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Inacreditável

Adoro contar esta história: no período em que morei no Japão (96-97), eu tive o privilégio de acompanhar uma novela do horário nobre (!!!) (mesmo sem entender praticamente nada) em que a protagonista era uma garota confusa entre um amor de uma mulher e o amor de um homem. SIM!

Vocês pensem que o Brasil é uma terra "moderna"? Aqui o pensamento é mega-retrógrado nesse sentido. Lembrem-se da explosão das lésbicas em Torre de Babel e da "morte" de uma delas em Mulheres Apaixonadas.

Falta muito pra gente ainda. O dito calor humano brasileiro ainda não chegou a esse nível.

Infelizmente, eu não vou sequer saber citar o nome da novela... me perdoem por isso. Mas eu sabia que estava diante de algo inédito que nunca mais veria novamente, a menos em The L Word (muitos e muitos anos depois).

A música a seguir era a trilha sonora principal: Yumi Matsutoya interpretando belamente a Saigo no uso (A útlima mentira).

Ah sim, a novela se desenvolveu em meio a muito drama (bem no estilo nipônico que a minha amiga Sharleu mais adora) e terminou bastante libriano: ela ficou sozinha, embora tenha tido um caso tórrido com a mulher, dado uns beijos no homem... preferiu ficar sozinha.

http://www.youtube.com/watch?v=B8XcF1jn3iQ

5 comentários:

Jana disse...

No Brasil tupiniquim normalmente não se acolhe muito bem nenhuma idéia nova, essa situação se agrava terrivelmente se for o caso da TV aberta, infelizmente a grande massa brasileira é muito pobre de cultura e informação, um paradigma novo aqui que não seja relacionado ao consumismo é difícil de ser quebrado, e continuamos na mesma cultura patriarcal de 5.000 anos atrás.

Estamos no berço da hipocrisia! 8/

aline naomi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
aline naomi disse...

Um dia eu vou ser fluente em japonês e saber tudo que a mulher cantou!! E também assistir a essa novela, sem legenda =D

E eu não sabia que você tinha morado no Japão! Assim que eu der um tapa no meu japonês, quero ir! Arubaito. Ou talvez um ano fora da minha realidade (adoro) - se bem que trabalhando na Madras já estou bem suprida nesse sentido... hahaha!

Sobre homossexualidade feminina no Japão, não sei onde eu estava lendo outro dia, não lembro se era só teoria, mas a pessoa falava que as mulheres japonesas se procuravam como "válvula de escape" do machismo japonês. É interessante se for verdade... e então o contrário também se aplicaria: homossexualidade masculina como vávula de escapa em sociedade matriarcais?

Apesar de no Brasil haver muito preconceito contra gays, acho que isso está ficando menos pior. Ou talvez seja só impressão.

Ah, e eu provavelmente preferiria ficar sozinha, se vivesse o caso da novela, para não enlouquecer. Mas, atualmente, de escolha própria, escolho a solidão. Acho que por medo que me tirem desse equilíbrio temporário que eu consegui.

aline naomi disse...

Obs: Onde aparece "Esta postagem foi removida pelo autor" fui eu que excluí, porque tinha postado duas vezes o mesmo comentário... =D

Crisão disse...

obrigada pelos coments!