem: a intensidade volúvel da internet. Acho que isso é o que mais me marca.

As pessoas se amam e se odeiam muito rápido em contatos virtuais! A extensão do reflexo e a carência -- acredito eu -- devam ser os fatores mais comuns. "Não importa quem vc seja desde que vc me dê atenção" é o lema dos relacionamentos da internet.

Aí as juras de amor caem feito temporal de verão. "Somos amigos eternos", "Te amo com todas as forças do meu ser", "Fidelidade é assim mermão", "Amigo que é amigo é como você" e por aí vai.

Vem o primeiro teste. Quando a coisa até tem um certo sentido, vinga. Mas aí vem o segundo teste... aí a coisa realmente periga porque "Eu me importo com o que você diz, se não estiver de acordo com o que estou dizendo". Aí caí uma verdadeira nevasca com rajadas de fogo (é possível, sim! hehe) "Amigos de verdade não são assim", "Eu achava que você me amava" e "Traíra de monta maior".

Aí o amor eterno vira inimigo jurado. Os antes amigos viram facções inimigas de torcidas de futebol. E nada do que você diga ou faça diminui, parece apenas gasolina intensificando o fogo!

Passa-se algum tempo e começam as frases indiretas lançadas com ares filosóficos em todas as redes sociais possíveis e inimagináveis. Não sou nada contra reprodução de frases... mas esse artifício sempre me parece pretexto para pessoas com preguiça de pensar e, até, falsos pensadores.

Ok, posso ter ido longe, mas não é meio assim mesmo? Eu me incomodo com quem fala apenas frases alheias ou mesmo conversa parecendo ter acabado de ler Goleman, Gasparetto ou o livro "melhores citações do mundo". Nada contra nenhum desses autores porque os já li aos montes! Mas uma coisa é ler um livro e procurar uma citação, outra é viver de citações, como uma eterna colcha de retalhos.

Então você começa a ler vindo de todos os lados "Não sou pessoa de indiretas". Claro que é!!! Todos somos!!! Por que? Porque os corajosos de puro coração são raros, se é que existem entre nós. A gente? A gente se esconde atrás de zilhões de subterfúgios, se enche de frases alheias apenas para esconder (outras vezes, mostrar mesmo) a nossa carência, a nossa superficialidade, a nossa pobreza de emoções genuínas.

Estamos todos juntos nessa mesma batalha "de sermos melhores do que um ser humano consegue ser". E, nessa, mundo virtual e mundo real são iguaizinhos. Exceto que nos relacionamentos virtuais ainda temos mais tempo de "esconder" quem realmente somos. Mas não tem jeito, uma hora vem a tona. E, ultimamente, o que mais tenho visto são personalidades emergindo... para boiar.

Estes últimos dias - a minha reflexão

Já ouviu a expressão: "Falar algo ara alguém, mas que na verdade está sendo dito para si mesmo?" Sempre valeu para mim. E acho que, de alguma forma, vale para o que escreverei a seguir.

Estes últimos dias foram muito agitados para mim, quase uma volta de 180º. Eu, que sempre gostei da vida pacata, confesso estar meio lenta, propositadamente para conseguir acompanhar o ritmo!

E dentre tudo isso que está acontecendo comigo, ressalto algumas coisas:

1-) O amor -- apenas o real e verdadeiro amor -- pode nos guiar. Mesmo que tenhamos perdido quase 90% do sentido real desse puro sentimento, podemos e devemos tentar resgatar sua essência ao máximo, como se fosse a última e única tarefa de nossas vidas!

2-) Precisamos agir diferente! Precisamos sentir em vez de reagir. Refletir. Precisamos ter paciência (como naquela música linda do Lenine). Muita paciência!

3-) A hora da distinção chegou: não podemos mais ser coniventes conosco mesmos. Jogar fora o que é ruim, renascer para o novo e tentar o diferente. É isso que precisamos fazer.

Meu blogue, como sempre expliquei, foi o meu canto especial para exorcizar demônios e combater a solidão. Hoje em dia, graças a Deus e às boas energias, ele está sendo muito bem visitado por todos os tipos de pessoas! Porque sempre fui contra a setorização e a polaridade. Gosto de poder falar e estar com todas as pessoas, sem distinção de sexo, raça ou orientação sexual. Muita gente nem entende isso, mas eu sempre me mantive firme para defender essa ideia.

Por isso, fico muito contente com os novos visitantes que aumentaram muito o fluxo deste blogue. Mesmo sem comentários, sei que estamos trocando energias -- e energias muito positivas! Isso me alegra pra caramba! Fico contente demais de saber que posso dividir meus sentimentos e minhas reflexões, shows de Isabella Taviani e músicas, porque como dizem os sábios, não é o status que importa, não é vencer ou perder que importa, mas sim compartilhar, aprender e crescer.

Assim, meu caro e querido leitor, espero que continuemos essa parceria... compartilhando, aprendendo e crescendo! Mesmo que a gente nunca se fale ou nunca saiba um do outro. Obrigada mais uma vez!

Estadia em Sampa

Estou em Sampa por tempo indeterminado e por motivos pessoais, que não precisam de explicação no blogue. Cheguei aqui na tarde de ontem e fiquei surpresa com tantas coisas!

Surpresa como este blogue foi amplado visitado por causa da Isabella Taviani... a minha experiência no VivoRio foi tão intensa... eu acho que nunca tinha chorado assim, num show ao vivo. Foi algo inédito e fico feliz que tenha sido com a querida IT.

Surpresa porque eu amo São Paulo, eu sinto falta daqui. Eu adoro o Rio de Janeiro, adoro ser carioca... mas amo minha terra. Amo este tempo cinza, este frio e esta garoinha que só tem aqui! Adoro andar por lugares que parecem extensão da minha casa, não sei explicar. Amigas paulistas, estou de volta, aproveitem!!! risos

Ainda estou sem uma conexão fixa, porque dependo do note da minha irmã pra acessar a net. Acho que amanhã será mais tranquilo e eu poderei postar meu vídeo de Um Vendaval e outras cositas.

Obrigada aos meus amigos fiéis, obrigada a Deus e obrigada às boas energias. Obrigada por vc, leitor anônimo, que cada vez mais aumenta aqui no meu humilde blogue. Namastê e fiquem com Deus!

Isabella Taviani no VivoRio - a experiência única!

Exatamente três e três da madrugada quando começo este post, que será breve (devido ao horário), mas preciso, porque não dá para esperar até amanhã (como sugeriu meu amor, que tão bem me entende, mesmo quando fico digitando...).

Quem não foi, perdeu. Perdeu O SHOW. Perdeu uma Isabella Taviani que conversou como nunca com o público, interagiu com os cariocas, falou da vida pessoal e fez piada (como sempre). Perdeu o dueto do século, com Toni Platão, que só será superado com um provável dueto com Ney Matogrosso. Minto. Não superará, porque ninguém tem a voz de Toni Platão. Ninguém!

Eu sentei literalmente na última fileira do VivoRio. Mas mesmo no poleiro e vendo tudo diminuído, eu me emocionei. Eu tive uma visão diferente do show. Eu vi uma Isabella que andava sem parar de um lado a outro. Vi um Marco Vasconcelos fazer a guitarra Les Paul chorar. Vi Sérgio Mello arrasar nas baterias. Parecia uma noite inspirada... já que é o último show de banda no Rio, parecia que tudo tinha um tom diferenciado mesmo!

O público cantou lindo todas as músicas (mas confesso ter sentido mais falta de ímpeto para as canções do último CD). Adorou a versão meio blues de Foto Polaroid. E simplesmente morreu e renasceu com a presença de Toni Platão. Ao menos, isso aconteceu comigo.

Para delírio dos presentes, Um Vendaval foi cantada duas vezes (coisas que acontecem em gravação). Mas, no primeiro acorde de Toni Platão, senti minha pele arrepiar... eu tava lá segurando minha câmera e tentando fazer uma gravação minimamente decente... e quase não conseguia, porque as lágrimas saíam sem parar!

Que emoção os dois tiveram em palco! Que voz tem o Toni Platão! Não conseguia acreditar que estava tendo o privilégio de vê-los cantarem juntos e ao vivo! As lágrimas escorriam (ainda mais porque eu já gosto demais dessa música), meu amor me olhava e não entendia direito e eu nem podia cantar pra não estragar a gravação...

Segundo take. Mais lágrimas... e parei então para observar toda a plateia que se estendia diante de mim com inúmeras câmeras ligadas... queria muito ter tido uma máquina boa para poder fazer essa tomada... seria única. Mas, não deu.

IT cantou as esperadas Todos os Erros do Mundo, Escorpião (que ela só faz com banda completa), Eu Não Moro na sua Vida, O Tudo que é Nada... mas ficou faltando Falsidade Desmedida!!! rs Tudo bem...

Ao fim do show, encontrei com pessoas queridas: Fernando Ramadan, Paulinho Nunes (obrigada pelas cocadinhas!), Jeane e Robertinha La Despistada. Fizemos alguma bagunça e fomos todos prestigiar a nossa querida Diva!!!

 
Na minha vez, fiz tudo que queria ter feito: o abraço gostoso, o agradecimento, o autógrafo (sim!), o presentinho dado (meu primeiro) e o pedido. Sim, fiz um pedido especial a ela, que prontamente me autorizou. Fiquei tão feliz...

Agora estão as lembranças aqui comigo e, com certeza, com cada um espectadores que estiveram no VivoRio. Levarão consigo a energia única de Isabella Taviani e este show inesquecível. E terão absoluta convicção -- assim como tenho -- de que não é à toa que amamos IT: ela é um ser humano único, que reconhece cada fã e que trata a todos com a mesma humildade e carisma. Nunca vi um ser humano assim. Por isso -- e tenho certeza de que todos concordarão -- serei eternamente fã de Isabella Taviani.Obrigada, por existir, e por representar tudo isso que é para mim e cada um de seus fãs!

Vida virtual e relacionamentos humanos entre mulheres

O post de ontem rendeu ZERO coments no blogue mas conversas interessantes na tangente da blogosfera. E diante do que me foi colocado, acho que vale um pequeno adendo aqui.

Eu costumo classificar certas coisas como pura forma de organização mental (e mania minha). Pra mim, a fórmula: mulheres + internet + grupo = encrenca. Por que? Porque sim, por conclusão puramente empírica.

E eu não falo essas coisas porque estou zicando ou emanando energias negativas. Longe de mim querer fazer isso. Mas prever que haverá "problemas de relacionamento" é quase tão óbvio quanto prever chuva depois que o galo do tempo ficou rosa.

As mulheres têm uma coisa mimimi muito forte. Culpa dos hormônios ou da evolução cultural, sei lá, o fato é que quando você uma mulher "naqueles dias" (que não precisam ser de tpm, necessariamente) tudo vira motivo pra DR. Tudo é interpretado de inúmeras formas e nada do que você faça será o que ela queria ouvir. Hey: isso vale pra namoro E amizade. Sim, pasmem. Amizade também.

Pessoas que falam muito agem pouco, diz a sabedoria popular. Talvez fosse o caso de abrir uma exceção para as mulheres que falam muito, porque as encontramos em várias esferas de nossa vida, pessoal e geral, e sempre ficamos sem saber o que fazer, porque essas mulheres além de falar e falar, fazem e fazem tudo na mesma quantidade em que falam. Minha primeira pergunta mental é: por que ela (elas) é (são) assim?

Julgar é um dos grandes defeitos do ser humano. Eu falo com a mão na consciência de quem adora julgar e que já fez muitas coisas feias em nome do "meu próprio julgamento". Porque julgamos pensando que nosso conceito pessoal de certo e errado podem nortear a vida de todo mundo. Não. Nosso conceito pessoal MAL norteia a nossa própria vida, quanto mais a de alguém.

Isso não nos dá o direito de ficar "ajudando" outras pessoas porque julgamos que ela precisa de ajuda. Muitas vezes, um pedido explícito de ajuda não é um pedido de ajuda. Saca só? Dureza conviver com seres humanos, em especial, as mulheres.

Talvez esteja aí a vantagem de ser lésbica. Talvez. Porque como disse no post de ontem, as mulheres parecem ter a sensibilidade de captar todas essas nuances. Parecem não quer dizer que é isso de fato o que acontece.

Vou fazer aqui uma confissão: adoro as mulheres! É quase uma relação de amor-ódio! (hahahaha) Ao mesmo tempo que quero distância das neuróticas, gosto de tentar entender porque elas são assim, quando poderiam ser muito mais. Não compreendo. Mas achei alguns caminhos para andar sobre as brasas quando se trata de falar do sexo feminino! (mais hahaha)

Pra terminar: acho que na vida real (como na virtual) quem muito quer ajudar é o que mais precisa de ajuda. É o carente gritando com o disfarce de filantropia que quer atenção. De acordo? Assim, quando vejo essas figuras falando, falando e falando como tagarelas, seja pra vociferar seja pra apenas falar... desconfio. Mas como também já disse, posso estar errada em tudo o que acabei de dizer, porque passei essas infos sob o filtro do meu julgamento pessoal. Acho que ao menos como minha opinião pode valer, né?

ps: este post é em homenagem especial à amiga Cris Barufi (melhor dizer que é amiga, já que ela é comprometida e eu tenho o meu amor também). Tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Continue sendo grandiosa!

Vida virtual e vida real

Enquanto a madrugada adentra e com ela os silêncios inseparáveis, enquanto observo meu amor dormir e enquanto deixo de sentir seu calor, enquanto sinto o cansaço de ter caminhado sob um sol de 38ºC eu apenas penso que não posso deixar de postar algo que martelou muito meus pensamentos hoje.

Vida virtual e vida real, qual a diferença? Mesmo cansada, eu preciso escrever sobre isso antes de dormir! rs

Acho que foi uma vez que li no livro da Glória Kalil a etiqueta pra internet. Mas esse guia não abarca o que muitas vezes passa despercebido nesse mundo de intensa globalização e inclusão digital: a mente das pessoas. Como sempre, essa perversa geral que também é parte inexorável de cada um de nós.

O fato de estarmos diante de uma tela de computador causa uma sensação despretensiosa que permite sermos muito sem-noção. Se partirmos do pressuposto de uma pessoa que já seja assim, teremos uma qualidade intensificada. Muitas vezes, isso não acontece pessoalmente, porque parece que assim... alguma trava social é acionada e ainda permite que atitudes sem-noção sejam evitadas.
O que mais tenho visto ultimamente, ainda mais com a tal da inclusão social, é uma invasão indiscriminada e generalizada dos sem-noção dos mais variados níveis! A internet é muito importante... mas fico com medo dos limites que cada indivíduo tem. Principalmente de educação e bom senso!

Exacerbamos nossas carências. Evidenciamos nossos limites (muitas vezes tão toscos). Expomos a fragilidade de um sistema que tem pressa... e quase nada de paciência. Vamos nos amontoando... as carências umas sobre as outras, a loucura e a falsa intimidade, as máscaras e a mentira como nossa persona.
Conhecer pessoas virtualmente é uma excelente ferramenta social! Me arrependo de pouquíssimas pessoas que conheci. Porque, obviamente, dispensei as que não me serviam, muito cedo. E mantive as boas. Falamos tanto de equilíbrio e também devemos reiterar que a vida virtual é reflexo da virtual. Mas um reflexo desconvexo e desconexo que mostra um lado obscuro de nossa psique. Não entendeu? Quem aí nunca criou um falso avatar para ficar xeretando coisa alheia ou para pentelhar alguém anonimamente? Eu já fiz isso e me tenho vergonha de mim mesma!

Mas é isso! Conheço muita, muita, muita gente que evita redes sociais ao máximo. Essas pessoas possuem email e só. Não fazem questão nenhuma de expor a sua vida real, particular. Eu não aprovo nem reprovo. É uma opção ficar à margem de certas coisas e ficar alheio à internet é uma dessas escolhas.

Se por um lado, não entrar na onda da inclusão social evita estresses desnecessários como vi estes dias no twitter da minha querida Isabella Taviani (artista é obrigado a ter parte da vida exposta, né?) por outro não permite ter o prazer de conhecer pessoas incríveis como foi fazer parte do grupo das Demoninhas Twitteiras, por exemplo, uma das surpresas mais agradáveis de todos os tempos. 

Não sei qual é a melhor opção, mas tenho seguido pelo seguinte caminho: falo de minha vida pessoal até certo ponto. Me envolvo, com limites. Não exponho certos acontecimentos, certas fotos... ajuda, não te afasta do convívio social virtual. Fora aquele velho ditado que nunca é demais repetir: em boca fechada não entra mosquito. Não tem nada de bom pra falar? Cale-se. Regra de ouro no mundo virtual!