Minha vida amorosa: uma farsa?

Acho que pela primeira vez neste ano, fiquei alguns dias sem trabalhar. Aproveitei esse luxo para mergulhar profundamente em mim mesma... mergulho esse que já tinha sido ensaiado desde o fim de junho/ começo de julho. Era o início de um movimento que eu ainda não sei bem precisar, mas é algo que me impele, com muita intensidade, como nunca senti antes.

Sempre fui uma pessoa muito reflexiva, introspectiva. Sempre tentei sair da superfície. Claro que, ao longo dos anos, o ato de voltar-se para si depende muito de onde você se encontra — trata-se de perspectiva. Por vezes, voltar-se para si é a única alternativa de sobrevivência. 

Quando você tem muitas áreas simultaneamente problemáticas em sua vida, é difícil focar em qual se dedicar. Afinal, foram muitos anos de negligência, descaso, raiva e ódio. Que tipo de decisões alinhadas com a lucidez podem ser tomadas nesse momento? O que fica evidente é que as ilusões tomam as rédeas e você acredita estar sendo guiado por boas perspectivas e confiáveis objetivos quando, na verdade, é exatamente o oposto.

Um dos maiores focos de minha vida, seja estudo seja vivência seja observação empírica, foram os relacionamentos humanos — em especial os amorosos. Demorei a viver meu primeiro relacionamento amoroso.... e desde ele até minha última experiência... que foi bem documentada em alguns posts escritos aqui... eu percebi, finalmente, o quanto minha vida amorosa inteira foi uma farsa.

Farsa talvez seja uma palavra bem forte, mas eu escolhi usá-la, porque eu nunca fui além do aspecto Vênus em oposição a Netuno cravado em meu mapa natal. Durante a minha vida toda, eu achei que essa marca seria uma espécie de maldição com a qual eu sempre viveria amores ilusórios, por nunca saber enxergar as pessoas como elas realmente são.

Eu precisei viver quase 50 anos de uma existência inteira, precisei viver uma dor extrema e excruciante em meu último relacionamento para entender o que de fato estava acontecendo comigo. E, mais claro do que água pura da montanha, eu precisei conhecer a Halu Gamashi e aprender com ela.

E o curso específico que demorei quase seis meses para efetivamente começar (comprei ele no começo deste ano e não estava conseguindo dar o passo e começar a vê-lo) foi quem abriu mais uma imensa porta — a luz do conhecimento — que eu tanto precisava. Há uma engenhosidade complexa, dinâmica, em constante movimento, construção e atuação, que nem sonhamos. Tudo que tinha lido, compreendido e vivido sobre energia... foi apenas um arranhão — necessário!!! — mas é preciso ir além. É preciso ir muito, mas muito mais além.

Eu sabia que a Astrologia tinha uma limitação que me incomodava. Tanto que em alguns momentos da minha vida, eu não via mais sentido nela. Sim, eu vivi muito isso... Tentei me aprofundar na Astrologia Cármica, mas o valor do curso, na época, era incompatível com minha realidade financeira. Segui, então, como sempre fiz, pelo caminho autodidata, mas a verdade é que não se tem muitos livros sobre esse assunto e os livros que tem não são bons. A Astrologia Cármica é sempre abordada de uma forma que também me incomodava muito.

Fato é que a Astrologia Humanista, que eu gosto e pratico, não foi capaz de me orientar sobre essa imensa oposição Vênus e Netuno, cortando bem o meio do meu mapa. Porque ela se limitava a diagnosticar e nunca foi além. E nós precisamos ir muito, mas muito além! O grande propósito de nossa existência em Planeta Terra é ir além. Expandirmos. Aprendermos. Crescermos. Nunca ficarmos preso em nosso mapa natal.

Voltando ao tópico e tema deste post: a Astrologia não foi capaz de me orientar, nesse sentido, sobre o que fazer com o maior desafio que percorreu toda a minha vida. E eu acho que essa tomada de consciência era o passo que eu precisava dar para poder entender a pergunta que perseguia nos últimos meses: eu nunca amei ninguém e nunca fui amada de verdade?

Bem, se formos bem racionais: não. Isso não aconteceu.

E longe de justificar isso dizendo: "quem não se ama, não ama ninguém" como eu sempre disse. Essa frase tem seu fundo de verdade mas é apenas um pequeno véu dentre milhares de véus a serem desvelados.

Eu afirmo que nunca amei ninguém e nunca me amaram pela forma como foram esses relacionamentos enquanto eu os vivi.

Todos pareciam variação de um mesmo tema, uns com aparência mais cordata a princípio, outros mais enxuta... porém, sem exceção, com algo em comum: a disfuncionalidade declarada mas ignorada em nome de um futuro potencial ungido com química mental e sexual. Se houve amor, ele era um projeto, um protótipo, uma idealização, um desejo inconsciente. Uma insistência, um apego e muita dependência emocional.

E aqui eu poderia fazer uma lista (ela seria bem grande!) de todos os sinais que vi em todos os relacionamentos vivenciados. Muitos sinais iguais, inclusive, vivi dois relacionamentos quase sequenciais que pareciam um eco, uma continuação, uma parte 2.  Os sinais que não podem ser ignorados. As intuições que devem ser ouvidas. O chamado da sua própria alma para não fazer mais escolhas tão ruins mesmo com sua mente e suas emoções achando o oposto.

O futuro ainda é incerto, mas se há algo que preciso aprender a selecionar melhor. Saber escolher é uma habilidade que exige muitos níveis de consciência alinhados. Eu, que sempre tive a soberba de acreditar que sabia quem colocava dentro da minha vida, venho aqui humildemente admitir que nunca soube. Acertei, sim, mas podemos dizer que foram encontros marcados, pessoas que precisaram estar em minha vida para me auxiliar em minha caminhada.

Por isso, eu ainda estou no movimento de limpeza. O arcano O EREMITA iluminando a si mesmo para saber selecionar, saber ter lucidez, ter muita humildade.

Esta tiragem feita com os Selos Oraculares foi a resposta à minha pergunta: em que momento eu me encontro, agora, depois da minha última experiência amorosa vivida, todas as reflexões que fiz e todas as constatações realizadas?

No lado Sombra, saíram as cartas: Conhecimento, Ensaio de Vida, Ação e Reação.

No Centro: Fraternidade, Espontaneidade, Caos.

No lado Luminoso: Criação, Sabedoria e Consciência.

A síntese da leitura, está no texto da imagem.



Observação: a primeira imagem deste post foi gerada pelo ChatGPT a partir de prompts meus.

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