BALANÇO FINAL — o que eu aprendi com os apps de relacionamento (finalmente!)
Eis que o famigerado post chegou. Longa estrada que caminhei desde agosto de 2023 até agora agosto de 2025, exatos dois anos depois. Não se trata de coincidência, ao contrário, trata-se do encerramento de um ciclo e a percepção importantíssima e necessária de que tudo precisa existir com um propósito e nada, absolutamente nada, dura para sempre aqui em planeta Terra. — justamente aqui: o planeta cíclico e todos os seus aprendizados intrínsecos.
Quantos posts escrevi aqui? Foram alguns, clica aqui para ler.
Recentemente, li um post no IG de uma página que se dedica a trazer vídeos de Bashar (Bashar é o nome dado a uma entidade não física canalizada por Darryl Anka, um norte-americano que trabalha como médium, conferencista e cineasta. Segundo Anka, Bashar é um ser extraterrestre vindo de uma civilização chamada Essassani, localizada em outra dimensão ou linha do tempo, e se comunica por meio de telepatia canalizada.) que juntamente com uma live da Halu Gamashi, abriram a última chave de compreensão que eu precisava para entender o que me fez entrar nos apps de relacionamento depois de 14 anos fora.
O post do Bashar está aqui para você ver. E o vídeo de Halu Gamashi está aqui caso queira ver. Recomendo.
Mas, aqui, citarei o que foi dito como comentário no vídeo do Bashar.
"Bashar nos lembra que todos os relacionamentos existem com um único propósito: nos mostrar o que precisamos ver sobre nós mesmos.
Cada ser com quem interagimos atua como um espelho. E esse espelho reflete tanto nossas luzes quanto nossas sombras — não para nos punir, mas para nos tornar mais conscientes de quem realmente somos.
Essa é uma das armadilhas mais sutis da experiência física: achar que os relacionamentos servem para “completar” ou “salvar” alguém.
Quando, na verdade, eles existem para nos revelar. Para acelerar nosso despertar. Para nos dar a chance de ver o que antes estava oculto em nossa própria vibração."
Antes disso, confesso, sentia que estava andando em círculos... por mais que buscasse compreensão, abertura interior... algo faltava. Vivenciar um ghosting depois de acreditar que aquele seria o relacionamento pro resto da minha vida foi algo que eu necessitava viver. A dor excruciante da ausência de resposta que quase me enlouqueceu. O último degrau de uma escada que eu já devia ter terminado de subir há algum tempo... mas que eu insistia em continuar parada, ali, incapaz de abrir mão de minhas ilusões, descrente na possibilidade de viver uma vida nova (e melhor) por não saber como seria o chão que eu iria pisar. Com inúmeras crenças enraizadas que me levavam a me autoanular aceitando infinitamente menos do que eu sempre mereci ter em nome de um medo irracional.
Hoje é fácil falar disso. Mas a caminhada nos mostra outra versão bem menos glamurizada que estampa os resumos felizes de posts superficiais com frases de autoajuda no IG ou em qualquer outra rede social.
Quantas pessoas eu conheci nos apps de relacionamento? Duas dúzias?
Leoninas, aquarianas, geminianas, um pouco de sagitário, escorpião... e uma massiva ausência de terra. E onde o caminho desses signos me levou? Cada uma das pessoas que conheci, e eu afirmo isso categoricamente, sem sombra de dúvida, exibiu uma mesma característica: imaturidade emocional. A diferença é que umas disfarçavam melhor, com frases de efeito como "terapia em dia", "autoconhecimento", "responsabilidade afetiva" e "esotérica estudiosa". Outras não disfarçavam. Simplesmente mostravam,sem máscaras, uma personalidade tão conturbada que parece ser inacreditável para: profundas conhecedoras do "autoconhecimento", constelação familiar, psicologia (essas pessoas são as piores!), astrologia até.
Então, caso a caso, eu naveguei por um mar de horrores, conturbado, onde sofri humilhações, julgamentos, condenações, tentativas de manipulação. Fui taxada de egoísta, fria, sem caráter, interesseira, aventureira, sentimental. As coisas que eu vivi se tornaram alguns dos posts que aqui escrevi. Nessa época, eu acreditava que o problema era o filtro. Eu não estava sabendo selecionar. O texto do meu perfil não estava adequado. Vejam: o problema era apenas eu?
Em parte, sim, claro! Porque, afinal, eu não deveria estar nos apps deliberadamente escolhendo viver tudo isso que estava vivendo. Mas por que continuei fazendo o que fiz? Porque iniciei tantos contatos, com uma faísca promissora, e depois, às vezes pouquíssimo tempo depois, ter de escrever uma carta encerrando contato? Quantas cartas escrevi?
Eu tenho TPB (transtorno de personalidade borderline), melhor, já tive. Hoje, ainda vivo alguns dos sintomas, mas devo dizer que depois do ghosting (olha que ironia, o suprassumo do medo irracional do borderline — eu o vivi, imaginem como foi para mim) algo se curou em mim. Claro, não foi da noite para o dia. Claro, exigiu muita mas muita reflexão, paciência das amigas, procura por ajuda, leitura de informações de especialistas do assunto. Muito trabalho espiritual e energético. Muito, mas muito mesmo. Mas o TPB sempre foi o meu maior percalço em meus relacionamentos amorosos e eu nunca soube. Sequer sabia que tinha apego ansioso. Apenas sabia que tinha Vênus em oposição a Netuno mas nada no meu mapa astrológico me disse a respeito disso. Eu precisei aprender. E foi justamente com a pessoa que me ghosteou que eu aprendi isso. Mediante um altíssimo preço pago. E eu precisei de todo o primeiro semestre de 2025 para isso. Para trabalhar o que precisava entender, compreender, destrinchar, encaixar as peças com o que foi deixado para mim e com o que eu tinha em mãos. Fechar a conta. Fechar o ciclo.
Porém, em abril do ano passado, eu estava prestes a me fechar em minha concha canceriana mais uma vez. Me fecharia magoada, com a autoestima prejudicada mediante tanta merda que me foi jogada na cara. Uns meses antes, uma pessoa que parecia ser uma amizade promissora, simplesmente nunca mais falou comigo. Antes disso, uma manipuladora acreditou que eu poderia ser manipulada (isso, ao menos, eu sempre fui imune). Eu ia me fechar, frustrada. E não teria aprendido nada com isso e apenas sairia repetindo aos quatro ventos a quantidade de gente louca que existe no apps (embora isso seja total verdade).
Quando conheci aquela que achei que seria a pessoa da minha vida, a minha alma gêmea, ingênua e ilusoriamente, eu acreditei que poderia descansar meu coração tão cansado de apanhar e sofrer por amor. Poderia amar alguém que parecia ter sido moldado perfeitamente para mim. Eu realmente acreditei que seria feliz para sempre. E ao longo de seis meses de relacionamento — meu mais curto relacionamento amoroso que vivi — pareceram dez anos de tanta coisa juntas que vivemos. Havia céu e inferno. Havia pressa. Havia muita coisa errada que eu não queria nem conseguia admitir. Eu não tinha estrutura emocional para isso. E eu me vi desnudada, pega no meio de um tsunami, sem saber nadar e mesmo que soubesse de nada adiantaria. Eu me anulei. Eu me violentei em nome de um amor que poderia até existir mas não naquele momento, não naquelas circunstâncias. Aquilo, naquele instante, não era amor. Era apego e carência emocional.
Eu tenho um imenso, mas imenso "defeito": eu acredito na bondade inerente a toda e qualquer pessoa existente em planeta Terra. Eu acredito que todos temos essa bondade divina, uma pureza que, se acessada, pode transformar a todos nós, trazendo-nos de volta à nossa pura essência. Até hoje eu continuo acreditando e taí uma coisa na qual eu sempre acreditarei. E isso que me faz renascer das cinzas. Porque para acreditar no outro, é preciso acreditar primeiro em si mesmo. A minha capacidade de transmutação é uma das minhas maiores características pessoais. O fogo da fênix. Eu não sou a mesma pessoa de seis meses atrás. E, certamente, não serei mais a mesma pessoa ao final deste ano. Então, ao associar essas duas características, além do fato de eu ter sempre sido uma investigadora inata da alma humana desde quando me entendo por gente (conquista encarnatória, né? aproveitemos a dádiva conquistada), eu me desnudei para mim mesma. E não pensem que isso é fácil!
Lembrei do dia 18 de fevereiro de 2024, quando em prantos, após uma sessão de fluidoterapia à distância com a Halu Gamashi, eu fiquei por meia hora, chorando, apenas repetindo em voz alta "o que eu faço para ser uma pessoa melhor?".
O que não imaginamos são as coisas que teremos de enfrentar para isso acontecer.
Que a nossa melhor e mais pura parte será testada. E ela não poderá ser suja deverá se manter imaculada. Você precisará caminhar por uma linha sutil que separa a sua autopreservação e o seu autoanulamento pelo outro. Você precisará ser ético consigo mesmo e com o outro. Precisará respeitar o livre-arbítrio do outro e precisará respeitar o seu próprio. Precisará aprender a fazer escolhas. Precisará aprender a dizer adeus. Precisará fazer e ser com o outro aquilo que você não quer que façam e sejam com você.
Parece fácil, né?
Se fosse... ah se fosse! O mundo não estaria como está.
Mas eu me propus ir até o fim, não desistir, não abandonar, não arregar.
Em vários momentos, me questionei o motivo de estar vivendo isso tudo, se eu simplesmente não poderia voltar ao plano espiritual e deixar tudo isso para trás? Pensei. Mas persisti. Segui. Em muitas vezes, sem saber para onde iria ou porquê, apenas fui.
E, hoje, finalmente, eu sei que não voltarei aos apps. Claro, nunca diga nunca, mas não vejo mais lógica ou coerência. Eu conheço aquele lugar, agora. As pessoas, muitas vezes as mesmas, presas num eteno ciclo. Pessoas que vivem com o tempo pausado, sem mudar sequer a foto de perfil porque atualizar seria admitir que o tempo, por mais que você queira que pause, ele continua. Ver a passagem do tempo traz dores que o ego não quer admitir.
Hoje, eu sei que meu aprendizado consistia, basicamente, em me tornar quem eu ainda não conseguia ser. Eu almejava muitas coisas para mim, em termos de relacionamento amoroso, e todas eram um castelo de ilusões. Todas eram reflexo de uma sociedade terráquea doente que banalizou o amor, tratou nosso bem maior como algo escanteado. Qualquer coisa é melho que isso. Até hoje, em relacionamentos amorosos, não conheci ninguém que amasse de verdade uma mínima prévia do amor. Nem eu mesma.
E, por isso, eu cuidarei de mim mesma. Como os arcanos 9 de ouros, Rainha de Copas, Rainha de Paus (o meu arcano, em breve sairá um post sobre ela), a Imperatriz. Cartas recorrentes de conselhos do tarô para mim mesma.
Eu, que sempre soube tão bem construir relações verdadeiras de amizade, preciso agora, de verdade colocar em prática no campo afetivo amoroso. Então, minha última lição dos apps de relacionamento é encerrar todos os contatos remanescentes e discrepantes, fora de sintonia, coesão e coerência com a pessoa que sempre fui e estou me tornando. Encerramento. Limpeza. Para o novo e compatível comigo entrar em minha vida.
Foram muitos aprendizados. O maior deles: saber vivenciar o TEMPO para conseguir SELECIONAR melhor. Ter ÉTICA para ter apenas aquilo que lhe faz tempo. DISCERNIMENTO e LUCIDEZ para agir de acordo com a minha LEI interna. Nunca me anular e sempre manter a minha tão conhecida ESPONTANEIDADE.
AMAI O OUTRO COMO A TI MESMO. Nunca mais do que a ti mesmo.
Espero que, para quem me acompanhou nessa jornada, algum aprendizado tenha ficado para você também. Lembrem-se das palavras de Bashar. E nunca se esqueçam: sempre há tempo!
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